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Análise Crítica – Amor sem escalas – Administração Geral

Análise e Desenvolvimento de Sistemas Período: Noturno


Aluno: Erick Marques S. Alves

Amor Sem Escalas (original: Up In The Air) é um filme do diretor Jason


Reitman, no qual relata do ponto de vista do personagem principal Ryan Bingham
(George Clooney) as mais variadas formas de relações humanas, sejam familiar e/ou
profissional. Ryan tem como trabalho viajar os Estados Unidos da América para demitir
funcionários de empresas em que os chefes, segundo o personagem de Clooney, “não
tem culhões” para o fazer. Ainda em suas atribuições, além de demitir os funcionários,
Bingham tem de dar um suporte inicial para o funcionário recém desempregado para
que a pessoa possa dar continuidade à sua vida.
Bingham é um homem carismático, que sabe conversar e que tem real apreço
pelo que faz em seu trabalho. Como alguém que faz parte da Geração X, Bingham preza
pelo contato humano profissional, algo que julga necessário em seu trabalho de demitir
pessoas. É neste cenário que entra a jovem Natalie Keener (Anna Kendrick), uma
representante da Geração Y, marcada pela entrada da internet e tecnologia em suas
vidas. Natalie traz ao trabalho de Ryan a automação indesejada por parte do executivo.
É possível notar ao decorrer da apresentação de Natalie, logo em sua primeira reunião
com a equipe de executivos, que embora pareça mais simples e econômico, a
automatização na demissão de pessoas acaba com uma das ferramentas mais necessárias
neste trabalho: a humanidade e a interação humana.
“Você não vai poder me seguir”, diz Bingham em uma cena em que ele testa as
habilidades de Natalie para demiti-lo. Dada as circunstâncias, Craig Gregory (Jason
Bateman), chefe de Ryan, sugere que Natalie o acompanhe em suas viagens a trabalho
para que a jovem possa ver como os negócios funcionam. Em poucas viagens, é
perceptível as diferenças entre os personagens. Além de pertencerem a gerações
diferentes, as diferenças de gênero também são retratadas na relação entre os dois.
Ryan, como homem e experiente em seu trabalho, faz tudo de forma mais
objetiva. Mesmo tentando consolar os funcionários que acabaram de ser demitidos,
Ryan não deixa que os problemas dos demitidos afetem seu lado pessoal. Natalie mostra
exatamente a postura contrária. Além de ser inexperiente no ramo de demissão de
pessoas, Natalie deixa com que os problemas das pessoas demitidas afetem seu lado
pessoal, usando muitas vezes de empatia para com o momento difícil em que a pessoa
recém desempregada está passando.
Isso fica claro quando, ao decidir fazer sua primeira demissão sozinha, a
funcionária demitida calmamente ameaça se jogar da ponte. Natalie sente aquilo de
forma muito intensa e se preocupa com a funcionária. Ryan então decide acalma-la,
alegando que ameaças do tipo sempre acontecem. O processo de automação continua,
Natalie se torna supervisora de uma equipe que demite pessoas através da internet.
Então o grande choque de realidade no filme: a anterior ameaça de suicídio torna-se
realidade, mostrando que as pessoas têm um lado psicológico, não funcionam como
máquinas, não devem ser tratadas como tal. É necessário, mesmo em momentos difíceis,
como a demissão, a interação humana, mostrando suporte, empatia e consolo.

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