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Universidade de São Paulo

Escola de Engenharia de São Carlos


Departamento de Engenharia de Materiais
Introdução aos Ensaios Mecânicos dos Materiais

MECÂNICA DA FRATURA E
FADIGA DOS MATERIAIS

Prof. Dr. José Benedito Marcomini


Escopo
• Mecânica da Fratura
• Teoria de Griffith
• Análise de Tensão de Trinca
• Tenacidade à Fratura
• Fadiga
• Causas
• Tipos de Carregamento
• Filosofia de Projeto
• Tensões cíclicas
• Método S-N 2
• Método da/dN
Mecânica da Fratura

Navio Liberty – 1941-1945


4694 foram construidos
1289 sofreram fratura frágil
233 fraturas catastróficas
3
19 navios partiram ao meio.
A mecânica da fratura possui duas vertentes de estudo: A
Mecânica da Fratura Linear Elástica (MFLE) e a Mecânica
da Fratura Elasto-Plástica (MFEP).

A Mecânica da Fratura Linear Elástica surgiu em função das


limitações na aplicação dos conceitos tradicionais para prever
o comportamento dos materiais quanto à presença de
descontinuidades internas ou superficiais, como as trincas,
introduzindo assim o conceito dos fatores de intensidade de
tensão K, Kc e KIC.

A Mecânica da Fratura Elasto-Plástica surgiu em função das


limitações na aplicação do critério de KIC da Mecânica da
Fratura Linear Elástica em materiais dúcteis, onde a existência
de uma zona plástica de tamanho significativo em relação à
espessura invalida as considerações de tensões elásticas na
ponta da trinca controlando o processo de fratura. 4
APÓS TITANIC (1912)
• Desenvolvimento da Mecânica de
Fratura;
• Desenvolvimento do
ecobatímetro/sonar;
• Desenvolvimento do ensaio de ultrassom
MECÂNICA DE FRATURA

• 1913- Inglis desenvolve o modelo de tensões para um furo circular


(rebites) e percebe que se o fizer elíptico- similar a trinca;
1920- Griffith – Teoria da fratura para vidros:

"uma trinca se propagará quando a diminuição da energia de


deformação elástica é pelo menos igual à energia requerida para criar
a nova superfície da trinca".
MECÂNICA DE FRATURA

• 1945- Orowan aperfeiçoa a teoria introduzindo uma componente


plástica:
Em 1963, Paris e Erdogan demonstraram que havia uma
relação entre o crescimento de uma descontinuidade
(trinca) (da/dn) com a variação do fator de intensidade de
tensões (Δk). Até 1968, a Mecânica de Fratura conhecida
era a Linear Elástica. Neste ano, James Robert Rice
introduziu a Mecânica de Fratura Elasto-Plástica, com o
conceito de integral J

8
10
MODOS DE FRATURA
Existem três formas fundamentais, segundo as quais a carga pode
operar sobre uma trinca, e cada uma irá afetar um deslocamento
diferente da superfície da trinca.

Modo I: abertura ou modo trativo (as superficies da trinca


I são tracionadas a parte);

Modo II: deslizamento ou cisalhamento no plano (as


II superfícies da trinca deslizam uma sobre a outra)

Modo III: rasgamento ou cisalhamento fora do plano (as


III superfícies da trinca se move paralelamente frente da 11
trinca e uma a outra)
Usando os princípios da teoria elástica, consideramos as
tensões de tração (σx e σy) e de cisalhamento (τxy) são funções
tanto da distância radial r como do ângulo θ:


K
sx = f x (q ) yy
2p r
sy =
K
f y (q ) xx
2p r txy
y r
sz =
K
fz (q )

2ai x
2p r


Se a placa é fina em comparação com as dimensões da trinca,
então σz é zero, e se afirma que a placa está em tensão plana
ou estado biaxial de tensões. 12
Se a placa é espessa, onde σz=ν(σx + σy), estará em
deformação plana ou estado triaxial de tensões.
ESTADO TRIAXIAL
Como o modo I é encontrado com maior frequência, somente
ele será tratado nesta aula.

