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A CONSTRUÇÃO DE UMA PROPOSTA POLÍTICO-PEDAGÓGICA E “(A)PROVA

BRASIL” ?

Carla Mantay – Rede Municipal de Esteio, RS


carlamantay@ig.com.br

Resumo: Este trabalho tem finalidade de divulgar, ampliar e avançar nas reflexões que fazemos para
construção de uma escola pública de qualidade e os resultados desta escola no Prova Brasil em 2005.
Sendo assim, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Flôres da Cunha em Esteio -Região
Metropolitana de Porto Alegre, propõe um projeto político pedagógico ousado e inovador que
desmistifica antigos paradigmas da educação. Na prática, viabilizamos nosso projeto através das salas
ambientes, equivalência das disciplinas, relatórios de avaliação, ampliação do recreio, carga horária
reduzida do professor garantindo o planejamento, reuniões pedagógicas semanais e projetos oferecidos
tais como: Laboratório de Aprendizagem; Laboratório de Informática, Banda Marcial, Monitores
Ecológicos, Grupos de Danças Tradicionalista e Moderna, Autor Presente, Jornal da Escola, Leitura do
Mundo, Leitura da Palavra e Arte nas séries iniciais. Esta construção só foi possível porque buscamos em
nossa escola garantir espaços de participação efetiva de todos os envolvidos, através de uma gestão
democrática, com direitos e deveres, que envolva todos os segmentos da comunidade escolar como:
Conselho Escolar; Grêmio Estudantil; Conselhos de Classe Participativos CPM; Equipe Diretiva;
Conselho de Representantes de Turma. Nosso grande desafio é confrontar diariamente a teoria e a prática,
percebendo que é necessário mais que uma prova, para (com)provar que se temos uma gestão
democrática verdadeiramente, vamos além de habilidades e competências,português e matemática ...e
resultados frios.Mas também que para nos sairmos bem em determinadas avaliações devemos ter toda
uma estrutura física,pedagógica e principalmente de gestão participativa.
Palavras-chave: qualidade educacional; prova Brasil; projeto –político-pedagógico.

INTRODUÇÃO

Com esse trabalho queremos relatar os caminhos seguidos por esta escola na elaboração
de um projeto político-pedagógico, que busca sempre avançar na construção de uma escola
pública de qualidade e inovar a cada ano, tornando o espaço escolar um lugar de prazer e saber.
Neste processo foi fundamental a participação de todos os segmentos desta comunidade e a
vontade política da administração do nosso município, através das ações da Secretaria
Municipal de Educação.Pretendemos também, relatar o processo de gestão e como se pode
viabilizar uma proposta de escola autônoma e em decorrência desta uma qualidade de ensino,
visto que após se passarem oito anos,a escola realiza uma avaliação como o Prova Brasil e tem
um desempenho satisfatório a nível Federal,Estadual e Municipal.

AÇÕES DA SECRETARIA E A PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE


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Um dos projetos maiores da Secretaria de Educação na gestão 1997 à 2000 que foi se
delineando a partir do programa de governo dessa administração, eram a implantação dos
conselhos escolares, formado por representantes dos vários segmentos da comunidade escolar,
para a construção de um projeto que possa fomentar as transformações na escola que se tem para
a escola que se quer.
Como a Lei de Implantação dos Conselhos Escolares não foi aprovada, pela Câmara de
Vereadores, a Secretaria planejou e realizou o Congresso Constituinte Escolar. Para isso a
comunidade, das escolas municipais, foram convidadas a participar desse processo, através de
inúmeros encontros: em primeiro momento, no interior das escolas, posteriormente nos Fóruns
por Núcleos, até chegar ao Congresso. Nestes encontros , houveram discussões e reflexões para
deliberações de teses , idéias e caminhos para a Escola que queremos. A base dessas discussões
foram os seguintes eixos temáticos : Gestão Democrática, Princípios de Convivência, Currículo
e Avaliação.

