(1) O autor discute como quatro paradigmas (racionalista, empiricista, culturalista e hermenêutico) moldaram diferentes tradições intelectuais na antropologia ao longo do tempo. (2) Ele argumenta que os três primeiros paradigmas enfatizavam a "ordem", enquanto o quarto paradigma hermenêutico trouxe uma ênfase maior na "desordem" e na subjetividade. (3) O autor também critica a autoridade dos antropólogos e a ciência, argumentando que as interpretações dos nativos devem ser
Descrição original:
Fichamento para disciplina de Epistemologia, na UFSM. Com relacao ao texto Tempo e Tradicao.
Título original
José Guillermo Pérez. Fichamento. “Tempo e tradicao_ interpretando a Antropologia” e “A categoria de (Des)Ordem e a Pós-Modernidade na Antropologia
(1) O autor discute como quatro paradigmas (racionalista, empiricista, culturalista e hermenêutico) moldaram diferentes tradições intelectuais na antropologia ao longo do tempo. (2) Ele argumenta que os três primeiros paradigmas enfatizavam a "ordem", enquanto o quarto paradigma hermenêutico trouxe uma ênfase maior na "desordem" e na subjetividade. (3) O autor também critica a autoridade dos antropólogos e a ciência, argumentando que as interpretações dos nativos devem ser
(1) O autor discute como quatro paradigmas (racionalista, empiricista, culturalista e hermenêutico) moldaram diferentes tradições intelectuais na antropologia ao longo do tempo. (2) Ele argumenta que os três primeiros paradigmas enfatizavam a "ordem", enquanto o quarto paradigma hermenêutico trouxe uma ênfase maior na "desordem" e na subjetividade. (3) O autor também critica a autoridade dos antropólogos e a ciência, argumentando que as interpretações dos nativos devem ser
Texto(s): “Tempo e tradicao: interpretando a Antropologia” e “A categoria de
(Des)Ordem e a Pós-Modernidade na Antropologia.”
Autor: Roberto Cardoso de Oliveira Discente: José Guillermo Pérez Tópico Cita
"Mas, a meu ver, a proposta heideggeriana bem que pode
ser aceita, porém nos termos de uma etnologia moderna, ou antropologia social, vista básica, ainda que não exclusivamente, como uma disciplina interpretativa..." (p.191) Heidegger e pergunta por o Ser da Antropologia "Soaria absurdo se substituíssemos, na frase, filosofia por antropologia? ou — em outras palavras —, não seria a boa etnografía função dessa mesma capacidade de es? pantar-se, menos talvez com o outro, mas certamente mais consigo mesmo, com esse “estranho” modo de conhecer que para nós se configura ser a antropologia? (p. 192) "Podemos partir, assim, da caracterização preliminar das duas tra? dições a que me referi: a intelectualista e a empirista, para, então, cruzá-las, uma a uma, com duas importantes perspectivas caracterizadas pela “categoria” tempo e presentes em ambas as tradições" (p. 193) "(1) no primeiro domínio, teríamos a tradição intelectualista cruzada com a perspectiva sincrónica, criando um lugar a ser ocupado pelo <paradigma racionalista> que, concretamente, tão bem a <Escola Francesa de Sociologia> exemplifica" (p. 194-195) "(2) no segundo, a tradição empirista cruzada com a mesma perspectiva sincrónica, redundando no dominio do <paradigma empiricista>, exemplarmente expresso na Matriz disciplinar da <Escola Británica de Antropologia>" (p. 195) Antropologia "(3) no terceiro, continuando nessa mesma tradição empirista, mas cruzando-a com a perspectiva diacrónica, abrir-se-ia o dominio do <paradigma culturalista>, na forma em que é atualizado pela <Escola Histórico-Cultural Norte-Americana>" (p.195) "(4) retomando a tradição intelectualista e cruzando-a com a mesma perspectiva diacrónica, ter-se-ia o quarto domínio — o de um paradigma que apenas nestas últimas duas décadas começou a repercutir em nossa disciplina por influência de pensadores hermeneutas alemães e franceses, e que pode aqui ser identificado como <paradigma hermenêutico> , gerador de uma espécie de <antropologia interpretativa>" (p. 195) 1. Nao entendi bem a relacao que o autor quer estabelecer entre o texto de "Ser e Tempo" e a história da antropologia. Comentário/Pergunta É uma forma de crítica de como o problema do "tempo" tem sido esquecido ou ignorado pelas ciências sociais?
"Nesse sentido, pude desenvolver num outro lugar (Cardoso
de Oliveira, 1985b) essa reflexão mostrando como três “escolas” do pensamento antropológico, originárias de diferentes tradições intelectuais, tornaram-se exemplares na Tradições Intelectuais na atualização competente dos paradigmas racionalista, Antropologia estrutural-funcio-nalista e culturalista, orientadores respectivamente da École Française de So-ciologie, da British School of Social Anthropology e da American Historical School of Anthropology." (p.57-58) "cujas <escolas> acima mencionadas, fundadoras da disciplina, passariam a conviver com uma modalidade de antropologia eventualmente alternativa, imagem espelhada quase invertida dessas mesmas <escolas> - se Tradições Intelectuais na focalizarmos essa matriz disciplinar do ponto de vista de Antropologia: O problema categorias tais como a de ordem e a de desordem." (p. 59) da Ordem "O exame dos paradigmas sustentadores das “escolas” consolidadas nas primeiras décadas do século permite caracterizá-los como paradigmas da ordem, uma vez que é sobre essa temática que os oficiantes da disciplina se debruçam." (p. 59) "Pretendo mostrar nesta oportunidade que o quarto paradigma, o hermenêutico, começa a se impor na disciplina na medida em que logra contaminá-la de elementos conceituais solidários de uma categoria oposta à da ordem, isto é, de uma determinada ordem que se caracteriza por domesticar eficazmente esses elementos, a saber, a subjetividade, o indivíduo e a história." (p. 60) Tradições Intelectuais na "Mas esse indivíduo está igualmente domesticado no Antropologia: O problema horizonte da “escola”, pois o foco maior está na organização da Desordem cultural da personalidade, a bem dizer com os padrões de personalidade que são padrões modais como o “apolíneo” e o “dionosíaco” de Benedict, ou as personalidades modais de Samoa de Mead." (p. 63) "O quarto paradigma de nossa matriz disciplinar, que chamei de hermenêutico, abre seu espaço na antropologia primeiramente por uma negação radical daquele discurso cientificista exercitado pelos três outros paradigmas" (p. 64) "É o próprio autor que passa a ser questionado frente ao Crítica ao Autor e a saber do nativo. É sua autoridade até então inconteste que Ciência é posta em questão e fica sob suspeita." (p. 69) Qual seria o modo ou a forma de avaliar entre interpretações diferentes de um mesmo fenômeno? o autor Comentário/Pergunta discute alguma forma de identificar uma boa interpretação de uma ruim?