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1. Introdução
As ligações estruturais desempenham um papel
fundamental no comportamento global das
estruturas de aço
Atualmente, considera-se que o comportamento
real das ligações encontra-se entre duas situações
extremas, ou seja, rígidas ou flexíveis
Ligação rígida → os membros ligados por ela
sofrem a mesma rotação, ou seja, em qualquer
ligação viga-coluna, a distribuição de momentos
fletores ocorre de acordo com a rigidez à flexão
destes membros
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1. Introdução
Ligação flexível → a viga é considerada como bi-
apoiada não ocorrendo transmissão de esforços de
flexão da viga para a coluna
Ligações rígidas → deformação por flexão
Ligações flexíveis → possuem um certo grau de
restrição desta rotação
Casos intermediários → o momento transmitido
será resultante da rotação relativa entre a viga e a
coluna → Ligação semi-rígida
1. Introdução
2
1. Introdução
Dimensionamento de pórticos (ligações rígidas) →
o momento máximo positivo atuante nas vigas do
pórtico seja maior do que o calculado
Esta diferença, que também gera um alívio de
solicitação nas colunas, pode levar ao colapso da
estrutura em casos extremos ou, pelo menos, ao
desconhecimento da segurança envolvida no
projeto destas peças
O momento de engastamento perfeito existente na
viga não é totalmente absorvido pela ligação
1. Introdução
Por outro lado, se o dimensionamento for
executado utilizando o conceito de ligação flexível,
as colunas estarão, na realidade, sujeitas à flexo-
compressão
Se as vigas estão superdimensionadas, um colapso
das colunas, ou melhor, vigas-colunas, poderá
ocorrer pois estarão submetidas a esforços de
flexão não considerados no dimensionamento
inicial → a segurança estrutural desconhecida
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1. Introdução
1. Introdução
Em uma primeira análise → a utilização de
ligações semi-rígidas em pórticos indeslocáveis
mostra que os esforços na viga tornam-se menores
Ao refinar-se esta análise, pode-se também
diminuir os tirantes utilizados no contraventamento
do pórtico
No caso de ligações semi-rígidas em pórticos
deslocáveis, estas contribuem com uma parcela da
rigidez necessária a estabilidade lateral do mesmo,
de forma mais econômica.
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1. Introdução
Algumas normas de projeto e dimensionamento de
estruturas de aço atuais consideram que as
ligações possuem um comportamento semi-rígido
Anexo J do Eurocode 3
Última atualização (Eurocode 3 - parte 1.8) →
incorporou o extinto Anexo J
O dimensionamento destas ligações é baseado no
Método das Componentes
2. Caracterização de LSR
Curva momento x rotação
= Sj / η
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2. Caracterização de LSR
O nível de sofisticação na modelagem do
comportamento das ligações viga-coluna → tipo de
análise estrutural global a ser executada
A curva momento x rotação de uma ligação → pode
ser simplificada adotando-se uma curva aproximada
adequada
9aproximações lineares (por exemplo, bi-linear ou tri-linear)
9curvas polinomiais
9etc.
