Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
COLLECÇÃO
DAS LEIS E DECRETOS
s DO
( : IMPÉRIO DO BRAZIL,
DESDE A EELIZ ÉPOCA DA SUA INDEPENDÊNCIA
OBRA DEDICADA
/
SESSÃO DE 1836.
—-
->*
Xis uDecuuo </oíu,uiei.
:A i:w'-\^
)t0 bt (Èkanúw,
NA TYP. IMP. T. CONST. DE J. VILLENEUVE E COMP.
rua J'Ouvidot, n.* y5.
)837.
V,-
(.r:
>if
i . t
r >
r
COLLECÇÃO
DAS LEIS E
DO IMPÉRIO DO BRAZÍL.
FROYiSAÔ Dl i9 DE OUTUBRO.
DECRETO DE 7 DE NOVEMBRO.
CIRCULAR DE 22 DE DEZEMBRO
A1YIVO DE 1836.
TORTARIA DE J DE JANEIRO.
DECRETO DE 7 DE JANEIRO.
/ORTARIA DE 9 DB JANEIRO. .
AVISO DB II DE JANEIRO.
PORTARIA DE t3 PE JANEIRO.
PORTARIA DE l3 DE JANEIRO.
Havendo-se ordeuado nesta data ao Inspector das Obras Publicas, que prefira ,'
para os trabalhos das mesmas obras , os operarios livres aos cativos, nas quaes te-
ráõ aquelles hum jornal proporcinuado á sua aptidão , conforme o estado do paiz:
JYland.i o Regente , em Nome do Imperador o Senhor D. Pedro II , que Vm faça
com que os Juizes de Paz deste Municipio , por intermedio dos Inspectores de Quar
teirão, divulguem esta providencia pelos seus Districtos , procurando obter o
maior numero possivel tios referidos 4>perarios livres , os quaes elles enviaráô
ao dito Iqspector das Obras Publicas; danao Vm. parte, por esta Secretaria de Esta
do, sobre informações dos mesmos Juizes de Paz, dos que com ef feito se ajus
tarem ; cumprindo que Vm. lhes recommende todo o zelo c efficacia naquella
diligencia.
Deos Guarde a Vm. Paço , em i3 de Janeiro de i836. — Antonio Paulino
Limpo de Abreu. — Sr. Juiz de Direito Chefe de Policia.
t5 DE JANEIRO.
Ari. 35. A Sociedade durará doze annos , contados do dia em que se ins-
tallar aia Directoria.
Art. 36. Na Sessão ordinaria da Assembléa Geral do anno undecimo , se re
solverá a continuação ou não continuação da Sociedade, e em humae outra hypothe-
sis se assentarão as bases , ou para sua prorogação, ou para a sua final liquidação.
Art. 'ij. Os Socios que não quizerem continuar seráõ embolçados do ca
pital das suas entradas , com os lucros ou prejuizos correlativos , á proporção do
que se ior liquidando ; nias os que quizerem continuar seráõ obrigados a deixar o
capital , podendo comtudo retirar os lucros ae.cumulados.
Art. 38. Ficão vagas as acções dos Socios que fallecerem , a menos que
os seus herdeiros não declarem, por termo , que querem substitui-los. Aos her
deiros se entregaráõ os capitaes, com os lucros ou perdas correspondentes ate
a época do fallecimento dos seus antecessores.
Art. 39. Os presentes Estatutos, que constituem o instrumento da união so
cial , não se poderáõ alterar ou reformar em todo, ou em parte , senão por acor
do da Assembléa Gerai dos Proprietarios , tomado em huma Sessão e vencido em
outra ; sendo necessario que a decisão em hum e outro caso se vença por dous
terços, pelo menos, dos vetos presentes ou representados.
Rio de Janeiro , íò de Janeiro de io36. — Diogo Soares da Silva de Bivar. <—
Joaquim Francisco Viana. — Pedro de Araujo Lima. — Francisco Cordeiro da Silva
Torres.
íí ASSO DE 1830.
REGULAMENTO DE 22 DE JANEIRO.
CIRCULAR DE 3o DE JANEIRO.
JE DITAI. DE 4 DE FEVEREIRO.
DECRETO DE 4 DE FEVEREIRO.
AVISO DE 5 DE FBVEBEiB.O.
EDITAL DE 5 DB TEVEREIROi
PORTARIA DE II DE FEVEREIRO.
DECRETO DE i2 DE FEVEREIRO.
CIRCUX.AR DE i7 DE FEVEREIRO.
CIRCU1AR DE i7 DE FEVEREIRO.
CIRCULAR DE iJ DE FEVEREIRO.
AVISO DE i9 DE FEVEREIRO.
DECRETO DE 22 DR FRVF.REIRO.
ORDEM DE 24 DE FEVEREIRO.
Constando que algumas pessoas, com os despachos que fazem de huma pipa de
agoardente, extravião os direitos de muitas, pela fraude de vasarem o liquido e de
novo encherem o mesmo casco, por ter este a marca de sahida do Trapiche : Orde
no áo Sr. Administrador da Mesa de Diversas Rendas , que expeça as suas ordens
para serem apprehendidas, do i° de Março do corrente anno em diante, todas as
pipas de aguardente que forem encontradas sem despacho, ou com elle, não sendo
a sua data do mesmo dia em que forem encontradas ; devendo os Vigias que as en
contrar por o —visto— no mesmo despacho: .0 que assim cumprirá.
Rio, em 24 de Fevereiro de t836. Manoel do Nascimento Castro e Silva —Sr.
Administrador da Mesa de Diversas Rendas.
26 A!SNO DE 183d.
PORTARIA DE 5 DE MARÇO."
Illm. e Exm. Sr. — Inclusas remetto a V. Ex. as copias authenticas dos Decre
tos de 3 do corrente, que mandão transferir a Thesouraria dessa Provincia para o
lugar que V. Ex. lhe indicar; e que cesse o expediente da Alfandega de Porto Ale- ,
gre em quanto a ordem legal não estiver restabelecida naquella Cidade. V. Ex. fará
uso destes Decretos como for mais conveniente ao Serviço Nacional, ficando ao pru
dente arbítrio de V. Ex. o deixar de os cumprir, ou demorar a sua execução, quan
do julgue que assim o exigem as circunstancias da Provincia. No caso de que V.
Ex. entenda que não convém cxecutar-se o primeiro Decreto , ou de que não
possa effectuar-se de jprompto a transferencia da Thesouraria , autoriso a V. Ex.
para, na formado artigo i02. da Carta de Lei de 4 de Outubro de i83i, estabe
lecer huina Recebedoria interinamente encarregada da arrecadação e distribuição
das Rendas Publicas, empregando ríella de preferencia os empregados da Thesoura
ria , que se retirárão da Capital da Provincia , e , na falta destes , aos de outras
Repartições, que se conservarão fieis ao Governo legitimo, ou a quaesquer pessoas
que mereção a confiança de V. Ex. E porque cumpre prevenir que sejào distra-
hidas sommas que devem ser legalmente applicadas ás despezas publicas , V. Ex.,
logo que receber o presente Officio , ordenará aos Collectorcs e mais Exactores
de rendas , que entreguem na dita Recebedoria , ou na Thesouraria , depois de
transferida, as sommas que estiverem em seu poder, e as que arrecadarem para
o futuro ; e fará publico pela imprensa , e por Editaes , que só seráõ levados em
conta pagamentos de •impostos , ou dividas activas da Fazenda que forem feitos
nas Estações que obedecem á legitima autoridade de V. Ex. Quanto ao Decreto
que manda cessar de todo o expediente da Alfandega de Porto Alegre , quando
V. Ex. julgue que deva ter execução, expedirá as mais terminantes ordens, e
dará todas as providencias ao seu alcance, para que nenhuma 'embarcação de
commercio siga para Porto Alegre , pois que em tal caso os despachos devem ser
feitos nas Alfandegas da Cidade do Rio Grande e Yilla de S. José do Norte.
Deos Guarde a V. Ex. Palacio do Rio de Janeiro , em 5 de Março de i836.
— Manoel do Nascimento Castro e Silva. — Sr. Presidente da Provincia do Rio
Grande do Sul.
ANKO DE 1836. 27
Alegre, em quanto ali não fór restabelecida a ordem legal ; e por clles respon
saveis os seus membros , que seráõ obrigados a repor as som mas que despenderem.
Thesouro Publico Nacional , em 5 de Março de i836. — Manoel do Nasci- r*|
mento Castro e Silva.
PORTARIA DE 7 BE MARÇO.
AVISO DE 7 DE MARÇO.
CIRCULAR DE IO DE MARÇO.
DECRETO DE t4 DE MARÇO.
PORTARIA DE i^ DE MARÇO.
DECRETO DE i 5 DE MARCO.
decreto de i5 de mahço.
CIRCULAR DE 2i DE MARÇO.
OFFICIO DE 2i DE MARCO.
rORTARIA DE 2i DE MARÇO.
Não sendo ainda bastante para a boa fiscalisacão dos direitos nacionaes,
as providencias dadas nas Portarias de i2 de Fevereiro ultimo, e 00 de Junho
do anno passado, de se exigir fiança nos despachos de reexportação aos direitos
de consumo e expediente, até se apresentar certificado de haverem entrado na
Alfandega do seu destino as mercadoiias reexportadas para dentro do Imperio,
ou para fora delle cOin escala por algum de seus portos: o Sr. Inspector da
Alfandega tique na intelligencia de que, em lugar das fianças, se exigiráõ d'ora
em diante, e em todos os despachos de reexportação e baldeação, assignados,
ou leiras endossadas por hum assignante (as quaes terão a mesma força dos
assignados) com os seguintes vencimeutos: de ò mezes se a reexportação e bal
deação fór de hum porto para ouiro da Costa Oriental, ou Septentrional do
Brazil; de 6 mezes, sendo de huma para outra das ditas costas, ou para os portos es
trangeiros ao Sul do Brazil , e Africa Occidental; de i anno, se para a Europa e
Africa Oriental , e portos estrangeiros ao Oeste do Brazil , e Costa Occidental
d'America; e de 2 annos para os portos d' Ásia. Estes assignados, ou letras, fi
caraò em poder do Thesoureiro da Alfandega para os cobrar no seu vencimento,
se os Despachantes, ou seus endossadores, não apresentarem deutio dos ditos pra
zos o certificado da Alfandega importadora, reconhecido pelo Agente Consular
Brazileiro ahi residente, ou, na sua falta , pela competente autoridade do paiz ,
levando-se a importancia recebida ao livro dos direitos. As partes que preferi
rem ás letras e assignados depositar em dinheiro a iin|ortaucia dos direitos e
expediente, se lhes admittirá, perdendo o deposito, se dentro dos prazos men
cionados não apresentarem o certificado exigido: o que assim cumprirá.
Rio , em 2i de Março de i836. — Manoel do Nascimento Castro e Silva.
/'•/. XI.
34 WKO DE 1836.
OIIICIO Dl 22 DE MARÇO.
PORTARIA UE 26 CE MARÇOl
5*»
36 AWVO DE 1836.
DECRETO DE 28 DE MARÇO.
PORTARIA DE 29 DE MARÇO.
PORTARIA DE 3o DE MARÇO.
DECRETO DE 3o DE MARÇO.
OFFICIO DE 3o DE MARÇO.
OFFICIO BE 6 DE ABRIL.
AVISO DE 6 DE ABRIL.
Expeça Viu. a conveniente onlem, para que nas diversas officioas desse
Arsenal se admitta o numero possivel de aprendizes, que deveráõ ser livres;
abonando-se logo aos das oftícinas de ferreiro e serralheiro, o jornal de i20
réis, e aos dos outras officinas o de 80 réis.
Deos Guarde a Vm. Paço, em 6 de Abril de i836. — Salvador José Ma
ciel. — Sr. Francisco Bibiano de Castro.
DECRETO DE 6 DE ABRIL.
AVISO DE 9 DE ABRIL.
PORTARIA DE t3 DE ABRIL.
PORTARIA DE t5 DE ABRIL.
PORTARIA DE t5 DE ABRIL.
TORTARIA DE t6 DE ABRIL.
DECRETO DE t8 DE ABRIL.
CIRCULAR DE i 9 DE ABRIL.
PORTARIA DE 22 DE ABRIL.
DECRETO DE 2^ DE ABRIL.
DECRETO DE 24 DE ABRIL.
AVISO DE 25 DE ABBIL.-
Inspecto'.
Art. 3. Haverá hum outro Official para servir de Ajudante, e nesta qua
lidade supprirá a falta do Inspector nos seus impedimentos , sendo por elle em
pregado no serviço que convier, o qual vencerá tambem as gratificações marcadas
em Lei, quando estiver em exercido.
Administrador Thesoureiro.
Escripturcuio. . .
Guardas.
PORTARIA DE 3o DE AEHIT .
s
ft8 ANNO DE 1836.
*
ordena que V. S. , executando o disposto no dito parecer em todas as suas partes,
Gque na intelligencia de dar annualmente a esta Secretaria de Estado hum»
relação circunstanciada da applicação e moralidade de todos os Estudantes em
cada hum dos ahnos lectivos ; exigindo para isso as precisas informações dos res
pectivos Lentes , tudo com a imparcialidade e justiça que he de esperar ; e que
quando em qualquer occasião se der o facto de algum estudante se deslisar do
comprimento de suas obrigações , o participe logo ao Governo para lhe dar o con
veniente destino , visto que a protecção de que se fazem credores só pode abran*
ger aos applicados e morigerados.
Deos Guarde a V. S. Paço , em 3o de Abril de i836\ — José Ignacio Bor
ges. — S. Domingos Ribeiro dos Guimarães Peixoto.
N. B. Sobre o objecto da 2.a parte deste Aviso , se expedio Circular á Fa
culdade de Medicina da Bahia , e aos dous Cursos Juridicos. •
REGULAMENTO DE OO DE ABHIL.
DECRETO DE 2 DE MAIO.
DE6RETO DE 2 DE MAIO.
DECRETO DE 2 DE MAIO.
3 DE MAIO.
PROVISAO DE 7 DE MAIO.
AVISO DE t4 DE MAIO.
AVISO DE i7 DE MAIO.
DECRETO DE 2i DE MAIO.
OFFICIO DE 2i DE MAIO.
lilm. e Exm. Sr. — Inclusas remetto a V. Ex. as copias dos Decretos pelos
quaes o Regente, em Nome do Imperador, ha por bem nomear Coromandante
das Armas dessa Provincia., o Coronel do Estado Maior do Exercito , Bento Ma
noel Ribeiro, e mandar dissolver os Corpos de 1a Linha do Exercito, que, per
tencendo á Guarnição dessa Provincia, se tornarão sediciosos. Immediatamente á
recepção deste Aviso , cumpre que V. Ex. , fazendo executar os Decretos a que
muito convém dar toda a publicidade, ordene aos Ofliciaes dos Corpos dissol
vidos , e a todos os mais Officiaes de ia e 2a Linha, que estejão actualmente en
volvidos na sedição , se lhe apresentem dentro de hum prazo que lhes houver
de marcar , incluindo com especialidade na ordem em questão , o Coronel Ben-
Fol. XI. 8
58 ANNO DE 1836.
to Gonçalves da Silva e o Major João Manoel de Lima e Silva , e a estes V.
Ex-. mandará prender e remetter para esta Corte y evitando que com sua presença
continuem a encorajar os sediciosos. Por esta occasião previno a V. Ex. , de or
dem do Regente, em Nome do Imperador, que por isso que se mandão dissol
ver os Corpos indicados no citado Decreto , não fica V. Ex. inhibido de reor-
ganisar em seu lugar os que convierem , e com a mesma numeração do Exercito,
mas muito importa ter toda a circunspecção na escolha dos Officiaes que para isso
V. Ex. designar.
Deos Guarda a Y. Ex. Palacio do Rio de Janeiro , em 21 de Maio de i836. —
Manoel da Fonseca Lima e Silva.-— Sr. Presidente da Provincia de S. Pedro do Sul.
OFFICIO DE 2i DE MAIO..
i
Illm. e Ex. Sr. — Não devendo o Governo tolerar que continuem a ser con
siderados seus Empregados individuos que, ligados com os facciosos, cooperão
quanto podem para a desunião dessa Provincia da communhão brazileira; cum
pre que V. Ex. , logo que receber o presente Officio , faça publico por Editaes
e pela imprensa , que todos os Empregados de Fazenda que se acharem domi
nados pelos rebeldes e se não apresentarem a V. Ex. dentro de hum prazo razoavel
que V. Ex. lhes marcará, segundo as distancias em que se possào achar, seráõ
desde logo declarados' por V. Ex. demittidos de seus respectivos empregos.
Deos Guarde a V. Ex. Palacio do Rio de Janeiro , em 2i de Maio de i836. "
— Manoel do Nascimento Castro e Silva. — Sr. José de Araujo Ribeiro, Presi
dente da Provincia de S. Pedro do Sul.
. 27 de maio.
V
ANNO DE 1836. 59
N,da Dignidade da Nação, conciliaráo esta disconcordaucia, dispensando-se assim
o Senado de propor por agora medidas efficazes para sustentar o decoro e di
reitos do Trono de V. M. I.
Tambem vê o Senado com a mais entranhavel dor o quadro dos horrores
commettidos nas Provincias do Fará e de S. Pedro do Rio Grande do Sul,
produeto funesto do desprezo dos vínculos sociaes; mas acredita que o Gover
no de V. M. 1., valendo-se dos recursos de que pode lançar mão, e aiuda
mais , estimulando o espirito nacional .que anima os corações verdadeiramente
brazileiros, conseguirá, mediante auxilio da Divina Providencia, algemar a fero
cidade que resalta da anarchia , restabelecendo a ordem e com ella o socego
e concordia entre os Cidadãos.
Muito coiffia o Senado que a Assembléa Geral Legislativa levantará diques
á desobediencia e á impunidade; pois he forçoso reconhecer que as paixões só
se sopeão por Leis repressivas, e sua fiel execução, quando os homens pela re
volução dos tempos , ou pela devassidão dos costumes não respeitão os preceitos
da Religião , e não seguem os dictames da moral,' que devem, de mãos dadas ,
fazer a base da educação publica, e que são entre os Povos civilisudos o ma
nancial da illustração e prosperidade dos mesmos.
He mui lisonjeiro para o Senado a manifestação de que o nosso Commer-
cio prospera , pelo augmento progressivo de nossos produetos ; assim como que
as rendas satizfazem as despezas publicas; e o Senado agradece a V. M. I. o
desvelo que toma em promover a Agricultura, em fomentar a Industria, em
animar a introducção das Artes e dos melhoramentos. Com taes auxilios o Com-
xnercio dará vida a novas especulações, e a riqueza publica se elevará áquelle
gráo a que a natureza liberal mente nos convida.
O Senado, muito convencido de que o nosso Exercito precisa ser organisa-
do, a Marinha melhorada, promoverá, quanto estiver no circulo de suas attri-
buições, novas providencias que plantem e firmem a disciplina, unico meio
que faz com que hum mal inevitavel na sociedade , pelo dispendio de vidas e
dinheiro, se converta em firme garante da segurança externa, e tranquillidade
interna.
O Senado examinará com judicioso escrupulo as leis provinciaes , empre
gando todo o esmero a que com suas decisões não soffrão mingoa de provi
dencias as necessidades locaes, nem o desejo natural de ensanchar autoridade
encurte ou alargue as raias traçadas pelo Acto Addicional. A tarefa he espi
nhosa ; porém mais será a cura dos males que provierem da indecisão.
O Senado verá com reflectida attencão os Relatoiios dos Ministros, das dif-
ferentes Repartições, e a exposição das necessidades publicas, assim como a
indicação dos meios aptos para as remover: e intimamente convencido dos es
forços que V. M. I. emprega em arraigar nossas instituições, em segurar a tran
quillidade publica, e em augmentar a fortuna dos Cidadãos, protesta coadjuvar,
quanto em si couber, os patrioticos desejos de V. M. I., para que desta mutua
cooperação resulte o bem geral da Nação, e estabilidade do Trono de V. M. I.
Resposta. —- Fico certo dos bons sentimentos do Senado.
8**
60 ANXO DE 1836.
27 DE MAIO.
. *
RESPOSTA DA CAMAHA DOS DEPUTADOS A* CAIA A DO TRONO.
DECRETO DE 3o DE MAIO.
PORTARIA DE 3t DE MAIO.
DECRETO DE 3 DE JUNHO.
Designando expressamente a Constituição do Imperio , no § Io do artigo
102, o dia 3 de Junho do ahno 3° de cada huma das Legislaturas, para a
convocação da nova Assembléa Geral ordinaria: o Regente, -em Nome do Im»;
perador o Senhor D. Pedro II , ha por bem convocar a mesma Assembléa , pro-
cedendo-se para esse fim ás Eleições dos Deputados das differentes Provincias ,
na forma das Instrucções que asregulão.
José lgnacio Borges , Ministro 'e Secretario de Estado dos Negocios do Im
perio , o tenha assim entendido e faça executar com os despachos necessarios.
Palacio do Rio de Janeiro , em 3 de Junho de i836 , decimo quinto da Inde
pendencia e do Imperio.
Diogo Antonio Feijó.
José lgnacio Borges.
Gri , • ANNO DE 1836.
PORTARIA DE 4 DE JCNIIO.
OFFICIO DE 6 DE JLXHO.
DECRETO DE t5 DE JUNHO.
■s
/t\NO DE 1886. 65
INSTRUMENTO do Reconhecimento da Princeza Imperial ; a Senhora D. Ja-
nuaria , como Successora no Trono e Coroa do Imperio do Brazil.
Saibão quantos este Instrumento virem , que no Anno do Nascimento de
Nosso Senhor Jesu-Christo de i836, decimo quinto da Independencia e do Im
perio do Brazil , aos 3i dias do mez de Maio , pelas onze horas da manhã , nesta
muito Leal e Heroica Cidade do Rio de Janeiro , no Paço do Senado , onde se
reunirão as duas Camarás de que se compõe a Assembléa Geral Legislativa
do mesmo Imperio , estando presentes vinte e oito Senadores e cincoenta e seis
Deputados, sob a Presidencia do Ex. Bento Barroso Pereira , para se fa|pr o Re
conhecimento da Princeza Imperial, na conformidade da Constituição, Tit. 4os
Cap. i°; artigo i5, S 3° , e a Lei de 3o de Outubro de i835 , se procedeu
ão Acto Solemne do dito Reconhecimento; e a Senhora D. Januaria Maria Joan-
na Carlota Leopoldina Candida Francisca Xavier de Paula Michaela Gabriela Ra-
phaela Gonzaga, Princeza Imperial , Filha Legitima do fallecido Senhor D. Pe
dro I , Imperador Constitucional e Defensor Perpetuo que foi do Brazil , e da
fallecida Senhora D. Maria Leopoldina Josepha Carolina , Imperatriz sua mu
lher ; Archiduqueza dVAustria; nascida em n de Março de i822, e baptisada
aos i8 do dito mez e anno, na Capella Imperial desta Corte, pelo Ex. e Rev.
