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MERCADO DE
DERIVATIVOS
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Sumário
4.1 Mercado de Derivativos ..................................................................................................................2
Aspectos gerais .................................................................................................................................2
Função Econômica: Conceituação do Mercado Derivativo ..............................................................6
Definições dos contratos negociados ...............................................................................................6
Participantes do Mercado...............................................................................................................20
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4.1 Mercado de Derivativos
Aspectos gerais
Derivativos são instrumentos financeiros cujos preços estão ligados a outro instrumento, dito
subjacente, que lhes serve de referência. Uma opção sobre ações, por exemplo, é um derivativo cujo
valor depende do preço de uma ação.
É no Japão feudal do século XVII que está a origem da primeira modalidade de derivativo: o
contrato a termo (como será visto adiante). Trata-se do primeiro registro de comércio
organizado para entrega de bens no futuro.
Os grandes proprietários rurais e os senhores feudais encontravam-se espremidos entre uma
economia monetária em expansão, nas cidades, e sua fonte de recursos, a agricultura
primária. Os pagamentos que recebiam dos arrendatários eram feitos na forma de
participação na colheita anual de arroz. Essa renda era irregular e sujeita a fatores
incontroláveis, como clima e outros fatores sazonais.
Uma vez que a economia monetária exigia que a nobreza tivesse caixa disponível todo o
tempo, a instabilidade nas receitas estimulou a prática do embarque marítimo do arroz
excedente para os centros principais, Osaka e Tóquio, onde a mercadoria podia ser
armazenada e vendida quando conveniente. Para levantar dinheiro com rapidez, os senhores
das terras começaram a vender recibos de armazenagem de bens estocados em armazéns
urbanos ou rurais.
Os comerciantes, por sua vez, compravam esses recibos como meio de antecipar suas
necessidades, pois estes também sofriam com a flutuação de safras incertas. Finalmente,
para facilitar as transações, os recibos de arroz tornaram-se amplamente aceitos como
moeda corrente. Algumas vezes, as reservas de arroz eram insuficientes para suprir as
necessidades da nobreza situação em que os comerciantes emprestavam dinheiro a juros
aos senhores de terras, antes da venda efetiva dos recibos de arroz.
Ao final do século XVII, o mercado de Dojima caracterizava-se pelo fato de ser permitido
negociar apenas para liquidação futura. Por volta de 1730, o xogunato Tokugawa (governo
imperial) designou e reconheceu oficialmente o mercado como cho-ai-mai, literalmente
arroz comercializado no livro, ou seja, arroz escritural. Várias normas desse mercado eram
surpreendentemente similares às operações atuais a termo.
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Muito especula-se da dimensão do mercado de derivativos. Fato é que o mercado é significativo e
tido como fundamental para a economia mundial, uma vez que todo o processo de negociação está
ancorado em coberturas (hedge) contra riscos de preços e taxas por meio de derivativos.
Mercado de Balcão
Risco de preço
Pagamento de prêmio
Comprador Vendedor
Contrato de opção
Risco de contrapartida
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Mercado de Bolsa
Risco de contrapartida
Risco de preços
Compra Vende
Vende Compra
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Exemplo: um participante do mercado assume posição comprada de 20 contratos de Ibovespa futuro
para março e deseja encerrar sua posição antes da data de vencimento. Como proceder?
Este participante deve vender 20 contratos de Ibovespa para o mesmo mês. Sendo a posição igual
ao saldo líquido do número de contratos comprados e vendidos para o mesmo vencimento, sua
posição será zero.
Física: negócio é liquidado mediante a entrega física do ativo. Mais comum nos mercado
agropecuários e de energia.
ii. Caso o preço de referência no mercado a vista fosse de R$110,00, o resultado seria:
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Função Econômica: Conceituação do Mercado Derivativo
Contratos a termo
1
Maris, A. Mercado Derivativos e Análise de Risco.
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Não padronizado, negociado diretamente entre as partes;
Não há troca de ativos até o vencimento do contrato;
Aquele que se compromete a vender um determinado ativo na data especificada e pelo
preço preestabelecido, diz-se estar na posição vendida (short) do acordo;
Aquele que se compromete a comprar um determinado ativo na data especificada e
pelo preço reestabelecido, diz-se estar na posição comprada (long) do acordo;
Baixa liquidez;
Há um sério risco de crédito envolvido no negócio, pois não se sabe como será o
comportamento entre as partes na data de liquidação (ou vencimento) do contrato.