RUMO A CONSTRUÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO APÓS


CONSTITUINTE ESCOLAR

Ao final do ano 2000, a Carta Constituinte estava impressa para que todos pudessem tê-la
nas mãos. Estavam ali os artigos elaborados pela Comunidade Esteiense. A partir de então a
Carta serviria de diretriz na elaboração dos projetos político- pedagógicos e regimento das
escolas.
Segue aqui, o relato de como se deu na Escola Municipal Flôres da Cunha a continuidade
desse processo de transformação da escola que temos para a escola que queremos, uma escola
que já vinha inovando em sua trajetória de quarenta anos, pois em junho de 1998 vem com a
proposta de Projeto Princípios de Convivência antes mesmo da proposta da Secretaria de
Educação. Destaca-se principalmente, como foi esta movimentação de mudanças durante a
Constituinte. Quais foram os autores desse processo? Quais foram as discussões? Como cada
eixo temático foi discutido? Como a escola escreve sua história? Como a mesma acolhe ao
novo? De que forma a Constituinte Escolar contribuiu para o Projeto Político Pedagógico e
Regimento Escolar.
Para exemplificar a materialização de uma Proposta participativa, como a Constituinte
Escolar , apresentamos a seguir o Projeto Político – Pedagógico construído na Escola Municipal
Flôres da Cunha que revela o momento de transformação vivenciado pela Comunidade Escolar.
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UMA CAMINHADA PARTICIPATIVA

Para melhor acompanhamento desse caminho organizamos os passos cronologicamente:

1998 - Proposta inicial do Projeto Princípios de Convivência com o objetivo de


proporcionar um ambiente favorável ao desenvolvimento da autonomia e da cidadania, valendo-
se de medidas educativas (preventivas) contínuas, buscando a responsabilidade e a participação
nas decisões da Comunidade Escolar.

1999 - Discussão sobre ética com professores, encontros de alunos, encontro com pais e
responsáveis para discussões sobre princípios de convivência, início da participação na
Constituinte Escolar (plenárias para escolha de delegados e elaboração de propostas);

2000 - Plenárias para discussões dos delegados, a partir dos eixos temáticos, tirada de
propostas a serem apresentadas e defendidas nos Fóruns e no Congresso Constituinte Escolar;

- plenárias e estudos nas reuniões pedagógicas realizadas nos meses de agosto à


novembro, para a redação dos planos de estudos que ficou sob a responsabilidade dos
professores de cada série.

 Ano de 2001:

ƒ Entrada de novos membros na Equipe Diretiva da Escola via concurso, ainda conhecendo
a caminhada da Escola;

ƒ Transformar a pesquisa realizada em projeto político – pedagógico;

Os procedimentos para viabilizar a construção do projeto foram: 1º a formação de uma


comissão para dar continuidade à construção da proposta com representante de todos os
segmentos, sistematização da pesquisa com as entrevista (de pais , alunos , professores e
funcionários), reuniões com os segmentos da Comunidade Escolar, encontros sobre
filosofia, seminário com todos os segmentos da escola para a leitura, discussão e
aprovação da proposta, análise do texto da " Constituinte Escolar" e leis específicas; sob
a responsabilidade e coordenação do Serviço de Supervisão Escolar.

z Formação do grupo para a elaboração das Regras

z Divulgação do projeto político-pedagógico e da nova filosofia da escola para


todos os segmentos da comunidade escolar;

 Ano de 2002:

z Reorganização da escola para implementar a nova proposta política-pedagógica;


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z Trabalho para aprovação e divulgação das regras da escola com todos os


segmentos;

z Discussões para as mudanças do sistema de avaliação

 Ano de 2003:

O DESAFIO DE CONFRONTAR TEORIA X PRÁTICA

Apresentaremos o fruto desse trabalho , que não está concluído pelo simples fato de
termos já escrito e amplamente divulgado nossa proposta político-pedagógica para toda a
comunidade. Este projeto está em andamento e sendo aprimorado a cada momento de estudo e
reflexão que se faz nas reuniões da Equipe Diretiva, reuniões pedagógicas, reuniões do Conselho
Escolar e CPM, conselhos de classe participativos, reunião do Grêmio Estudantil, reuniões dos
representantes de turmas e reuniões com os funcionários.

CONSTRUÇÃO DA FILOSOFIA DA ESCOLA

Em 2001, a Equipe Diretiva da Escola Municipal Flôres da Cunha realizou encontros


com professores, funcionários, representantes de alunos e pais com o objetivo de reelaborar a
Filosofia da Escola; buscando sempre avançar na construção de uma escola pública de qualidade
e inovar a cada ano, tornando o espaço escolar um lugar de prazer e saber.
Durante os encontros contamos com a presença dos professores de Filosofia: Carla
Coelho e Vanderlei Carbonara os quais desencadearam esse processo de construção a partir do
trabalho com o texto “Filosofia de Escola _O que é Filosofia? Filosofia e Escola”, de Vanderlei
Carbonara; discussão e trabalhos de grupo onde expressamos claramente nossas concepções de
ser humano, ética e conhecimento.

