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Trabalho de História (ATC1 - Movimentos sociais na I República)

Aluno: Gabriel Abou Rahal

Série: 3*A

Número: 10

Professora: Taís Baltieri


Guerra de Canudos (7/11/1896 até 5/10/1897)
a) O sertão da Bahia vivia uma crise generalizada: os engenhos haviam entrado em decadência; o fim da
escravidão significou o surgimento de uma população numerosa sem trabalho ou moradia e a
concentração de terras permanecia na mão de uma minoria. Além disso, em 1878, havia tido uma
terrível seca, que só veio a aumentar a pobreza e miséria da maior parte da população que lá vivia. É
nesse contexto que surge o chamado “messianismo”, movimento que consistiu no aparecimento de
líderes locais com forte discurso religioso salvacionista que perambulavam pelo Nordeste fazendo
pregações.

Em uma fazenda abandonada, o beato Antônio Conselheiro fundou o arraial de Belo Monte, e lá seguiam
a moral Cristã. Todos os que ingressavam na comunidade deviam entregar uma parte de seus bens a
Conselheiro para a formação de um fundo comunitário que servia a todos. Além disso, os moradores
dividiam-se para realizar tarefas da coletividade.

Canudos começou a atrair um grande número de pessoas, especialmente os grupos que não tinham
espaço político e econômico na sociedade brasileira. Dentre eles:

trabalhadores braçais que abandonaram o serviço para os coronéis do Nordeste, fugitivos da lei, ex-
escravos, indígenas, etc. Desta forma, Antônio Conselheiro construiu um forte poder político e religioso
na região.

Para Antônio, o método republicano implantado no Brasil era a representação do fim dos tempos. Com
isso, foi construída uma imagem de que Antônio Conselheiro e seus seguidores eram perigosos
monarquistas. O crescimento do arraial preocupou não só o Governo Federal, como também a Igreja
Católica e os grandes fazendeiros locais. Estes temiam perder mão de obra, o governo não aceitava a
autonomia de Canudos e a Igreja ressentia-se da liderança espiritual de Conselheiro.
Esse poder e influência exercidos por Antônio Conselheiro passaram a incomodar tanto o governo local,
quanto o presidente Prudente de Moraes.

b) O governo e o exército somado com as pressões das elites locais queriam acabar com o arraial e matar
todos que resistissem lá, pois era considerado um local de resistência dos "monarquistas", que atacavam
a imagem da nova República. O objetivo da guerra de Canudos por parte dos moradores do arraial
(revoltosos) era defender seu território, dos ataques do governo e dos latifundiários locais.

c) Revoltosos (moradores do arraial) guiados por Antônio Conselheiro; governo; exército.

d) Após três expedições do governo mal sucedidas, a quarta foi certeira: as tropas do governo
destruíram a comunidade montada em Canudos, deixando em torno de 25 mil mortos. As tropas oficiais
não chegaram a fazer prisioneiros, executando muitos dos integrantes de Belo Monte, em Canudos.

Essa charge caricatura Antônio Conselheiro e seus seguidores, que consideravam-no como o "Messias",
que veio para salvá-los da crise e lutar contra o fim do mundo, a República.

Ele é retratado como se fosse um "Profeta", com vestes arcaicas e precárias, e com um cajado,
simbolizando o mesmo como alguém "muito experiente" e líder.

Na charge pode-se ver o diálogo de Antônio, dizendo "a República aqui não passará." Isso retrata os seus
ideiais e de seus seguidores, que eram vistos como "Monarquistas", contra a República.
Guerra do Contestado (22 de outubro de 1912 - Agosto de 1916)
a) A industrialização se desenvolvia bastante no Brasil, e as rodovias continuavam a ser abertas com o
objetivo de "conectar" os estados do Brasil. Uma grande área de terra foi desapropriada para iniciar a
construção da Estrada de Ferro que interligava a Região Sul com a Região Sudeste. Vários posseiros da
área foram desapropriados para a realização desse projeto e outros tantos pequenos fazendeiros que
viviam da extração de madeira faliram. Todavia, os impactos das desapropriações foram neutralizados
pela promessa de trabalho no canteiro de obras da Rodovia. Após a empresa ter finalizado o projeto da
Rodovia, surgiu uma grande quantidade de pessoas desempregadas, e quantidade de pessoas em más
condições de vida foi aumentando. Outro problema enfrentado pela população era a falta de
regularização das posses de terras, além de que os grandes proprietários obrigavam o abandono das
pequenas propriedades pelos posseiros. Isto gerou diversos problemas sociais, além da insatisfação
popular. Foi a união destes acontecimentos que ocorreram que deixou grande parte das pessoas
insatisfeitas e revoltadas, assim contribuindo para o início da Guerra do Contestado. É importante notar
que, o “monge” José Maria (a alcunha adotada por Miguel Lucena Boaventura) um ex-soldado do
exército, católico, curandeiro e monarquista, que acreditava na volta de São Sebastião, o messias que iria
melhorar as condições de vida da população explorada, ganhou grande força na área com seus discursos
religiosos, "encantando" os trabalhadores.