O preço de um contrato a termo é o valor presente do preço de exercício. Em essência, o que muda
é a metodologia do cálculo (capitalização contínua ou não) e o fluxo de caixa da operação (com ou
sem rendimentos intermediários).
Onde r é a taxa de juros (a.a.) livre de risco, capitalizada de forma contínua; S é o preço à vista; T é o
período de tempo (a.a.) até a data de entrega do ativo; F é o preço a termo (preço de entrega que
faz o contrato ter valor zero); K é o preço de entrega do contrato a termo.
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Onde r é a taxa de juros (a.a.) livre de risco, capitalizada de forma contínua; S é o preço à vista; T é o
período de tempo (a.a.) até a data de entrega do ativo; F é o preço a termo (preço de entrega que
faz o contrato ter valor zero); K é o preço de entrega do contrato a termo.
Os contratos a termo podem ser usados para proteger o risco de câmbio, para exemplificar. Como
dado no exemplo de Hull2, imagine que em 6/05/2013 o tesoureiro de uma empresa americana sabe
que a organização pagará 1 milhão em 6 meses (6/11/2013) e quer fazer hedge contra mudanças
na taxa de câmbio. Usando as cotações da tabela abaixo, o tesoureiro pode concordar em comprar
1 milhão em 6 meses a termo por uma taxa de câmbio de 1,5532. A emprega então teria um
contrato de compra a termo sobre a libra britânica. Logo, ela concordou que, em 6/11/2013, irá
comprar 1 milhão do banco por 1,5532 milhões de dólares. O banco, por sua vez, tem um contrato
de venda a termo sobre libra britânica, concordando que no vencimento irá vender 1 milhão por
1,5532 milhões de dólares.
Considere ainda a posição da empresa. O contrato a termo obriga a companhia a comprar 1 milhão
por 1.553.200 dólares. Se a taxa de câmbio à vista aumentar para 1,6000, ao final de 6 meses, o
contrato a termo valeria 46.800 dólares (1.600.000 1.553.200) para a empresa. Ela permitiria que
1 milhão fosse comprada a uma taxa de câmbio de 1,5532 e não de 1,6000. Da mesma forma, se a
taxa de câmbio à vista caísse para 1,5000 ao final de 6 meses, o contrato a termo teria valor negativo
de 53.200 dólares para a empresa, pois ela teria que pagar 53.200 a mais do que o preço de mercado
pela mesma quantidade de libras esterlinas.
O resultado de uma posição long de um contrato a termo sobre uma unidade de um ativo é:
Onde K, mais uma vez, é o preço de entrega e o preço à vista do ativo no vencimento do contrato.
Isso ocorre, pois o titular do contrato é obrigado a comprar um ativo que vale por K. Da mesma
forma, o resultado de uma posição vendida em um contrato a termo sobre uma unidade de um ativo
é:
2
Hull, J. MMM
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Tais resultados podem ser positivos ou negativos. Como não há custos em firmar um contrato a
termo, seu resultado é o ganho ou a perda do total obtido pelo trader com o contrato.
No exemplo de dado em Hull, K = 1,5532 e a empresa possui uma posição comprada. Quando
é-
Contratos Futuros
Um contrato futuro é um acordo entre duas partes de comprar ou vender um ativo em uma
determinada data no futuro a um preço específico. É tido como um aperfeiçoamento do contrato a
termo, sendo, geralmente, negociados em bolsa. Para possibilitar as negociações, as bolsas
especificam certas características padronizadas do contrato e atuam garantindo que o contrato será
honrado.
No mercado futuro, os compromissos são ajustados financeiramente às expectativas do mercado
referentes ao preço futuro daquele bem, por meio do ajuste diário (mecanismo que apura perdas e
ganhos).
- Ajuste diário
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- Contratos padronizados
- Margem de garantia
A operação se dá:
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Exemplificando o mecanismo de ajuste diário:
Resultado da exportação
Resultado geral
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Caso ocorresse alta na taxa de câmbio, o resultado no mercado futuro para o exportador seria
negativo e, ao mesmo tempo, o da exportação seria maior; porém, o resultado geral seria o mesmo,
mantendo assim a taxa de câmbio da operação. O inverso ocorre par ao importador. Para ambas as
partes, as cotações do dólar foram prefixadas, contendo perdas de preço em suas operações
comerciais.
Conforme percebido pelo exemplo, o fluxo diário de pagamentos necessita de garantias. Nesse
sentido, destaca-se a fundamental participação da câmara de compensação (clearing), no
cumprimento das obrigações assumidas pelos participantes, uma vez que ela se torna compradora
de todos os vendedores e vendedora de todos os compradores, controlando as posições em aberto
de todos participantes e realizando a liquidação de todas as operações.