FILOSOFIA DA ESCOLA

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Flôres da Cunha propõe a integração da


Comunidade Escolar a partir da construção do conhecimento contínuo e progressivo que visa à
autonomia. Estas relações de saber pressupõem diálogo, comprometimento, respeito,
flexibilidade e humildade; possibilitando a formação de um cidadão criativo, atuante que respeita
os valores dos outros e a individualidade de cada um.
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REGRAS DE CONVIVÊNCIA

Tendo em vista a necessidade de registrar as regras de convivência para a formulação do


novo Regimento Escolar, o Conselho Escolar, órgão máximo ao nível da escola de funções
consultiva, deliberativa e fiscalizadora, propôs no segundo semestre de 2001 a realização de uma
pesquisa através de instrumento distribuído para todos os alunos a serem preenchidos juntamente
com seus responsáveis a partir dos questionamentos:
- Qual a função da Escola?
- O que não se faz na Escola?
- Qual a sugestão para quando a regra for desrespeitada?
A comissão de sistematização compilou todas as respostas sem alteração da redação e
foram anotadas quantas vezes as respostas foram repetidas ou respondidas de forma muito
semelhante.
Com o objetivo de proporcionar um ambiente favorável ao desenvolvimento da
autonomia e da cidadania, valendo-se de medidas educativas (preventivas) contínuas, buscando
a responsabilidade e a participação nas decisões da comunidade escolar, a escola registra suas
regras em documento específico após reunião com autoridades competentes. As regras de
convivência serão avaliadas constantemente e mudadas quando necessário, aprovadas pelo
Conselho Escolar e de acordo com legislação vigente.

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO E SUAS CONCEPÇÕES

Nossa concepção de educador


Ser educador é estar em permanente busca, estar comprometido e solidário com o projeto
político-pedagógico da escola. Ser educador hoje, significa atuar na sociedade e transformá-la,
sermos críticos, conscientes e autônomos. Para que tudo isto ocorra é necessário momentos para
sua qualificação, espaços de trocas e estudo.

Nossa concepção de avaliação


Avaliar é valorizar o crescimento individual, respeitando as etapas do
desenvolvimento, onde os instrumentos utilizados sejam uma forma de continuar o planejamento
e retomar o processo de construção do conhecimento. Levando em consideração a participação
de todos os envolvidos no processo: alunos, professores, funcionários e pais.
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Nossa concepção de currículo

O currículo no projeto político-pedagógico é o meio pelo qual é viabilizado a integração


entre conteúdo e realidade, de maneira coletiva e interdisciplinar.
Sendo assim, o currículo é mais do que a lista de conteúdos mínimos, ele é amplo,
dinâmico, cujas atividades são planejadas de forma coletiva e individual

Nossa concepção de conhecimento

O processo de construção do conhecimento pressupõe interação, aprendizagem constante


e reflexão.
Busca-se repensar o processo de ensino-aprendizagem; através de conteúdos
significativos, partindo do que o aluno traz, sua realidade, vivência e sua bagagem cultural.

COMO COLOCAR EM PRÁTICA O PROJETO


PRÁTICAS DO PROJETO

Módulos ou períodos aula


Duração: Períodos aula de 55 minutos.
Número de aulas semanais por componente curricular:
- Duas aulas semanais dos componentes da base nacional comum.
- Uma aula semanal de cultura religiosa e informática educativa.

Duração do recreio

Vinte e cinco minutos.


Tendo em vista solicitação dos professores no que se refere à ida ao refeitório, a sugestão
é que este momento seja concentrado num mesmo horário, visto que sempre os mesmos períodos
são prejudicados e além disto dificulta a motivação dos alunos e do professor no andamento da
aula. A referida merenda será semanalmente divulgada nos murais da Escola.
Pretende-se uma articulação entre merenda escolar, música no recreio, cantina, recreio
dirigido, recreação realizada pelo Grêmio Estudantil, SOE, Monitores Ecológicos, SSE e
professores.
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Portanto nossa intenção com os 25 minutos de intervalo é que tenhamos qualidade e


organização nos espaços da Escola.
Número de horas mínimas anuais: 800 horas.
Dias letivos mínimos anuais: 200 dias.

PROJETOS
Os projetos que a Escola já oferece são:
- Laboratório de Aprendizagem
- Laboratório de Informática
- Amigos da Biblioteca
- Banda Marcial
- Monitores Ecológicos
- Grupos Piazitos do Pampa
- Autor Presente
- Jornal da Escola
- Leitura do Mundo, Leitura da Palavra
- Artes nas Séries Iniciais
- Grêmio Estudantil
Fonte: Planos de Estudo – Planejamento para 2002 – Escola Municipal de Ensino
Fundamental Flôres da Cunha.