b) As grandes companhias estrangeiras queriam as terras dos camponeses, e estes, queriam-nas


defender, e lutar por suas propriedades.

c) Famílias camponesas, tropas do governo do Pará e grandes companhias estrangeiras.

d) Comandados por líderes religiosos, como o “monge” José Maria, os camponeses da região lutaram
contra tropas do governo do Paraná. O conflito terminou com a derrota dos camponeses e cerca de 10
mil mortos.
A charge mostra José Maria, sentado no trilho da estrada de ferro, representando não somente sua
característica de "monge" mas também a falta de área para os trabalhadores viverem, pois as empresas
internacionais haviam tomado suas terras.

Revolta da Vacina (10 de nov. de 1904 – 18 de nov. de 1904)


a) Durante a presidência de Rodrigues Alves (1902-1906), o saneamento e a modernização do Rio de
Janeiro tornaram-se prioridades. Na época, os serviços públicos urbanos eram precários. A falta de
tratamento de água e esgoto, por exemplo, agravava as péssimas condições de higiene, contribuindo
para a disseminação de doenças e epidemias. Além das obras feitas para modernizar a cidade e melhorar
a imagem da capital federal no exterior, foram tomadas medidas para promover a melhora das
condições sanitárias da cidade. Praças, cemitérios e canais de drenagem foram reformados e visitas
domiciliares de agentes sanitaristas foram instituídas para remover tudo o que fosse considerado
prejudicial à higiene e à saúde. A tarefa de combater as epidemias foi confiada ao médico sanitarista
Oswaldo Cruz, que adotou uma série de medidas de higiene pública para combater a febre amarela, a
peste bubônica e a varíola. A forma como a vacinação foi realizada, com brigadas sanitárias que invadiam
residências e forçavam a aplicação da vacina, e a falta de iniciativa do governo para esclarecer a
população sobre a importância desse tipo de medida preventiva foram fatores essenciais para a eclosão
da revolta.

b) O objetivo do presidente Rodrigues Alves, e do governo era modernizar a cidade do Rio de Janeiro, e
melhorar o saneamento e a saúde. Os funcionários de Saúde Pública invadiram as casas das pessoas
com a proteção da polícia, utilizando a força para vacinar. A população, por sua vez, enfrentou e resistiu à
bala com a frase de ordem que dizia que ser direito do cidadão a opção de recusar o líquido
desconhecido para preservar seu próprio corpo. O povo insatisfeito protestou contra a Lei da Vacinação
Obrigatória e também contra os serviços públicos prestados.

c) Governo da cidade do Rio de Janeiro, Serviços públicos, polícia e cidadãos.

d) Foi proclamado o Estado de Sítio e o cancelamento da vacinação obrigatória no dia 16 de novembro.


Depois disso, a Lei da Vacina Obrigatória foi modificada e a utilização da vacina tornou-se opcional. O
governo desmanchou aquele que nomeou como movimento rebelde, ou seja, a Revolta da Vacina e
prendeu muitas pessoas suspeitas ou não do tumulto. O saldo total desse episódio foi de 30 mortos, 110
feridos, 461 deportados para o estado do Acre e 945 pessoas presas na Ilha das Cobras.

A charge mostra os policiais e os serviços de saúde pública da cidade do Rio de Janeiro tentando invandir
a moradia dos cidadãos, que tentam "lutar de volta", tacando vários objetos e partindo para cima. A
charge evidencia a insatisfação da população com os benefícios de uma modernização urbana
autoritária, e mostra a reação da população contra as leis e "forças" da época.

Revolta da chibata (22/11/1910 até 26/11/1910)


a) Na época em que a Revolta da Chibata ocorreu, a Marinha era composta por marinheiros negros
escravizados recém-libertados. Essas pessoas, para sobreviverem após a escravidão ser abolida, se
submetiam ao ofício com baixos salários e uma rotina árdua de trabalho. Qualquer pessoa que
demonstrava insatisfação era severamente punida com castigos físicos. A chibatada era um dos castigos
mais comuns, por isso a Revolta recebeu esse nome. E apesar dos castigos físicos já terem sido abolidos
na maioria das forças armadas do mundo, no Brasil eles ainda eram uma realidade.A insatisfação dos
marujos cresceu ainda mais quando os oficiais receberam aumento salarial, mas não os marinheiros.
Dessa forma, houveram dois motivos que fizeram alguns marinheiros começarem a organizar um
protesto: a criação de uma nova tabela de serviços que não chegava ao alto escalão e os baixos salários
dos marinheiros. É importante saber que, o governo brasileiro havia encomendado dois novos e
modernos encouraçados o “São Paulo” e o “Minas Gerais”, ambos de construção britânica. Os novos
navios demandavam uma quantidade ainda maior de homens para serem operados, sobrecarregando os
marinheiros.