Para analisar a tensão na ponta de uma trinca, utiliza-se um


parâmetro denominado K, que é o fator de intensidade de
tensão na ponta da trinca (energia), e é calculado por:

a é o tamanho da trinca;
σ é a tensão aplicada.
K  F  * a
A unidade de K é em MPa.m1/2.

Onde F representa uma função que depende tanto do tamanho,


quanto da geometria da trinca e do corpo de prova, bem como 14
da maneira que é aplicada a carga.
DEFORMAÇÃO PLANA
MECÂNICA DE FRATURA

ESTADO TRIAXIAL

CRITÉRIOS DE ESCOAMENTO
ANÁLISE DE FALHAS
MECÂNICA DE FRATURA

MATERIAIS MUITO
DÚTEIS E/OU MUITO
TENAZES

B – MUITO GRANDE

ENSAIO FICA INVIÁVEL


ANÁLISE DE FALHAS
MECÂNICA DE FRATURA

LIMITAÇÕES DA MECÂNICA DE
FRATURA LINEAR ELÁSTICA (KIC)

MATERIAIS MUITO
DÚTEIS E/OU MUITO
TENAZES
MECÂNICA DE
FRATURA
B – MUITO GRANDE ELASTOPLÁSTICA
(INTEGRAL J)

MICROESTRUTURA
COMPLEXA DO
MATERIAL
ANÁLISE DE FALHAS
MECÂNICA DE FRATURA

MECÂNICA DE
FRATURA
ELASTOPLÁSTICA
FUNCIONA MELHOR
NOS CASOS EM QUE
A ZONA PLÁSTICA É
MAIOR, ISTO É,
MATERIAIS MAIS
DÚTEIS.
Tenacidade à Fratura
Uma vez que esteja definido o valor de σc para materiais
frágeis como foi proposto por Griffith, de maneira análoga,
também existe um valor crítico de intensidade de tensão, Kc,
para o qual o material apresenta fratura frágil.

K c  F c  * a
F é uma relação de (a/W: a é trinca e W largura do corpo de
prova) e para dimensões finitas, existe uma expressão para
determiná-lo.

Assim, por definição, a tenacidade à fratura é uma


propriedade que representa a resistência de uma material
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à fratura frágil quando uma trinca está presente.
Resistência à propagação de uma trinca pré-existente.
Para amostras finas, KC varia com a variação da espessura. No
entanto se a amostra for espessa, Kc se torna independente
da espessura e para estas condições, uma nova propriedade é
utilizada, KIC.

KIC é o fator de intensidade de tensão crítico em


deformação plana (corpos espessos) no modo de
carregamento I. Existe uma espessura mínima.

K Ic  F  * a

Para materiais frágeis, temos baixos valores de KIC


enquanto que para materiais ducteis, temos altos valores
de KIC. 20
Dessa forma, para um projeto , deve-se levar em
consideração:
• A tenacidade à fratura Kc (se for em tensão plana) ou KIC
(se for em deformação plana);
• A tensão imposta ao material, σ
• O tamanho da descontinuidade (trinca), a
Podemos concluir que:
• se no projeto KIC e o tamanho da descontinuidade a forem
especificados, então sabemos que a tensão crítica deve ser:

K IC
c 
F a
• porém, se o nível de tensão e a tenacidade à fratura em
deformação plana estiverem fixados, entao o tamanho crítico da
descontinuidade é:
2 21
1  K IC 
ac   
  F 
MECÂNICA DE FRATURA - ENSAIOS

TENACIDADE À FRATURA - KIC


MECÂNICA DE FRATURA - ENSAIOS

CTOD - MFEP
FRATURA É UM TIPO DE
FALHA

PODE SER ESTUDADA EM


VÁRIAS ESCALAS
ANÁLISE DE FALHAS APLICADA À NATUREZA

Os 4 maiores fragmentos: 200 m de diâmetro. Velocidade de distanciamento:


2 km/h sugere que rompimento foi lento, iniciando no final de 2013 e
terminando no início de 2014. Não foi explosão: a pressão da luz solar foi a
causa raiz. A luz carrega momento linear: radiômetro de Crooks.