D. José Caetano da Silva Coutinho, Bispo Diocesano , Capellão Mor de Sua Mages-;
tade Imperial ; pela Assembléa Geral Legislativa foi reconhecida por Successora de
Seu Augusto Irmão, o Senhor D. Pedro II, no Trono e Coroa do Imperio do
Brazil, segundo a ordem de suecessão estabelecida na Constituição, Tit. 5o, Cap. 4os
artigo ii7, e Lei de 3o de Outubro de i835, com todos os direitos e prero-:
gativas que pela mesma Constituição competem ao Principe Imperial , Succes-,
sor do Trono. E para perpetua memoria, se lavrou este Auto, na conformidade
da Lei para os fins nella declarados , o qual foi lido pelo Ex. Visconde de Con-.
gonhas, segundo Secretario do Senado, em voz intelligivel, perante a Assembléa. Ge
ral Legislativa , cujos Membros abaixo vão «ssignados ; e eu o Conde de Valença ,
Êrimeiro Secretario do Senado , o escrevi e subscrevo. Conde de Valença , Bento
arroso Pereira , Presidente ; Saturnino de Souza e Oliveira , Honorato José de
Barros Paim , José Joaquim de Lima e Silva , Cornelio Ferreira França , José
Ignacio Borges, João Antonio Rodrigues de Carvalho , Marquez de S. João da
Palma , Francisco Carneiro de Campos , João Evangelista de Faria Lobato , Joa-;
quim Francisco Vianna, Marquez de Baependy, José Teixeira da Matta Bacellar,i
Marquez de Caravellas , Pedro José da Costa Barros , Manoel Caetano de Al
meida e Albuquerque , Nieoláo Pereira de Campos Vergueiros , Antonio Cor-;
rèa Seara, Manoel Odorico Mendes, José Saturnino da Costa Pereira, Marquez
de Inhambupe , Miguel Calmon du Pin e Almeida, Marcos Antonio Monteiro de
Barros , Lourenço Rodrigues de Andrade, Diogo Duarte Silva, Conde de La
ges , Francisco de Souza Martins , José Maria Ildefonso Jacome da Veiga Pessoa,'
Jeronymo Martinianno Figueira de Mello, Ernesto Ferreira França, Antonio Fran
cisco de Paula e Hollanda Cavalcanti de Albuquerque , Evaristo Ferreira da Veiga,
Marquez de Maricá, Antonio Paulino-Limpo de Abreu , José Raphael de Mace
do , Manoel Dias de Toledo , Venancio Henriques de Rezende , Francisco de
Paula Araujo e Almeida , Manoel do Nascimento Castro e Silva , Bernardo Be-
lisario Soares de Souza , Antonio Pinto Chichorro da Gama , Manoel Joaquim
do Amaral Gurgel , Joaquim Florianno de Toledo , Vicente Ferreira de Castro
e Silva , José Bento Leite Ferreira de Mello , Candido José de Araujo Vianna,
Arcebispo da Bahia , Pedro de Araujo Lima , Manoel Maria do Amaral , Joa-
VoL XI. 9
06 AWO DE 1836.
quim Ignacio da Costa Miranda , Antonio Fernandes da Silveira , Joaquim Fran»
cisco Alves Branco Muniz Barreto, Antonio da Cunha Vasconcellos, Antonio
Augusto da Silva , Innocencio José Galvão , José Pedro de Carvalho , Antonio
Rodrigues Fernandes Braga , Honorio Herineto Carneiro Leão , José Bispo de
Cuyabá , D. José de Assis Mascarenhas , José Joaquim Fernandes Torres , Fran
cisco de Paula Souza, Lourenço Marcondes de Sá, Francisco de Brito Guerra,
Antonio Pinto de Mendonça, Patricio José de Almeida e Silva, Francisco de
Paula Serqueira Leite, Francisco Alvares Machado e Vasconcellos , Manoel Go
mes da Fonseca , Gabriel Mendes dos Santos , Luiz Francisco de Paula Cavai-;
canti de Albuquerque , José Alcibiades Carneiro, o Padre João de Santa Barbara,
Valerio de Alvarenga Ferreira , Gabriel Francisco Junqueira , Baptista Caetano
de Almeida , João Antonio de Lemos , João Dias de Quadros Aranha , José
Custodio Dias , Joaquim José Rodrigues Torres , Manoel dos Santos Martins Val-
lasques , Visconde do Rio Vermelho , Conde de Valença , Visconde de Congo
nhas do Campo , Luiz José de Oliveira.
Palacio do Rio de Janeiro, em i5 de Junho de i 836.
rOB.TAB.IA DE 2i DE JUNHO.
DECRETO DE 22 DE JUNHO.
Art. í. O Monte Pio Geral de Economia tem por fim a subsistencia das
familias dos Empregados Publicos de qualquer classe, que para o mesmo con
correrem.
Art. 2. São admittidos a concorrer para este Estabelecimento :
S i.° Todos os Empregados que, por qualquer titulo que seja, percebe
rem vencimentos y ou pelo Thesouro Publico Nacional , ou por qualquer outra
Repartição Publica.
5 2.o Todos os que por nomeação do Governo Central, ou pelos Gover
nos Provinciae» , servirem empregos ou officios sem vencimento marcado , re
gulando- se o verdadeiro rendimento destes pelos novos direitos que tiverem
pago , e na falta destes por meio de arbitros. Èxceptuào-se aquelles Empregados
Siue não tendo até o presente assignado para este Estabelecimento , o pretendão
azer em perigo de vida.
Art. 3. Fica porém livre a huns e outros , d'ora em diante , poderem elevar
a somma com que pretenderem assignar , só a quanto seja necessario para que
a pensão que deva pertencer aos seus herdeiros , seja igual a duas terças partes
do verdadeiro rendimento que tiverem.
Art. 4* Os Empregados de qualquer das classes referidas , que dentro de
dous annos, contados do í" de Julho de i83õ, se não tiverem matriculado,
só poderáõ ser admittidos por approvação da Directoria , satisfazendo as quotas
de seus vencimentos, desde o estabelecimento da Caixa. A mesma regra se se
guirá com os Empregados nomeados depois, contando-se o tempo desde o seu
eífectivo exercicio.
Art. 5. O fundo do Monte Pio Geral de Economia será formado :
S i.o Da vintena, ou cinco por cento da quantia que annualmente vencer
o Empregado que voluntariamente se quizer matricular , deduzidos no acto do
pagamento do quartel , ou mez , na reparação respectiva por onde elle se
fizer.
S 2.o De cinco por cento pagos aos quarteis , ou a mezes , na Thesouraria da
Caixa desta instituição , da quantia em que os contribuintes , que não vence
rem ordenados, tiverem estimado o rendimento de seus empregos, na confor-
midade do S 2o, artigo 2.°
S 3.o De dous e meio por cento da quantia que cada suecessor, ou her
deiro contemplado neste Plano , receber do cofre do Monte Pio Geral d'Eco-
Bomia, deduzidos no acto do pagamento.
S 4>o Oo produeto liquido das Loterias concedidas pela Carta de Lei de
29 de Outubro de i835 , ou que para o futuro se concederem.
Art. 6. Os contribuintes que deixarem de pagar as quotas a que forem
obrigados , tres mezes depois das épocas marcadas , os da Corte , e seis os das
Provincias , seráò riscados da Matricula, e reverterá a beneficio do Monte Pio
o produeto de suas entradas. Com tudo poderáõ ser reintegrados se, no espaço
de oito dias depois de eliminados , inteirarem o cofre das quantias com que
deixárão de contribuir, com o juro de meio por cento ao mez.
Art. 7. Compete pensão de Monte Pio Geral de Economia :
o**.
70 ANXO DE 183i6.
decimas, e os cinco por cento, do quinto anno, para gozarem então de toda
a pensão. . ,
O que fica estabelecido acerca dos contribuintes maiores de sessenta annos,
entende-se para todos os mais , ua proporção de suas idades , competindo ao
herdeiro do contribuinte de quarenta a cincoenta annos : no primeiro caso, a
quarta parte da pensão; no segundo, metade; e assim proporcionalmente os mais ,
até terem comptetados os pagamentos extraordinarios , ou os tiverem adiantado ,
em cujas circunstancias podem gozar da pensão por inteiro, guardadas as pro
porções estabelecidas nos $S io e Xa do artigo 9°.
Art. i4- He livre ao contribuinte, não só augmentar a quantia com que
tiver primeiro assignado , guardando-se as regras estabelecidas no artigo 3o ; in-
demnisando porém o cofre da parte relativa ao augmento , desde o dia da sua
primeira entrada , (exceptuado o caso de perigo de vida) , como adiantar o pa
gamento das épocas, marradas , como mais lhe convier , entrando logo com toda
a quantia que lhe pertencer contribuir, conforme a idade, ou com metade ou
a terça parte, para depois, findos os prazos marcados no artigo ta, ficarem
todos igualados.
Art. i5. O empregado que for sentenciado a simples perdimento de em
prego, ou demittido a arbitrio do Governo, nos casos cm que a este he per-
iuittido faze-lo dlscricionariamente , poderá continuar a concorrer com a quan
tia que lhe tocava, ou receber a com que tiver contribuído , conforme
preferir.
Art. i6. O que for sentenciado a perdimento de emprego, com inhabili-
tação de poder ser mais empregado , quer a esta pena acompanhe ou não a
de prisão simples, ou com trabalho, por menos de cinco annos, gozará sua
familia da metade da pensão que lhe competeria se o empregado tivesse falle-
cido naturalmente , com a deducção de dous e meio por cento a beneficio do
Monte Pio.
Art. i7. Se porém for sentenciado , além da perda do emprego e inha-
bilidade para outro , a prisão com trabalho ou a degredo por cinco annos in
clusive , e dahi para cima , será reputado como morto naturalmente , e a sua
familia gozará da pensão por inteiro , com a deducção do cinco por cento.
Art. i8. Em todos os casos em que a familia de hum empregado gozar
de algum dos benefícios referidos , sendo o empregado reintegrado no mesmo,
ou em ou*.ro algum emprego , ainda que seja de menor rendimento , será sus
pensa a pensão de que gozava a sua familia, e continuará o empregado a con
tribuir como antes de soffrer a sentença.
Art. i9. No caso porém do empregado demittir-se voluntariamente, de
verá continuar a concorrer com a quantia a que estava obrigado, e quando o
não faça perderá , a beneficio do Monte Pio , a com que tiver até então con
tribuido.
Art. 20. Logo que o contribuinte se tiver matriculado , principiará a fazer-
se a deducção no pagamento dos quarteis, ou mezes , segundo as suas idades,
e a exigir-se dos empregados mencionados no S 2° artigo 2, as quotas corres>-
pendentes ás suas assignaturas.
Art. 2L. Todos os empregados que se quizerem matricular neste estabele
cimento, se dirigiráõ á Directoria munidos de huma declaração por elles assig-
nada , especificando sua idade, estado, nome de sua mulher, numero dos fi
lhos, nomes, sexos e idades, seu emprego, vencimento que tiver, ou em que
desejar ser contemplado, devendo cada hum apresentar a certidão deidade que
AN3M) DE 1836. 71
declarar no assentamento, dentro em hum anuo, contado do dia da assignatura,
excepto os de sessenta annos ou mais, que sendo os que contribuem com maior
quantia , não precisão da certidão , por isso que nada influe a prova authendca
á de sua declaração. As mudanças e variações que houverem na familia depois
da matricula, seiáõ igualmente participadas por cada contribuinte, para se faze
rem na Direcção as alterações e observações occorrentes.
Art. 22. A proporção que se forem recebendo as declarações dos differen-
tes empregados, a Direcção participará ás competentes Repartições, para estas
procederem ás deducçoes designadas neste Plano.
Art. a3. Pela morte do contribuinte devolve-se ipso facto a quantia da
pensão correspondente, a quem por esta instituição e matricula pertencer, sem
necessidade de longas habilitações e promoções fiscaes , sendo os Directores res
ponsaveis pelo pagamento indevido.
Art. 24. As viuvas moleiras apresentarao tão sómente certidão do dia do
obito de seu marido; as filhas, não vivendo com a mài, igual certidão, não
tendo sido já apresentada, e a do baptismo para prova da paternidade; os filhos,
a mesma prova da idade ; as filhas legitimadas , a certidão de obito do pai , e
o titulo da legitimação, ou da instituição; a mãi ou os outros ascendentes , ou
irmás , certidão do assento da Parochia , e na falta, justificação em regra, e os
parentes e estranhos mencionados no artigo 7, S 5? , a certidão da verba tes
tamentaria, nos casos em que por este Plano podem sueceder.
Art. 2Ô. Estes documentos se confrontaráõna Direcção com a matricula,
e estando conformes, se mandará pagar.
Art. 26. Passados os seis annos marcados ns artigo 9, a Direcção poderá,
em Mesa plena, á vista dos fundos que tiver então o Monte Pio Geral de Eco
nomia, diminuir hum por cento, ou o que razoavelmente se poder subtrahir da
contribuição dos cinco por cento, deduzidas dos quarteis, ou meio por cento dos
dous e meio , que pagão os pensionarios , havendo attenção que essa diminuir
ção se faça sem falta á inantença dos pensionarios.
Art. 2.7. Na mesma conformidade poderá tambem" a Direcção, á vista do
estado dos fundos deste estabelecimento , augmentar e ir igualando o vencimento
das pensões aos suecessores dos contribuintes que vencião mais de dous contos
de réis , e não percebião proporcionalmente aos mais , a fim de poderem rece-.
ber os herdeiros contemplados no S 20 artigo 9 , metade do vencimento que ti
nha o contribuinte, ou mais hum quarto, ou hum quinto, ou que na reali
dade poder ter lugar, e de que por ora íicào privados na forma do citado
artigo , havendo sempre attenção , na graduação da preferencia , á integridade
da matricula, e época da morte do contribuinte.
Art. 28. Pela mesma razão de igualdade dos contribuintes , e não ficarem
huns de melhor condição que os outros , todos os empregados que suecessiva-
menie se forem matriculando no Monte Pio Geral de Economia, ficão obriga
dos a concorrer com as quotas estabelecidas por tantos annos, e pela mesma,
maneira com que concorrerem os empregados matriculados no primeiro anno
desta instituição., até a época marcada no artigo 23 , e depois desse tempo
ficaráõ nas regras ordinarias da contribuição : comtudo a Direcção poderá em
Mesa plena outra cousa acordar , se assim julgar conveniente. Esta providencia
de corrigir , ou mudar estes artigos , só poderá ter lugar de seis em seis annos,
precedendo a approvação do Governo.
Art. 29. A Direcção será composta de cinco membros. A eleição será
feita por escrutinio , e á pluralidade dos votos dos contribuintes presentes , pre
7Í ' ANNO DE 1836.
cedendo annuncios, com antecedencia, pelos periodicos , do dia marcado para esse
fim. Hum dos membros será o Presidente , outro Thesoureiro , e outro Secre-.
tario ; as scdulas dos votantes os designarãõ. Estes Directores tomaráõ a seu
cargo , por tempo de dous annos , a Administração dos fundos , e a economia
dos trabalhos. O Presidente e Thesoureiro , e o mais velho dos outros membros,
teráõ cada hum huma chave do cofre.
Art. 3o. Feita a eleição dos Directores se procederá pelo mesmo methodo
de escrutinio, em huma só sedula , á eleição de doze Adjuntos, que sirvão cora
a Direcção, os quaes seráõ convocados quando a mesma julgar conveniente,
para tratar de objectos maiores , e iuteresse geral , que seráõ decididos á maio
ria de votos dos membros presentes , com tanto que estejão mais de seis Adjun
tos, e a maioria da Direcção.
Art. 3i. Findos os dous annos contados da installação da presente Di
recção , se procederá a nova eleição, podendo ser reeleitos tres da Direcção , in-:
clusive o Presidente, e seis dos Adjuntos.
Art. 32. De tres em tres meies a Direcção publicará, pela imprensa; o
mappa do estado do cofre , remettendo para o Governo hum exemplar.
Art. 33. A Direcção nomeada pelos contribuintes fará o regulamento para
o expediente e economia , nomeará os empregados que forem indispensaveis á
escripturação e contabilidade, e arbitrará com os Adjuntos em sessão, os or
denados ou gratificações pagas pela caixa , preferindo, quanto fòr possivel , mem
bros da associação.
Art. 34. He extensiva aos empregados militares e civis de qualquer Pro-;
vincia do Imperio, a admissão do presente estabelecimento, matriculando-se por
si, ou por seus procuradores, debaixo das clausulas aqui escriptas.
Palacio do Rio de Janeiro,, em 22 de Junho de i836.
Gustavo Adolfo de Aguilar Pantoja.
AVISO DE 22 DE JUftHO.'
PORTARIA DE 28 DE JUNHO.
provisãõ de 4 DE JULHO.
DECRETO DE 5 DE JULHO.
-
78 AMVO DE 1836.
chos necessarios. Palacio do Rio de Janeiro, em 5 de Julho de itiòó , decimo
quinto da Independencia e do Imperio. (
Diogo Antonio Feijó>
PORTAAIA DE 8 DE JULHO.
ORDEM DE Q DE JULHO.
(*) Sendo sabido que o ujofruolo he o direito de usofruir , ou de usar e gozar das
cousas alhças , salva a sua substancia , torna-se claro que o usofrucluario tem direito a per
ceber todos os fruetos que resultão dos bens em que o usofrueto se constitue , quer para
a necessidade c proveito, quer para a cominodidade e prazer : a fruição counprehende toda
a utilidade e lucro.
Convém pois para a melhor segurança e para faciliilaiie da avaliação , que se faça in
ventario dos bens a usofruir. Os que tem de pagar annualmente o sello , devem precisamente
concordar no inventario , e por ellc Se podo verificar a avaliação dos rendimentos annuaes
desses bens. - •
Como esta avaliaçSo , segundo as especies a avaliar , e as mesmas acções exigíveis , of-
ferece algumas difficuldades , o meio obvio e mais piouiplo he o de lançar mão de peritos,
ainda que este remedio seja subsidiario. E estes , tendo em consideração as especies frueti
\\\0 DE 1836. 70
como se diz , viria notorio e gravíssimo prejuizo ao usoíructuario , contra a le
tra e espirito do Alvapá de i7 de Junho de i809, S 8o, que somente exige a
decima do que efectivamente arrecada o legatario, por ser sem duvida que ne
nhuns bens haverá que rendão annualmente 5o por cento para se poderem tirar
5 a titulo de sello do legado; e se nos 5 por cento devesse ser estabelecida in-
distinctamente a somma annual do rendimento, de que se houvesse de tirar a
decima, seria isto em muitos casos prejudicial á Fazenda Nacional : o que o
Sr. Inspector da dita Thesouraria cumprirá.
Thesouro Publico Nacional em 9 de Julho de i836. — Manoel do Nas
cimento Castro e Silva.
«
. DECRETO DE t3 DE JULHO ( n. 7 ).
O Regente, em Nome do Imperador o Senhor D. Pedro II, ha por bem
sanccionar e mandar que se execute a resolução seguinte da Assembléa Geral
Legislativa.
Art. i. Fica approvada a Tença de 200$ réis annuaes, concedida pelo
Governo ao Brigadeiro Manoel Antonio Leitão Bandeira , em Resolução de Con
sulta do Conselho da Fazenda do primeiro de Julho de i826.
Art. 2. Ficão revogadas todas as disposições ' em contrario. . %
Antonio Paulino Limpo de Abreu , Ministro e Secretario d'Estado dos Ne
gocios Estrangeiros, e encarregado interinamente dos do Império , assim o tenha
entendido e faça executar com os despachos necessarios. Palacio do Rio de Ja
neiro , em i3 de Julho de i836, decimo quinta da Independencia e do
Imperio.
Diogo Antonio Feijó.
In
DECRETO DE t3 DE JLTHO ( N. O ).
>
O Regente , em Nome do Imperador o Senhor D. Pedro II , ha por bem
sanccionar e mandar que se execute a' Resolução seguinte da Assembléa Geral
Legislativa.
Art. i. A Provincia do Rio de Janeiro dará mais dous Deputados e
hum Senador á Assembléa Geral Legislativa.
Art. 2. A Provincia da Bahia dará mais hum Deputado e hum Senador.
Antonio Paulino Limpo de Abreu , Ministro e Secretario d'Estado dos Ne
gocios Estrangeiros", e encarregado interinamente dos do Imperio, assim o te
nha entendido e faça executar com os despachos necessarios. Palacio do Rio
de Janeiro, em i3 de Julho de ii>36, decimo quinto da Independencia e do
Imperio.
Diogo Antonio Feijó.
EDITAL DE t8 DE JULHO.
Pela Mesa de Diversas Rendas Nacionaes desta Corte , se faz saber aos Mes
tres das embarcações de cabotagem , que he de sua obrigação , logo que se
apresentem nesta Repartição a manifestarem seu carregamento, exibirem nesta
mesma occasião as guias da origem dos generos sujeitos ao dizimo , como sejão
café , assucar , arroz , milho , feijão e amendoim , pelos quaes provem o paga
mento da respectiva quota provincial , sem o que não ficão isentos do referido
pagamento nesta Estação , conforme o determinado no artigo 4o das instrucções
de 20 de Junho, mandadas executar pela Presidencia da Provincia. Outro sim,
que a fiscalisação encarregada á Alfandega , no S 2° do artigo 6o da Lei provin
cial de 6 de Maio ultimo , fica a cargo desta JMesa , em virtude da Portaria
do Tribunal do Thesouro Publico Nacional de 4 de Junho. E para que se não
chamem a ignorancia , se mandou fazer publico. Rio de Jaqeiro , em i8 de Ju
lho de i836. — O Administrador, Luiz Manoel Alvares de Azevedo.
*" r'
**V
CLiilll .
£85 : I í'mlM i.uib. \ >i ui...i . •Sueca i'J Suectittienmentt ao iignal iupoii de havàr irado o iignal
Dinamarqneta <e deiembarqw de esquadra ia qw Nacâo (iendo poitivl
.: InBlii Huttiana iaimiga, te irara no topt o l.itingtíir-íe et-i he a -l
;nlhàrdrte on calha- d tet in- etiuadrm.
J Pi>n, Ka-doi C u idot
HdUndeaa licatirOt do. lu^ar on /iiur.-,
Ilr Pruttiana onde ke fei- eite detimharqu
J
ANKO DE 18S1X 81
í, <:..' V ,: !>f: -.•.•'1• .wi, .. :. '.>•-.. ~> " >i..'> '- i-.. ".-". >• ,-í. { :i-'>t :-.-.^'rct c-
CIHCtr.AR DE 20 DB JULHO. r, t .
Illm. e,,Jír^.íSr, -p, Tendo sido roubadas do íPheisourp Publico Nacional , nas
noites de 23 a (^5 ^pçorrente,, as,Nou«^o upvie >P^drã» s constantes da relação
inclusa, que..se;>acha\fãfl já numeradas, como, se4údjca i^mas- não assignadas;e
cumprindo adepta r- se , todas as jnedicbas conveoifWite^ipaBa que nem ellas pos-
sao ser introduzidas na circulação, e nem qs cúmplices deste delicio escapem ájusta
puniçSo. das Ê««! brunir -rjítc|ènte, èm^NouSe tifrmftimfi 'o-SeriHo? D.
Pedro II, que V. Ex. dé sobre este objecto aquellas providencias que o seu zelo
e bom discernimento lhe suggerirem, mandando publicar pelos periodicos dessa
Provincia , por mui repetidas v#Jtes, airelacãttire&ncbu, para que o publico, sciente
della , deixe de ser illudido , quando por meio das diligencias que aqui se tem
jÁi:m*«diâdff) pow.tamipDaiioípíCiowJi ÇQwáigaodeseaifâiir)fiiappmdalãaòèr iaoeetóidas
W>t9fi íiie ;OSíWÍ<baílQiifls,.deÀl»s tçntem inljoduzi.-bttl neMayPioviricagui.VT oaiMuí
n"\ Dpo#,.,G«*çde Kilí-iuBxMiPAlMfo da)RjadeJ^niároiy^i»ra7Me5jkiih(Kd»ii83<b
™Gmè^c>^o)1àhilscA$MÍ»t P>u'btaj»o<^d&«iPreaiiJ«»teoôa, BãoviAir*difi ftlhi»;J
. ii • .YA. .\>V\
9qirfiíJ* ru;esiiía .c»n&¥U»itlade b r«Uu., se .expedirão aoa Pre»õfcnt« , de todsw***
|$!B?ítWMll'-.;(Jf)tl«ipgr»Fnoa "iij;IhJ t>* ,oh>Js2i ob r.i-tBi**v>:i8 *J>:'i ;; sni'.-m-,,-|.u.-Kj
t9litq tua Jàb «(r.d íuip OB»i,Í:n<) 1'IMI fl!!'p U l,!llUi ioq Bi'.>vi;ín'.qvn stl ;>b ?'ísiul
-Ii;oi r.ci «ãrômnO ob *«^ ^;ãfjtf'%$#/a ^>1 .<>W>h -mi o bit..
*tqqi> oup B.ibshivoíi 11 fcbbol o n >umm o:n-' :': * .. iu,>ic'ír.i,,i..'i >ivnl o!- u 'Kií;;il
Portaria do Ministro oa^atórida, em data 'de àS 3e \Mho de itt5í>, ao
Administrador da Mesa de Diversas .Rendas, declarando çue quaesquer goneros
rfSo cornprenenfJidos na pauta, sujeitos ao pagamento dos 7;pòr cento' na expor
tação , devem ser avaliados pelos que ora servem de feitores , 'ficando sem eF-
feito a portaria de 3o de Março p. p. , que commetteu essa avaliação a arbítrio.
'-' U Regente ', ^pin líome do' Imperador o Senhor D.- Pedro li,, ha por bem
sanecionar e mandar que se execute a resoluçao seguinte da Assembléa Geral
Legislativa.
Art. i. Fica elevada a 2:400$ réis a Côngrua do Bispo de Goyaz.
Ari. 2. Ficão derogadas as disposições' em contrario.
. Gustavo Adolfo de Aguilar Pantoja , Ministro e Secretario de Estado dos
Hegpçjps. 4a Jtatjga , to 4enha assim entendido e faça executar com os despa
chos «seceAíaiios. Palacio do Rio de Janeira , cm 2. de Agosto de i836 , dctfimO
quinto da .Independencia e do Imperio. , ovi"'i-x'i ' >i .•] r . — '>'• A
-.not-IU".-> mi-l* -i t il i-iiÍ) i-> i.• i;£;: t )í >':idDi«fltt AntMÚo F*iH* ' > -\i,i -|.
