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MECÂNICA DA FRATURA
©
Prof. Enio Pontes de Deus
Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais UFC
O Processo de Falha
Sob o ponto de vista microscópico, a falha de
uma estrutura se dá de acordo com a seguinte
seqüência:
• acúmulo de danos
• iniciação de uma ou mais trincas
• propagação de trinca
• fratura do material
Mecânica da Fratura
UFC
X
Aproximações Convencionais
1. Aproximação Convencional
•Tensão de Escoamento
TENSÃO
•Tensão de Ruptura
O defeito é considerado
Introdução
Características Gerais da Mecânica da Fratura
Mecânica da Fratura
Tensões Comprimento da Trinca
a
2
Zona
Plástica
Metais
2r o
Qual o comportamento da ponta de uma
trinca em polímeros e cerâmicos ?
Polímeros
"crazing"
Cerâmicos
micro
trincas
Efeitos da trinca na resistência do
material (I)
• Carga aplicada a um membro trincado é alta
trinca pode crescer subitamente e levar à fratura
frágil
• Fator de intensificação de tensão, K
caracteriza a severidade da situação da trinca em
termos de:
– tamanho da trinca
– tensão e geometria
• Para a definição de K, o material é considerado
elástico linear MFEL
Efeitos da trinca na resistência do
material (II)
• Para que um material possa resistir à
presença de uma trinca, K deve ser menor
que uma propriedade do material
denominada tenacidade à fratura, K C.
• Valores de KC variam bastante para
diferentes materiais e são afetados pela
temperatura e pela taxa de aplicação do
carregamento. (também pela espessura do
membro analisado)
Variação da Tenacidade à Fratura
com a temperatura
Tenacidade à
Fratura
Patamar Superior
Região de
Transição
Patamar
Inferior
Temperatura
modo II
deslizamento ou
cisalhamento
modo III
rasgamento
G - Taxa de Liberação de Energia de
Deformação (I) P
B
L
da
a
P P dU a
a + da
U
U - dU
v= L v= L
1 dU
G
B da
G - Taxa de Liberação de Energia de
Deformação (II)
• Griffith (1920) - “Toda Energia Potencial
liberada é usada na criação de nova
superfície livre nas faces de uma trinca”.
• Irwin (1949) - “Para materiais dúcteis,
como os metais, a maior parte da energia
liberada é usada para deformar o material
na zona plástica da ponta da trinca”
G - Taxa de Liberação de Energia de
Deformação (III)
M é to d o d e G r iffith O r ig in a l
2
dU a
G 2
da E
( p o r u n id a d e d e e s p e s s u r a )
o n d e = t e n s ã o s u p e r f ic ia l
M é to d o d e G r iffith G e n e r a liz a d o
dU
G 2 p
da
( p o r u n id a d e d e e s p e s s u r a )
o n d e p = te r m o a s s o c ia d o à
p la s tic id a d e d o m a t e r ia l
p a r a m e ta is : p > >
p a r a v id r o e m a te r ia is fr á g e is : p = 0
K - Fator de Intensificação de
Tensão (I)
• Irwin & Williams (Westgaard), 1957
– Abordagem de Campo de tensões na ponta da
trinca
y
yy
xx
r xy
x
K - Fator de Intensificação de
Tensão (II)
O campo de tensões na ponta da trinca é dado
por:
Combinação de Modos de
Deslocamento
Quando houver uma combinação de modos
de deslocamento agindo no componente,
como adicionamos as contribuições de
cada modo?
K total K I K II K III
G total GI GII GIII
G total
K I2
2
K II
1 K 2
III
E' E' E
A Fratura Envolve...
• Comportamento de Fratura
– Frágil
• tenacidade definida por um único valor
– Dúctil
• tenacidade definida por curva R
• Comportamento de Deformação
– Elástico Linear (MFEL)
– Elasto-Plástico (MFEP)
– Determina o parâmetro de fratura a ser usado
MFEL x MFEP (I)
• MFEL (Mecânica da Fratura Elástica Linear) -
Este regime de deformação é caracterizado
pela ausência ou pela presença de
quantidade desprezível de plastificação na
região da ponta da trinca. Nesta situação, a
força motriz de crescimento da trinca é
normalmente o fator de intensidade de
tensões, K (Irwin, 1957)
MFEL x MFEP (II)
• MFEP (Mecânica da Fratura Elasto-Plástica)
– é aplicável para a análise de uma situação na
qual a região plastificada, existente na ponta
da trinca, já tem um tamanho considerável
quando comparada com o ligamento
remanescente.
– integral J (Rice, 1968) - mais utilizada para
caracterização à fratura neste regime de
deformação.
– o material apresenta grande ductilidade,
característica de patamar superior .
GRIFFITH
dU 2 a
é G, a quantidade de energia disponível para
dA E crescimento da trinca ou taxa de liberação de
energia elástica.
dU s
é R, a energia superficial das superfícies da trinca
da ou resistência ao crescimento da trinca.
E.P.de Deus
Os Trabalhos de Irwin e Orowan
A metodologia apresentada por Griffith é válida somente para sólidos idealmente
frágeis.
Em seus estudos, Griffith obteve boa concordância entre os valores obtidos pela
equação de tensão de fratura e a resistência à fratura de vidros. Esta metodologia,
subestimava a resistência à fratura nos metais.
Segundo Irwin (1948) e Orowan (1949), a Teoria de Griffith poderia ser aplicada para
os metais, desde que a energia superficial considerada incluísse a energia despendida na
deformação plástica superficial s . Logo:
2 E( s p ) 2 E s p
1
a a s
Onde p = energia despendida na deformação plástica superficial e p » s. Sob estas
condições:
2 E s p
a s
E.P. de Deus