b) Os participantes da Revolta solicitavam: O fim dos castigos físicos; Melhores condições de trabalho;
Melhores condições de alimentação; Anistia para todos os envolvidos na Revolta. O presidente Hermes
da Fonseca havia acabado de tomar posse e já enfrentava sua primeira crise, querendo acabar com a
revolta, de forma mais rápida possível.

c) Governo da cidade do Rio de Janeiro, Marinha (marinheiros, marujos, oficiais navais, etc).

d) No dia 26 de novembro, o presidente Marechal Hermes da Fonseca acatou as reivindicações dos


amotinados, encerrando aquele episódio da revolta. Mesmo tendo prometido acatar as reivindicações, o
presidente não cumpriu e dois dias após os envolvidos na Revolta terem entregado as armas, foi
decretado “estado de sítio”. Dessa forma, iniciou-se o expurgo e prisão daqueles marinheiros
considerados indisciplinados. Os marinheiros foram presos na Ilha das Cobras, sede do Batalhão Naval.
Sentindo-se traídos, os marinheiros se rebelaram novamente em 9 de dezembro de 1910. A resposta do
governo foi dura e a prisão foi bombardeada e destruída pelo exército, matando centenas de fuzileiros
navais e prisioneiros. Os rebeldes, totalizando 37 pessoas, foram recolhidos a duas prisões solitárias,
onde morreram sufocados. Somente João Cândido e outro companheiro de luta sobreviveram.
A charge mostra o presidente Hermes da Fonseca assinando "anistia" para os marinheiros e "ignorando"
o homem gordo "burguezia" que chora, e uma mulher "política" acolhendo o presidente. Na realidade, o
presidente preferiu atender aos interesses da classe burguesa e não solucionar de forma correta e justa,
a causa dos marinheiros injustiçados.

Greve geral de 1917 (9 até 16 de julho de 1917)


a) Com a Segunda Revolução Industrial (no fim do século 19), o operariado de países como Inglaterra,
Espanha e Alemanha, organizava-se para pressionar os patrões garantirem condições dignas de trabalho.
Contudo, nem sempre os problemas eram resolvidos de forma pacífica. Em 1917, o mundo vivia a
Primeira Guerra Mundial que fazia estragos econômicos e sociais nos países europeus. Igualmente,
assistia a tomada do poder por socialistas e comunistas, na Rússia. Por sua vez, o Brasil vivia um período
de instabilidade econômica provocada pela escassez de alimentos e, consequentemente, de inflação. As
primeiras fábricas, no Brasil, começaram a abrir atraindo camponeses que buscavam na cidade melhores
oportunidades de salário e vida. As condições de trabalho nessas fábricas eram as piores possíveis. Não
havia legislação trabalhista, as jornadas duravam até 16 horas por dia, mulheres e crianças realizavam
trabalhos pesados e as questões laborais eram resolvidas com a polícia.
b) Os trabalhadores pediam melhores condições de trabalho e aumento de salário.

c) Operários, comerciantes (trabalhadores) e donos das fábricas.

d) Depois de cinco dias de paralisação geral, os grevistas tiveram suas reivindicações atendidas (os
patrões deram um aumento imediato de salário e prometeram estudar as demais exigências.) A grande
vitória foi o reconhecimento do movimento operário como instância legítima, obrigando os patrões a
negociar com os proletários e a considerá-los em suas decisões.

A charge representa um dono de fábrica, "podre de rico", sentado com tranquilidade enquanto os
trabalhadores das fábricas, em conjunto, indignados e exaustos, lutam por condições melhores, como foi
o que aconteceu na Greve geral de 1917.

Messianismo nos Movimentos Rurais


Messianismo significa o retorno de um enviado divino libertador - messias - o retorno do ser divino
enviado pela divindade para libertar a humanidade. É a crença na volta do messias para cumprir a causa
de um povo oprimido que acredita na sua “eleição ou chamado para tarefas sagradas” ou não religiosas.
Grupos desesperados, em tempos de crise políticas aguardam o “salvador da pátria” ou “messias” que
os livrará das forças do mal, implantará o paraíso na terra e o juízo final dos opressores, assim como na
Guerra de Canudos e na Guerra do Contestado.

Bibliografia:
Google imagens

Livro de História Moderna

https://www.todamateria.com.br/greve-geral-de-1917/

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=28793

http://educacao.globo.com/provas/enem-2011/questoes/43.html

https://beduka.com/blog/materias/historia/descubra-o-que-foi-a-revolta-da-chibata/

https://chibatas.blogspot.com/2010/11/tensao-traicao-e-expulsao.html

https://pt.wikipedia.org/wiki/Greve_Geral_de_1917#Conclusão_das_paralisações

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/guerra-do-contestado

https://querobolsa.com.br/enem/historia-brasil/guerra-de-canudos

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/guerra-de-canudos

http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=85

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/revolta-da-vacina

https://www.infoescola.com/religiao/messianismo/

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