O preço no mercado futuro é formado por meio de um processo competitivo entre compradores e
vendedores nas rodas de negociação dos pregões ou em sistemas eletrônicos. Os preços revelam as
expectativas do mercado quanto ao valor de uma mercadoria ou de um ativo no futuro.
A relação entre o preço à vista e o futuro pode ser expressa da seguinte forma:
Onde F é o preço futuro; S é o preço à vista; i é a taxa de juro diária; n é o número de dias a decorrer
até o vencimento; CC é o custo de carregamento; e é o componente de erro.
Operações
- Vende o ativo no mercado a - Toma dinheiro emprestado à
vista pelo preço S; taxa i pelo período n;
Não existe oportunidade de
- Aplica dinheiro da venda à - Compra o ativo no mercado
arbitragem.
taxa i pelo período n; a vista pelo preço S;
- Compra futuro pelo preço F. - Vende futuro pelo preço F.
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A diferença entre o preço à vista e o preço futuro é conhecida como base. À medida que se aproxima
a data de vencimento do contrato, o preço à vista e o futuro começam a convergir. Na data de
vencimento, serão iguais. Sem essa convergência, não há sentido para existência de um contrato
futuro, dado que inviabiliza o hedge.
Quanto aos riscos no mercado futuro destaca-se o risco de mercado, sendo este proveniente de
variações imprevistas nos níveis de preços de mercado, devido a fatores políticos, econômicos, entre
outros. Esse risco é comum a todos os ativos. Dado que o valor dos ativos negociados é determinado
pelas expectativas dos agentes de mercado, a incerteza em relação ao valor futuro desses ativos
caracteriza o risco de mercado.
Outro risco que merece destaque é o risco de base [notadamente no mercado agropecuário]. O risco
de base pode ser definido como a diferença de preço do local de origem e a cotação do derivativo
negociado na Bolsa. Tal diferença pode ser atribuída a diversos fatores como a localização geográfica,
condições sazonais, oferta e demanda local, frete, dentre outros.
Devido ao fato de a diferença de cotação entre dois pontos de formação de preço de uma
determinada commodity não ser constante, pode-se dizer que existe o risco quanto à expectativa de
base.
Contratos de opções
Uma opção pode ser entendida como o direito, e não uma obrigação, de compra ou venda de certa
quantidade de um bem ou ativo, por um determinado preço, para exercício em data futura pré-
definida.
Antes de entrarmos em alguns aspectos relativos a esse instrumento, vejamos alguns conceitos
importantes:
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As opções podem ser de dois tipos: de compra, também conhecida como call, ou de venda, conhecida
como put.
Opção de compra (call): o titular/comprador adquire o direito de comprar o ativo-objeto do
contrato, mas não a obrigação, por preço fixo, dito preço de exercício, em data futura
acordadas pelas partes. Para obter o direito de comprar, paga ao lançador um valor
chamado prêmio;
Opção de venda (put): o titular adquire o direto de vender o objeto do contrato, mas não a
obrigação, por preço fixo, em data futura acordada pelas partes. Para ceder o direito de
venda ao titular, o lançador recebe um prêmio.
Sem a combinação com a posição no mercado a vista, todas as posições são especulativas. Avaliando
as posições possíveis no mercado de opções, vejamos o objetivo do investidor em cada cenário:
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Call titular de uma opção de compra
O titular de uma call acredita que o preço a vista do ativo subjacente, ou ativo objeto, PV, vai subir e
que, na data de vencimento, será maior que o preço de exercício (K) mais o prêmio pago. Caso isso
ocorra, exercerá seu direito de compra-lo pelo preço de exercício, quando poderá vende-lo por preço
maior no mercado a vista, obtendo, dessa forma, lucro na operação.
Lucro
Região de lucro
100 p/ titular da call
0 PV
100+10
-10
Perda
PR
K K+PR
O titular acredita que o preço a vista do ativo subjacente vai subir e que, no vencimento, será maior
que o preço de exercício, acrescido do prêmio pago. Se isso de fato ocorrer, ele irá exercer seu direito
de compra-lo pelo preço de exercício, vendendo-o posteriormente por um preço maior que no
mercado a vista.
Se o preço atinge 125, por exemplo, ele exerce o direito de comprar por 100 e vende o ativo no
mercado a vista por 125, obtendo lucro de 25. Como gastou 10 com o prêmio, seu lucro líquido será
de 15.