.on-iquij ob e-i,'i-.i'J ?: '>',t'i/I 'nu — -íi >• •>:).•.. ••'i:.. ...-. ..:!: í:•.•i:•. : ' ) m ,?.•>'
e>. ed[.ii '•|. i.*uyi.n nilir. ;..:/> ) ' Gustavo Adolfo de .AjliUt Pi»lè|l M. . b i.
tb J,i:i.'í| fcn , íurir .•-, tt,\.i:,-: ;. c i/j-' i•">•:> lii-'-. ,s t-..n'.'i '• m >í-i fniv
Ikajisium na Chauceilaria do Imperio s em, 4 de AgMto de i83£. í >'>' >;.>il
: .•. .'.'.' >. I- i; / . '• . f rr. mO
.>•'.I"i i.JifOT' 1 :. r. v n."i-:': !•• .' : T >• H > ti . i'u q>r ' i ' .'
-Stq U)W-! Mi|> li.:"'":'-""ili.;rÍS0DB*t>SÀ00StO."' *
oevq ii fíri-.' ill.nj.; :n >n , s. ) >b. •.:. -> a e •. u-í e-.h 'ri .']-r..U o !.'..>•; ?«'i:>
-»i i.biii*w.:i;n' rh °i íi^i'iu tiw 1-I iuubiib iiw i;v. i cni> '> i ;- '^' *' "
tiB>'itn'io inmib oj. li!> oi-n-t O .i)i-i:f?iq oíiíi'. i>h > :<'n: -.1 .<*• '.!-> "s ;i' 'í'?"ls'<
tioÍTKiii* oiino rio t :oqs,v 'liraaDE 4 ** *G)OseiSu>>\>: '.) t. ;.;. s• >i!io »|.Bí>h
1 M.»miaoiqai03 BÍdn..qmu'J fl Q «ifl b»ti
O Regente, em Nome do Imperador o Senho* D. Pedro II, ha por bem
que Viu. recommeude a todos os Juizes de Pae desta Cidade, que na occaeião
em <pie occorrer qualquer acontecimento impoTtante e extraordinario riô seu Dis-
ttécto- o -communiqaem immediatamente , e a qualquer hora, a Vm.,jia confor
midade do artigo 20 do Decreto de 29 de Março de t833y que não tem sido
i1"
86 a**6 m $mx
observado , par* que Ynr; àé^Ugo^-es providencias í&cessattas', > «'d 'pafticipe
Íromptameute a esta Secretaria de Estado, se julgar conveniente , 4Íeaadó" iétteir
uizes de Paz responsaveis por toda erquatquer omissão que haja da sua parte,
fiara o que deveráò por os se^s reso^ijiivps, Insj^eçtorfS de Quarteirões na intel
igencia de lhes participarem no mesmo momento todas as novidades que appa-
recer^.»oi?eus 9,uarM<^
nãocumprãb. , , 'a n . .. , . . . ,.
Deos Guarde a Tm. .Paço, em 1 de Agosto de tBáó\ — Gustavo Adolfo de-
Aguilâr Fantou. — Sr; Juiz, do Direito Chefe-! d» PoTiaia., , - -.
,uiiíi.i'.>- - c.'.?lil'.v:. r.'.'» "hii-hii mi-i , .t; ..| op-ir.lZ ob c£ vb i.'':BJtoq fi >i:io1
uca mente
etó^e^árhis 'tia ^eVtáMaV^^Wa^aprofria .cominodidade dos moradores pata.
^ásSarèi^^d^^Htfih^^ahà.tíiitrb lado"do Ho;' mas se tal •Óaqoa mi ca n cus passai
' dí
dè"cenf; 'afrobà1r;rie jfote . nato " seraõ augmenudas além daquellas que a Com
panhia éxigit^Tro dectmo anno'{ sem previo conseníiiftentÒ . do poverno.
5. a Para se dar execução ao artigo 9° da Resolução de i7 de Setembro
do aart© passado , na parte que estabelece a maneira de remir as obYas , ò Go
verno ÇerA nomeurá' tr.es brhitros , >a >à:> Companhia ouvro* tantos, devendo pelo
menos dons de cada' parte- ser Engenheiros ihlelligetíles 'daquellas matérias. Estes
arbitros, teráo bum Presidente, que será ' escolhido pòr meioí dii-sòrie;' havendo
tanto' o- Governo, cpm© a Companhia , depositados para isso oá nomr/s; de dou»
negociantes em cada urna, da qual so extrahirá o de hum delles paúi áquelle
cargo ;' competindo-lhe du"ig'ri i°s' trabalheis e votar no caso de empate. No
caso de que o privilegio seja prorogadó ,1 corao periititte o prréitadu artigo tiai
Resolução de- i7 de Setembro • do anótl paásudo, então a Companhiai' óodiinuarâ'
a desfruetar os. seus privilegios exclusivos , e perceberá as taxús por 'hkini outro'
termo de 4o* annos, fazendo no total- '80 annos; e acabado o tal termo de 80
annos , cessaráò os privilegios exclusivos da Companhia ? é a 'Còmparirrià eritre-1
gará á Nação todas as suas obras na costumada boa condição,, sem indemni-
sação alguma. , ,i i.iil ii i q.i. O • i> «•..«•>:-, rnfoq n.-'.i-I !<.•«•! ôíi;m e->aup ?.c tr.m..1
., ,, 6. a A Cpmpanbia tem 0;direito de estabelecer as taxas , fretes , pedagies,
e. d,ireitos de passagem que cila julgar proprios; mas cila será obrigada. a pu-
blicar huuri Tabellã de taes taxaa huiua vez por unoo, cm cada huma das
Provincias interessadas ;. c »ão terá o direi(,o de augmentar os preços por hum
anno depois de tai.publ^caçfio.ij , ,ii i; ?. \>í{,-;m>>-> í-.i-^íuíí>l {£-tiJÍh ?r.L> ui-i:co
, , 7,a A Copipanhia será obrigada a levas gratuitamente nos seus: ba ecos àe
vapof , ou outros superiores de que se servir para navegar, os Correios . do Go
verno, e os seus papeis e bagagens,, com a limitação toial de dous individuo?,
e< dei arrobas -por viagena/1 i,..l uu. \ 1 .; -. • v.-i-.q : '!•s *> n..i. ^ r ••;...
cii{n8,ft A Companhia não se utilisaifá de seu direito de exigir taxas, ou pe
dagios, ate que tiver estabelecido meios de transporte ;, e se por qualquer causa,
ou motivo, que não seja ou invasão de, 'inimigos estrançeiços, ,nKmmeiups se
diciosos, nô inietior, alguma infracção, dos direitos ou privilegios/ da Companhia ,
ou alguma calamidade publica nacional) os meios de transporte da,; Coinpanhia
ficátem interrompidos por mais d,ç hum imez , em qualquer rjònt^qire s.c-jíai /cojn,-
prehendido no privilegio exclusivo da companhia f então A Companhia não per
ceberá em ia 1 caso mais do que metade das* estabelecidas' taxas,, pettasios', ete.,
dHirablè:''o. teinpb de tal interrupção ; porém íé 'tal interrupção" se êxfónrier, àfém '
d^Hjres friezcs1, então a Companhiai deixará, de exigir etn xàr porfia taxas, 'ou'
peãi/gib* alguns, até que sejâo íéstábekcidos os méiôs de iransporte.
, ^.» A Companhia está autorisada a' fazer os regulamentos para a navegaçSo
geral do Rio E^òcc , e a dos seus confluentes , e a exigir o devido; cumprimento
delles. E^stes regula rn^ulçs. tiMaráõ .de vario;; /ol>jep4f)s0epiypyp9flj|^j jantes , re
presas, esgotos', e tudo o -que 4oca apitado uavegavel destas aguas; seráõ sub-
SfiTOos ^apnrovaçiio $p Gpverno , e , <Jf pojs -M,>l«ff,ft.flPP«WWtofts nWPí.tfpW
mudados nem augmentadps^, sem previo ^consentimento do Governo. i'
"to*â íodâs as uiaclàinas , barca,s;.d>e .^aj^or., insu lamentos , ou porções delles^
« todos os artefactos, de. ferro , ou uualauèr putro mçtaí, importados para >Q,ser-
viço da Companhia , ser^o isentos de tp.uçs .e quaesquer .direitos de importação
pêlo termo de 5 annos, a principiar rja data .dp primeiro despaoho livre .que.
a Companhia fizer , de artjgps para as .fibras ; ficando a Companhia privada, deste
privilegio, logo que por sentença se prove ter lyivido abuso da sua parte.
ti. a Os Brazdeirp^ empregados ijp ^se^viço da Companhia seráò livres, d,o
recrutamento de mar e terra por 5 an nos, meops em casp de guerra . Os 5 aanq*
s*eW cornados descíp p dja\do.laju.ste;^e,^a^ ,humHpf%^ «u jrabalhador *esr
pectwamente, pela primeira iYa*.
-oí) i2:a ®s iftMMM te q*fe 0 ,Compa«(hift hou.»*- de -necess^ar paja a «ons-
trpcçao de estradas, pontes, cauaes , cáes , comportas, diques , ou represas,
so forem devolutos, ser-ll\e-hão cedidos gr.a.tuitaineote ; e se forcai pertencentes
ás divisões, ser-llxe-báo çediçjos paguilo a Companhia iodas as hemieitorias que
nejiles existirem; e ^finalmente se os terrenos forem de .propriedade particular,
e a Companhia .não puder concordar com os proprietarios , ajyáõ previa e dfifia
nitivamente avaliados po* arhitços. O ia*pane que for ,julga4o par dp*í arhi*cas,
ou, no casp d^lesnão concordarem, polo terceiro, será eutregue ao 'proprieía.-
rio, ou proprietarios ; e se o proprietario Pu proprietarios leeusareiíi aceitar
u dito importe , sçi-;i ej;tãp dcpo&^aoo eu* Jw^;P > Q^ devendo por pretexto ali
gum ser .a Companhia estorvada em seus .trabaJrhos , salvo aos proprietarios. o
rçcurçp para o Tribunal competente , sómonte no que respeita á boa ou má avaliação^
- i3.» São concedidas á Companhia 24 sesmarias de legoas em quadro cada-
huma , as quaes seráõ escolhidas pelos agentes da Companhia nas margens , ou
nas iminediaçòes do flio Doce , ou dos seus confluentes , entre as terras devo
lutas. As ta es sesmarias seráò medidas e demarcadas pelas autoridades compe
tentes , iogo que a 'Companhia o requerer; e as mesmas autoridades enèregaráÁ
á Companhia os competentes titulos , pagando a Com parihia todas as despezas :
porém das ditas 24 sesmarias concedidas á Companhia , seráõ por eHa perdidas
aquellas que no fim de 7 annos (a principiai; i8 mezes depois da iverificação
deste contracto) não forem habitadas por mais de i20 pessoas eu ropèas. Com-
tudo julgar-se-ha ter a Companhia preenchido esta condição , se dentro dos
ditos 7 annos ella provar ter trazido para o Rio Doce ou se*is confluentes ,
numero superior a 2880 pessoas européas ; não podendo ficar a Companhia
responsavel pelo numero que morrer nesse periodo.
i4-a Pertencçráò á Companhia todos os terrenos alagadiços, ou pantanoso^
(sendo devolutos) que ella desseccar ou esgotar na visinhança do Rio Doce, ou
de seus confluentes; e depois de esgotados, a competente autoridade entregará
os devidos titulos, logo que a Companhia assim o requerer- «., .
i5.a SeráÕ isentos do imposto do dizimo os generos produzidf s nas terras
da Companhia pelo es^paçp dos primeiros 7 aunos. Começar-se-fea.,a.pOJitar para
que nelle tiver prin-i
ue a Çpnnianhia.dave
4as respectivas Pro-
rincias, ella perderá o privilegio da isenção dos impostos sobre o estabele
ciftíèiitS , - oW e>ítfalii?ft«^fiíe6Íto^'i tWe^ipitíds^&e^hWftin^ estk ònfflftãb.0 )»*#
que respeita á mineração, fica a Companhia sugeita ás leis do paiz. •
i6. a <í# Efl^MieiíosvBfaWeiros , que forem mandados pelo Governo para
presencearem a execução das obras da Companhia, c se instruirem na pratica
dos trahferfMyi qiie''i i»®^ii{ftÍÍBfa* tiiWiíifa fazer executar, não teráò ingerencia
alguma nas taes obras e trabalhos da Companhia , e ficarão sujeitos aos Re
nhi mentos Policiaes que ella estabelecer, da mesma maneira que seus proprios
m pregados. .
i7. a O Governo Geral* pVesrarâ1" a toriípanniá do Rio Doce a força arma-
X
S8 . AWO PE 1836.
Janeiro, em 9 de Agosto de x836 , decimo quinto da Independencia c do Im
perio. ""..,-. , í, , | ,; ;;;...'.. )..'-.: , .„• . .. : ';•;•:>> -H r
*J , Diogo Antonio Feijó.
\ / yi I. t / i i .'•;::. > ll." Hl")
Antonio Paulino Limpo de Abreu, ,t
liin-
. 5l
" > •. • • . . 1 .: • -..i
,. ,: ....vip
AVISO DE t3 DE ACOSTO. -, . ,' *
• ;;.i: ;u t.
*t:aa
a *". . ',, '• i PORTARIA
' DE i9. DE AGOSTO. .,í>,. ...t
' 1 .' i ri * K J J
-iu. 45 Sr. Administrador da Mesa de Diversas Rendas fique na intelligencia
de que no acto do pagamento da sisa de qualquer embarcação brazileira , que
passe para subdito estrangeiro , deverá cassar-lhe o passaporte , e remettc-lo á,
Secretaria de Estado dos Negocios da Marinha. Rio , em i9 de Agosto de i836,—
Manoel do Nascimento Castro e Silva.
í
PORTARIA DE i9 SE AGOSTO.
PORTARIA DE i0 DE AGOSTO.
PORTARIA DE i9 DE AGOSTO.
.
Illm. e Ex. Sr. — Designando o Regente o dia a5 de Setembro proximo fu
turo , para se proceder, na Corte e na Provincia do Rio de Janeiro , á nomeação
dos Eleitores que tem de fazer a dos Deputados á Assembléa Geral , na quarta Le
gislatura , e o dia 9 de Outubro seguinte , para se proceder á dos referidos De
putados : manda o mesmo Regente, em nome do Imperador o Senhor D. Pedro II ,
que V. Ex. expeça as convenientes ordens para que se effectuem as ditas eleições
nos dias indicados , pelo que toca á mencionada Província ; cumprindo-me pre-
vini-lo, para assim o fazer constar , de que na Camara Municipal da Corte he que
deve ter lugar a apuração geral.
Deos Guarde a V. Ex. Palacio do Rio de Janeiro , em i9 de Agosto de
i836. — Antonio Paulino Limpo de Abreu. — Sr. Presidente da Provincia do Rio
de Janeiro>
• *
PORTARIA DE 20 DE AGOSTO.
AVTSO DE 20 DE AGOSTO.
AVISO DE 20 DE AGOSTO.
AVISO DE 20 DE AGOSTO»
EDITAL DE 20 DE AGOSTO.
DECRETO DE 29 DE AGOSTO.
DECRETO DE 3t DE ACOSTO.
INSTRUCÇOES DE Io DE SETEMBRO.
AYISO DE t5 DE SETEMBRO.
DECRETO DE t5 DE SETEMBRO.
DECRETO »E 3o DE SETEMBRO.
PROYISAO DE 3 DE OUTUBRO.
r
11-2 ANNO DE 1836.
AVISO DE i 5 DE OUTUBRO.
DECRETO DE IJ DE OUTUBRO.
s'
iJí» ANM> DE 1836.
Art. 3. Ficão derogadas as disposições em contrario.
Manoel do Nascimento Castro e Silva, do Conselho de S M. I., Ministro
e Secretario de Estado dos Negocios da Fazenda, e Presidente do Tribunal do
Thesouro Publico Nacional, o tenha assim entendido e faça executar com os
despachos necessarios. Palacio do Rio de Janeiro, em i7 de Outubro de i836,
decimo quinto da Independencia c do Imperio.
Diogo Antonio Feijó.
1
I '.
SECRETO DB 22 DB OUTUBRO.
No Municipio da Côrtc.
No Municipio da Córte.
Art. 8.° Do i.° de Julho de i8Õ7 em diante ficão abolidas as seguintes imposições :
i.° Contribuição sobre os couros despachados para o consumo da Provincia.
2.° Meio Soldo das Patentes Militares.
Ari. (j.° Do i.° de Julho de 1857 em diante lição alteradas, pela maneira abaixo espe
cificada, as seguintes imposições :
i.° O imposto de ancoragem, estabelecido pelo Artigo 9.° ,§ i.° da Lei de õi de Outubro
de i855, será elevado a 00 réis por tonelada das Embarcações Nacionaes, que não forem de
cabotagem, e das Estrangeiras.
a.° O imposto de 20 por cento sobre os couros na Provincia de S. Pedro do Rio Grande
será reduzido a i 5 por cento.
3.° O imposto estabelecido pelo Artigo 9.° § i0 da Lei de 5i de Outubro de i835, sobre
os carneiros, e porcos, será reduzido á metade.
4-° O imposto estabelecido pelo § 2.° do Alvará de «o de Outubro de i8i «, será substitui
do nesta Corte , e nas Capitaes da Bahia , Pernambuco , e Maranhão pelo novo imposto de i0 por
cento do aluguel das lojas constantes do citado paragrapho, e extensivo a qualquer casa, ou loja,
qne contiver generos expostos á venda, seja por grosso, ou a retalho ; e bem assim ás casas de
consignação de escravos, ás em que se vender carne verde, ás fabricas de charutos, ás cocheiras,
e cavalhariças, que contenhao seges e cavallos de aluguel, e aos Escriptorios dos Negociantes ,
Advogados , Tabelliães , Escrivães , Corretores e Cambistas. Nas de mais Cidades c Yillas do
Imperio, sugeitas ao antigo imposto, será este cobrado, como dantes, sendo porém extensivo
aos novos objectos de que trata este paragrapho.
Art. i0. Ficão desde já alteradas, pela maneira abaixo declarada, as seguintes Impo
sições :
i.° Os direitos de reexportação, c baldeação das mercadorias despachadas para a Costa
d'Africa, ficão elevados a iS por cento.
a.° A taxa estabelecida pela base 3.° do § 3.° do Artigo 9.° da Lei de 3i de Ontubro
de i835 , sobre os jornaes , e mais publicações periodicas, fica reduzida a i0 réis por numero,
sem attenção ao peso c distancia. As Cartas do Correio de terra, e as vindas de paizes estran
geires, pagaráõ o mesmo que pagavão antes de Julho do presente anno.
Art. ii. A isenção de direitos concedida pelo Artigo 5i § 4.° da Lei de i5 de No
vembro de i83i ás machinas ainda não usadas nas Provincias onde forem importadas,'
fica extensiva , desde já , ás machinas de vapor , introduzidas e applicadas a qualquer industria
do paiz , aos livros mandados vir por particulares para seu uso , bem como aos animaes
para o melhoramento das raças.
Art. i2. Ficao livres dos direitos de importação, desde já, até o fim do i.° semes
tre do anno financeiro desta Lei , os generos de Estiva que forem de primeira necessidade,
importados , e despachados para consumo na Provincia do Pará.
Art. i3. Ficão isentos da taxa do sello todos os papeis expedidos pelas Repartições
de Fazenda, relativos á fiscalisação , e contabilidade das Rendas Publicas; excepto quando
forem ajuizados , ou produzidos , como documentos , fora das referidas Repartições.
Art. i4. Pertencem A Receita Geral do Imperio as seguintes imposições:
i7**
134 ANNO DE 1830.
ProTÍncia, classificada por annos, e com declaração dos serviços a que pertencer eada huina das
verbas, cujo total perfizer o da mesma divida, e da parte desta, que se reputar inexigivel ; a.° , da
divida passiva anterior ao i.° de Janeiro de i827, que ainda nao estiver inscriptu conforme o dis
posto na Lei de i5 de Novembro de i827, com declaração das somavas que presumir inexigiveis ;
e 5.°, da divida activa do Imperio, classificada por Provincias, e com declaraçao das quantias,
que julgar incobraveis, ou perdidas.
Art. 20. Os Empregados Publicos continuaráõ a receber os seus ordenados na fõrma do
Artigo i6 da Lei de 3 i de Outubro de i855.
Art. 26. FicSo em vigor todas as disposições da Lei de 5i de Outubro de i855, que nao
versarem particularmente sobre a Receita ou fixação dedespeza, e que não tiverem sido expressa
mente revogadas.
Art. 27. Ficão revogadas todas as Leis e disposições em contrario.
Manda por tanto a todas as Autoridades a quem o conhecimento e execução da, referida
Lei pertencer , que a cumprão e facão cumprir e guardar tão inteiramente como nella se con
tém. O Secretario de Estado dos Negocios da Fazenda a faça imprimir , publicar e correr.
Dada no Palacio do Rio de Janeiro aos 22 de Outubro de i856, decimo quinto da Indepen
dencia e do Imperio.
Diogo Antonio Feijó.
DECRETO DE 23 DE OUTUBHO.
. , i >• . ' . . . •. • • i i- . ."
O Regente, em nome do Imperador o Senhor D. Pedro II, tomando em
consideração o reprehensivel procedimento do Juiz Municipal desta cidade, Justino
José Tavares, o qual, sem attenção ás melindrosas circunstancias em que se acha
^ PrOvincia de S. Pedro do Rio Grande do Sul, por effeito da rebelliao que
a flagella, e com manifesta violação da Lei, concedeu ordens de — Habêas
AN1VO DE 1830. *ê*
Corpus — , em virtude cias quaes mandou soltar os presos Marciano Pereira
Ribeiro, José de Paiva Magalhães Calvet, Francisco Xavier Ferreira, João José
Pimentel, Silvano José Monteiro de Araujo e Paula, Alexandre Ferreira liamos,
Luiz dos Santos Paiva, Vicente Xavier de Carvalho, Antonio Gonçalves da Silva,
Padre Pedro Joaquim dos Reis, e Pedro Carlos da Gama Lobo e Pita; ^os quaes
tinhào sido remettidos para esta Corte pelo Presidente daquella Provincia, como
implicados no dito crime, fundando-se o mesmo Juiz Municipal, para assim pro
ceder, no artigo 353 do Codigo do Processo, visto que não havião sido pro
cessados no tempo que a Lei marca, artigo que não quiz entender, e que ap-
plicou com huma generalidade, que jámais podia, ter lugar na especie vertente,
por quanto a intelligencia do sobredito artigo se acha fixada pela letra do artigo
i4& > que declara legal a prisão por mais tempo de oito dias, quando obsta a
formação da culpa qualquer difficuldade insuperavel, difficuldade sobejamente
demonstrada nos officios que acompanharão os sobreditos presos, e que forão
presentes ao mencionado Juiz Municipal no acto de suas decisões, nos quaes
officios declarào o Presidente e Commandante das Armas da supradita Provincia,
que as circunstancias, em que se achava a Cidade de Porto Alegre, não tinhão
ainda podido permittir, que fosse formada a culpa a taes presos, já por falta
de tempo, já por falta de Magistrados, já finalmente porque desde a reacção
que tivera lugar na dita Cidade, apenas se tinha podido ti atar da defeza della
por achar-se ameaçada, investida, e bloqueada pelos anarchistas , bem como
providenciar sobre a sua segurança interna, razões que erão mais que sufficientes
para legalisar a conservação daquelles individuos na prisão, como já anterior
mente havia bem entendido a Relação do Districto sobre o mesmo objecto,
negando huma semelhante ordem de — Habeas Corpus —, e ás quaes nenhum
peso quiz dar o referido Juiz, com manifesto perigo da causa publica, e geral
escandalo: por todos estes motivos, e á vista das respostas do dito Juiz, e do
Conselheiro Procurador da Coroa, ha por bem o mesmo Regente, suspender o
supramencionado Juiz Municipal desta Cidade, Justino José Tavares, para que
em Juizo competente responda pela prevaricação, excesso, e abuso de poder com
que procedeu sobre este assumpto.
Gustavo Adolfo de Aguilar Pantoja , Ministro e Secretario de Estado dos
Negocios da Justiça, o tenha assim entendido e faça executar com os despa
chos necessarios. Palacio do Rio de Janeiro em 2.3 de Outubro de i836, de
cimo quinto da Independencia e do Imperio.