FATORES RELEVANTES DO PROJETO A SEREM CONSIDERADOS


SALA AMBIENTE

Dentro da possibilidade e da estrutura da Escola, cada professor tem a sua sala de aula,
tendo um armário com o seu material pessoal, uma estante com livros didáticos e dicionários.
Algumas disciplinas possuem ainda materiais dedicados a sua área afim.
O professor fica na sala aguardando a turma.
Problemas: nem todos os professores possuem sala ambiente e assim ocupam diversas
salas, sendo essas no dia do planejamento dos professores ocupantes da sala.

Relatórios descritivos
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Relatório individual e por disciplina do aluno, sendo considerado aspectos do


conhecimento e dos princípios de convivência. O referido relatório é trimestral. Em todas as
séries da Escola.

Carga horária do professor


Nenhum profissional da educação na Escola possui uma carga horária maior que catorze
períodos em sala. Fica garantido ao profissional um turno para o seu planejamento a ser
cumprido na Escola, onde o professor poderá planejar suas aulas, corrigir avaliações e fazer o
seu relatório descritivo.

Reunião pedagógica

É garantida uma reunião pedagógica por semana, sendo esses dois períodos, destinados
para avisos gerais, administrativos e assuntos didáticos e pedagógicos.

Grêmio estudantil

Um esforço no sentido de uma participação política mais ativa do corpo discente nas
atividades escolares.

Conselho de representantes

Conselho composto pelos representantes de turma, atuando como um órgão fiscalizador


das atitudes do Grêmio Estudantil, além de ser um organismo cooperativo de idéias e que leve os
anseios das turmas para o Grêmio Estudantil tentar pôr em prática.

Comissões para os mais diversos projetos

Comissões organizadas pelos professores e equipe diretiva visando as mais variadas


atividades no ano, tais como: semana cultural, dia da família, festa junina, semana da consciência
negra, festa do aluno(a) destaque, autor presente e formatura das oitavas, e demais eventos que a
Escola planeja.
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DESAFIOS 2003, 2004 ...

Participação dos Representantes da Comunidade Escolar no Projeto Arquitetônico de


ampliação do espaço físico da Escola, buscando a garantia das salas ambientes e
desenvolvimento de todos os projetos pedagógicos.

Pesquisa sócio-antropológica, visando a reestruturação curricular.

Continuidade à formação do educador, através de momentos de estudo.

“O coração da gente muda quando a gente muda o mundo que cria o coração da gente, fora
disso não muda.A gente vai mudando com a mudança que a gente vai fazendo na realidade.É a
mudança da realidade que muda a gente”
Paulo Freire

Para enfrentar os desafios, se tomarão em conta os referenciais que se mencionam em


seguida.

PROVA BRASIL

PANORAMA HISTÓRICO
Décadas de
80/90

CF 1988
● Redefinição das responsabilidades municípios/ UF / União
● Indicação da qualidade do ensino

CONFERÊNCIA MUNDIAL DE EDUCAÇÃO PARA TODOS


●Jontiem,Tailândia, 1990.
●equidade e qualidade na educação

PLANO DECENAL DE EDUCAÇÃO PARA TODOS - 1993


● Avaliação nacional como forma de melhorar a qualidade do ensino
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NOVO PARADIGMA ECONÔMICO


Tecnologia/ Nova organização
Maior qualificação do Trabalhador

LDB/96
●Reforma no sistema educacional
● Currículo e Avaliação Nacional sob responsabilidade da União.

SAEB EM 2005
Portaria 931 21 de março 2005

ANEB
Avaliação da eficiência das redes de ensino básico pelo desempenho dos alunos em Leitura e
Matemática e dos fatores contextuais a ele associados.

●Voluntário – Amostral
●4ª e 8ª Série do EF e
●3ª série do EM
●Escolas públicas Urbanas, rurais e particulares

ANRESC (Prova Brasil)

●Avaliação da eficiência de cada unidade escolar, por meio do desempenho dos alunos em
Leitura e Matemática, no âmbito do Ensino Fundamental.
●Voluntária - Universal na população avaliada
●4ª e 8ª Série do EF
●Escolas Públicas Urbanas com no mínimo 20 alunos na série

PROVA BRASIL (ANRESC)

●Experiência Nova em termos de amplitude


●Existem experiências similares em âmbito estadual e municipal (Ex: SARESP – São Paulo;
SPAECE – Ceará; SAEPE – Pernambuco; etc.)
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●Resultado por unidade de ensino


●Devolução dos resultados a escola com objetivo de auxiliar os gestores escolares no
planejamento das ações pedagógicas de forma a redirecionar o trabalho e/ou introduzir mudanças
nas escolas para corrigir a situação diagnosticada.
●Possibilidade de mudar o foco: apesar do diagnóstico ainda ser o objetivo chave, a ele pode ser
agregada de forma mais eficaz o aspecto da prestação de contas (accountability)
●Com base nos resultados:
Dirigentes estaduais e municipais podem conhecer a situação de cada unidade escolar sob sua
administração.
●Definir ações voltadas para a correção dos problemas identificados;
●Dirigir seu apoio técnico e financeiro tanto para o desenvolvimento e aperfeiçoamento das
redes de ensino, quanto para a redução das desigualdades ainda existentes no sistema
educacional.