Prof. Dr. Cassio Leandro Dal Ri Barbosa, UNIVAP


ANÁLISE DE FALHAS APLICADA À NATUREZA

Cometa shoemaker-levy 9 – fraturou-se


em 21 fragmentos devido ao campo
gravitacional do planeta, em julho de
1994. O menor fragmento era do
tamanho da Terra. A Energia do
impacto foi similar à gigantescas
bombas nucleares.

FOTO ORIGINAL DO HUBBLE ENVIADA PELO DR.


PETER LEONARD.
ESTUDO DE FRATURA EM NANOESCALA
PROPRIEDADES MECÂNICAS
FADIGA

• Definição: Fadiga mecânica é a degradação das propriedades


mecânicas levando à falha do material ou de um componente sob
carregamento cíclico;

• 90% das falhas envolve fadiga;

• Exemplos: automóveis nas ruas, aviões (principalmente nas


asas) no ar, navios em alto mar, constantemente em choque com
as ondas, reatores nucleares etc...(perceba então a importância
do fenômeno de fadiga).
HISTÓRICO DA FADIGA
ACIDENTE DE TREM ENTRE VERSAILLES E PARIS-1842
Returning to Paris derailed at Meudon, after the leading locomotive broke an axle.
The first railway accident in the world to cause multiple deaths, it caused between
52 and 200 deaths
HISTÓRICO DA FADIGA

• Depois do acidente de trem, próximo à Versailles,


1842, os estudos sobre fadiga se intensificaram;
• A origem deste acidente foi a fratura por fadiga do
eixo frontal da locomotiva;
HISTÓRICO DA FADIGA

• Acidentes de trens levaram ao desenvolvimento do estudo da fadiga (trens-


ensaios acústicos- início do ultrassom);

(wikipedia)

• Wilhelm August Julius Albert ( 1787 – 1846):


Engenheiro de Minas -1º estudo de fadiga de metais em 1829-testou uma
corrente de ferro do guidaste carregando e descarregando a mesma.
Obs: Poncelet (1788-1867), Matemático e Engenheiro Francês, já havia
utilizado este termo genericamente para fratura de metais.
August Wöhler desenvolveu estudos em fadiga entre 1852 a 1869
FADIGA

(Prof.Dr. Claudio Ruggieri)


FADIGA

(Prof.Dr. Claudio Ruggieri)


FADIGA

(Prof.Dr. Claudio Ruggieri)


COMET-TRINCAS QUE
LEVARAM À FRATURA.
A análise de falhas :
A fratura ocorreu devido à
compressão e descompressão,
no pouso e decolagem,
causando a nucleação de
trincas de fadiga em pontos de
concentração de tensão,
próximo às extremidades das
escotilhas retangulares. A
cabine era pressurizada com
pressões duas vezes maiores
que a dos outros aviões
(56,9kPa)
FADIGA

(Prof.Dr. Claudio Ruggieri)


FADIGA

(Prof.Dr. Claudio Ruggieri)


FADIGA

(Prof.Dr. Claudio Ruggieri)


FADIGA- MARCAS DE PRAIA
FADIGA

Tipicamente, a falha sob carregamento cíclico ocorre em níveis de


tensões muito mais baixos do que sobre carregamento monotônico
(ensaio de tração).
FADIGA- MARCAS DE PRAIA

SEM MARCAS DE
PRAIA
FADIGA

ESTRIAS – MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA


FADIGA
solicitação cíclica
FADIGA

FADIGA CONTROLADA PELA TENSÃO


Tensões cíclicas com valor máximo e mínimo menores que o
limite de escoamento. Nº de ciclos >1000. Ex: virabrequim, biela,
máquinas operatrizes.