Diogo Antonio Feijó.
c
136 ANNO DE 1836.
chos necessarios. Palacio do Rio de Janeiro em 2.4 de Outubro de i836, de
cimo quinto da Independencia e do Imperio.
Diogo Antonio Feijó.
f
136 ANNO DE 1836.
Negocios da Justiça , e encarregado interinamente dos Ho Imperio, assim o tenha
entcn>lido e faça executar com os despachos necessarios. Palacio do Rio de
Janeiro, em ib de Outubro de i836, decimo quinto da Independencia e do
Imperio.
Diogo Antonio Feijó.
Seis mezes de Sessão não bistiião para descobrir remedios adequados aos
males publicos: elles , infelizmente, vão em progresso: oxalá que na futura
UO A.V\0 PE 1836.
Sessão o patriotismo e sabedoria da Assembléa Geral possa satisfazer ás urgen
tissimas necesstdades do Estado.
Está fechada a Sessão.
Diogo Antonio Feijó.
DECRETO DE J DE NOVEMBRO.
AVISO DE 7 DE NOVEMBRO.
DECRETO DE t8 DE NOVEMBRO.
AVISO DE JO DE NOVEMBHO.
• ' '. .
Constando ao Regente, em nome do Imperador o Senhor D. Pedro li,
que se tem ultimamente representado nos Theatros desta Cidade algumas peças
pouco convenientes aos fins porque forão instiiuidos taes estabelecimentos, de
modo que em vez de se recom mondarem nc-llus as regpas da mor„l pratica, e
obediem ia ás Leis, as maximas da decencia e de virtude; pelo contrario se
offerecem. aos olhos incautos da mocidade repetidos exemplo» th) vi' io e da
desmoralisação , e sendo necessario obttar o ml em sua origem , [tara que
não consiga depravar o gosto e a moral publica : ordena o mesmo Regente,
que V'm. não consinta jámais que vàn á s eu , peças de semelhiote natureza,
para o que as deve ler antes de serem repiesentada», obtervando strictameuie
e sob a sua responsabilidade as Leis, Instrucçoes , e Posturas da Camara re
lativas a semelhantes objectos.
Deos Guarde a Vm. Paço em lo de Novembro de i 836= Gustavo Adolfo
de Agnilar Pantoja. — Sr. Juiz de Paz do i ° Distiicto do Sacramento.
Na mesma conformidade ao Juiz de Paz do i.° Districto de S. José.
OFFICIO DE iQ DE KOVEMBKO.
)
CIRCULAR. DE l\ DE NOVEMBRO.
DECRETO DE 28 DE NOVEMBRO.
DBCRETO DE 29 DE NOVEMBRO.
DECRETO DE Io de DEZEMBRO.
DECRETO DE io DE DEZEMBRO.
.. . . AVISO DE 5 DE DEZEMBRO. -
PROVISAO DE 6 DE DEZEMBRO.
DECRETO DE O DB DEZEMBRO.
PROVISAO DE 9 DE DEZEMBRO-
'.•ii • . . . • i-[ ". • . . .• " ... . 1 I
Manoel do Nascimento Castro e Silva , Presidente do Tribunal do The-
sonro Publico Nacional : declara ao Sr. Inspector da Thesouraria da Provincia
de S. Paulo , que não devem ser cumpridas , até que a Assembléa Geral Le
gislativa não resolva o contrario : i° , a disposição do artigo 6o $ 90 da Lei
do Orçamento Provincial de i8 de Março ultimo , que ordena qne se n5o pa
gue siia quando se fizer troca de escravos por bens de raiz ; determinação esta,
que he prejudicial á Renda Geral , se cm virtude della se deixar de cobrar a
sisa dos bens de raiz dados em troca de escravos , contra o disposto no artigo
Jo, S 9o da Lei de 3i de Outubro de i835 , que he só relativa á troca de
bens de raiz por outros bens de raiz , o que se não pode suppor da intenção
dos Legisladores Provinciaes; 20 , o $ i0 do mesmo artigo que declara perten
cer á Renda Provincial , a decima de legados e heranças , cujo prazo legal de
pagamento se vencer depois do io de Julho de i836 , embora o falecimento
do testador tenha sido antecedente ; disposição que vai inteiramente de encon
20**
156 ANÍVO DE 1836.
tro á Ordem de 24 de Outubro de i835 , n° 93, que na intelligencia que deu
a respeito da época em que deve considerar-se devida a taxa das heranças e
legados , foi strictamente de acordo com a disposição do Decreto de 27 de
Novembro de i8i2; e 3o finalmente, o artigo i7 da citada Lei que dispõe
que sejão pagas pelas Rendas Geraes as dividas provinciaes anteriores ao i° de
Julho do corrente anno , porque a Assembléa Provincial não podia , sem ex
cesso de suas attribuições , dar aps fundos .cousignados para as despezas geraes
do anno financeiro , destino diverso daquelle marcado na Lei da Assembléa
Geral, no que parece haver equivoco ; por quanto a citação que se faz do $
34 do artigo ít dq Lei de 3i de Outubro de td35 , he inteiramente diverso
do que ali se ordena.
Thesouro Publico Nacional , era 9 de Dezembro de i836- — Manoel do
Nascimento Castro e Silva.
Semelhante para Goyaz , em i0 do corrente.
DECHETO DE i 2 DE DEZEMBRO.
OJIICIO DE i2 DE DEZEMBRO.
PORTARIA DE t5 DE DEZEMBRO. ; ..
.... . . - ...'••!:
OFFICIO DE i9 DE DEZEMBRO. : ; . .>
OFFICIO DE 23 DF DEZEMBRO.
.J. . .
'; o!
índice geral
chronologico e explicativo
DAS MATÉRIAS DO VOLUME XI DAS LEIS-
AMO DE i836.
4 Janeiro. Portaria para o prompto descarregamento dos navios que vierem da índia
e do ilavre " 5
7 » Dita pura que se avise que aos empregados de repartições extinetas , que
não comparecerem quando chamados pelo Thesoureiro dos Ordenados,
seráõ suspensos os seus ordenados i>
» » Decreto concedendo novo privilegio á Companhia do Rio Doce, para a na
vegação por barcos de vapor »
9 » Portaria para que o Director da assignatura das notas do novo padrão possa
•,it distribui-las pelos assignaturios-, para serem assignadas em suas casas. 8
li .»:;,• Aviso regulando as dispensas que se concedem aos empregados publicos para
não fazerem o serviço da Guarda Nacional . . »
i3 » Portaria ao Inspector das Obras Publicas, relativa aos operarios livres. . . »
» » Dita ao Chefe de Policia sobre o mesmo objecto 9
i5 » . Ettatutos da Sociedade Promotora da Colonisação do Rio de Janeiro. . ».
aa » RiGULAMRuTO em udditamento ao de 6 de Dezembro de i 83 j , para melhor
arrecadação da Decima Urbana ' i4
5o » Circular mandando observar varias disposições acerca do aforamento dos •
terrenos de Marinha - i5
4 Fevereiro. Edital mandando voltar mo exercicio de suas funeções aos Empregados da
i Provincia de S. Pedro do Sul, com pena , se o não fizerem, de serem sus
pensos dos seus vencimentos i6
n » Decreto para a organisação de hum Corpo Policial denominado de Urbanos. »
5 x> Aviso para que se promova entre os Guardas Nacionaes subscripções para
a organisação dos Urbanos m
Vol. XI. %i
162 , , ÍNDICE geral.
i835 • Pag.
5 Fevereiro. Editai. relativo a medidas policiaes adoptadas pela Camara Municipal. . . 20
ti 3> Portaria para serem prohibidas as passagens de Guardas Nacionaes de In-
.. .... fantefia para Cav«Uaria e vioe-vetsa. ............. .. 3*
i2 » Pecbeto regulando o modo de substituição do Juiz dos Órfãos nos seus
impedimentos. 3i
i7 30 Circutar aos Juizes de Faz para que facão sentir a conveniencia de serem
com preferencia votados ÔffJciaes, osCuardas Nacionaes que pertencem
ao serviço activo »
» » Dita aos Consules relativa ao passaporte dos Colonos que vem para o
Brazil • 3»
30 30 Dita relativa ás formalidades que devem observar os Consules Brazileiros
acerca dos manifestos das embarcações que se dirigem para o Imperio. . 33
i9 30 Aviso ao Administrador da Mesa de Diversas Rendas acerca do pagamento
da meia sisa da venda de embarcações nacionats que passão a es
trangeiras 30
22 30 Decheto derogando e annullando o de 3 de Agosto de i 833 , conce
dendo privilegio exclusivo a Giacomo Alessi e Manoel Peinan para a
importação de gelo nos portos deste imperio ....... is
20 30 Portaria acerca da Substituição das notas do novo padrão a3
24 30 Ordem para que scjão apprehendidas todas as pipas de aguardente que
forem encontradas sem despacho, ou com elle, não sendo a sua data
do mesmo dia em que forem encontradas 30
26 » Officio dando esclaiecimentos sobre objectos de Collecloria 34
30 » Decreto dissolvendo a Companhia da Guarda Nacional da Lagoa de Ro
drigo de Freitas 3»
3 Março. Dito annullandn o privilegio exclusivo , concedido em a3 de Março de
i835 a Fidelis Carboni, para estabelecer na Provineia do Rio de Ja
neiro viveiros de sanguixugas '»
30 30 Dito mandando transferir a Thesouraria da Provineia do Rio Grande do
Sul para o lugtr que o legitimo Presidente julgar mais conveniente. a5
30 30 Dito para que cesse o expediente da Alfandega de Porto Alegre em quanto
não estiver restabelecida a ordem 3s
5 30 Portaria dando diversas instrucções ao Presidente da Provincia do Rio
Grande do Sul, acerca da execução dos dous Decretos acima 26
30 30 Dita ao Inspector da Thesouraria da Provineia do Rio Grande do Sul
sobre o mesmo objecto 30
7 3s . . Dita dando providencias para effectuar-se sem tumulto a venda dos bi
lhetes de Loteria , e para sua prompta extracção i 37
30 30 Aviso determinando varias medidas para a guarda dos dinheiros proftv
. . . nientes de arrematações dos serviços dos Africanos illicitamente intra*
duzidos no Imperio »
i0 3s CiR< vi.ar declarando que os Juizes de Paz não podem receber querelas e
denuncias por crimes que não fora o comrncttidos em seus Districtos, ctc. 30
i4 » Decreto sutpendendo n Juiz de Paz de 2* Districto da Freguezia do SS.
Sacramento por tei-se recusado a aceitar a denuncia do periodico —
Raio de Júpiter . 38
30 » Portaria relativa á Substituição das notas do novo Padrão 39
25 3» Dita contendo alguns esclarecimentos tobre os Conselhos de Qualificação
da Guarda Nacional 30
30 a Decreto declarando e ampliando o de ia de Fevereiro p, p. relativo
à substituição do Juiz de Órfãos, nos seus impedimentos 30
30 30 Dito mandando observar diversas providencias e determinações sobre as
.... escolas de primeiras letras desta Corte e Munieipio 3o
3i ta Circutar para que nas Thesourarias das Provinoias se considerem como
Empregados das repartições extinetas os Empregados das Pagadorias
das tropas, eto. 3a
3o » Orneio declarando que he prohibido ás embarcações estrangeiras o trans-
. porte de moeda de ouro 00 prata cstrangtira de huns para outros portos
do Imperio. ......... ................. 59
;s : - - v
A\*0 DE 1836. i«*
i836 i'" Pag.
st Março. Portaria determinando noras providencias acerca dos despachos de reex
portação. ' 33
%». -o Orneio relatiro á participação dada pelo Juiz de P,u do a* Distrioto do
Engenho Velho, de que o Conselho de Qualificação dessa Freguezia
. . resolvera não riscar do livro da matricula geral dos Guardas Nacionaes
•-• • • . individuo algum sem que o requeresse, etc . .- 34
a3 "» Dito sobre as irregularidades e abusos praticados pelo Conselho de Quali
ficação da Freguezia do Engenho Velho. . »
a<> •*' Poetaria à Camara Municipal da Cõrte recommendando-lhe que desperte
os seus Fiscaes para vigiarem sobre os curraes e a limpeza dis ruas. 35
» •*>'•. Dita ao Administrador da Mesa de Diversas Rendas, dando diversas expli-
- cações 9obre a Lei de 5i de Outubro >re i835 »
a8 » Decreto autorisando os Presidentes das Provincias do Rfo Grande do Sdl,
de Santa Catharina e de S. Paulo para dar d Guarda Nacional em ser
viço de destacamento, a organisação que julgarem conveniente 56
» " •* . Dilo declarando o artigo 5o do regulamento de 3 de Jaoeiro de i835
relativo ao traslado de autos »
ao, » Portaria contendo informações relativas ás avaliações dos legados de usti-
frueto de bens moveis, semoventes, de raiz e de dinheiro liquido. . . »
3o »' Dita recoimncndandn á Camara Municipal da Cdrte que tome em con
sideração, a arrematação dos matadouros, para evitar-se o monop0lio
que se observa na venda da carne verde. 3?
* » Decreto autorisando 'os Presidentes rjas Relações do Imperio a mudarem
as horas do despacho das mesmas nos mezes de Maio e Outubro. . . »
» » Officio declarando que a competencia dos Oonsethos de Disciplina deve
comprehender não sô os casos especificados nos artigos 85 e seguintes
ds Lei que tratâo das penas que devem impôr-se nos delidos ali de
signados, mas tambem todos os outros em que-' os Guardas Nacionaes
não devem ser processados no foro eotnmum; ..... t 38
6 Abril. Dito s-bre objectos de disciplina' nos corpos da Guarda Nacional. ... »
'» » Aviso ao Inspector do Arsenal de Guerra par* admiUir-se nas diversas
officinas do Arsenal o numero possivel de aprendizes livres 39
» ' » Decreto suspendendo de suas funecões o Juiz de Paz do a* Districto de
Santa Rita por excesso de attribuiçfles *. »
j)r » Aviso para que os Ofíiciacs encarregados da visita examinem se as embar
cações nacionaes sahindo deste porto, tem recebido a mala do Correio. . . »
l3 » Portaria declarando que os dia9 santos e feriados jamais devem obstar ao an
damento dos actos da administração da Justiça Criminal 4°
i5 » Dita acerca da substituição das notas do novo padrão »
» .». Dita para que o Administrador do Correio assalarie hum bote para a prompta
entrega das malas na casa da administração »
i6 y> . Dita em additamento á de ai de Março ultima. 4<
i8 » Decreto concedendo isenções ds embarcações que conduzirem Colonos bran-
- - - cos para os portos do Brazil »
i9 » Circular para que se envie ao Governo huma relação dos Guardas Nacio
naes que estiverem nas circunstancias de fazerem menos falta a suas
casas , &c .' . . 43
22 ii Portaria para que se proceda á substituição dm notas do extiocto Banco
do Brazil do valor de 3oo$ réis - »
34 x> Decreto para que sejão destacadas na Provincia de S. Pedro do Sul, Soo
praças do infanteria da Guarda Nacional do Municipio da Côrtc. ... x>
» » Dito nomeando hum Conselho de Exame das praças da Guarda Nacionai
que forem qualificadas para serem destacadas na Provincia da Rio Grande
do Sul .'. - 45
a5 » Aviso dando instrucções ao Conselho de Exame creado pelo Decreto acima. »
.m- t> Circutar para que seja convocado o Conselho de Qualificação para se pro-
ceder ao alistamento dos Guardas Nacionaes solteiros etn conformidadee
do Decreto de 24 do corrente .- 44
»7 » Aviso para que se procure, quanto seja possivel, que cada batalhão da Guar-
2i**
*«*:. INDICE GERAI..
,;'W6 - ,P.g.
da Nacional do Municipio da Córte concorra com hum numero ipual
de praças , na apurarão a que se procede para O destacamento na Pro-
. . vincia do Rio Grande do Sul 44
27 Abril. Officio declarando que o Conselho de Qualificação deve classificar todos os
Guardas solteiros sem liiuilaçao de numero, &c 45
*. * Dito em additamento ao de a5 do corrente , . . .. »
28 *.i < Aviso mondando observar o Regulamento da mesma data para os empre
gados nas obras publicas 4G
3° ■ Poetaria no Director da Faculdade de Medicina e aos dos Cursos Juridicos ,
,: ordenando que le remetia annualmente á Secretaria do Imperio, huma
relação circunstanciada da appiiunção e moralidade de todos os Estudante*. 4?
* ».' Recvtamexto para a arrecadação do Subsidio Literario ^8
>* Maio. Circular aot Professores das Aulas publicas. da Cdrte para que rerauttSo
annualmente á Secretaria do Imperio huma relação circunstanciada da
applicação e moralidade de todos os estudantes que as frequentão. ... 5a
a » Decreto regulando a disposição do Alvará de a de Dezembro de i810 , na
parte respectiva á sollicitação dos Passaportes »
» » Dito concedendo mais hum anuo de prazo à Companhia Nithe.rohy para
se verificar a navegação regular e periodica , por barcos de vapor, no
interior e fóra da Bahia do Rio de Janeiro 55
» :s Dito aposentando a Felix Ferreira da Silva , no lugar de Administrador
do Registo do Rio Preto, com os vencimentos que lhe compelirem. . 54
3 » Fai.ta com que o Regente ubrio a Assembléa Geral Legislativa. ..... *
7 * Provisão para que o matadouro publico seja Jranslerido para o sitio de S.
Christovão , &c. , 56
>4 * Aviso para a estricta observancia dos Decretos de a de Dezembro de i8ao
e de a de Maio do corrente anno 5?
i7 », ; Dito • ordenando que d'ora em diante o fornecimento de todos os goneros ,
necessarios para as obras militares ,' seja feito pelo Ar*eunl de Guerra. . x>
aic. * Decreto dissolvendo os a° 3* e 4* Corpos de Cnvallaria. i° de Artilheria
a Cavllo e 8° batalhão de caçadores de i* linha > por terem tomado parte
. . activa na sedição occorrida na Provincia do Rio Grande do Sul »
» r> Officio paia que o Presidente da Provincia do Rio Grande do Sul , dê
. . toda a publicidade nos Decretos que dissolvem os Corpos de i* linha
involvidos na rebellião , &c. &c »
» -* Dito para que sejão demiltidus dos seus empregos , todos os empregados
.. i que em hum prazo determinado não se apresentarem ao Presidente da
. . Provincia do Rio Grande do Sol 58
a^ r> Resposta do Senado á Falia do Trono >
* » Dita ila Cornara dos Deputados á Falia do Trono 60
3o 9s . Decreto ampliando as dispotições do additamento ao Regulamento dai Al-
fanilegas de a5 de Abril do i83a. . ; fii
3i » Dito (n* i.) cnmprehendendn Matlieus Wclch na excepção do artigo 4° da
Lei de a5 de Novembro de i8io 6a
» » Portaria relativa á substituição das notas do novo padrão »
i* Junho. Decreto (n. 3) extendendo as disposições da Lei do i* de Outubro de
)854 aos Ofliciaet de engenheiros empregados em commissões tanto
civis como militares , . fi3
» 9 . . . .Dito (n. 3) approvando a pensão de aoo$ concedida a D. Maria Adelaide
,- de Azevedo Pessanha e ítouza x>
3 » Dito convocando a nova Assémbléa Geral ordinaria r>
4 » Portaria relativa á substituição das notas do novo padrão 64
b » Officio contendo varios esclarecimentos sobre o Regulamento das Alfandegas. r>
i5 » . . Decreto mandando fazer-se publico o Instrumento do Reconhecimento da
Princeza Imperial a Senhora D. Januaria como Successora do trono
e Coroa do Imperio do Brazil. »
21 > Portaria relativa á substituição das notas do novo Padrão. 66
** , * Decreto approvando o novo plano do Monte Pio Geral de Economia dos
Servidores do Estado »
ANNO DE 1836. i 460
• i836 ""•' Pag.
32 Juulio. Aviso mandando observar algumas alterações relativamente :i cobrança da
quotH provincial dos dizimos ja
» t> Decrepu mandando pôr um execução n novo Regulamento riu* Alfandegas
do Imperio. ( Aclia-se no fim do volume).
a8 x> Dito (o. 4) autorisanilo a Camara Municipal da Cidade do llio de Ja
neiro a organisar u sua Secretaria, Contadoria e Thesnuraiú y3
9 » Dito (n. 5) declarando que o padre Ant0nio Joaquim do Nascimento Belleza
cstú no gozo dos direitos de Cidadão Braziieiro .. . . »
» 9 Portaria relativa á substituição das notas do novo padrão. „
4 Julho. Provisão dando esclarecimentos sobre a execução dos Regulamentos de 36
de Março de i833, ao de Setembro de 1 834; > e da L>-i de 4 de Ou
tubro de i83i ' • . j>4
» v Decreto (1i. G) sobre os exames de Pharmacia determinados no Decreto
de 39 de Julho de iN35 ?5
5 .> Dito marcando as attribuições que devem competir aos Conimuudantes Su
periores das Guardas Nacionaes > • 9
8 » Portaria indicando os differenças mais gllientes achadas nas Sedulas falsas
de ioojJ réis fabricadas em Paris * 78
9 n Ordem sobre o modo de proceder â avaliação aonual do usufrueto legado. 9
» 9 Decreto (o. 7) npprovrfnd-o a tença de 300^ réis concedida ao Brigadeiro
Manuel Antonio Leitão Bandeira ç9
9 » Dito (n. 8) para que os Membros do extincto Concelho de Estado, con
tinuem u receber o seu respectivo ordenado, ete 9
i3 » Decreto ( n* 9 ) para que a Provincia do Rio de Janeiro dê mais a De
putados e i Senador A Assembléa Geral Legislativa 80
i8 » Editat sobre obrigações dos mestres de embarcações de cabotagem, logo
que se apresentem na Mesa de Diversos Rendas »
20 x> Circutar sobre o abuso de se reputarem isentos do recrutamento do Exer
cito de Linha e Armada , todos aquelles que se achão alistados na Guarda
Nacional 8i
36 » Editat declarando quaes as notas do novo padrão que furão roubadas do The-
souro nos dias anteriores 9
37 » Ordem circular aos Thesoureiros das Provincias dando providencias acerca
do roubo acima »
J> J> Portaria sobre o inumo objecto 8a
33 7> Circutar aos Presidentes relativa ao mesmo assumpto 9
l8 » Portaria revogando a da 3o de Março pp. acerca da avaliação dos ge
neros não comprehendidos na pauta 83
1 Agosto Decreto (o. i0) elevando a 3:400$ réis a congrua do. Rispo de Goyax. »
r*
.J Aviso ordenando que a Guarda da Caixa da Amortitação e Alfandega seja
. > de ora em diante de ao praças da Guarda Nacional, sendo reforçada
de tarde alé amanhecer com mais i0 praças 9
4 » Dito mandando que os Juizes de Paz, na occasião de «ocorrer algum
acontecimento importante e extraordinario no seu Districto, o commuui-
quem immediatamente ao Chefe de Policia. ..i..'. »
$ » Dito ordenando que os criados dos officiaes da Armada sejãn comprehendidos
nas lotações dos navios 84
9 » Decreto concedendo privilegios á Companhia do Rio Doce para a nave
gação do dito Riu por barcos de vapor, etc. ........ 1 »
i3 » Aviso declarando que os officiaes ds Armada, com parte de doentes, que
não comparecerem na Inspecção de Saude, serão reputados promptos
para o serviço 88
iti » Portaria para o recebimento nas principaes estações publicas das notas
do valor de 30$ a 5oo$ reis do novo padrão. 9*
i9 » Dita ordenando que no acto do pagãmente da siza de qualquer embarcação
Brazileira, que passe para subdito estrangeiro, deverá cassar- se o pas
saporte e remetter-sc para a Secretaria da Marinha 9
9 » Dita acerca da eleição de Senadores e Deputados pela Provincia do Rio
de Janeiro , 89
166 I\DICE GERAL.
. i i856 ' Pag.