Esse tipo de operação apresenta prejuízo limitado ao prêmio pago pelo titular e ganhos ilimitados,
uma vez que quanto mais o preço a vista subir além do nível determinado por K + prêmio, maior o
ganho do titular.
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Call lançador de uma opção de compra
Lucro
PR
100+10 PV
100 Região de perda p/
lançador da call
Perda
K K+PR
O lançador crê que o preço à vista do ativo-objeto não vai subir e que, no vencimento, não será maior
que K + PR. Se isso ocorre, ele fica com o valor do prêmio pago pelo comprador da opção.
Por outro lado, se o preço à vista subir e alcançar valores maiores que K+PR, o vendedor poderá ser
exercido.
Região de lucro p/
lançador da call
Lucro
100-10 PV
100
-10
Perda
PR
K+PR K
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Resultado do exercício p/ titular da put
50 100 -10 40
60 100 -10 30
70 100 -10 20
80 100 -10 10
90 100 -10 0
100 100 -10 -10
110 100 -10 -10
120 100 -10 -10
PV = preço a vista; PR = prêmio da opção; K =
preço de exercício da opção
O comprador da put crê que o preço do ativo-objeto vai cair e que, no vencimento, será menor que
K PR. Caso isso ocorra, exercerá seu direito de vender por K e recomprará o ativo-objeto pelo preço
menor no mercado a vista, obtendo lucro.
Perceba que, caso o preço à vista atinja 50, este irá exercer seu direito de vender o ativo-objeto por
100 e o recomprará por 50, obtendo lucro de 50. Como ele pagou 10 com o prêmio, seu lucro líquido
será de 40.
Região de perda p/
lançador da put
Lucro
PR
100-10 100 PV
Perda
K+PR K
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O lançador de uma put crê que o preço a vista do ativo vai subir e que, no vencimento, será superior
a K PR. Se isso ocorre, fica com o valor do prêmio pago pelo comprador da opção. Caso contrário,
se o preço a vista cair e situar em patamar inferior ao PR, poderá ser exercido.
Quanto às probabilidades de exercício das opções, temos:
In-the-money (dentro do preço): quando seu exercício promete gerar um fluxo de caixa
positivo. Portanto, uma opção de compra está dentro do preço quando o preço do ativo é
superior ao preço de exercício e uma opção de venda está dentro do preço quando o preço
do ativo é inferior ao preço de exercício;
Out of the Money (fora do preço): quando o preço do ativo é inferior ao preço de exercício;
ninguém exerceria o direito de comprar um ativo pelo preço de exercício se o valor desse
ativo fosse inferior a esse preço. Uma opção de venda está fora do preço quando o preço de
exercício é inferior ao preço do ativo;
At the Money (no dinheiro): opções estão no dinheiro quando o preço de exercício e o preço
do ativo são iguais.
Contrato Swap
Swap, como o próprio nome supõe, consiste em um acordo entre duas partes para troca de risco de
uma posição ativa ou passiva, em data futura, conforme critérios preestabelecidos. Os swaps mais
comuns são os de taxas de juro, moedas e commodities.
Neste mercado o investidor negocia a troca de rentabilidade entre dois bens, a partir da aplicação
da rentabilidade de ambos a um valor em reais.
R$ 100 mil
Se, no vencimento do contrato, a valorização do ouro for inferior à variação do Ibovespa negociada
entre as partes, receberá a diferença a parte que comprou Ibovespa e vendeu ouro. Nesse exemplo,
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será a instituição A. Se a rentabilidade do ouro for superior à variação do Ibovespa, receberá a
diferença a parte que comprou ouro e vendeu Ibovespa. No caso, a instituição B.
Considerando exemplo dólar × taxa pré. Sua forma de cotação é a diferença entre a taxa de juro
doméstica e a variação cambial o cupom cambial. O valor dos indexadores incide sobre o valor de
referência comum acordado entre as partes.
Instituição A Instituição B
Troca de Fluxos
R$ 100 mil
Os swaps não possuem padronização, sendo negociados no mercado de balcão. Justamente por
serem negociados nesse ambiente, não existe a possibilidade de transferir a outro participante,
obrigando o agente a carregá-la até o vencimento. A liquidação é essencialmente financeira e feita
pela diferença entre os fluxos no vencimento.
Swap de moeda: contrato em que se troca o principal e os juros em uma moeda pelo
principal mais os juros em outra moeda;
Swap de commodities: contrato por meio do qual duas instituições trocam fluxos
associados à variação de cotações de commodities.