●Com base nos resultados: A comunidade escolar pode discutir os resultados e encaminhar
medidas administrativas e pedagógicas para manter ou melhorar padrões de desempenho .

ROTEIRO DE ANÁLISE DOS RESULTADOS ALCANÇADOS PELA ESCOLA

Como resultado do estudo deste tópico, você poderá:


● identificar os elementos importantes a serem considerados na análise dos resultados de sua
escola.
Para analisar os resultados de sua escola, você pode seguir o roteiro:

1. Faça uma análise comparativa da média obtida pela escola com a do município, com a do
estado, com a do Brasil.

Dados da escola flores da cunha de esteio


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Além desta análise gostaria de destacar que os alunos que realizaram esta avaliação no ano de
2005 são os alunos de 4ª série que estavam ingressando na 1ª série do ensino fundamental e os de
8ª série estavam ingressando na 5ª série no ano de 2002.Portanto, estes alunos vivenciaram o
projeto político pedagógico desta escola e pode-se entender que muito destes resultados
interessantes se devem ao fato de uma mudança radical na avaliação,gestão e projeto da escola.
2. Analise a distribuição do percentual de alunos por nível e verifique em qual das situações
abaixo sua escola se enquadra:

• Percentual de alunos concentrados nos níveis mais altos da escala.

• Distribuição do percentual de alunos em todos os níveis da escala.

• Percentual de alunos concentrado nos níveis mais baixos da escala.

3. Identifique a média de proficiência obtida por sua escola e localize essa média no intervalo de
proficiência da escala. Quais foram as habilidades desenvolvidas, e as que ainda não foram
desenvolvidas?
4. Onde os resultados indicam sucesso e permitem extrair diretrizes para novas soluções dos
problemas de aprendizagem?
5. Em que aspectos se verifica a necessidade de inovações no planejamento para maior eficiência
do trabalho escolar.
6. Na sua escola, o desempenho dos alunos na Prova Brasil é compatível com o desempenho nas
avaliações realizadas pelo professor? Justifique a resposta, apresentando características do
desempenho do aluno em sala de aula.

CONSIDERAÇÕES FINAIS E INICIAIS

Sendo um relato de uma experiência e uma investigação sobre os resultados desta escola
no Prova Brasil e seus resultados de aprovação nos anos de 2002 à 2005,não considero a
finalização desta pesquisa, pois pretendo ainda que meu trabalho proporcione uma reflexão aos
gestores da Educação Pública , de que é importantíssimo uma verdadeira autonomia da Escola na
construção de seu projeto político-pedagógico,uma gestão participativa e sobretudo que estes
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dados sirvam para que Poder Público e Escola possam encontrar juntos soluções e/ ou algumas
garantias da qualidade do ensino dialogando e re- planejando suas ações.
Que se vivencie uma prática democrática a partir de uma gestão pública democrática,
onde se proporcione que as escolas possam dialogar, realizar experiências e projetos em conjunto
e mais, que se reinstale um movimento de discutirmos nossos problemas, nossas falhas e como
encontrar soluções juntas: equipes diretivas, conselhos esco lares,educadores,funcionários,
educandos e sua família.

BIBLIOGRAFIA

BECKER, Fernando. A epistemologia do professor; o cotidiano da escola. 6ª. ed. Petrópolis:


Vozes, 1998
CARBONARA. Vanderlei. Filosofia de Escola.
Carta Constituinte Escolar de Esteio
Coleta de Dados da Escola Flôres da Cunha elaborado em 2000.
GARDIN, Danilo. A prática do Planejamento Participativo. 4ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora. Uma prática em construção da pré-escola à
universidade. Editora Mediação. 11ª ed., POA, 1997.
Lei de Diretrizes e Bases 9394/96
UEMA,Luiza Massae.Coordenadora Geral de Avaliação da Educação Básica. Apresentação no
V Congresso Internacional Unisinos.São Leopoldo,2007.
VASCONCELOS, Celso. Planejamento, Projeto de Ensino – Aprendizagem e Projeto Político
Pedagógico.
Vídeo Raízes e Asas

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