FADIGA CONTROLADA PELA DEFORMAÇÃO


Tensões cíclicas com valor máximo e mínimo maiores que o
limite de escoamento. Nº de ciclos <1000. Ex: Cilindros de
laminação, fadiga térmica, reatores químicos e
petroquímicos.
FADIGA
Tensão Alternada
Curva S-N e Limite de Fadiga

*
*
* * Aços CC
* *
Limite de fadiga,Se  
Número de Ciclos para falhar, N

*
Tensão Alternada

* Ligas não Ferrosas: Não


* * exibem claramente o
limite de fadiga
*
* *
* 54
* *
Número de ciclos para falhar, N
FADIGA

•Wöhler (1852) – Conclui, entre outras que o fenômeno da fadiga


de alto ciclo é dependente de condições macroscópicas e
microscópicas o que leva a uma dispersão estatística, aleatória.
FADIGA

(Prof. Gilfran Milfont-Poli-USP)


Vida Finita – Relação de Tensão

(103 ,S1000) Regime de vida finita


entre 103 - 106 ciclos

S = 10C Nb
log S

N = 10-C/b S1/b
S1000 tensão de falha em 103
(106, Se)

103 106 log N

C e b são constantes do material


Podem ser expressos em termos de S1000 e Se
58
Onde S1000 é a tensão para falha em 103 ciclos
Se é a tensão para falha com tensão média zero
Relações Empíricas entre Limite de Fadiga e
Propriedades Estáticas

Ligas Ferrosas - CP polido sob flexão reversa

Se = 0, 5* Su, para Su £ 1400MPa


Em termo de tensão limite de
resistência, Su
Se = 700MPa, para Su >1400MPa

Se = 0, 25* BHN, para BHN £ 400


Em termo de dureza Brinell
Se = 100ksi, para BHN > 400 59
Note, Su = 0, 5* BHN
Efeito da Tensão Média
σa σa

σm=0 σm≠0

*
Para tensão média zero
*
TEnsão Alternada

* Para tensão média positiva


*
*
* Aumentar o valor da
 
Se1    tensão média diminui a
Se2 vida em fadiga
60
Número de ciclos para falhar, N
Propagação de trinca por fadiga

σmax σa=Δσ/2
Δσ

σmin

Kmax ΔK/2
ΔK

Kmin 61
ΔK/2
Kmax
ΔK

Kmin

(σmax, σmin)
K max   max  * a
K min   min  * a 2a
K  K max  K min    * a
K min 62
R
K max (σmax, σmin)
A taxa de propagação de trinca foi equacionada pela primeira vez
por Paul Paris, em 1960, que deu origem a Equação de Paris.

da
= C*(DK)m
dN
Onde C e m são constantes
do material.

A principal limitação da
equação de Paris é não levar
em consideração o valor de R

ΔK é a variação do fator de intensidade de tensão na ponta da trinca e é


calculada por:

K  K max  K min
ou 63

K  F ( max   min ) a
Técnica para medir a taxa de propagação de trincas
Clip Gage Réplica de acetado

CMOD

Queda de potencial
Camera Alta resolução

64
65
Fatores Modificadores
Limite de Fadiga Modificado:

Se = Se´ Ctam Ccarga Cacab.sup.


onde,
Se – é o limite de fadiga do CP real ou componente ou estrutura.
Se´ - é o limite de fadiga do CP padronizado e polido sob flexão
reversa.
Ctam – Fator que leva em conta o tamanho
Ccarga - Fator que leva em conta o carregamento diferente da
flexão reversa
Cacab.sup. - Fator que leva em conta o acabamento diferente do
polido.
FADIGA
FADIGA