'9 Agfíto. Pobtabia para que se proceda uo dia a5 de Setembro á nomeação dos Elei
tores, e rn dia >) dp Outubro- á; eleiçao dèai Dep«tados para a 4* legis-
l.itur.i , no Municipio da Corte, t:lc. .... .,'..,.. -....' 89
» » Dita sobre o menuu objecto - L ............. . »
ao .m . > Pita declarando que a Presidencia- das eleições para Juizes da Paz e Ve
readores compete em cada huina das Freguezias ao> Juiz de Paz do Dis-
tricto em que etlá a Purochia. . . " . »
^» >> Aviso para que o encarregado da visita da Policia receba dos mestres das
embarcaçõet ot ofucios que vierem dirigidos ao Governo e os remetta
imnitdiaUmente á residencia do respectivo Ministro 90
» .s,, Dito regulando o preço que deve ter a pólvora da Fabrica Nacional. ... »
» » Dito para, que no dia iridinediato ao da enteada de qualquer navio de guerra
reoolhão-se á Intendencia os livros de escri piorarão , etc *
j3 » Decbeto ()1. ii) approvando q pensão concedida ao i* Tenente da Armada
.. .. João da Silva Lisboa . ... .-. . »
n » Dito (n, ia) approvando. as .pensões concedidas aos a" Tenentes da Armada
Nacional Manoel Lopes Pinhel e Ant0nio Velloso ' . 9t
n » Dito (n. i3) approvando a pensão concedida a José Francisco de Souza. »
i(; » Decbeto (n. i4) approvando a pensão concedida a D. Anna Luiza Silveira
da Moita , . . 9s
» » Dito (n. i5) declarando que,. na Resolução de 9 de Outubro de i835 , em
lugar de Maria Felisarda viuva de Manoel Pinto , deve lêr-se Maria Vi-
cencia Teixeira , viuva de Francisco Pinto de Araujo . .- »
a9 » Editat acerca de huma augmentaçTio de relações entre a Corte e a Cidade
de Campos , com. a creação de toais tres correios mensnes »
» » : Decbeto prorogando até o dia ao de Outubro a presente Sessão ordinaria
da Assembléa Geral. 93
3o » Dito (n. i6.) declarando que a pensão concedida a D. Emerenciana do Nas
cimento Lima, D. Esmeria Francisca de Lima, e D. Francisca de Borja
Lima , por Decreto de 23 Julho -de i-8i8., será paga pelos Cofres da
Fazenda Nacional, com sobrevivencia de. buinas às outras »
á p Dito (n. i7.) para que as filhas do pensionado Ant0nio Ferreira da Silva,
percubão rcpartiduinente a pensão que recebia o seu fallecido pai. ... »
a » Dito (n. i8.) approvando a tença concedida ao Sargento Mór elTectivo
João Francisco Leal. . . 94
3| » Dito. (n. i9.) approvando a tença concadida ao Tenente Coronel Felix de
Seixas Souto Maior . . .'. .:, » .. . '»
» » Dito fixando os direitos que deveráõ pagar as partes que demandarem em
Juizo. . . - 95
i* Setembro. Instbicçõbs para a regular uscalisação do imposto de sisa dos bens de raiz. 97
i0 » Decbeto (o. ao.) approvando a pensão alimentaria concedida a D. Anna
Barboza de Jetus 98
n x Dito (n. ai.) approvando a tença concedida ao Chefe de Esquadra Paulo
, . Freire de Andrade - »
^ s Dito (n. 33.) approvando a tença concedida ao Tenente Coronel Fresde-
vinde Ja Silva Leite » : 99
m., '*> Dito (o. 23.) approvando .a tença concedida as Chefe de Esquadra reformado
Joaquim Mourão Pinheiro. »
i1 "» Dito (n. a4- ) approvando a pensão eoncedida a D. Jesuina Emilia de Medeiros. i00
» .»., Dito (o. a5.) approvando a pensão concedida a I). izabcl Maria Heredia. . *
t3 » Dito (n. a<i.) dando providencias acerca dos Estudantes dos Cursos de Scien-
cias Juridicas e Sociait » que não tiverem sido matriculados por falta dos
t . exames do Ingle.z , Historia , Geometria e Geoprapliia. . i. »
ii x> Aviso em additamento ás Instrucçõcs de ay de Outubro de i 834 e alte
rações de 19 de Novembro de i 835 , sobre a arrematação dos serviços
d«s Africanos i0i
.-'» >l Decbeto autorisando a formação da Companhia denominada — de Minera
ção da Provincia de Minas Geraes— com certas condições i03
ao . » Dito (n, 37) approvando a pensão concedida a D. Isabel Watson io3
ANNO DE 1836. ±67
i836 , ' ' Pag.
24 Setembro. Decreto (d. 28) declarando que na aposentadoria concedida ao Conselheiro
Ant0nio Homem do Amaral, se deve coinprehendeT ns vencimentos que
tinha nos lugares annexos ao de Thesotireiro Mor » .» . io3
» » Dito (n. a9) approvando a pensão concedida a Salvador Cardoso de Oli-
. ..' veira , com sobrevivencia ás suas tres filbaa • io|
3o -n Dito prorogatxlo novamente a Sessão da Ast-embléa Geral até o ultimo
dia de Outubro. 4 .>•. "*
i° Outubro. . Dito (n, 3w) para que o Governo continue a pagar ao Cirurgião Mòr
José Alexandrino Ditos de Moura , o vencimento que lhe foi conferido na
sua patente, &c io5
3 ti Dito (n. 3i) approvando a tença concedida ao Coronel Graduado Joaquim
Francisco das Chagas Cnttete ' •
•» » Dito (1i. 3a) approvando a tença concedida ao Coronel eifectivo João Carlos
Pardal »
» » Dito (i1. 53) approvando a pensão concedida ao Senador Manoel Ferreira
da Camara BUancourt c Sá, coin sobrevivencia a favor de seus nove netos. »o*>
» » Dito (n. 54) approvando a tença concedida a D. Leonor Joaquina Lobão. »
» » Dito (n. 35) approvando a aposentadoria concedida ao Conselheiro João
Antonio Rodrigues de Carvalho • . i07
» » Provisão especificando a continencia militar que compete aos Commandan-
dantes das Armas conforme as suas graduações »
4 » Decreto (n. 36) approvando a tença concedida ao Coronel José Francisco
da Cunha 108
6 » Dito concedendo ao 1' Tenente da Armada Augusto Leverger a reforma
que pedira • i09
i0 n Dito (n. 37) approvando a pensão concedida a Pedro Labatut »
= » Dito (n. 38) fixando a força de terra , para o anno financeiro de i637
a i838 »
» » Carta de tei (n. 39) declarando nulla a Lei da Asseinbléa Provincial da
. - Parahyba , em data de i9 de Maio de i835, acercado recrutamento. ii0
ii » Dita (n. 4") suspendendo as garantias na Provincia de S. Pedro do Rio
Grande do Sul por espaço de hum anno > »
i2 » Decreto concedendo a D. Joanna Luiza Gomes de Almeida, humu pensão
de 5oo.J5 rs. , dependendo porém da approvação da Assembléa Geral. . ii2
14 » Carta de tei (n. 4i) declarando nulla a Lei da Assembléa Provincial de
Sergipe , acerca dos bens dos Religiosos Carmelitas »
i5 3» Decreto (n. 4a) fixando as forças de mar para o anno de i83j a i858. . . »
» » Dito (n. 43) autorisando o Governo para promover aos postos immeJiatos,
os Militares que se distinguirem nas Provincias do Pará e S. Pedro do Sul. n5
» » Dito (n. 44) declarando que José Antonio E'perança está no gozo do fõro
de Cidadão Brazileiro »
» » Dito (11. 4^) approvando a pensão concedida a D. Thereza Delfina Rita de
Lemos e Amaral • i14
» « Dito (n. 46) approvando a pensão concedida a D. Candida Maria de Moraes
Sarmento »
» » . Dito (n. 47) approvando o contracto celebrado pelo Governo acerca da
empreza de paquetes por vapor. iiS
» » Aviso para que as compras em grosso para « Arsenal de guerra sejão
feiras por concorrencia annunciadu anticipadamente. •
i7 » Decreto mandando organisar na Provincia de Goyaz buiria Companhia de
Ligeiros • ..v. . . . •.- . ii6
=° » Dito (n. 48) declarando que os alvarás de i6 de Dezembro de i79067
de Dezembro de i802 continuarão a regular as reformas dos officiaes da
exlincta a° linha, etc »
» » Dito (o. 49) p»ra qoe os Contínuos da Secretaria e Pagadoria do Arsenal de
Guerra da Corte vençao -de ordenado 5oo;£ reis annuaes i17
» » ' Dito (n. &o) concedendo ao Governo hum credito supplementar de 2,0o0
contos de réis. »
n x> Dito (n. 5i) approvando-, «om o vencimento do ordenado por inteiro, as
168 ÍNDICE GERAL.
. i836 ; Pag
aposentadorias concedidas a diversos Desembargadores, poios Decretos
de 3 de Janeiro de ■ 855 e ai de Abril de i 85 1 ii8
i7 Outubro- Deckzto (u. 5-i) approvando a aposentadoria concedida ao Desembargador João
Martiniaun Barata * a
» x> Dito (n. 53) approvando a aposentadoria concedida ao Desembargador Ma-
noel di Cunha do Azeredo Coutinho Souza Chichorro n9
» » Dito (n. 54) approrando a aposentadoria concedida ao Desembargador Ma
noel da Costa Barradas »
» » Dito (n. 55) approvando a aposentadoria concedida ao Desembargador Fran
cisco .lo.-é Nunes ião
30 » Dito (n. 50) approrando a tença concedida ao Marechal reformado Duarte
Guilherme Corrêa de Mello »
» » Dito (n. 5y) approrandc a tença concedida ao Major Ju*é Fernandes dos
Santos »
» » Dito (n. 58) approrando a tença concedida ao Coronel Francisco Carlos
de Moraes i3 i
» » Dito (u. 59) approvando a tença concedida ao Coronel reformado Felix
Mcime * »
» » Dito (n. tio) autorizando os Directores dos Cursos Jurídicos e Sociaes, a
admittir a fazer acto das materias de qualquer dos a mios, aos Estu Jan
tes que, até a publicação da presente, tiverem frequentado e prrv. !o os
ihtot annos, &c ,. tia
» x> Dito (n. tíi) approvando a pensão concedida a D. Anna Rodozinda Vcudc-
^ tina da Silva »
aa » Dito mandando formar quatro Companhias fixas de marinheiros de íoo
praças cada huma x »
» « Dito (u. 6a) approvando a tença concedida ao Brigadeiro itaymuudo José
da Cunha Mattos. i>4
» » Dito (n. (>3) approvando a tença concedida ao Capitão de Mar e Guerra
Francisco llibiano de Castro »
o » Dito (n. 64) approvando a pensão concedida repartidamente aos filhos do
(idilucido Desembargador Luiz Pedreira do Couto Ferraz n5 i
» » Dito (n. 65) approvando a tença concedida ao Capitão de Mar e Guerra
Francisco Rodrigues de Lima Pinto »
» i> Dito (n. 66) approvando a tença concedida repartidauuente ás filhas do fal-
. . iecido Brigadeiro reformado José Pedro Galvão Moura e Lacerda. ... »
» .» Cito (n. 6j) approvando a tença concedida ao Capitão Tenente da Armada
João Francisco Regis i36
» » Dita (n. 68) approvando a tençi eoucedida ao Marechal de Campo Manoel
Jorge Rodrigues »
* » Dito (o. 69) approvando a nensão concedida ao Capitão de Fragata Gui
lherme Éyre i37
» l> Cabta. de tei (n, 70) orçaudo a Receita e Despeza para o anão de i837
a i838 •
» .,»... Decreto. (n. 7i) approvando a aposeutadoria concedida ao Desembargador
Francisco Carneiro Pinto Vieira de Mello u>\
a3 » . Dito suspendendo o Juiz Municipal da Còrte , por ter concedido ordens de
Hubetu Corpus aos presos rebeldes do Rio Grande do Sul »
34 . .». . . . Dito (n. 72) approvando a pensão concedida a D. Virginia Henriqueta Nu
nes Magano '. |35
o » . . . Dito (n. 73) approvando a aposentadoria concedida. a Manoel Innocencio
de Vusconcellos . . « i36
s5 s Dito (n. 74) approvando a aposentadoria concedida a José Rabello de Souza
Pereira. .......i »
■ » Dito (n. ;5) approvando a tença concedida ao Tenente Coronel reformado
Sebastião Navarro de Andrade i^7
9 » Dito (n. 76) approrando a pensão concedida a D. Mariana Rosa de Araujo. »
* » . . Dito (n. 77) approvando a pensão concedida ao Padre Prudencio José das
Mercês Tarares »
AMVO DE d 836. 169
i83« Pag.
25 Outubro. Decreto (u. ;H) approvando n mercê pecuniaria concedida ao Major João Nu
nes Ramalho i 38
» » Dito (n. 79) approvando a tença concedida repartidamente as filhas do Ca
pitão de Atar e'Guerra José Joaquim da Silva > »
» » Dito (n. 8o) apprnvando a tença concedida ao Capitão Tenente João Bap
tista de Souza e concedendo-lhe mais hums pensão i3y
a9 » Dito (11. 8i) dei 1 irandi que Jacinto Hypolilo Guion está comprehendido na
excepção do artigo i0 da Lei do %!\ de Novembro d« i83o »
3i » Faixa do encerramento da Assembiéa Geral Legislativa »
7 Novembro. Decreto coiinnulando a pena a que fõra sentenciado Manoel Ribeiro , ex-
Soldado do Corpo de Artilheria de Marinha . . . i 4°
» » Aviso recomineudaudo a melhor vigilancia acerca dos roubos e assassinatos
perpetrados nesta Córte »
H » Decreto (ti. 8a) approvundo a aposentadoria concedida a Ant0nio Salustiano
Ferreira 1 .4 >
i5 » Dito (n. 83) approvando o aposentadoria concedida a Ant0nio Rodrigo do
. Amaral •' »
18 » Dito concedendo huma pensão a Elisa Bland Kr-kine Norton , dependente
da approvação da Assembiéa »
ii) » Aviso relativo ao exame que devem fazer os Juizes de Paz, antes de per-
mittirem que huma peça suba á scen.i \i:i
» .» Officio para que n* Thesourciros provinciaes não paguem a Deputado nu Se
nador algum, durante o tempn da sessão , quer «rdinaria quer extraor
dinaria, vencimento ulgum peto exercicio do lugar ou emprego que exerça
pertencente á repartição da Justiça »
ai » Aviso ao Consul Geral de Portugal para engajxr espingardeiros por conta
do Governo . . . i 'i T>
34 " Circvlar ás Thesourarias Provinciaes relativamente ao pagamento dos orde
nados 0ii soldo dos Membros das Camaras Legislativas sendo Empregados
1'ublicns »
a6 ■ Aviso ondo se declara que em quanto existir algum Tratado com qualquer
Nação em que se estipule a indemnisação dos i0 porcento sobre o preço
da factura, deste mesmo favor gozarão todas as outras nações i44
» » Officio para se prevenir o contrabando do páo Brazil »
a8 » Decreto concedendo a reforma que pedira o I* Tenente da Armada David
1 Carter »
29 » Dito revogando o de 3i de Agosto p. p. , e determinando algumas dis
pos ções acerca das partes que forem condemnudas em pleitos eiveis. /. i4 >
i° Dezembro. Dito inundando observar o Regulamento junto para a administração das
obras publicas do- municipio da Corte: »
» » Dito vigorando o Decreto de li de Março de i834 concedendo á Compa
nhia Nithcrohy o privilegio exclusivo de navegação por barcos de iva
pór, &c. &c. sujeitando a Companhia a certas condições i53
5 » Provisão acerca de dever ou não o Major Commandunte do i° Corpo de
Artilheria de posição, apresentar no Conselho de Guerra que se faz a
hum Soldado, testemunhas que não estão sujeitas á jurisdicção delle Major. i53
» » Aviso ao Chefe de Policia para que ao toque de fogo, se dirija ao lugar
do incendio, &c i 54
6 » Provisão para simplificar a escripturação das Thesourarias »
9 a Decreto concedendo li uma pensão a D. Leonor de Santa Anna Borja, de
pendente da approvação da Assembléa l55
» x> Provisão para que o Inspector da Thesouraria Provincial de S. Paulo não
cumpra diversas [disposições da Lei do Orçamento Provincial de i8 de
Março ultimo »
i2 » Decreto concedendo a reforma que pedira o a° Tenente da Armada Jaime
David Biicio i .16
» » Officio ao Presidente do Rio Grande do Norte, snbic a Sancção que dera
a varias leis provinciaes contrarias ao espirito do Acto Addicional. ... »
■5 » Portaria ordenando que as arqueações das embarcações que eonduzeui des-
Vol. XI. 2a
170 ÍNDICE GERAL.
ihõG Pag.
cargas para a Alfandega , sejão feitas pelos arqueadores da Mesa de Di
versas Rendas e pelo Slerenmetra da Alfandega i5;
iii Dezembro. Aviso pura que seja responsabilisado o Presidente de Pernambuco por se
. • ler negado a executar váriot Decretos que lhe forão intimados »
.' » Offich> declarando nulla a eleição a que se procedera ultimamente na Pro
vincia do Rio de Janeiro para dons lugares de Senador , por terem ai-
guns Collegios votado em duas listas de Ires nomes cada huiua , em
quanto devia ser em huma só lista du seis nomes i 58
a!5 » f)ito Declarando ao Presideute do Pará que nao he dado aos Presidentes
daa Provindas fazer a nomeação para o lugar de Juiz de Direito do Civel. »
HM DO ÍNDICE.
Hio de Janeiro. Typ. Imp. e Const. de J. VILLENEUVE e COMP., rua d'Ouvidor. — i837.
\á*±ti(> y ..-.
.v i*
DAS
ALFANDEGAS DO IMPÉRIO,
MANDADO EXECUTAR
)to U <fg&4tieif0 j
TYPOGRAPfflA IMPERIAL E CONSTITUCIONAL DE J. VILLENEUVE E COMP. ,
vos. d'ocvidob, n.° 95.
i836.
•
. VM/tí»^-- '•' '>} ' V
vf^
NOVO REGULAMENTO
DAS
ALFANDEGAS DO IMPÉRIO.
,
12 A\NO DE 1836.
direitos pagos por baldeação c reexportação não Ccrtidóei.
terão descontados nos direitos, a que forem obri
gadas as mercadorias levadas a portos do Imperio, Art. io3. Pelas certidões que se passarem na
e ahi despachadas. Alfandega, cobrar-sc-ha para o rendimento delia
520 rs. por cada huma, que não passe de huma
Expediente. folha de papel, e i60 rs. por pagina que exceder,
e 200 rs. a titulo de busca por cada hum anno
Art. 98. São sujeitas ao i i/2 por cento de Ex decorrido depois do primeiro, contado da data
pediente todas as mercadorias despachadas para do Titulo donde fôr extrahida ; não excedendo
consumo, baldeação c reexportação, incluídas porém em caso algum a 4$ rs.
mesmo as que não tiverem entrado nos Arma
zens da Alfandega : são isentos, e por isso quan Contribuição de Caridade.
do nella desembarquem, a despeza de guindastes,
1: conducção será feita á custa, e por conta e risco Art. i04. A contribuição das casas de carida
de seus donos : de, que no Rio de Janeiro he de 1$ rs. por pipa,
i.° Os objectos de que trata o § a.° do artigo e 5 rs. por duzia de garrafas de líquidos, só se
9i, menos as obras de ouro e prata, cujos feitios arrecadará naquelles portos onde está em uso c«-
são sujeitos a direitos c expediente. brar-se : nos outros só convindo o Commercio, e
a.* Os objectos de que tratão os §§ i.% 3.° c as ditas Casas, pelo curativo dos enfermos da
|.° do dito artigo 9i. equipagem dos navios mercantes da respectiva
5.° Os generos de producção e manufactura na Nação.
cional importados de hum para outro porto do Machiou.
Imperio.
Art. 99. As mercadorias estrangeiras ainda que Art. io5. Entender-se-ha por machina para a
venhão de hum porto nacional , onde já tiverem isenção dos direitos de importação , decretada
no artigo 5i § 4* da Lei de i5 de Novembro de
pago direitos e expediente, são sujeitas ao i i/2 i83i, c de que trata o § 6o do artigo 9i, todo o
por cento do expediente rias Alfandegas e Mesas
instrumento composto de varias peças, que servir
importadoras.
Art. i00. As mercadorias desembarcadas por para facilitar, abreviar e aperfeiçoar o trabalho ,
causa de ruina da embarcação que as houver con fazendo-o menos dispendioso em qualquer ge
duzido , as quaes se pretenderem reembarcar c nero de industria.
exportar, não pagarãõ o expediente, quer desem Art. i0G. Se a machina fôr tal que se não
barquem para deposito nos armazens da Alfande possa construir no Paiz, continuará a sua isen
ga, quer para armazens particulares, mas só ção dos direitos em quanto não houver determina
mente a armazenagem de que trata o artigo i02, ção em contrario.
ficando em todos os casos sujeitas á fiscalisaçuo Art. i07. Todo o nacional, ou estrangeiro, que
da Alfandega, sem mais despeza alguma. importar alguma machina de que requeira o des
pacho livre de direitos, ou ella venha armada ,
Armazenagem. ou desarmada, deverá apresentar na Alfandega
huma exacta descripção e desenho delia, com de
Art. i0i. A armazenagem cobrar-se-ha na ra claração dos usos a que se destina, e pôde ter
zão de hum quarto por cento ao mez das merca applicação.
dorias que se demorarem nos armazens da Alfan Art. i08. Para se verificar se as machinas es
dega , ou depositos nacionaes mais de quarenta tão ou não em uso na Província em que se im
dias, e as de Estiva mais de dez dias, entenden- portarem, ou se podem ou não construir-se no
do-se vencido o mez, no dia em que elle princi Imperio, haverá em todas as Alfandegas huma
piar. Aquellas mercadorias porém que já se acha- Commissão composta de quatro membros esco
vão nos ditos armazens e depositos nacionaes até lhidos das quatro classes de agricultores, commer-
o dia 3o de Junho de i804 deverãõ pagar a ar ciantes, fabricantes, e empregados das mesmas
mazenagem na razão de i/8 por cento até esse dia, Alfandegas, a qual será presidida pelo Inspector.
c dahi por diante na razão de i/4 porcento. Art. i09. ACommissão, avistada propria ma
Art. i0a. As mercadorias, no caso do artigo china, quando vier armada, ou facilmente se
i00, que se depositarem na Alfandega, pagaráõ puder armar dentro da Alfandega, ou á vista da
mensalmente a armazenagem na razão de 40 rs. descripção c desenho, quando vier desarmada,
por quintal de ferro , e de outros metaes , c 60 rs. e fôr de grande volume, ou complicação, decla
por pé cubico de volume de outras quaesquer rará se está ou não em uso na Província, e se,
mercadorias, entendendo-se vencido o mez no estando em uso, pôde construir-se no Imperio;
primeiro dia de cada hum. de que se lavrará termo em livro proprio para
Se o deposito fôr em armazens particulares não servir de base á decisão de ter ou não lugar a
pagaráõ armazenagem á Alfandega mas ficarãõ isenção dos direitos.
sujeitas á fiscalisação delia. Art. ii0. As descripções, de que tratão os ar
ANNO DE 1836. 13
tigos antecedentes, serão guardadas nos Archivos de portos da mesma, ou d'outra Provincia, po
das Alfandegas, para se examinarem na occasião derão reunir-sc em hum só registo , como do mo
do despacho de outras que depois se importarem. delo n. a. Nas Alfandegas de maior trafico de veráõ
Art. mi. Quando depois dos exames da Com- ser impressos estes livros com os claros necessa
tnissão ainda se ficar em duvida, se a machina rios para as circunstancias variaveis; e teráõ no
está ou não em uso na Provincia, ou se pôde fim hum indice alphabctico onde se iráÔ lançan
construir-se no Paiz, prestarãõ os que a despa do os nomes das embarcações (e nas estrangeiras
charem, fiança ao pagamento dos direitos, no a Nação a que pertencem), e as folhas onde esti
caso de se verificar serem devidos , sendo a verifi verem registadas.
cação approvada pelo Tribunal do Thesouro. § a.* Os Termos das entradas, que devem dar
Art. iia. Posto que a machina já esteja em os Commandantcs das ditas embarcações seráõ
uso na Provincia marítima em que se importar, lavrados debaixo do registo da embarcação, con
ella comtudo será isenta dos direitos se se des forme ao dito modelo n. i. , c poderãõ ser im
tinar a alguma das Provincias do interior, em que pressos com claros convenientes. Para as embar
ainda não sejão usadas outras semelhantes ; ou cações costeiras basta hum Termo geral para as
esse destino seja o com que primitivamente ve que entrarem no mesmo dia, onde os mestres
nha para o Imperio, ou lhe seja dado depois de iráõ assignando suecessivamente.
nellc se achar, antes do despacho respectivo. Destes registos se mandará, no Rio , Bahia , e
Art. ii 3. Para ter lugar a isenção dos di Pernambuco, ás Mesas de Rendas, hum extracto
reitos neste caso, o importador, ou qualquer ou diariamente para servir á arrecadação dos direitos
tra pessoa que fizer o despacho na Alfandega, de ancoragem , e outros impostos a cargo das
deixando nclla a descripção e desenho, se obri ditas Mesas.
gará por termo e com fiança, sendo preciso, a S 3.» Livro Mestre, onde se lançarão, confor
apresentar hum certificado pelo qual mostre ter me o modelo n. 3, os manifestos da carga que
entrado na Provincia a que se destina , e não ser se pretender descarregar, os volumes de merca
nclla anteriormente usada. dorias que entrarem na Alfandega, incluídos os
Art. ii/i. Este certificado será passado pelo de Estiva, com os seus numeros, marcas e con
Inspector da Thesouraria Provincial, quando a tramarcas — os generos a garnel — sua quantida
machina fôr á Capital da Provincia em que esteja de, pezo ou medida — o Armazem em que forão
a dita Thesouraria, ou pelo respectivo Collector recolhidos — e o dia, mez, c anno da sahida da
do Distiicto onde ficar: fazendo qualquer delles Alfandega. — Este livro para que S£ possa trazer
as diligencias e exames necessarios em conformi em dia nas Alfandegas de maior trafico, poderá
dade do disposto nos artigos i08 c i09. Para a ser dividido em varios tomos, que se distribuão
apresentação destes certificados, marcará o Ins pelos Escripturarios; v. g. , hum para as merca
pector da Alfandega hum prazo razoavel, com dorias importadas em embarcações estrangeiras,
attenção ás distancias e diUiculdades de conduc- que entrão para descarga de todo o carregamento
cão. — outro das importadas por franquia — outro das
CAPITULO VI. importadas por embarcações nacionaes que vie
rem de portos estrangeiros, e dos do Imperio
DA ESCMPITRAÇAÕ. com mercadorias estrangeiras. Os tomos das em
barcações para descarga e franquia, ainda se po
Art. n 5. Haverá na Alfandega os seguintes derãõ subdividir, se fôr preciso, havendo hum
livros : para as da Nação que mais commercio fizer com
§ i.° Dous livros de registos de todas as em o porto, outro para as de menos commercio. E
barcações mercantes que entrarem no Porto, hum cada hum destes livros terá no fim seu indice
para as embarcações que vierem de fora do Im alphabetico dos nomes das embarcações com as
perio, outro para as costeiras, ou de cabotagem. folhas onde estiver lançado o manifesto.