2. Caracterização de LSR
Os métodos para predição do comportamento de
ligações viga-coluna podem ser divididos em cinco
diferentes categorias
9modelos empíricos
9modelos analíticos
9modelos mecânicos
9modelos de elementos finitos
9ensaios experimentais
Dentre os métodos citados acima, os modelos
mecânicos são os mais utilizados atualmente
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3. Classificação – Eurocode 3
k bEIb
Zona 1: rígidas → S j,ini ≥
Lb
onde
kb = 8 para pórticos indeslocáveis
kb = 25 para deslocáveis
Zona 2: semi-rígidas
0,5EIb
Zona 3: flexíveis → S j,ini ≤
Lb
onde
kb é o valor mínimo de Ib/Lb para todas as vigas do último pavimento da edificação
kc é o valor mínimo de Ic/Lc para todas as colunas neste pavimento
Ib é o momento de inércia da viga
Ic é o momento de inércia da coluna
Lb é o vão da viga (centro a centro das colunas)
Lc é o comprimento da coluna no pavimento
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4. Método das Componentes – EC3
A) Identificação das componentes - Curvas F x Δ
(keff,2 )
(3) (4) (5) (8) (10)
1 nb E z2
nb k eff ,r = ∑ k eff ,i hi S j,ini =
M j.Rd = ∑ hi Fi.Rd nc
1 ⎛1 1 1 ⎞⎟
∑k k eq = i=1
μ⎜ + +
i=1
z eq ⎜ k1 k 2 k eq ⎟
i=1 i,r ⎝ ⎠
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4. Método das Componentes – EC3
Valores de z na equação da rigidez inicial
z = distância entre a linha em z = distância entre o ponto médio das 2 linhas em tração
tração e o centro de compressão mais afastadas e o centro de compressão (conservador)
S j,ini =
E z2
z eq =
∑ k eff ,r .hr2
⎛1 1 1 ⎞⎟
μ⎜ + +
⎜ k1 k 2 k eq ⎟ ∑ k eff ,r .hr
⎝ ⎠
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5. Dimensionamento das Componentes
Componente 1 - Painel de alma da coluna ao corte (6.2.6.1)
0,9 fy,wc A vc
Vwp,Rd =
3 γ M0
b eff = t fb + 2 2 ab + 5(t fc + s )
V
b eff = t fb + 2 2 ap + sp + 5(t fc + s )
b eff
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5. Dimensionamento das Componentes
Componente 2 - Alma da coluna em compressão (6.2.6.2)
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5. Dimensionamento das Componentes
Componente 2 - Alma da coluna em compressão (6.2.6.2)
Valores aproximados do parâmetro β
Fc Fc Fc
ab ap
tfb ra
ta
tp
rc rc twc
twc
bfb bfb
tfc t tfc
p
bfb bfb
twc ac twc
ac
tfc tfc
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5. Dimensionamento das Componentes
Componente 3 - Alma da coluna em tração (6.2.6.3)
Q Q Q Q
F 1,u + Q Bu Bu Bu Bu
2
Mu Mu
n m m n m m
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5. Dimensionamento das Componentes
Componente 4 - Mesa da coluna em flexão (6.2.6.4)
Modo 1
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5. Dimensionamento das Componentes
Componente 4 - Mesa da coluna em flexão (6.2.6.4)
Modo 2
Modo 3
FT,3,Rd = ∑ B t,Rd
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5. Dimensionamento das Componentes
Componente 5 - Placa de extremidade em flexão (6.2.6.5)
Para uma linha individual de parafusos ou para um grupo, a
placa de extremidade também deve ser considerada como tendo
comportamento similar ao de um “T-stub” – mesmas equações
da componente anterior, porém com larguras efetivas diferentes
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5. Dimensionamento das Componentes
Componente 5 - Placa de extremidade em flexão (6.2.6.5)
leff = 0,5 ba
ba = largura da aba da
cantoneira em flexão
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5. Dimensionamento das Componentes
Componente 7 - Mesa e alma da viga em compressão (6.2.6.7)
Mc,Rd Wpl fy
Fc,fb,Rd = onde Mc,Rd =
hb − t fb γ M0
onde
Mc.Rd é o momento de projeto
da viga
hb é a altura da viga
t fb é a espessura da
mesa da viga
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5. Dimensionamento das Componentes
Componente 10 - Parafusos em tração (Tabela 3.4 – pg. 24)