(Adaptado de : THYSSENKRUPP)
FADIGA

DISPOSITIVOS HIDRÁULICOS
ENSAIO DE FADIGA

“SHAKER ELETROMAGNÉTICO”- RESONANT DWELL


ENSAIO DE FADIGA

ENSAIO NÃO DESTRUTIVO DE LÍQUIDO PENETRANTE APÓS ENSAIO DE


FADIGA PARA DETERMINAR LOCAL DA TRINCA.
PROPRIEDADES MECÂNICAS
ENSAIO DE FADIGA
PROPRIEDADES MECÂNICAS
ANÁLISE DE FALHA POR FADIGA
PROPRIEDADES MECÂNICAS
ANÁLISE DE FALHA POR FADIGA

(J.B.Marcomini-
Análise de falhas)
CASO II – FADIGA EM VIRABREQUIM - JBM
CASO II – FADIGA EM VIRABREQUIM - JBM
CASO II – FADIGA EM VIRABREQUIM - JBM
A TRINCA POR FADIGA É NUCLEADA NA SUPERFÍCIE, A NÃO SER QUE OCORRA
UMA DESCONTINUIDADE SUBSUPERFICIAL.

SOLDA REVELADA POR NITAL


(MATOU A PEÇA E TENTOU CONSERTAR COM
SOLDA SEM TT)

ANÁLISE DE FALHAS – EIXO – AÇO SAE4140 – T+R - 2005.


A TRINCA POR FADIGA É NUCLEADA NA SUPERFÍCIE, A NÃO SER QUE OCORRA
UMA DESCONTINUIDADE SUBSUPERFICIAL.
PROPRIEDADES MECÂNICAS
FADIGA DE BAIXO CICLO

(Prof.Dr. Claudio Ruggieri)


PROPRIEDADES MECÂNICAS
APLICAÇÃO DA MECÂNICA DE
FRATURA À CRITÉRIOS DE
SEGURANÇA NA PROPAGAÇÃO DE
TRINCAS POR FADIGA
PROPRIEDADES MECÂNICAS
CRITÉRIO LEAK BEFORE BREAK: Cc ≥ t

(Prof.Dr. Carlos Baptista – EEL-USP)


PROPRIEDADES MECÂNICAS
ANÁLISE DE FALHA POR FADIGA
EXEMPLO REAL
PROPRIEDADES MECÂNICAS
FADIGA DE BAIXO CICLO

(Prof.Dr. Carlos Baptista – EEL-USP)


FALHA - FADIGA CASO XI –FRATURA EM PLACA
FEMURAL - 2013

Placa foi implantada em


uma mulher de 83 anos e
fraturou após 4 meses.
Nova placa implantada
fraturou novamente em 6
meses. Mesmo
fornecedor. Houve outro
caso com outra pessoa.
CASO XI –FRATURA EM PLACA
FEMURAL - 2013
FALHAS POR FADIGA
CONCLUSÃO
A PLACA ESTÁ SUBMETIDA À ESFORÇOS CÍCLICOS
DO ANDAR. A PLACA DEVERIA SUPORTAR ESTES
ESFORÇOS POR, PELO MENOS, 10 A 15 ANOS. A
FALHA PREMATURA OCORREU DEVIDO À
COMBINAÇÃO DOS FENÔMENOS DE FRAGILIZAÇÃO
PELO FÓSFORO E ENCRUAMENTO DO TRABALHO A
FRIO. O MICROMECANISMO DE FRATURA
INTERGRANULAR DEMONSTRA O EFEITO DA
SEGREGAÇÃO DE P E O CARÁTER FRÁGIL DA
FRATURA (POUCA DEFORMAÇÃO PLÁSTICA) E AS
INÚMERAS BANDAS DE CISALHAMENTO E OS
GRÃOS ALINHADOS, DEMONSTRA O EFEITO DO
TRABALHO A FRIO.
OBRIGADO!!

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