O registo será feito como o modelo n. i, e con § /|.° Haverá hum livro de entrada e sahida
terá — o dia, mez e anno da entrada — a qualida de cada armazem, onde se lançarãõ, conforme o
de, e nome da embarcaçãoi— Nação a que per modelo n. 4> os volumes de mercadorias que en
tence — quantidade de suas toneladas — nome do trarem e saturem do armazem, com suas marcas,
Commandante, e do Proprietarioi— numero de contramarcas e numeros.
Ofliciaes, e Marinheiros — portos donde vem, § 5.° Livro de receita dos rendimentos que se
onde tocou, e do seu destino — se carregada, ou arrecadarem na Alfandega, que será escripturado
em lastro — se entre por franquia, para descarga , conforme o modelo n. 5, e outro igual de despe-
ou carga. — No fim de cada registo deixar-se-ha za para a restituição de direitos.
hum claro para se lançarem as observações que § 6.° Quando não fôr possivel que hum 'só
occorrerem; v. g. , seguio para descarga, ou Escripturario escripture o dito livro de receita,
carga — desembaraçado para sahida a tantos de dividir-sc-ha em dous, hum para os direitos de
tal mez e anno. — Os barcos costeiros, que vierem consumo e seu expediente, outro para os de reex»
14 ANNO DE 1836.
portação e baldeação, e seu expediente, e para tudo conforme ao modelo n. ii, e a despeza as
os despachos que só forem sujeitos ao pagamento sim feita the será levada em conta e abonada na
do expediente, ou deste e de armazenagem. Thesouraria , depois de examinados os documen
§ 7." Acabado o expediente do dia , ou no tos que deve remetter no principio do mez (ou
seguinte, antes de começar , sommar-se-hão as do trimestre, se fôr Alfandega distante da Capital
receitas para se conferirem com o caderno do da Província) com o total, ou resto do rendimen
Thesoureiro c com o dinheiro recebido , e som- to do antecedente.
ma dos assignados, e com a somma dos despa § i4-° Livro da receita e despeza geral da Al
chos extrabida do registo delles , mas sem se fandega, onde se lançaráõ em resumo, ao fim.
fecharem as contas ; e no primeiro dia de cada de cada dia , as sommas de todos os outros livros
mez fechar-se-hão as do antecedente, não só des auxiliares, tanto de receita e despeza como de
te livro como dos mais de receita , e depois de depositos , e bem assim os recebimentos c paga
abatido em cada artigo de receita o que se tiver mentos que não tiverem livro auxiliar proprio ,
restituído naquelle mez, constante do competen de modo que pelo balanço desse livro se conhe
te livro, «conferida a somma com o dinheiro ça o saldo total em cada hum dos valores que
existente, conhecimentos, se os houver, das en o Thesoureiro deve ter a seu cargo, modelo n. i2.
tregas feitas por conta na Thesouraria, c docu § i5.° A contribuição das casas de caridade,
mentos de despeza paga pelo Thesoureiro, lavrar- e outras que não pertenção á Fazenda Nacionat,
se-ha no livro de receita dos direitos de consumo teráõ seus livros de receita proprios, que não jo
hum termo como o que mostra o modelo n. 5, onde garãõ com o geral.
se rcuniráõ as sommas detodos os outros livros de § i6.* Livro de registo das ordens superiores,
receita, com a devida separação do que se arre e das do Inspector.
cadou de cada rendimento , e com certidão do § i7.° Livro de registo das informações e offi-
Escrivão, modelo n. 6, extrabida do dito termo; eios do Inspector a seus superiores, ou outras
e com a guia, modelo n. 7, o Thesoureiro en autoridades.
tregará na Thesouraria as sommas existentes, e § i8.° No principio de Janeiro se extrahirá
os documentos da despeza que houver feito com da escripturação o balanço e tabeliãs do rendi
o expediente , ou outras quaesquer em virtude de mento e despeza da Alfandega no semestre findo
ordem competente , e ali se procederá com elles, no ultimo de Dezembro antecedente , e no prin
como determina o artigo ii8. cipio de Julho o de todo o anno financeiro, mode
§ 8.° Livros de registo dos despachos, onde los ns. i5, i4 c i5, para se remetterem com a
elles se lançaráõ por inteiro emtransumpto, mode possível brevidade ao Thesouro Nacional e res
lo n. 8, com bum Índice no fim, ou em livro sepa pectiva Thesouraria. •
rado (se houver mais de hum registo) , com a § i9.° F.xtrahir-se-hão , outrosim, dos despa
numeração seguida e em frente as folhas e nume chos e seu registo, no decurso do anno finan
ro do livro onde estiver registado o despacho, ceiro, os trabalhos subsidiarios, para se organi-
afim de facilitar a busca . visto que de necessidade sarem ii0 principio do seguinte os mappas, modelo
se hão de registar interpolados, c nas grandes At n. iG, de todas as mercadorias despachadas para
fandegas em livros diversos, para prompto avia consumo, baldeação e reexportação, os quaes se
mento das partes. remetteráõ ao Thesouro para se organisar o map-
$ 9.° Livro de receita de muletas, escriptura- pa geral de todo o Imperio.
do como o modelo n. 9, no qual se lançaráõ todas Art. ii6. Além dos livros acima descriptos,
as que são impostas por este regulamento e leis haverá mais os que as circunstancias occorrentes
sobre as Alfandegas. fizerem precisos , e que o Inspector e Escrivão
§ io.° Livro de receita e despeza do produeto julgarem indispensaveis para auxiliai- a maior cta
de mercadorias abandonadas por seus donos, e reza da escripturação e a facilidade do expediente.
de outros quaesquer depositos, modelo n. i0. Art. ii7. Todos os livros de que tralão os dous
§ ii. Livro de registo, em fórma mercantil , artigos antecedentes seráõ abertos, rubricados e
das letras de direitos de consumo de mercadorias encerrados pelos empregados do Thesouro no
despachadas por baldeação e reexportação , e ou- Rio de Janeiro, que nomear o Inspector Gerat,
Jras quaesquer a receber. e nas Províncias pelos das Thesourarias, nomea
§ i2.* Livro de receita de emolumentos de dos pelos respectivos Inspectores. Nas Alfande-
certidões. Sas situadas a grandes distancias da Capital, seráõ
§ i3.° Livro de despeza da Alfandega, onde rubricados pela autoridade civil mais graduada
se lançará a que o Thesoureiro fizer com as folhas do lugar, gratuitamente.
mérupes dos vencimentos dos empregados, guar Art. ii8. Os livros de receita. dos direitos
das e Capatazias , quando administradas por conta duraráõ sómente o anno financeiro, e seráõ re-
da Fazenda Nacional , e com as compras dos uten mettidos em Julho ao Thesouro na Corte e à The
sílios e objectos necessarios para o expediente , souraria nas Províncias, se esta estiver na Capitai
costeio das barcas da guarda, escaleres, etc. , ou perto delia, indo acompanhados dos tivros
AVNO DE 1836. 15
dos despachos, de huma via dos manifestos, c todo o sou carregamento , ou entrarem em lastro
do inventario dos volumes c generos a garnel que com destino de carregar.
lição existindo na Alfandega ou armazens alfan Art. i23. Os barcos costeiros ou de cabota
degados, no ultimo de Junho ; e no Thesouro e gem, depois que tiverem desembarcado as mer
Thesourarias se procederá immediatamente á li cadorias estrangeiras sujeitas a despacho da Al
quidarão das contas na fórma da lei. fandega , tomaráõ o ancoradouro que lhes con
Art. ii9. As leis , regulamentos, tratados c vier fõra dos quatro acima designados ; mas em
ordens impressas sobre as Alfandegas não se re distancia tal que os deixem livres e desembaraça
gistarãõ , mas seráõ encadernadas peta ordem dos para a ronda e vigia delles, e para o transito
chronologica e guardadas na Alfandega pelo Ins commum.
pector; e quando forem derogadas, explicadas, Art. i24- No porto do Rio de Janeiro os an
ou alteradas por outras , o Inspector lançará á coradouros de quarentena e franquia seráõ entre
margem delias , e junto ao artigo respectivo , o Villegaignon e a Boa Viagem, e entre a ponta
huma nota em que declare a lei ou ordem que do Trem e Gravata, aquelle de meia bahia para
assim o determinou , afim de facilitar aos seus Leste , e este de meia bahia para Oeste : o de
suecessores e mais empregados o conhecimento descarga será entre a Ilha das Enchadas e a das
de seus deveres : igualmente se lançará a dita nota Cobras; e o de carga desde o Trapiche do Sal até
nas ordens manuscriptas, que seráõ emmassadas, a Saude ; todos em conveniente distancia de terra,
e nos seus registos. para ficar livre ao longo , e proximo da costa, o
Art. i ao. Tambem os manifestos apresentados ancoradouro dos barcos de cabotagem ou em
pelos Commandantes das embarcações não se re fabrico , e o transito commum , e melhor se pos-
gistarãõ , bastando o lançamento delles no livro são fiscalisar os mesmos ancoradouros.
mestre, como determina o § 3o do artigo n5, Nos outros portos do Imperio os ancoradouros
mas seráõ numerados seguidamente até o fim do seráõ designados pelo Inspector , consultado o
anno, e emmassados c guardados com toda a Intendente da Marinha e o Patrão Mór, onde os
cautela peto Escrivão da Alfandega : huma das houver, e com approvação do Presideute da
vias do manifesto será guardada pelo Inspector, Província.
e numerada com o numero que tiver a outra. Alt. i25. As embarcações fundeadas nos an
Art. i3i. Para economia do trabalho, nas coradouros se postarãõ em huma ou mais li
grandes Alfandegas , as ordens para desembar nhas , dentro dos limites que seráõ assignalados
que, ou outras quaesquer, os termos de visita, etc, por b0ias c pelas barcas de vigia, e nos de carga
seráõ impressos com os claros necessarios para e descarga com os páos de retranca e bojarrona
as circunstancias variaveis. desarmados c mctlidos dentro.
Art. i26. Cada hum dos ancoradouros será
guardado por huma ou mais barcas, que estarãõ
CAPITULO VII.
postadas nos seus extremos, e quando fôr contí
guo a outro , poderá huma só barca fazer a divi
EMl LAME.MU DOS PORTOS E DOS ANCOH Al) .11 Hm? , são e guarda de ambos por esse lado ; tendo cada
E SVA CtAKDA. huma delias hum ou dons escaleres ou bote, para
a ronda dos ancoradouros, e huma bandeira azut
Art. i22. Nos portos do Imperio que tive com a letra — A>— no centro de côr branca, iça
rem Alfandega haverá , sendo possível, para as da no lugar mais elevado para serem reconheci
embarcações mercantes que nelles entrarem com das e respeitadas pelos barcos mercantes. Neste
mercadorias estrangeiras sujeitas a direitos , qua serviço .seráõ empregados os barcos de guerra fõra
tro ancoradouros, a saber: de uso, quando os houver.
i.° De quarentena, onde ficarãõ fundeadas as Art. i27. Nos portos que desde a entrada da
que a competente autoridade de saude designar, barra até os ancoradouros offerecerem facilidade
segundo os seus regulamentos. ao desembarque e baldeação por extravio , pode- .
2.° De franquia: i°, para as que não trouxe rá haver mais huma barca para rondar á vela, e
rem carregamento com destino para o porto; acompanhar as embarcações até o ancoradouro,
3°, para as que tendo trazido parte delle já o quando fôr necessario , lançar-lhes hum ou doas
tiverem descarregado , e pretenderem seguir com Guardas a bordo, ou fechar as escotilhas e ante
o resto para outro porto ; 3°, para as que vierem paros com cadeados e scllos.
informar-se do estado do mercado, ou arribadas Art. i28. Cada huma das barcas de vigia esta
por alguma necessidade, ou accidente marítimo. cionadas nos ancoradouros, e a que rondar ã vela,
3.° De descarga , para as que tiverem de fazer terá sempre a bordo dous, ou mais Guardas, o
descarga inteira, ou de parte do carregamento , mais antigo do» quaes servirá de Commandante
com destino para o porto. do ancoradouro e destacamento, e será guarneci
4«* De carga, para as que tiverem de carregar da por hum Patrão, e os Marinheiros que forem
depois de haverem completado a descarga de precisos para o serviço da barca e escaleres; e
10 AWO DE 1836.
assim estes como os Commandantes das embar derãõ andar armados no serviço do mar : o Ins
cações mercantes, ahi surtas, obedecerãõ ao pector indicará a qualidade das armas, tendo cui
Guarda Commandante em tudo que fôr tendente dado em que se não abuse desta medida.
á execução do regulamento do porto. Os Guardas Art. i3i. O Guarda Mór, c os Guardas, os
das barcas seráõ mudados todas as semanas, e se Patrões e Marinheiros, em acto de serviço do mar,
revezeráõ na ronda e vigia por quartos de seis usarãõ do seguinte uniforme.
horas. O Guarda Mór: — huma sobrecasaca azul com
Art. i29. A principal obrigação dos Guardas botões amarei los, gola direita com a letra — A —
das barcas he evitar todo e qualquer extravio de bordada de ouro nas duas extremidades da gola,
direitos e rendas nacionaes, c por isso deverãõ: e boné com galão de ouro.
i.° Vigiar escrupulosamente de dia c de noite, Os Guardas : — huma jaqueta azul com botões
e rondar o ancoradouro nos escaleres ou botes, amarcllos, gola direita com a letra — A — de me
para que niio desembarque volume algum sem tal amarello nas suas extremidades, e boné azul
ordem por escripto, do Inspector, ou embarque sem galão.
sem despacho da Mesa de Exportação, apprehen- O Patrão : — do mesmo modo que os Guardas.
dendo os que forem encontrados sem ordem, ou Os Marinheiros: — camisa com gola azul e a le
despacho, e os desembarcados sem hum Guarda tra — A — branca.
que os acompanhe , e remettendo-os com os ex- Art. \~>i. Haverá nas Alfandegas hum ou
traviadores ao Inspector, acompanhados de parte mais escaleres, segundo a necessidade do porto,
por escripto em que declare o escaler, c os nomes e a importancia do seu commercio, para a visita
dos apprehensores e extraviadores, as mercado das embarcações, e ronda dos ancoradouros pelo
rias apprehendidas, c a hora, e mais circunstan Guarda Mór, tripulados com a gente necessaria;
cias da apprehensão. c assim estes escaleres como os das barcas de vigia
2.* Dar parte (o Commandante da franquia) usarãõ de signaes particulares , segundo o regi
ao Guarda Mór, ás horas que estiverem determina mento que lhes fôr dado pelo Inspector para se
das, da entrada das embarcações para este as visi corresponderem, e auxiliarem de dia c de noite,
tar immediatamente. e para pedirem soccorro ás fortalezas e barcos
5.* Cuidar em que as embarcações mercantes de guerra nacionaes.
tomem os seus ancoradouros respectivos, e nelles Art. i33. As embarcações que entrarem a bar
se conservem dentro dos limites marcados pelas ra de noite serão advertidas pela Fortaleza para
barcas c boias. - darem fundo proximas á primeira barca, e içarem
4.° Não consentir, senão nos termos dos arti huma lanterna acesa a dezoito pés de altura do
gos i 35 e i45 § 3.°, communicação alguma com convés, pouco mais ou menos, e assim a conser
u terra, ou com outras embarcações de guerra, varãõ todas as noites desde a entrada até sahirem
ou mercantes, nacionaes, ou estrangeiras, ás do ancoradouro da descarga : do mesmo modo os
embarcações em quarentena, e franquia, antes ou escaleres, ou quaesquer outros barcos que vie
depois da visita, nem as que estiverem em des rem dos ancoradouros para terra , ou forem de
carga ; podendo chamar á falia , mandar arribar, terra para os ancoradouros, terão em lugar alto
e perseguir os escaleres , lanchas , ou barcos huma lanterna com boa luz : os que contravierem
quaesquer que passarem pelos ancoradouros, e a este artigo, deixando de ter, ou trazer a luz,
que se lhes fizerem suspeitos, não consentindo serão mulctados em io£) rs. pagos da cadeia.
que os barcos em descarga junto ás embarcações Art. i3'|. Todos os escaleres, faluas, saveiros,
sejão atracados por outros barcos. ou quaesquer barcos miudos, e de descarga, que
5.° Participar promptamente ao Guarda Mór, navegão dentro dos portos, terão escripto, de mo
ou ao Inspector, tudo o que occorrer de extraor do bem perceptível, no lugar mais apparente do
dinario nos ancoradouros, e cumprir pontual casco, o nome porque forem conhecidos: os que
mente as ordens de ambos ; rcquerer-Ilics as pro o não tiverem pagarãõ a muleta de Qfy rs., e o
videncias tendentes á boa ordem do serviço, c dobro nas reincidencias.
dar todo o auxilio aos outros empregados da Al Art. i35. Toda a pessoa que atracar, ou entrar
fandega, e aos Commandantes dos outros ancora em alguma embarcação sem licença do Inspector
douros, que lh'o requererem. (que só a concederá por motivo muito attendivel)
6.* Empregar a força á sua disposição para se não sendo da tripulação, e passageiros, antes da
conseguir a plena execução do regulamento do visita de descarga, salvo o caso de ser chamada
porto, havendo-se todavia no uso delia com cir em soccorro pelo Commandante da embarcação,
cunspecção e prudencia; c no caso de ser ac- pagará i00$ rs. de muleta, ficando em custodia
commettida a barca, escaleres de ronda, e an até pagar : e quando o mulctado não tiver meios
coradouro, por força maior, pedir auxilio ás para pagar, será remettido á cadeia á ordem do
fortalezas , e barcos de guerra nacionaes. Inspector, onde ficará em custodia , regulando-se
Art. i3o. O Guarda Mór, e os Guardas, o o tempo desta a i$ rs. por dia : a terça parte da
Patrão, e Marinheiros das barcas e escaleres, po muleta, nos casos acima declarados, será dividida
AI* IVO DE 1836. 17
pelos empregados da vigia ou ronda , que fizerem para assistirem a cilas, c fecharem e lacrarem as
a apprehensão. escotilhas e seguirerh a bordo.
Art. i36. São porém exceptuados : i% os Offi- Art. i i i. Nenhuma embarcação poderá estar
ciaes que , na conformidade do regimento pro em franquia no porto mais de quinze dias uteis :
visional da Marinha, forem nos escaleres dos na o Inspector comtudo poderá prorogar este prazo
vios de guerra nacionaes, que estiverem de re até dez dias mais, havendo motivo attendivel;
gisto no porto, a bordo das embarcações logo findo este prazo, fica obrigada a dar descarga in
que entrão ; a°, os Ofllciaes das estações estran teira , e não a dando , o Inspector lhe imporá a
geiras, que forem nos escaleres a ellas pertencen muleta de 200 rs. por tonelada, por cada dia que
tes a bordo dos navios de suas respectivas Nações mais se demorar no porto.
e da parte do Commandante da estação: a huns Art. i'|a. Os Commandantes das embarcações
e outros, nacionaes e estrangeiros , será esta per mercantes, ou seus propostos, que estiverem
missão limitada a huma só vez depois da visita surtas nos ancoradouros, logo que receberem a
da saude, e em quanto não estiver franqueada a bordo algum carregamento , lançaráõ no despa
pratica com as embarcações, ficando aliás sujeitos cho que o acompanhar a nota de — recebido —
á muleta deste artigo, se tornarem segunda, ou que será por elles assignada, e o remetteráõ logo
mais vezes sem a licença do Inspetor. em direitura pelo arraes do barco ao Comman
Art. i37. Em quanto as embarcações estive dante do ancoradouro, e este lhes passará hum
rem nos ancoradouros de franquia e descarga, o recibo , e enviará o despacho no dia seguinte com
Inspector lhes mandará fechar as escotilhas corh o seu — visto — á Repartição que o tiver expedi
cadeados e sellos, ou dará outras quaesquer pro do, Alfandega, ou Mesa de Rendas. O Comman
videncias que lhe pareção melhores, quando vir dante que não apresentar aquelle recibo passado
que as mercadorias, pelo seu valor, e facil des no mesmo dia em que tiver cffectuado o carrega
caminho, o merecem, e só serão abertas presente mento, pagará por cada vez a muleta de 3o$ ra.
o Guarda Mòr, ou o Commandante do respectivo Art. i43. Os Inspectores das Alfandegas or-
ancoradouro : se no acto da abertura das escoti ganisaráõ regulamentos accommodados á nature
lhas, ellas forem achadas sem os cadeados e sellos, za do respectivo porto, conformando-se, quanto
o Commandante pagará huma muleta de i00$ fôr possivel, com as disposições deste Capitulo,
a Soo.^í) rs. , segundo as circunstancias do caso, que lhes forem applicaveis, e os submetteráõ ao
que lhe será imposta pelo Inspector. Presidente da Província para os remetter com as
suas reflexões ao Tribunal do Thesouro para a
Art. i38. Nos portos pouco frequentados de approvação . podendo entretanto ser logo postos
embarcações que vierem directamente de portos
em execução com approvação do Presidente.
estrangeiros, poder-sc-ha prescindir de barcas
Art. i4 |. Do regulamento do porto depois de
de vigia nos ancoradouros, bastando as rondas
approvado, bem como do das Alfandegas, se cx-
no mar e praias, e os cadeados e sellos nas es
trahiráõ as disposições que forem só relativas ás
cotilhas, e anteparos,' ou outras quaesquer pro
obrigações dos Commandantes das embarcações
videncias que mais acertadas parecerem, em quan no porto, e serão traduzidas em inglez e fran-
to durar a descarga. cez, impressas nas tres linguas, e distribuídas
Art. i39. Na Provincia de S. Pedro, os Ins á entrada do porto, pelo Guarda Mór, ou C«m-
pectores das Alfandegas do Rio Grande e S. Jose mandante da franquia, aos ditos Commandantes.
do Norte e do Porto Alegre, se entenderáõ entre
si sobre os meios mais ellica-z.es de obviar os ex
CAPITULO VIII.
travios no transito das mercadorias entre o Rio
Grande e Porto Alegre, ficando cumulativa a »OS COMMANDANTES DAS EMBARCAÇÕES , E DOS
autoridade de ambos sobre os empregados que MANIFESTOS.
nisso forem oceupados.