5. Avaliação da Rigidez
A rigidez à rotação de uma ligação pode ser baseada na
flexibilidade de seus componentes
E z2
Esta rigidez pode ser aproximada por S j = 1
μ∑
onde i ki
Sj é a rigidez da ligação
ki é o coeficiente de rigidez elástica do componente i
ht é o braço de alavanca
μ é descrito pela equação abaixo
ψ
⎛ S j,init ⎞ ⎛ MSd ⎞
μ=⎜ ⎟ = ⎜1,5 ⎟
⎜ S j ⎟ ⎜ MRd ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
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5. Avaliação da Rigidez
Componente 1 - Alma da coluna em cisalhamento (tab. 6.11 – pg. 91)
onde
0,38 A v.c A v.c é a área de cisalhamento
k1 = β definido anteriormente
βz
ht é o braço de alavanca
5. Avaliação da Rigidez
Componente 3 - Alma da coluna em compressão (tab. 6.11 – pg. 91)
onde
0,7 b eff ,t,wc t wc beff ,c,wc é a largura da alma da coluna
k3 = sujeita à compressão
dc
dc é a altura da seção da viga
onde
0,90 leff t 3fc
k4 = leff é o menor comprimento efetivo
m3
m definido anteriormente
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5. Avaliação da Rigidez
Componente 5 - Placa de extremidade em flexão (tab. 6.11 – pg. 91)
onde
0,90 leff t p3
k5 = leff é o menor comprimento efetivo dado pela
m3
linha de parafusos
onde
0,90 leff t 3a
k6 = 3
l eff é o comprimento efetivo da cantoneira
m t a é a espessura da cantoneira
5. Avaliação da Rigidez
Componente 10 - Parafusos em tração (tab. 6.11 – pg. 91)
onde
A
k10 = 1,6 s Lb é o comprimento de aperto, ou seja, espessura
Lb do material + espessura da arruela
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5. Avaliação da Rigidez
Alguns exemplos
5. Avaliação da Rigidez
Alguns exemplos
MSd MSd
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5. Avaliação da Rigidez
Alguns exemplos
MSd MSd
5. Avaliação da Rigidez
Alguns exemplos
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6. Observações Finais
Melhor escolha de uma ligação
6. Observações Finais
Confiabilidade no Método (ligação “flush endplate”)
10 EUROCODE 3
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Rotação (mrad)
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6. Observações Finais
Confiabilidade no Método (ligação “extended endplate”)
(3) (4) (5) (10)
10 EUROCODE 3
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
Rotação (mrad)
7. Exemplos
7.1. Ligação Soldada
tração
3 4
MSd
compressão
1 2 7
modelo mecânico
Viga – IPE 360
componentes 4 e 7 somente →
Coluna – HEM 340 resistência
Espessura da solda – 10 mm
rigidez → possuem comporta-
Material – S275 (fy = 275 MPa e fu = 430 MPa) mento elasto-plástico perfeito)
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7. Exemplos
7.1. Ligação Soldada
1
7. Exemplos
7.1. Ligação Soldada
4
26
7. Exemplos
7.1. Ligação Soldada
3
1457,91 kN 539,45 kN
F1
MSd
h = 377 – 40 = 337 mm
1281,21 kN 1457,91 kN 733,62 kN
Fc
7. Exemplos
7.1. Ligação Soldada
1457,91 kN 539,45 kN
F1
MSd
h = 377 – 40 = 337 mm
1281,21 kN 1457,91 kN 733,62 kN
Fc
nr
M j.Rd = ∑ hi Fi.Rd = 0,337 . 539,45 = 181,8 kN.m
i=1
2 2
Me = M j.Rd = (181,8) = 121,2 kN.m
3 3
E z2 210000 .(347 )2
S j,ini = = = 139987,9 kN.m/rad
⎛1 1 1 ⎞ ⎛ 1 1 1 ⎞
μ⎜ + + ⎟ ⎜ + + ⎟
⎜ k1 k 2 k eq ⎟ ⎝ 10,79 22,74 22,74 ⎠
⎝ ⎠
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7. Exemplos
7.1. Ligação Soldada
S j,ini 139987,9
= = 69993,9 kN.m/rad
η 2
M j,Rd
2
M j,Rd
3
S j,ini
S j,ini
η
7. Exemplos
7.2. Ligação com Placa de Extremidade Estendida
3 4 5 10
3 4 5 8 10
3 4 5 8 10
MSd
3 4 5 8 10
3 4 5 8 10
1 2 7
modelo mecânico
Viga – IPE 500
Coluna – HEA 220
Espessura da solda – 15 mm
Placa de extremidade - 25 mm
Material – S275 (fy = 275 MPa e fu = 430 MPa)
Parafusos M20, cl. 10.9
28
7. Exemplos
7.2. Ligação com Placa de Extremidade Estendida
7. Exemplos
7.2. Ligação com Placa de Extremidade Estendida
309
29
7. Exemplos
7.2. Ligação com Placa de Extremidade Estendida
30