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Revolta da chibata

a) Na época em que a Revolta da Chibata ocorreu, a Marinha era composta por marinheiros negros
escravizados recém-libertados. Essas pessoas, para sobreviverem após a escravidão ser abolida, se
submetiam ao ofício com baixos salários e uma rotina árdua de trabalho. Qualquer pessoa que
demonstrava insatisfação era severamente punida com castigos físicos. A chibatada era um dos castigos
mais comuns, por isso a Revolta recebeu esse nome. E apesar dos castigos físicos já terem sido abolidos
na maioria das forças armadas do mundo, no Brasil eles ainda eram uma realidade.A insatisfação dos
marujos cresceu ainda mais quando os oficiais receberam aumento salarial, mas não os marinheiros.
Dessa forma, houveram dois motivos que fizeram alguns marinheiros começarem a organizar um
protesto: a criação de uma nova tabela de serviços que não chegava ao alto escalão e os baixos salários
dos marinheiros. É importante saber que, o governo brasileiro havia encomendado dois novos e
modernos encouraçados o “São Paulo” e o “Minas Gerais”, ambos de construção britânica. Os novos
navios demandavam uma quantidade ainda maior de homens para serem operados, sobrecarregando os
marinheiros.

b) Os participantes da Revolta solicitavam: O fim dos castigos físicos; Melhores condições de trabalho;
Melhores condições de alimentação; Anistia para todos os envolvidos na Revolta. O presidente Hermes
da Fonseca havia acabado de tomar posse e já enfrentava sua primeira crise, querendo acabar com a
revolta, de forma mais rápida possível.

c) Governo da cidade do Rio de Janeiro, Marinha (marinheiros, marujos, oficiais navais, etc).

d) No dia 26 de novembro, o presidente Marechal Hermes da Fonseca acatou as reivindicações dos


amotinados, encerrando aquele episódio da revolta. Mesmo tendo prometido acatar as reivindicações, o
presidente não cumpriu e dois dias após os envolvidos na Revolta terem entregado as armas, foi
decretado “estado de sítio”. Dessa forma, iniciou-se o expurgo e prisão daqueles marinheiros
considerados indisciplinados. Os marinheiros foram presos na Ilha das Cobras, sede do Batalhão Naval.
Sentindo-se traídos, os marinheiros se rebelaram novamente em 9 de dezembro de 1910. A resposta do
governo foi dura e a prisão foi bombardeada e destruída pelo exército, matando centenas de fuzileiros
navais e prisioneiros. Os rebeldes, totalizando 37 pessoas, foram recolhidos a duas prisões solitárias,
onde morreram sufocados. Somente João Cândido e outro companheiro de luta sobreviveram.
A charge mostra o presidente Hermes da Fonseca assinando "anistia" para os marinheiros e "ignorando"
o homem gordo "burguezia" que chora, e uma mulher "política" acolhendo o presidente. Na realidade, o
presidente preferiu atender aos interesses da classe burguesa e não solucionar de forma correta e justa,
a causa dos marinheiros injustiçados.

Greve geral de 1917

a) Com a Segunda Revolução Industrial (no fim do século 19), o operariado de países como Inglaterra,
Espanha e Alemanha, organizava-se para pressionar os patrões garantirem condições dignas de trabalho.
Contudo, nem sempre os problemas eram resolvidos de forma pacífica. Em 1917, o mundo vivia a
Primeira Guerra Mundial que fazia estragos econômicos e sociais nos países europeus. Igualmente,
assistia a tomada do poder por socialistas e comunistas, na Rússia. Por sua vez, o Brasil vivia um período
de instabilidade econômica provocada pela escassez de alimentos e, consequentemente, de inflação. As
primeiras fábricas, no Brasil, começaram a abrir atraindo camponeses que buscavam na cidade melhores
oportunidades de salário e vida. As condições de trabalho nessas fábricas eram as piores possíveis. Não
havia legislação trabalhista, as jornadas duravam até 16 horas por dia, mulheres e crianças realizavam
trabalhos pesados e as questões laborais eram resolvidas com a polícia.

b) Os trabalhadores pediam melhores condições de trabalho e aumento de salário.

c) Operários, comerciantes (trabalhadores) e donos das fábricas.

d) Depois de cinco dias de paralisação geral, os grevistas tiveram suas reivindicações atendidas (os
patrões deram um aumento imediato de salário e prometeram estudar as demais exigências.) A grande
vitória foi o reconhecimento do movimento operário como instância legítima, obrigando os patrões a
negociar com os proletários e a considerá-los em suas decisões.

A charge representa um dono de fábrica, "podre de rico", sentado com tranquilidade enquanto os
trabalhadores das fábricas, em conjunto, indignados e exaustos, lutam por condições melhores, como foi
o que aconteceu na Greve geral de 1917.

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