Art. i40. A embarcação que precisar de alli- Art. i45. O Commandante da embarcação
viar a carga para poder seguir até a Atfandega do mercante que entrar em algum porto do Impe
seu destino , quando na entrada do porto houver rio, onde houver Alfandega, além das obrigações
outra Alfandega (como na Provinda de S. Pe que lhe forem impostas pelo regulamento do res
dro) ahi dará a sua entrada, e apresentará a via pectivo porto , deverá :
aberta do Manifesto e descarregará, ou alliviará § i.° Seguir com a sua embarcação em direi
para hiates, ou outros barcos, com assistencia do tura desde a barra até ancorar proximo á primeira
Guarda Mór, e hum Feitor, ou Conferente, que barca de vigia. Sc por causa de maré , e vento
tomará a rol os volumes , e não seguirá sem as contrario, ou outro qualquer justo motivo, fôr
escotilhas fechadas e lacradas, e hum Guarda a obrigado a surgir antes dahi chegar , e se demo
bordo : se na entrada do porto não houver Alfan rar fundeado doze horas depois de cessarem as
dega , o Inspector marcará o ponto mais conve ditas causas (salvo o caso de quarentena) pagará
niente para taes baldeações ; e ahi haverá Guardas huma muleta de i 00$ rs. , e será obrigado pela
Vol. XI.
18 ANÃO DE 1836.
Fortaleza, ou embarcação de guerra nacional, § 7.* Apresentar ao Inspector da Alfandega,
que lhe ficar mais proxima, a seguir imuiediata- dentro de tres dias depois que der entrada , duas
mente para a franquia. traducções fieis do manifesto em. vulgar.,. sob pena
§ 2.* Não consentir què atraque a seu bordo de pagar 5o.JJ rs. de muleta.
algum barco, de qualquer denominação que seja, § 8.* Não demorar a sua embarcação em qual
nem entre na sua embarcação , ou saia delia quer dos ancoradouros mais de vinte e quatro ho
pessoa alguma antes da visita da Alfandega, ex ras, depois que lhe fôr intimado pelo Guarda
cepto a da saude, e o Piloto, ou Patrão Mor da Mór, ou quem suas vezes fizer, que saia delte,
barra, se o houver, e o caso de naufragio, e de aliás pagará i00$ rs. de muteta por dia que
salvação de vida. Os passageiros porém poderáõ exceder áquelle prazo.
desembarcar logo que se conclua a visita da saude, §9.° Providenciar que se não desembarque
dirigindo-se em direitura á barca de vigia do an de seu bordo mercadoria atguma sem ser de or
coradouro, havendo-a, ou ao ponto para isso dem por escripto do Inspector da Alfandega, e
destinado pelo Inspector para serem examinados, acompanhada de Guarda: se desembarcar sem
ficando nella retidos quando tragão algum objecto cila, pagará i00$ rs. por volume, além do seu
sujeito a direitos. valor estimado.
§3.° Mesmo depois da visita da entrada pelo § i0.° Dar parte ao Escrivão da Entrada e
Guarda Mór até a descarga , não deixará entrar Descarga, por si, ou por hum seu proposto, den
na embarcação pessoa alguma sem licença por tro de vinte e quatro horas depois de findara
escripto do Inspector da Alfandega, salvo o caso descarga, que está descarregada a sua embarca
de agua aberta repentina, incendio, naufragio e ção de todas as mercadorias que trouxe, para se
salvação de vida ; a licença sò será concedida nos proceder logo á competente visita, sob pena de
unicos casos: i°, de precisarem os compradores pagar huma muleta de i00$ rs. ; e as mercado
de ir a bordo examinar o carregamento que quei- rias achadas a bordo seráõ apprehendidas pelos
rão comprar, quando delle não possão vir aterra empregados que fizerem a visita, e o Comman
amostras suficientes para exame; a°, de precisa daute pagará a muleta de metade do valor delias.
rem a bordo de trabalhadores ou operarios, para
qualquer concerto ou beneiicio da embarcação e Manifestot.
carga, tomando-se nestes casos as cautelas ne
cessarias, para que sejão examinados na ida e Art. i46. O Commandante da embarcação que
volta. Mo caso de infracção deste § e do antece se dirigir com carga para os portos do Imperio ,
dente , pagará huma muleta de mio$ a 300$ rs. deverá trazer duas vias do manifesto, em tudo
por cada barco que atracar, e de 5o$ rs. por cada iguaes (modelo n. ij), que conterãõ :
pessoa que entrar ou sahir de bordo sem licença, §i.°O nome, classe e tonelagem da embar
não sendo da tripulação e passageiros, e dos ex cação,
ceptuados no artigo i36. § 2.° O nome do Commandante, e no fim a
§ 4-* Apresentar ao Guarda Mór, na visita da data e assign atura do mesmo.
entrada, o seu passaporte e manifesto. § 3.° O porto em que recebeu a carga daquel-
§ 5° Entregar ao Commandaute da barca da le manifesto. «.
Guarda fõra do porto, havendo-a, ou á franquia, § 4-° O porto ou portos a que vem dirigida.
se tambem a houver, o manifesto da carga que § 5.° As marcas, contramarcas e numero dos
traz a seu bordo, se já o não tiver feito ao Guar volumes, c suas denominações, como fardos,
da Mór. caixas, pipas, meias pipas, barris, feixes, etc
§ 6.* Comparecer em pessoa, ou mandar hum § 6.° Declaração da quantidade e qualidade
proposto seu em caso de molestia, ou outio mo das mercadorias de cada volume, quanto seja
tivo justificado, para dar entrada na Alfandega , possivel, ou de muitos homogeneos da mesma
dentro de vinte e quatro horas depois da visita marca, c das que trouxe a granel.
que lhe fizer o Guarda Mór, não contados os dias § <].* Os nomes das pessoas a quem vem con
em que a Alfandega estiver fechada , e apresen- signados, ou á ordem : e tudo será escripto por
tando-se ao Inspector, emtregar-lhe a via do ma extenso, excepto os numeros dos volumes, e em
nifesto, se o trouxer, e jurar ou affirmar (se a sua folhas inteiras e não emendadas humas com
crença não permittir o juramento) a verdade das outras.
declarações constantes do manifesto , e de todas Art. i47- Quando huma embarcação tiver re
as mais que tiver a fazer , as quaes lhe seráõ ad- cebido carga em mais de hnm porto , trará tan
mittidas para terem depois a consideração que tos manifestos quantos os portos em que tiver
merecerem , sob pena de pagar i 00$ rs. de mule carregado.
ta por cada dia que se demorar além das vinte e Art. i48. No fim dos manifestos declarará o
quatro horas. No caso de mandar o Comman Commandante o numero de passageiros, quer
daute hum sen proposto, seráõ obrigatorias para da Camara, quer arranehados com a tripulação,
aquelle todas as declarações que este fizer. e fará todas as mais declarações que entender
ANftO DE d83-6.
convenientes para a sua segurança e boa fé , mes to do Imperio, largue em porto estrangeiro parte
mo aceusando alguns volumes que lhe faltem ou do seu carregamento comprehendido no dito ma
cresção no manifesto , justificando a causa da nifesto , o Commandante trará desse porto hum
diminuição ou acerescimo , na certeza de que manifesto em dupticado das mercadorias descar
nada. poderá depois allcgar que o releve da res regadas, revestido das mesmas solemnidades de
ponsabilidade ; porém não o isentarãõ as decla terminadas nos artigos antecedentes. Quando a
rações vagas de que usão, que não respondem descarga se fizer em porto brazileiro , e o resto
por faltas ou differenças. do carregamento seguir para outro porto, tambem
Art. i49. No acto da visita o Comman Jante brazileiro, a Alfandega dará ao Commandante os
entregará ao Guarda Mor huma retação da baga certificados que acreditem a descarga no porto a
gem do uso particular de cada passageiro , assig- que se dirigir.
nada cada huma par seu dono , para por ella se Art. i 55. Verificando-se que a embarcação
faxer a descarga na Alfandega, e.a sahida do que trouxe maior quantidade de mercadorias do que
fôr tivre de direitos, pelos Conferentes, em vir as constantes do manifesto , e das declarações nel-
tude de despacho do Inspector, revertendo depois te acerescentadas pelo Commandante, seráõ ap-
taes listas para a Mesa grande, afim de serem prehendidas as que de mais se acharem, e dividi
revistas c guardadas. Sc a bagagem fôr de colo das pelos apprehensores, pagando o Comman
nos, iar-sc- ha mesmo a bordo o exame delias. dante á Fazenda Nacional huma muleta igual á
Art. i5o. O Commandante de qualquer em metade do valor deliam, e pagos por aquelles os
barcação que se destinar para este Imperio, togo direitos correspondentes.
que no porto ou portos donde deve sahir tiver Art. i56. Achando-se menor °quantidade de
completado o seu carregamento , e feito o mani mercadorias do que as constantes do manifesto, e
festo pelo modo prescripto no artigo i4í>, apre das declarações nelle acerescentadas pelo Com
sentará as vias delle ao Consul Brazileiro resi mandante , se reputarãõ extraviadas, e o Com
dente neste porto, ou quem suas vezes fizer, para mandante perderá o seu valor para os que derem
as authenticar , no caso de conterem as declara pela falta, e metade delle de muleta para a Fa
ções e solemnidades exigidas neste regulamento, zenda Nacional; e estas condemnações teráõ lugar
numerando c rubricando todas as suas folhas, pelo simples lacto da achada de mais ou de me
riscando os lugares que estiverem em branco, nos, ainda que se não prove de outro modo o
afim de nada se poder ahi acerescentar, e certifi extravio. A disposição porém deste artigo e do
cando no fim que tal manifesto está em devida antecedente, só tem lugar a respeito das merca
forma, sem rasuras, entrelinhas, nem emendas, dorias contaveis no acto do recebimento a bordo,
ou cousa que duvida faça, e as entregará ao Com não respondendo a respeito das que vem encaixo
mandante , huma aberta, e outra em carta fecha tadas ou enfardadas, senão pelo acerescimo e
da, com o sello do Consulado, e sobscripto ao diminuição de votume. Nos generos volumosos
Inspector da Alfandega do porto a que se destina. que se despachão por medida ou peso , e que são
Art. íõi. Nos portos onde não houver Consul sujeitos a diminuição ou acerescimo, como o sal,
Brazileiro , ou quem suas vezes faça, será o ma carne secca, etc. , não terá lugar a pena deste
nifesto authenticado e fechado por dous negocian artigo e do antecedente, senão nas differenças
tes hrazileiros ahi residentes, e não os havendo, para mais ou para menos 5 por cento do aceusa-
por dous negociantes do proprio paiz ; e as assig- do .no manifesto.
naturas , tanto de huns como de outros , seráõ Art. i5^. Por cada differença de qualidade de
reconhecidas pela autoridade local a quem com volumes ou de marca, pagará o Commandante
petir. huma muleta de 2 £5 rs. , ainda que em tudo o
Art. i5a. Se o manifesto que o Commandante mais a descarga confira com o manifesto.
apresentar authenticado pelo Consul Brazileiro , Art. i58. A embarcação que sahir em lastro
ou quem suas vezes tiver feito, contiver algum de porto estrangeiro com destino a algum porto
dos defeitos ou vicios que elle devesse ter acaute do Imperio, trará certificado que assim o declare,
lado, ou feito corrigir antes de lançar o certifica passado da mesma fórma, e com as mesmas so
do, será elle o unico responsavel e não o Com lemnidades dos manifestos; e se vier de porto bra
mandante. zileiro trará certificado da Alfandega, sob pena
Art. i53. Se porém se reconhecer que o vicio de, em hum e outro caso, pagar a muleta de
foi praticado depois da approvação do Consul , i00$ a 500$ rs.
lecahirá toda a culpa sobre o Commandante; o Art. i59. O Commandante que não trouxer o
mesmo será se o manifesto tiver sido certificado manifesto e os certificados na fórma que se tem
por negociantes hrazileiros ou estrangeiros , quer especificado neste Capitulo, ou trouxer aberta a
se reconheça que o vicio ou defeito he anterior , via do manifesto que recebeu fechada, pagará
quer posterior á approvação. huma muleta de i00$ a i:000.$ de rs. , a arbí
Art. i 54. Se acontecer que huma embarcação, trio do Inspector, segundo a qualidade da falta,
vinda com destino e manifesto para algum por e com attenção á importancia do carregamento ;
3**
20 ANNO DE 1836.
e só depois de pagar a muleta poderá ser admit- Art. i67. Quando a descarga se fizer por meio
tido a descarregar. No caso de trazer huma só de lanchas, ou outros quaesquer transportes,
via do manifesto, pagará a muleta de 5o$ rs. : nclles virá hum Guarda acompanhando as mer
exceptuão-se as embarcações que vierem da pes cadorias ; este Guarda formará a bordo huma
ca , pelo que pertence ao produeto desta , as lista dos volumes , com as suas marcas e nume
quaes não seráõ obrigadas a trazer manifesto. ros, a qual será por elle assignada, e pelo Offi-
Art. i60. No caso que o Commandante não cial do navio assistente á descarga. Logo que
traga manifesto, será admittida a embarcação a chegar á Alfandega a entregará ao Escrivão da
descarregar, pagando 4$ rs. de muleta por cada Descarga, ou seu Ajudante, para á vista delia se
tonelada da sua arqueação. fazer a descarga para as pontes, ou a conferencia,
Art. i6i. A embarcação fica hypothccada ás. quando dali seguirem para trapiches ou armazens
muletas por este regulamento impostas ao Com de fóra. Achando-sc na lista do Guarda differen-
mandante, e não será desembaraçada para sahir ça de volumes ou de marcas, pagará por cada
do porto sem preceder pagamento, ou deposito huma a muleta de 2$ rs. , a qual lhe será des
da muleta. contada do seu vencimento.
Art. i62. Para que aos Commandantes de em Art. i68. A descarga de bordo das embarca
barcações que vierem de portos estrangeiros e aos ções pára as lanchas e saveiros não se poderá
donos, ou committentes das mercadorias, cons fazer senão de dia , excepto os generos de estiva
tem as obrigações que lhes são de novo impostas de menos valor, que em caso de aflluencia po
por este regulamento, os Consules e Vice-Con- deriõ principiar a descarregar-se huma hora an
sules Brazileiros faráõ publicar nos periodicos dos tes de romper o dia , precedendo licença do Ins
portos do Estado aonde residirem, as de que de- pector e aviso á barca de vigia do respectivo
vão ter conhecimento previo, e remetteráõ logo ancoradouro ; e a descarga das pontes só se po
aos Inspectores das Alfandegas deste Imperio derá fazer durante as horas do expediente da
dous exemplares dos ditos periodicos. Alfandega, podendo porém, em caso de afflucucia,
Art. i65. As embarcações que sahirem dos principiar huma hora antes, mas deverá acabar
ditos portos hum mez depois da publicação , lição huma antes de findar o mesmo expediente, para
sujeitas ás referidas disposições. haver tempo de recolher e arrumar as mercado
Art. i64. Os Consules e Vicc-Consules que rias com a necessaria clareza e cautela ; e durante
não cumprirem o disposto neste Capitulo, ficão a noite, quando se não fizer a dita descarga ex
sujeitos, pela primeira vez, á muleta de i00$ traordinaria, não poderáõ atracarás pontes, ou
a 500$ rs. , que lhe será imposta pelo Tribunal ficar em pequena distancia delias, os barcos de
do Thesouro, e á destituição do emprego, no transporte, ou outros quaesquer miudos , sob
caso de reincidencia. pena de pagarem a muleta de i0 a 20$ rs.
Art. i65. As embarcações que entrarem arri Art. i69. A descarga deverá principiar pelos
badas, ou por escala, carregadas de colonos ou volumes pequenos e miudezas que estiverem mais
degradados com destino jiara outros portos, não á mão , c em razão cio seu tamanho são de mais
seráõ obrigadas a apresentar manifesto , e pode facil extravio , e pelas mercadorias avariadas que
rãõ pelo Inspector ser dispensadas de algumas das precisarem de beneficio, proseguindo de maneira
formalidades que se exigem para as outras, se que não haja confusão a bordo, nem sobre as pon
gundo ocaso o pedir, com as cautelas conve tes, no que o Escrivão da Descarga terá todo o
nientes. cuidado.
CAPITULO IX. Art. i70. O Guarda de conducção não rece
berá de bordo volume algum arrombado ou aber
DAS DESCARGAS. to, ou que pareça have-lo sido, sem dar parte
ao Escrivão da Descarga , e ter para isso ordem
Art. i66. A ordem das descargas das embar delle. Se no acto da descarga na Alfandega al
cações que atracarem nas pontes das Alfandegas gum apparecer nesse estado , se entenderá ter-se
se regulará pelas das entradas que tiverem dado praticado durante a conducção de bordo para a
os Commandantes, tendo a preferencia o que Alfandega o arrombamento ou abertura , e o ex
primeiro a houver dado. Comtudo, o Inspector travio que se achar feito.
poderá alterar esta ordem: i°, quando outra Art. i7i. O Guarda conduetor de taes volu
embarcação tiver necessidade urgente de concer mes será expulso do emprego pelo Inspector, e
to , ou de beneficiar a carga paua que não soffra pagará o extravio com os correspondentes direitos
mina; 2°, quando a carga fõr de mercadorias de consumo, sendo remettido ao Juiz competen
que, pelo seu pequeno volume e grande valor, te , afim de ser processado e punido na fõrma das
são de facil extravio, devendo neste caso o Ins- leis.
f>ector indemnisar o barco preterido, concedendo- Art. i72. Quando apparecer a bordo algum
he desparregar por meio de lanchas ou saveiros, volume no estado indicado no artigo i 70 , o
se o requererem. Guarda dará parte disso ao Escrivão da Descar
ANNO DE 1836. 21
ga, para, acompanhado do Guarda Mór e de das mercadorias para os armazens e trapiches, as
hum Feitor , ir ali lavrar o competente auto em listas da descarga, as quacs teráõ o titulo — Na
presença do Coinmandante da embarcação, e fa- vio tal — Descarga em tantos de tal mez c anno —
aer conduzir os volumes para a Alfandega. Para o armazem n. — ou trapiche tal — c no fim
Art. i^3. O Guarda conduetor, nas grandes a assignatura do mesmo Escrivão. Por estas lis
Alfandegas, não receberá em huma mesma barca tas, depois de cotejadas com o manifesto pelo
generos de estiva de mistura com os outros, aliás Escrivão da Alfandega, ou Escripturarios encar
será suspenso por hum mez. regados do livro mestre, se lançará nelle a en
Art. i74. O Guarda conduetor seguirá com o trada das mercadorias em frertte do manifesto,
barco em direitura para o lugar do desembarque segundo o modelo do dito livro, e se reuniráq a
que lhe houver marcado o Escrivão da Descarga: final em massos separados as de cada navio, e
o que assim o não fizer será suspenso por dous scráõ guardados no Archivo da Alfandega.
mezes, e pagará os damnos resultantes do desvio. Art. i80. No mesmo dia em que o Comman
Art. i^5. O Guarda Mór providenciará para dante der parte ao Escrivão da Descarga de estar
que os Guardas destinados a acompanhar as mer descarregado o navio, elle irá com o Guarda' Mór
cadorias que se descarregão das embarcações, fazer a competente visita, independente de quaes
estejão em numero suDlciente a bordo das da quer differenças que se hajão encontrado na des
guarda dos ancoradouros, quando as haja, ou ou carga, as quaes se liquidaráõ depois, e lavrar-
tro qualquer ponto accommodado, antes da hora sc-lia o termo, modelo n. i8.
de principiar a descarga, de maneira que o Com-
mandante da embarcação em descarga os ache
promptos quando os mandar buscar, o que fará CAPITULO X.
em transporte seu. Se algum Guarda não compa
recer a tempo , o Inspector o suspenderá por hum DA ENTRADA DAS MERCADORIAS PARA A ALFANDEGA
mez, e na segunda reincidencia será despedido. E ARMAZÉNS ALFANDEGADOS.
Art. i76. Nenhuma barca, saveiro, ou outra
qualquer embarcação, excepto as lanchas dos pro Art. i8i. As mercadorias descarregadas nas
prios navios, será empregada na descarga de mer- pontes da Alfandega , depois de tomadas a rol as
ca<Wfias sem ser arqueada, tendo, tanto na próa marcas, numeros c quantidade de volumes, c de
como na popa, marcado de polegada em polegada, se pôr nestes com tinta differente da dos numeros
pelo espaço que mergulha quando recebe carga, o e marcas, o dia, mez e anno da entrada (deste
numero correspondente de quintaes; de modo 9
que se conheça aproximadamente, pela parte mer modo, v. g., i8 — 36), e se passar hum traço da
gulhada, o peso e quantidade da mercadoria que
tiver a bordo. A fiscalisação deste artigo pertence mesma tinta sobre as marcas e numeros imiteis,
ao Escrivão da Descarga. seráõ recolhidas impreterivelmente aos armazens
Art. i77. Se o genero de estiva carregado em delia no mesmo dia do desembarque. Para occor-
hum saveiro ou barca fôr de huma mesma espe rer aos enganos no tomar das marcas c nume
cie e qualidade (e o será quando não houver in ros, se remetterá huma copia do manifesto ao
conveniente) , e de tal volume e peso que seja Escrivão da Descarga, na parte sómente relativa
diíficil o desembarque e o pesa-lo nas balanças, aos ditos objectos, e á qualidade c quantidade dos,
tal como barras de ferro , sal , carvão' de pe volumes, e á simples indicação do conteádo,
dra, etc, a barca não atracará á ponte, mas ficará quando por elle melhor se der a conhecer a qua
em pequena distancia, e irá a bordo delia o Fei lidade do volume.
tor para verificar o peso e quantidade pela ar Art. i82. Se porém os armazens estiverem
queação, se o estado do mar o permittir. cheios , as mercadorias, ou seráõ logo despacha
Art. i78. O Commandante deverá estar pre das ; ou iráõ para armazens particulares alfande
sente nas pontes, por si ou por seu proposto, ao gados, mas não para os dos proprios donos;
desembarque , afim de indicar ao Escrivão da exceptuão-se os generos inflammaveis , como
Entrada e Descarga, ou ao seu Ajudante, quaes alcatrão, pixe, etc , e os de grande volume e pe
são as verdadeiras marcas , numeros e sinaes com queno valor, como carvão de pedra , sal, carne
que devem ser ali recebidas, e com que tem de secca, taboado, etc. , os quaes seráõ logo despa
ser despachadas ; e para assistir a quaesquer ter chados sobre agua « pagos os competentes direi
mos que sejão necessarios, sobre o estado dos tos; os- fogos de artificio tambem seráõ logo des
volumes, arrombamento, avarias, etc; o que pachados (pagos os direitos) , e recolhidos ao
assim não assistir por si ou por seu proposto, não deposito proprio , guardando-se a este respeito os
poderá depois reclamar cousa alguma a este res regulamentos policiaes ; e a polvora será descar
peito. regada para os depositos destinados á sua recep
Art. i79. O Escrivão da Descarga remetterá ção, no prazo de tres dias contados do em que
ao da Alfandega, no dia seguinte ao da entrada chegar a embarcação que a tiver conduzido, e
22 ANISO DE 1836.
antes de passar do ancoradouro de franquia para consentimento do Tribunal do Thesouro, ua Cói
outro ancoradouro. te , e dos Presidentes nas Provincias.
Art. i83. A carga de hum navio, pelo que Art. i90. No transito dos generos pelo pateo
pertence a generos que não são de estiva, ficara da Alfandega para os armazens, haverá todo o
em hum só armazem, se fôr possível; o mesmo cuidado, que se nãoconfundão com os que sahirem
se praticará na Estiva : os armazens scráõ indica dos mesmos armazens para o despacho.
dos pelo Administrador das Capatazias.