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utilizam esse instrumento para gerenciar os riscos embutidos em suas posições, reduzir o custo de
captação de fundos, especular sobre os movimentos do mercado ou proteger-se da oscilação das
variáveis sobre outro contrato de swap.
Existem ainda dois outros agentes: o swap broker e o swap dealer. O swap broker identifica e localiza
as duas partes que firmam o compromisso no swap. O swap dealer é o agente que se posiciona em
uma das pontas de um swap quando surge o interesse de uma instituição pelo contrato, até que ele
mesmo encontre outra instituição que deseje ser a contraparte em seu lugar.
Participantes do Mercado
Especulação: todos os aplicadores que buscam resultados financeiros nas operações, operando
justamente a variação de preços. Sua participação é fundamental, uma vez que assumem os riscos
de variações dos preços e oferecem liquidez ao mercado.
Hedge (proteção): busca proteção contra variações adversas nos preços. Suas operações geralmente
estão atreladas à cadeia produtiva do ativo objeto do contrato do derivativo negociado. O objetivo
é transferir os riscos de sua operação a outros participantes.
Alavancagem: uma alavancagem é verificada quando um investidor realiza uma operação assumindo
uma posição relevante, porém com baixo nível de capital investido. Ilustrativamente, suponha que
um investidor apostou na subida de preço de um determinado ativo no mercado a vista e decida
financiar uma posição elevada de compra adquirindo opções de compra do mesmo ativo.
Caso a previsão do investidor se realize, ele apura um ganho alto medido pela valorização do ativo
adquirido e o prêmio da opção de compra. Uma posição alavancada traz risco maior ao aplicador.
Caso a projeção de alta dos preços não se realize, ao contrário, se os preços caírem, o aplicador
arcará com prejuízo pela desvalorização do ativo adquirido e também pela opção de compra, na qual
deverá pagar um preço de exercício mais alto que o praticado no mercado a vista, caso a opção seja
exercida.
Arbitragem: mescla hedge e especulador, isto é, com baixa exposição ao risco, busca alta
rentabilidade. Tradicionalmente, opera dois mercados de forma simultânea, obtendo vantagens
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financeiras de possíveis distorções momentâneas na formação de preços dos derivativos. Na prática,
compram um determinado derivativo para uma data futura, na qual o preço está barato e vende
para outra data, na qual o preço está alto.
Nesse sentido, os participantes deste mercado podem ser extraídos:
Hedger: objetiva proteger-se contra a oscilação de preços. A principal preocupação não é obter lucro
em derivativos, mas garantir o preço de compra ou de venda de determinada mercadoria em data
futura e eliminar o risco de variações adversas de preço.
Arbitrador: tem como meta o lucro, mas não assume nenhum risco. Sua atividade consiste em buscar
distorções de preços entre mercados e tirar proveito dessa diferença ou da expectativa futura dessa
diferença.
A estratégia do arbitrador é comprar no mercado em que o preço está mais barato e vender no
mercado em que está mais caro, lucrando um diferencial de compra e venda completamente imune
a riscos, porque sabe exatamente por quanto irá comprar e vender.
À medida que os arbitradores compram no mercado A e vendem no B, aumentam a procura no
mercado A (e, consequentemente, os preços) e a oferta no mercado B (causando,
consequentemente, queda de preços). Em determinado momento, os dois preços tendem a
equilibrar-se no preço intermediário entre os dois preços iniciais. O arbitrador acaba agindo
exatamente como um árbitro, por acabar com as distorções de preços entre mercados diferentes.
Especulador: propósito básico é obter lucro. Diferentemente dos hedgers, os especuladores não têm
nenhuma negociação no mercado físico que necessite de proteção. Sua atuação consiste na compra
e na venda de contratos futuros apenas para ganhar o diferencial entre o preço de compra e o de
venda, não tendo nenhum interesse pelo ativo-objeto.
A presença do especulador é fundamental no mercado futuro, pois é o único que toma riscos e assim
viabiliza a outra ponta da operação do hedger, fornecendo liquidez ao mercado.
O fato de os especuladores abrirem e encerrarem suas posições a todo momento faz com que o
volume negociado aumente, trazendo liquidez para o mercado.
Como as posições assumidas pelos especuladores são muito arriscadas e eles não precisam do ativo-
objeto, não costumam permanecer por muito tempo no mercado e dificilmente carregam suas
posições até a data de liquidação do contrato. A operação de especulação mais conhecida é a day
trade, que consiste na abertura e no encerramento da posição no mesmo dia.
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Market Maker
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