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Deiglys Borges Monteiro Ciência dos Materiais

Aula 13
• Objetivo:

– Apresentar os conceitos relacionados a:


• Mecânica da fratura e fadiga;
• Vida de materiais sob carregamentos cíclicos
• Fatores que influem na fadiga;
• Meios de aumentar a vida em fadiga;
• Compara materiais.

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• Fadiga:
– Fenômeno que provoca a falha de um componente
mesmo sem apresentar deformação plástica visível:
• Ocorre antes de se alcançar a tensão limite de escoamento
em estruturas sujeitas a tensões oscilantes;
• Diretamente influenciado por defeitos e imperfeições
externas e internas do material;
• Pode ocorrer após grande número de solicitações (alto ciclo)
ou após pequeno número de solicitações (baixo ciclo).

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• Fadiga:
– Exemplos de sistemas/componentes sujeitos à
fadiga:
• Eixos rotativos de máquinas;
• Molas;
• Componentes mecânicos sujeitos a carregamentos
cíclicos: bielas de motores de combustão.

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• Fadiga:
– Falhas por fadiga ocorrem após aplicação cíclica
de tensão por longos períodos de tempo ou ciclos
de deformação:
• ~90% das falhas em metais são devidos à fadiga;
• Vidros não sofrem fadiga cíclica: sofrem fadiga estática!
• Outras cerâmicas e polímeros também sofrem fadiga;
• Em geral falhas por fadiga são catastróficas (vide
figuras).

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• Fadiga: Exemplo fadiga de baixo ciclo

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• Fadiga: Componente que apresentou falha por
fadiga

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• Fadiga: Componente que apresentou falha por
fadiga

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• Fadiga:
– Falha por fadiga apresenta natureza frágil:
• Mesmo para materiais dúcteis!
• Não existe ou existe pouca deformação plástica!
– Ocorre pela nucleação e propagação de trincas:
• Acabamento e imperfeições, nucleadores de tensão, etc;
• Mesmo materiais com acabamento perfeito podem nuclear
trincas;
– Geralmente a superfície de fratura é perpendicular à
direção de uma tensão de tração aplicada;
– Tensões de compressão não provocam falha por fadiga.

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• Fadiga:

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• Tensões cíclicas: ciclo de tensões alternadas
– Valores simétricos das tensões.

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• Tensões cíclicas: ciclo de tensões repetidas
– Valores assimétricos das tensões.

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• Tensões cíclicas: ciclo de tensões aleatórias
– Carregamento não segue um padrão definido.

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• Fadiga:
– Tensão média: calculada pela média ponderada entre a
tensão máxima e mínima do carregamento.

em que:
max = tensão máxima
min = tensão mínima

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• Fadiga:
– Intervalo de tensões: diferença entre a tensão máxima e
mínima

– Amplitude de tensões: metade do intervalo de tensões

– Razão entre tensões:

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• Fadiga: comportamento
– Comportamentos distintos:
• O número de ciclos que levam a fadiga aumentam enquanto a
amplitude de tensões se reduz.
• Redução ocorre até que a amplitude alcance um valor que não
varia mais, não importando o número de ciclos: Limite de
resistência à fadiga (ou durabilidade);
– Materiais com este comportamento:
• Aço e ligas ferrosas em geral, ligas de titânio (aplicação em
próteses!).

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• Fadiga: comportamento

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• Fadiga: comportamento
– Comportamentos distintos:
• O número de ciclos que levam a fadiga aumentam, a amplitude de
tensões se reduz porém não encontra um valor mínimo.
• Para efeitos práticos se considera um valor de amplitude de tensão
que corresponda a um determinado número de ciclos.
– Materiais com este comportamento:
• Alumínio, cobre, magnésio, maioria das ligas não-ferrosas etc.

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• Fadiga: comportamento

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• Comparativo:

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• Fadiga estática: vidros
– Observa-se ocorrência de fadiga pela aplicação
contínua de tensão, mas não por sua aplicação
cíclica.

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• Comparativo: fadiga cíclica e estática

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• Fadiga em polímero: poliacetal

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• Fadiga de baixo ciclo:
– Quando material falha com número de ciclos
menor que 104-105 ciclos:
• Ocorrem deformações elásticas e plásticas no material
com níveis de tensão relativamente altos.
• Fadiga de alto ciclo:
– Quando material falha com número de ciclos
maior que 104-105 ciclos:
• Ocorrem apenas deformações elásticas e os níveis de
tensão são relativamente menores.

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• Influem na fadiga:
– Fabricação (entalhes, riscos, rugosidade, etc);
– Variáveis metalúrgicas (composição da microestrutura);
– Posicionamento correto (no caso de corpos de prova em
ensaios de fadiga corresponde ao seu alinhamento)
– Tensão média aplicada;
– Frequência dos ciclos;
– Fadiga térmica (trocadores de calor, máquinas térmicas
como motores de combustão e discos de freios);
– Fadiga associada à corrosão.

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• Influi na taxa de crescimento da trinca:
– Nível de tensão e comprimento da trinca.

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• Presença de concentradores de tensão:

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• Presença de concentradores de tensão:
– Alívio de tensões

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• Presença de concentradores de tensão:

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• Presença de concentradores de tensão:

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• Presença de concentradores de tensão:
– Vasos de pressão

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• Propagação da trinca:
– Transgranular e intragranular

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• Aspecto superficial por falha de fadiga:
– Aspecto granular

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• Aspecto superficial por falha de fadiga:
– Marcas de praia

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• Aspecto superficial por falha de fadiga:
– Marcas de praia

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• Nucleação da trinca:

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• Nucleação da trinca:

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• Nucleação da trinca: em eixo

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• Nucleação da trinca: em mola
– Aço inoxidável 17-7PH, falha ocorreu após 274h

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• Ensaios:
– Impacto: verificação da capacidade do material
absorver energia como também o quanto ele é
afetado pela presença de um concentrador de tensão
(entalhe);
– Fluência: deformação em regime elástico, sob carga,
em alta temperatura: alteração de forma pode
provocar o surgimento de concentradores de tensão
– Cíclico rotativo ou não (vide vídeo): avaliar o número
de ciclos que um material pode sofrer antes de falhar
por fadiga e com qual tensão isto ocorre.

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• Ensaio fadiga cíclica rotativa:

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• Melhoria da vida em fadiga:
– Introdução de tensões de compressão na
superfície: shot peening (granalha de aço, vidro,
etc).
– Trabalho a frio;
– Acabamento suave, polimento da superfície;
– Redução dos concentradores de tensão: cantos
arredondados com raios longos: externos e
internos (trincas internas);

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• Melhoria da vida em fadiga:

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• Referências:
[1] CALLISTER Jr., W. Ciência e engenharia de
materiais: uma introdução. 5 ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2006.
[2] CALLISTER Jr., W. Fundamentos da ciência e
engenharia de materiais: uma abordagem
integrada. 2 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.
[3] SHACKELFORD, J.F.; Ciência dos Materiais. 6
ed. São Paulo. Pearson. 2008.
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