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Série: 3*A
Número: 10
Em uma fazenda abandonada, o beato Antônio Conselheiro fundou o arraial de Belo Monte, e lá seguiam
a moral Cristã. Todos os que ingressavam na comunidade deviam entregar uma parte de seus bens a
Conselheiro para a formação de um fundo comunitário que servia a todos. Além disso, os moradores
dividiam-se para realizar tarefas da coletividade.
Canudos começou a atrair um grande número de pessoas, especialmente os grupos que não tinham
espaço político e econômico na sociedade brasileira. Dentre eles:
trabalhadores braçais que abandonaram o serviço para os coronéis do Nordeste, fugitivos da lei, ex-
escravos, indígenas, etc. Desta forma, Antônio Conselheiro construiu um forte poder político e religioso
na região.
Para Antônio, o método republicano implantado no Brasil era a representação do fim dos tempos. Com
isso, foi construída uma imagem de que Antônio Conselheiro e seus seguidores eram perigosos
monarquistas. O crescimento do arraial preocupou não só o Governo Federal, como também a Igreja
Católica e os grandes fazendeiros locais. Estes temiam perder mão de obra, o governo não aceitava a
autonomia de Canudos e a Igreja ressentia-se da liderança espiritual de Conselheiro.
Esse poder e influência exercidos por Antônio Conselheiro passaram a incomodar tanto o governo local,
quanto o presidente Prudente de Moraes.
b) O governo e o exército somado com as pressões das elites locais queriam acabar com o arraial e matar
todos que resistissem lá, pois era considerado um local de resistência dos "monarquistas", que atacavam
a imagem da nova República. O objetivo da guerra de Canudos por parte dos moradores do arraial
(revoltosos) era defender seu território, dos ataques do governo e dos latifundiários locais.
d) Após três expedições do governo mal sucedidas, a quarta foi certeira: as tropas do governo
destruíram a comunidade montada em Canudos, deixando em torno de 25 mil mortos. As tropas oficiais
não chegaram a fazer prisioneiros, executando muitos dos integrantes de Belo Monte, em Canudos.
Essa charge caricatura Antônio Conselheiro e seus seguidores, que consideravam-no como o "Messias",
que veio para salvá-los da crise e lutar contra o fim do mundo, a República.
Ele é retratado como se fosse um "Profeta", com vestes arcaicas e precárias, e com um cajado,
simbolizando o mesmo como alguém "muito experiente" e líder.
Na charge pode-se ver o diálogo de Antônio, dizendo "a República aqui não passará." Isso retrata os seus
ideiais e de seus seguidores, que eram vistos como "Monarquistas", contra a República.
Guerra do Contestado (22 de outubro de 1912 - Agosto de 1916)
a) A industrialização se desenvolvia bastante no Brasil, e as rodovias continuavam a ser abertas com o
objetivo de "conectar" os estados do Brasil. Uma grande área de terra foi desapropriada para iniciar a
construção da Estrada de Ferro que interligava a Região Sul com a Região Sudeste. Vários posseiros da
área foram desapropriados para a realização desse projeto e outros tantos pequenos fazendeiros que
viviam da extração de madeira faliram. Todavia, os impactos das desapropriações foram neutralizados
pela promessa de trabalho no canteiro de obras da Rodovia. Após a empresa ter finalizado o projeto da
Rodovia, surgiu uma grande quantidade de pessoas desempregadas, e quantidade de pessoas em más
condições de vida foi aumentando. Outro problema enfrentado pela população era a falta de
regularização das posses de terras, além de que os grandes proprietários obrigavam o abandono das
pequenas propriedades pelos posseiros. Isto gerou diversos problemas sociais, além da insatisfação
popular. Foi a união destes acontecimentos que ocorreram que deixou grande parte das pessoas
insatisfeitas e revoltadas, assim contribuindo para o início da Guerra do Contestado. É importante notar
que, o “monge” José Maria (a alcunha adotada por Miguel Lucena Boaventura) um ex-soldado do
exército, católico, curandeiro e monarquista, que acreditava na volta de São Sebastião, o messias que iria
melhorar as condições de vida da população explorada, ganhou grande força na área com seus discursos
religiosos, "encantando" os trabalhadores.
d) Comandados por líderes religiosos, como o “monge” José Maria, os camponeses da região lutaram
contra tropas do governo do Paraná. O conflito terminou com a derrota dos camponeses e cerca de 10
mil mortos.
A charge mostra José Maria, sentado no trilho da estrada de ferro, representando não somente sua
característica de "monge" mas também a falta de área para os trabalhadores viverem, pois as empresas
internacionais haviam tomado suas terras.
b) O objetivo do presidente Rodrigues Alves, e do governo era modernizar a cidade do Rio de Janeiro, e
melhorar o saneamento e a saúde. Os funcionários de Saúde Pública invadiram as casas das pessoas
com a proteção da polícia, utilizando a força para vacinar. A população, por sua vez, enfrentou e resistiu à
bala com a frase de ordem que dizia que ser direito do cidadão a opção de recusar o líquido
desconhecido para preservar seu próprio corpo. O povo insatisfeito protestou contra a Lei da Vacinação
Obrigatória e também contra os serviços públicos prestados.
A charge mostra os policiais e os serviços de saúde pública da cidade do Rio de Janeiro tentando invandir
a moradia dos cidadãos, que tentam "lutar de volta", tacando vários objetos e partindo para cima. A
charge evidencia a insatisfação da população com os benefícios de uma modernização urbana
autoritária, e mostra a reação da população contra as leis e "forças" da época.
b) Os participantes da Revolta solicitavam: O fim dos castigos físicos; Melhores condições de trabalho;
Melhores condições de alimentação; Anistia para todos os envolvidos na Revolta. O presidente Hermes
da Fonseca havia acabado de tomar posse e já enfrentava sua primeira crise, querendo acabar com a
revolta, de forma mais rápida possível.
c) Governo da cidade do Rio de Janeiro, Marinha (marinheiros, marujos, oficiais navais, etc).
d) Depois de cinco dias de paralisação geral, os grevistas tiveram suas reivindicações atendidas (os
patrões deram um aumento imediato de salário e prometeram estudar as demais exigências.) A grande
vitória foi o reconhecimento do movimento operário como instância legítima, obrigando os patrões a
negociar com os proletários e a considerá-los em suas decisões.
A charge representa um dono de fábrica, "podre de rico", sentado com tranquilidade enquanto os
trabalhadores das fábricas, em conjunto, indignados e exaustos, lutam por condições melhores, como foi
o que aconteceu na Greve geral de 1917.
Bibliografia:
Google imagens
https://www.todamateria.com.br/greve-geral-de-1917/
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=28793
http://educacao.globo.com/provas/enem-2011/questoes/43.html
https://beduka.com/blog/materias/historia/descubra-o-que-foi-a-revolta-da-chibata/
https://chibatas.blogspot.com/2010/11/tensao-traicao-e-expulsao.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Greve_Geral_de_1917#Conclusão_das_paralisações
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/guerra-do-contestado
https://querobolsa.com.br/enem/historia-brasil/guerra-de-canudos
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/guerra-de-canudos
http://www.historia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=85
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/revolta-da-vacina
https://www.infoescola.com/religiao/messianismo/