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Comportamentos básicos de poupança

Elabore um orçamento
• Só assim saberá quanto vai ganhar, quanto vai gastar e quanto consegue poupar por mês, além
de identificar as rubricas com maior margem para diminuir os custos. Existem múltiplas opções de
elaboração do orçamento, das mais simples às mais complexas, como tomar nota num
caderno, folha de excel, ou em programas e aplicações criadas para o efeito. O importante é
ter consciência de quanto ganha mensalmente e qual o valor das suas despesas fixas e
variáveis. Ou seja, detalhe os gastos supérfluos, além de anotar os essenciais.
Comportamentos básicos de poupança

Pague a si próprio em primeiro lugar


• Entre os mandamentos da poupança, este é o que poderemos caraterizar como “o mais
emocional”. Isto porque, pagar a si próprio em primeiro lugar dar-lhe-á a motivação necessária
para cumprir os objetivos financeiros que venha a traçar. Na prática, tal significa direcionar uma
percentagem do seu vencimento para um produto de aforro, assim que o recebe e antes de
pagar a terceiros. Tente colocar, pelo menos, 10% do seu ordenado de lado, no início do mês.
Entretanto, poderá ocorrer um de dois cenários: perante constrangimentos orçamentais socorre-
se desse montante ou reforça esse valor no final do mês. O segundo cenário é o ideal, mas não
desanime se não conseguir cumpri-lo no imediato. Não deixe de criar o fundo de emergência,
até porque mês após mês a gestão das suas finanças pessoais será cada vez mais rigorosa.
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Crie um fundo de emergência


• Constitua um fundo de emergência que lhe permita fazer face a imprevistos, como uma
situação de desemprego involuntário ou de doença. Nesta matéria, todos os especialistas
aconselham a criação de um fundo com montante equivalente a seis meses do seu atual
salário, ou valor equivalente, desde que permita o seu sustento durante um semestre sem
trabalhar.
Comportamentos básicos de poupança

Defina objetivos financeiros


• Definir objetivos é normalmente sinónimo de disciplina e o orçamento doméstico não é
exceção. É importante que trace metas realistas para a sua poupança e/ou investimento. Os
objetivos dependem, muitas vezes, do seu ciclo de vida: comprar casa ou carro, aumentar a
família ou poupar para a reforma, entre outros. Para facilitar a concretização dos seus objetivos
de longo prazo defina metas curtas e intercalares.
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Não gaste mais do que ganha


• Esta é uma equação simples: Se ganha 1 000 euros não poderá gastar 1 500 euros. Caso
contrário o seu défice será de 500 euros no mês seguinte. Se está neste preciso momento a
pensar que “não ganha para fazer face às despesas”, então terá que analisar a sua rúbrica de
custos fixos e diminui-los obrigatoriamente. Evite que as suas despesas absorvam uma grande
fatia do seu rendimento, reduzindo o risco de sobreendividamento. Em simultâneo, poderá
tentar aumentar os seus rendimentos, explorando o seu potencial de empreendedor e
desenvolvendo o seu micro-negócio, por exemplo.
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Calcule a sua taxa de esforço


• A taxa de esforço é o melhor indicador do estado de saúde das suas finanças. Esta taxa indica
qual é o peso (em percentagem) dos empréstimos de uma pessoa no seu rendimento mensal. A
taxa resulta da divisão das prestações dos créditos pelo rendimento total disponível todos os
meses. E para que as suas finanças sejam consideradas saudáveis, é preciso que a taxa de
esforço não ultrapasse 30% a 40% dos rendimentos.
Comportamentos básicos de poupança

Defina estratégias de consumo


• Melhorar as suas decisões de consumo e, simultaneamente, otimizar os seus comportamentos
são já estratégias de poupança. Distinga o essencial do supérfluo. Explore as várias formas
existentes de poupar no supermercado e restaurantes, alimentação, energia,
telecomunicações, transportes, combustíveis, entre outros. Se pretende aumentar a sua taxa de
poupança tenha em mente dois verbos fundamentais: Comparar e simular. Antes de tomar uma
decisão de compra, confronte valores e, sempre que possível, opte pela melhor relação
qualidade-preço. Já em matéria de serviços ou produtos procure a melhor solução, recorrendo
a simulações.
Comportamentos básicos de poupança

Pague a débito
• O crédito permite às famílias comprar bens que de outra forma não teriam acesso, como uma
casa ou um automóvel. Os cartões de crédito têm um limite máximo definido (plafond) e a
dívida só surge depois de utilizar o cartão.
Se pagar a totalidade do montante utilizado beneficia de um crédito entre 20 a 50 dias gratuito.
Se liquidar apenas parte do valor terá uma taxa de juro associada. Evite o efeito bola de neve
no pagamento do cartão, arrastando a dívida mês após mês. Sempre que possível opte por
comprar e pagar a débito.
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Não ceda à tentação de impressionar os outros


• O último dos 10 mandamentos indica que não deve assumir riscos que comprometam o
orçamento da familia. Não ceda à tentação de adotar um estilo de vida acima das suas
possibilidades. “Com o dinheiro podemos comprar muitas coisas, mas não o essencial para nós.
Proporciona-nos comida, mas não apetite; remédios, mas não saúde; dias alegres, mas não a
felicidade”, profetizou Henrik Johan Ibsen, maior dramaturgo norueguês do século XIX.

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