Art. i84. Os generos de estiva, cuja descarga CAPITULO XI.
he ali permittida T os quaes se não puderem acon
dicionar nos seus armazens e telheiros , não seráõ DO DESPACHO DÁS MERCADORIAS PARA CONSUMO
nella descarregados e demorados,excepto se a parte DO PAIZ.
quizer logo despacha-los e sahirpor terra; mas será
pelo Inspector da Alfandega permittida a descarga Art. i9i. Ninguem será admittido a despachar
para Trapiches de fóra com as seguranças con- na Alfandega mercadorias sem que mostre ser o
Tenicutcs, ficando entendido que nos direitos de proprio dono, ou consignatario; exceptuão-se :
taes generos se não fará abatimento algum , nem § i.° Os Despachantes que, por termo lavrado
pela quebra, diminuição, ou avaria que tenhão na Alfandega em livro proprio, derem sufllciente
soffrido antes da entrada no Trapiche , e não fôr garantia de sua probidade por meio de dous fia
verificada por vestoria competente, nem pela que dores idoneos, que respondão pelas fraudes, ou
lhe possa sobrevir depois. prejuízos, que seus afiançados praticarem contra
Art. i85. O dono dos generos que se preten os interesses da Fazenda Nacional, e dos parti
derem descarregar para armazens de fõra, na con culares.
formidade do artigo antecedente, apresentará ao § 2.° Os caixeiros de casas de commercio peto
Inspector huma lista delles, designando a embar que pertence ás mercadorias de conta e consigna
cação, e o trapiche ou armazem; e o Inspector ção de seus amos , os quaes assignaráõ termo de
(independente de termos de responsabilidade que responsabilidade pelo mão uso que seus caixeiros
ficão abolidos) lhe lançará o despacho de permis fizerem desta faculdade.
são, com o qual irá hum Guarda acompanhar e Art. i92. O dono ou consignatario de merca
assistir á descarga , c lançando-lhe este no fim dorias, que não quizer despacha-las por si mesmo,
huma nota de conferencia por elle assignada, a ou por seu caixeiro devidamente afiançado, po
entregará ao Escrivão da Descarga, que a remet- derá dar essa faculdade a qualquer despachante,
terá á Mesa para conferencia do manifesto e as afiançado na fõrma do artigo antecedente, por
sentos do livro mestre. meio de huma autorisação geral. por elle lavrada,
Art. i86. Todos os trapiches e armazens de ou sómente assignada na Alfandega em livro
particulares que receberem mercadorias depen proprio.
dentes de despacho da Alfandega, seráõ sujeitos Art. i95. O dono ou consignatario de merca
á fiscalisação delia , e teráõ para a entrada e sabi dorias, ou seu proposto, que as queira despachar,
da das ditas mercadorias hum livro como os dos formará huma nota semelhante ao modelo n. 8,
armazens da Alfandega ; e quando o Inspector em que declare o dia em que a apresenta , nome
conheça que nelles ha desleixo, o advertirá ao do dono ou consignatario, c do navio que as
proprietario ou proposto : no caso de reinciden trouxe, dia, ou ao menos o mez e anno em que
cia, ordenará que se não descarreguem mais para este entrou, porto d'ondc veio, quantidade de
tal trapiche ou armazem genero9 sujeitos á fisca volumes, seus numeros, marcas c contramarcas ,
lisação da Alfandega, em quanto fôr administra a quantidade, qualidade, peso ou medida das
do por tal proprietario ou "proposto. Findo o mercadorias nellc c ou leu das , ou a granel, es-
anno financeiro, se lhe tomaráõ contas pela Al criptas de algarismo nos pesos e medidas brazi-
fandega. leiras , sendo repetidas por extenso todas aquellas
Ait. i87. Os Trapicheiros que deixarem sahir quantidades que servirem ao calculo dos direitos,
os generos depositados sem ser á vista do despa e possão dar lugar á fraude em prejuizo delles.
cho, e sem serem conferidos pelo Conferente da Quando não seja possível declarar exactamente a
Alfandega , ficaráõ incursos nas penas de contra qualidade e quantidade do conteudo, se designa
bando, como se o houvessem feito de todo o rá ao menos por termos genericos , que bastem
genero que deixarem sahir. para dúTerençar as fazendas de outras, por exem
Art. i88. Nos Trapiches e Armazens onde se plo : com tantas peças de chitas, de cassas, de
depositarem generos e mercadorias sujeitos a di panos de lã, de algodão, com tantos espethos,
reitos nacionaes haverá hum Guarda da Alfande com tantos pares de çapatos, ele.
ga, ou da Mesa de Rendas, para os fiscal isar por Art. i94. Se o proprio dono, ou consignata
parte de huma e outra. rio fôr o despachante da mercadoria , bastará que
Art. i89. Os Trapicheiros não poderáõ levan assigne somente a nota; mas se tiver de ser des
tar o preço da armazenagem estabelecida , sem pachada por seu caixeiro ou por despachante,
ANN© »E «836.
que não tenha delle auto risação geral para des expediente, declarando o Feitor no fim da nota:
pachar suas mercadorias, deverá pôr antes da Paga expediente dobrado pelos volumes taes...
sua assignatura — Autoriso ao meu caixeiro F. .. Nas mercadorias de pouca importancia, e em al
ou ao despachante F. . . para fazer este despacho : gumas encommendas de pouco valor, quando a
se- o despachante tiver autorisação geral , ou se parte altirme que ignora algumas circunstancias,
fôr caixeiro afiançado, assignará— Por F. . . o des o Inspector, reconhecendo a boa fé da affirmativa,
pachante , ou caixeiro F. . . as mandará despachar sem a muleta deste artigo.
Art. i95. Apresentada a nota ao Inspector, Art. aoo. Achando-se na contagem, medição,
não a achando elle em termos conforme ao mo e peso das mercadorias para mais do aceusado na
delo, a entregará á parte indicando-lhe a falta nota, até tres objectos, varas, libras, canadas,
para a reformar. ou outra qualquer medida epeso, tomada por
Art. i96. Se porém a nota estiver em termos, unidade na pauta (ou na nota se a pauta não tiver
o Inspector a distribuirá, lançando no alto delia a mercadoria) o Feitor acerescentará ná nota o
— Ao Feitor F. . . (o appellido do Feitor) e a excesso delle para se haverem os direitos; mas se
entregará á parte para a levar ao Escrivão; este a diflerença fôr maior que as tres unidades, se
a entregará ao Escripturario, que tiver a seu car haveráõ desse excesso direitos dobrados, despre-
go o Livro Mestre, ou o Tomo delle, em que de sadas porém a favor da parte em qualquer dos
vem estar entradas as mercadorias, para lançará dous casos as fracções das ditas unidades. Achan
margem da nota,' o numero, ou nome do arma do-se porém menos quantidade do que a aceusa-
zem em que estão guardadas (isto quando aparte da na nota , o Feitor assim o declarará pata só
o não tenha feito) e a data da entrada da merca mente se haverem direitos do que realmente se
doria na Alfandega para o calculo da armazena achar.
gem; e depois de fazer para cada armazem hum
bilhete, que será rubricado pelo Feitora quem Art. aoi. Para a verificação da quantidade,
estiver distribuida , a fim de ali se lhe entregarem medida, e peso de muitos volumes, e peças iguaes
os volumes nelle depositados, com as marcas, da mesma mercadoria, bastará medir, ou pesar
numeros, e quantidade delles, que nos bilhetes hum ou dous volumes, ou peças que o Feitor
devem estar indicados , passará a nota com os indicar (e esta medição será feita na presença do
bilhetes ao Feitor, que indicará á parte o dia em Feitor pelos Guardas que o Inspector nomear) ,
que pôde fazer o despacho , quando pela muita e por esse volume ou peça se calcularãõ os ou
aflluencia de outros não possa fazer aquelle no tros, devendo porém abrir- se todos os volumes
mesmo dia. para se ver se a mercadoria e as peças são da
Art. i97. No dia indicado pelo Feitor, ou em mesma natureza e qualidade.
outro posterior, que aparte se apresentar, elle Art. aoa. Na medição das fazendas haverá
lhe entregará os bilhetes para os armazens , e com todo o cuidado em que se não amarrotem, ou
elles irá a mesma parte receber os volumes, as- maltratem , ou se estiquem as que forem elasti-
signando no livro do armazem o seu recebimento, «as, ficando o Feitor responsavel pelo damno. '
e os acompanhará para a Mesa do Despacho, onde Art. ao3. Encontrando-se entre mercadorias
deverá estar presente á abertura, qualificação, da mesma especie algumas peças consideravel
medição, e peso. mente superiores em qualidade á declaração da
Art. i98. O Feitor fazendo abrir os volumes nota, o Feitor, depois de o participar ao Inspec
em presença da parte , procederá á conferencia tor, e convindo este, as acerescentará no despa
da nota com as mercadorias, o que fará por si cho com declaração para pagarem direitos dobra
mesmo, não o podendo encarregar aos Guardas, dos ; mas se a mercadoria fôr de especie diflerente,
se algum o estiver coadjuvando, o qual só ser e se achar acondicionada entre as outras como
virá para a vigia , e trabalho material ; e achan- escondida para se subtrahir aos direitos, o Feitor
do-as conformes em qualidade, quantidade, me a apprehenderá com todas as mais mercadorias
dida, ou peso, ao passo que fôr fazendo o exame, contendas no volume , dando parte ao Inspector
irá assentando na primeira columna em branco em qualquer dos casos acima especificados, o
da nota , o preço que a mercadoria tiver na pauta qual decidirá se procede ou não a apprehensão;
ou o da factura, ou arbitramento, e concluido, e no caso de proceder, o despachante, além da
escreverá- por baixo — Conferem as mercadorias, perda das mercadorias, pagará huma muleta igual
e tem os preços da pauta (arbitramento ou fac á metade do valor delias.
tura) que lancei na columna. O Feitor F. .. Art. 204. Da mesma sorte se procederá quan
Art. i99. Quando as notas que as partes apre do alguma caixa, ou volume, de qualquer quali
sentarem para o despacho tiverem sómente os dade que seja, tiver fundo falso , ou dobrado, ou'
numeros, e marcas dos volumes, declarando que qualquer das suas partes com algum repartimen-
ignorão o que elles contém, ou com declarações to, ou divisão, ou tiver dentro outro menor vo
vagas, far-se-ha o despacho do que nelles se lume, e dentro desse fundo, repartimento, ou
achar, porém pagaráõ mais i i/2 por cento de volume menor , estiverem quaesquer mercadorias
24 AIVNO DE 1836.
escondidas, c não declaradas na nota do des registar no livro competente, e o encarregado
pacho. deste registo lhe porá a verba — Registado a fl.
Art. ao5. Quando o Feitor achar diflerença do Liv. — em tantos de tal mez e anno — e de
entre a qualificação da nota, e a mercadoria, e a pois a mesma parte levará o despacho ao arma
parte não se conformar com a qualificação que zem ou armazens donde tiver sahido a mercado
elle fizer, tanto o Feitor, como outro qualquer ria, e os respectivos Fieis averbarãõ nos seus ti
empregado da Alfandega, querendo, tomará, logo vros o numero e data desse despacho, lançando
nesse mesmo dia, a mercadoria pelo valor que a neste — Armazem n. tal—em tantos de tal mez e
pauta der á qualidade em que a parte insistir, anno—e a rubrica do Fiel.
satisfaxendo-the a importancia dentro de tres dias, Art. 2ii. Quando o despacho voltar á Mesa ,
e pagando os direitos respectivos á qualidade por depois de sahidas as mercadorias da Alfandega,
elle sustentada. passará ao livro mestre para nelle se lançar a sa
Art. 206. Se porém o Feitor, ou outro qual- bida , c posta a verba de—Lançado no livro mes
fc quer empregado, não quizer tomar a mercadoria, tre de. . . —se lançará esta no registo com as mais
dar:'i disso parte immediatamente ao Inspctor, o que tiverem accrcscido ; o que feito se ajuntará
qual a mandará examinar por outro Feitor em aos outros despachos para se encadernarem no
sua presença. Se a decisão deste outro Feitor fôr fim do mez pela ordem da numeração , e guarda
em favor da parte, poderá o Inspector mandar rem no Archivo.
fazer o despacho por ella. Art. 2ia. Se depois de pagos e lançados os
Art. 207. Se o Inspector porém não a achar direitos e mais rendimentos, se reconhecer que
acertada , ou fôr contra a parte, e esta se não con houve erro no despacho, se este fôr contra a Fa
formar , terá lugar a decisão por dous arbitros , zenda Nacional e a parte se recusar a satisfaze-lo,
hum nomeado pelo Feitor, outro pela parte; e os empregados que ti verão parte no erro o pagarãõ
no caso de discordarem , desempatará hum dos na proporção de seus ordenados , ficando com
membros da respectiva Commissão da Pauta que direito salvo contra a parte recusante; se porém
o Inspector nomear. o erro fôr contra a parte , se lhe restituirá a sua
Art. 208. A parte levará o despacho ao Escri importancia, lançando-se nos livros das restitui
vão , c este o entregará a hum Escripturario cal ções, e nunca se admittirá encontro em outro
culista para examinar se os preços assentados pelo despacho : se o erro contra a Fazenda se reconhe
Feitor no despacho são com effeito os correspon cer antes desahir a mercadoria, não sahirá sem
dentes na pauta, factura ou arbitramento, e cal o pagar.
cular o valor total das mercadorias e direitos, e Art. 2i 3. As mercadorias trazidas á Mesa onde
mais rendimentos que devem pagar, com distinc- tiverem de ser despachadas , não se poderão de
ção de cada hum ; o que feito escreverá no des morar ahi por mais de oito dias uteis , findos os
pacho — Conferem os preços, e importa o valor quaes o respectivo Feitor as mandará recolher
totat das mercadorias em tanto (por extenso) , ao armazem para isso destinado, que será diffe-
de que deve pagar , a saber : rente daquelles que recebem pela primeira vez os
Direitos de consumo, etc. (como o modela carregamentos, e quando depois se despacha
i1. 8) , e assignará no fim com o appellido. rem pagaráõ mais i i/2 por cento de expediente ,
A contribuição das casas de Caridade , ou ou para o que o Feitor assim o declarará no despacho.
tros rendimentos que não pertenção á Alfandega, O mesmo se praticará com as mercadorias depois
seráõ lançados em verba separada , sem se som- de despachadas pelos Feitores e pagos os direitos,
marem com os outros. com a difierença que não sahiráõ do armazem
Feito isto , entregará o despacho ao Escrivão sem pagarem mais em dobro a armazenagem que
ou Escripturario encarregado da revisão dos cal tiverem vencido depois do pagamento do despa
culos. cho. Os generos de estiva reputar-sc-hão trazidos
Art. 209. O calculo sómente, e não os preços á Mesa para despacho, ainda que este se faça no
da pauta que já forão revistos pelo Escripturario pateo ou telheiros delia, mas neste caso pagaráõ
calculista , será revisto pelo Escrivão ou pelo Es sómente a armazenagem dobrada , findo os oito
cripturario revisor ; achando-os certos escreverá dias depois da data do despacho , ficando respon
por baixo—Confere o calculo, e deve pagar tanto saveis os Conferentes que lhes derem sahida de
(por extenso) , e assignará e passará o despacho pois daquelle prazo , sem estar paga a dita arma
ao Thcsoureiro, o qual, recebendo da parte a sua zenagem.
importada, lhe porá a verba— Pg. F. . . — e pas Art. 2i4. Para o despacho das mercadorias
sará o despacho ao Escrivão ou Escripturario en de estiva sobre agua, ou que estiverem em ar
carregado do livro, para lha carregar em receita, mazem de fõra, iráõ sempre os Feitores e seus
e pôr-lhe a verba de assim o haver feito, e nu Ajudantes fazer o seu oflicio ao lugar onde estiver
mero da partida de receita. a mercadoria , e presente cila.
Art. 2i0. Concluido o despacho e pagos os
direitos, entregar-se-ha á parte, que o levará a
AtVNO DE 1836. 25
Despacho por factura. de tres dias não satisfizer, pagará huma muleta
de 5 por cento do valor da arrematação , metade
Art. ai5. O despacho das mercadorias que não para a Alfandega e metade para o empregado to
tiverem avaliação na pauta, far-sc-ha por factu mador, sendo recolhido á cadêa, onde ficará em
ra (islo he, pelo preço que a parte lhe der na custodia por ordem do Inspector até a pagar, e
sua nota) , segundo o estipulado nos tratados ; serãõ postas novamente em praça as mercadorias.
a se as mercadorias pertencerem a Nação com O mesmo se praticará com o empregado que não
quem os não houver, poderão tambem as partes pagar dentro dos quinze dias o que dever, na
despacha-las por factura, aliás proceder-se-ha a conformidade do artigo 2i7, sendo a metade da
louvação e arbitramento pelos Feitores respecti- muleta para o dono das mercadorias, que as tira
tos, que será approvado pelo Inspector, toman- rá da Alfandega com o despacho que tiver feito.
do-se por base do arbitramento o preço corrente Art. 22a. No caso de que o mulctado mostre
do mercado em grosso ou atacado , ou o do paiz que- não tem meios para pagar a muleta , será
exportador (descontados os direitos pagos) , com detido em custodia tantos dias quantos forem pre
io por cento mais se a mercadoria não tiver pre cisos para que ella se preencha a i$ rs. por dia.
ço no mercado. Art. 2a3. Não he permittido o despacho pura
Art. 2i6. As pinturas, livros impressos, mo consumo de espingardas com bayonetas, ou so
íeis, bijouterias falsas, e rendas de linho chamadas mente de bayonetas, e outros armamentos, e
de França , deverãõ as partes despacha-las por petrechos de guerra, senão para o serviço do
factura. Estado, e em virtude de ordem do Governo; o
Art. a i7. Nos despachos por factura, poderá o despacho de espingardas sem bayonetas, pistolas,
Inspector, ou qualquer empregado da Alfandega c outras armas quando exceder de certa quanti
(para o que se lhe franquearãõ as notas), tomar dade que se faça suspeita, o Inspector mandando
as mercadorias que julgarem com preços leshos fazer o despacho, dará parte disso ao Chefe de
aos direitos, declarando-o assim á parte e por Policia do lugar.
escripto na nota; e dando a decisão dentro de *>.
Tinte c quatro horas, o empregado tomador co CAPITULO XII.
brirá os preços com i0 por cento (isto em quanto
houver algum tratado que assim o estipule,. aliás DA CONFERENCIA, E SAHIDA DAS MERCAD0RIAS.
não o cobrirá com cousa alguma) , pagando tudo
á parte dentro de quinze. dias, contados desde o Art. 2ii'|. Pagos, e lançados os direitos, e
da primeira detenção das mercadorias, c igual entregue o despacho á parte, esta seguirá com
mente os direitos c mais rendimentos, se a parte clle e com as mercadorias para a porta da Alfan
já os houver pago. O despacho c subida das dega no mesmo dia, e o entregará ao Porteiro;
mercadorias não poderá ser detido por causa de este o passará ao Conferente, o qual fará a con
taes apprehensões mais de quinze dias. ferencia das mercadorias por si mesmo , não a
Art. a i8. Só poderá ter lugar a tomadia nos podendo encarregar aos Guardas, se algum o es
despachos que houverem de pagar direitos de tiver coadjuvando, servindo este sómente para a
consumo ; nos outros , quando os preços forem vigia , e trabalho material. Nos generos d'Estiva
lesivos , proceder-se-ha a arbitramento pelos Fei será logo entregue a hum dos Conferentes, que
tores. praticará os mesmos exames.
Ari. 2i9. As mercadorias tomadas serãõ arre Art. 225. Achando o Conferente tudo exacto,
matadas em hasta publica á porta da Alfandega, dará sahida ao genero, c lançará no despacho a
precedendo editaes de tres dias, mettendo-se em verba — Conferem e dei subida em tantos . . . — Se
praça com o preço da factura augmentado dos i0 a sahida fôr dada por diversas vezes, em diversos
por cento , e o arrematante pagará direitos pelo dias, lançará tantas verbas quantas forem as ve
preço da arrematação. zes, assignando a final, c no mesmo dia passará
Art. a2o. O lucro produzido pela praça, se o o despacho ao Porteiro (ou ao Escrivão, se oPor-
houver, pertencerá ao empregado tomador, e no teiro fôr tambem Conferente), que a entregará
caso de já se haverem pago os direitos pelo preço ao Escrivão para o mandar conferir com o livro
da factura, pagará o arrematante os do aecresci- dos direitos, pontoando-se a partida deste, e se-
mo à Fazenda Publica, c ao empregado tomador guirem-se os mais termos do artigo 2i i : os Con
os que se houverem pago á mesma Fazenda, entre- ferentes da Estiva, e os de fora passarãõ o des
gando-se o despacho ao arrematante, depois de pacho directamente ao Escrivão.
tudo isto satisfeito , para tirar as mercadorias da Art. 226. No caso de o Conferente achar dif-
Alfandega. ferença entre as mercadorias e o despacho, dará
Art. 22i. As mercadorias não serãõ tiradas da logo parte disso ao Inspector, n qual mandará
Alfandega sem que o arrematante tenha pago o fazer novo exame por outro Conferente na sua
preço da arrematação aparte, ou a quem perten presença, ou na de humOflicial de sua confiança,
cer, c os direitos ainda não pagos; se do prazo se fôr fóra da Alfandega.
Vol. XI.
AN\0 DE 1836.
Art. 227. Se a diflcrença assim verificada fôr vencido depois do despachó, ficando o Confercn
para mais na quantidade, medida , ou peso, do te responsavel, se as deixar sahir sem esse paga
que o constante no despacho, a parte pagará mento, que será averbado no mesmo despacho.
dessa dhTerença ou demasia, o dobro do que de Art. 23a. Os volumes sabidos , que no dia se
vera pagar ao rendimento da Alfandega se tivesse guinte ainda se conservarem defronte da porta r
sido incluida no despacho, e outro tanto para o pagaráõ a muleta de itft) rs. cada hum , além da
Conferente, salvo verificando-sc que o excesso despeza de remoção, que será feita pelas Capa-
está comprehendirlo em algum dos casos marca tazias (Art. 53 § i») '
dos no artigo 2o3, que então se procederá como Art. 233. Para conferencia e sahida dos gene
ali se dispõe: se a- difterença fôr para menos, ros, que estiverem em armazens de fõra, e dos
pagara, além do já pago, mais metade, e outra despachos feitos a bordo, ou sobre agua, como
metade para o Conferente, mas será outro tanto carne e outros, iráõ os respectivos Conferentes
se a conferencia iôr fõra da Alfandega. com seus Ajudantes, e na falta destes os Guardas
Art. 228. Se a difTerença fôr na qualidade, que o Inspector nomear para os ajudarem a fazer
e em prejuizo dos direitos nacionaes, o Conferen a conferencia, e dar sahida ao genero: quando
te dará parte ao Inspector, e este mandará que o houver grande alllucncia de trabalho , este ser
Feitor que fez o despacho, e classificou a merca viço terá lugar ainda antes de aberta , e depois de
doria declare se ella he a mesma que foi despa fechada a Alfandega , mas sempre de sol a sol.
chada ; não sendo a mesma , seguir-se-ha o deter Art. 234. Tem lugar nos acerescimos, e difle-
minado no artigo antecedente, e sendo a mesma, renças que se encontrarem nestas conferencias as
se a parte se oppuzer á opinião do Conferente, mesmas disposições dos artigos 227 e 228. Nos
terá lugar a decisão por arbitros, na forma do generos porém sujeitos a diminuição c augmento
artigo 207 ; mas se esta decisão fôr contra a parte, de medida e peso, como carne secca e outros,
pagará esta os direitos da difterença, e outro tanto haverá respeito a essa difterença, regulada segun
para o Conferente; se fôr em favor, dar-se-ha do o estilo, e pelo prudente arbitrio do Inspector;
sahida na forma ordinaria. mas se exceder ou faltar, além de i0 por cento,
Art. 229. Nos casos dos dous artigos antece ficará comprehendido na disposição do artigo 227.
dentes, a parte não poderá tirar a _mercadoria Art. a35. Nos despachos e sabidas das merca
sobre que houver duvida , sem pagar o que nelles dorias isentas de direitos , seguir-se-ha o mesmo
se determina, e se dentro -de oito dias depois da processo dos não isentos, em tudo que lhes fôr
decisão a não tirar, o Inspector a fará arrematar applicavel, e das que ricrem para o serviço do
em leilão, á porta da Alfandega, por conta de quem Estado se cobrará, além disso, conhecimento em
pertencer, precedendo Editaes de cinco dias, e o fórma da Estação que os receber, afim de se con
produeto, depois de pagos os direitos e muletas, ferir com o despacho.
ficará em deposito. Mas se a mercadoria deman
dar tratamento, e fôr corruptivel, a arrematação CAPITULO XIII.
terá lugar immediatamente, precedendo comtudo
Edital aílixado na porta da Aliandega, ao menos DOS DESPACHOS DE REEXPORTAÇÃO, RALDEAÇÃO
vinte e quatro horas antes da arrematação, e pu E FRANQUIA.
blicado, se fôr possivel, nas folhas periodicas,
que a precedão. Art. 236. Nos despachos das mercadorias para
Art. 23o. Quando no despacho já tiver havido reexportação se procederá como nos de consumo,
o processo da nomeação e decisão dos arbitros, com a difterença :
na forma do artigo 207, não poderá o Conferente § i.° Que será feito pelo Feitor no proprio
impugnar a sahida da mercadoria, salvo se não armazem, sendo dos de fora da Alfandega onde
fôr a mesma que foi despachada. estiverem as mercadorias, c quando estas estive
Art. 23 i. Corrente o despacho para a confe rem a bordo, irá tambem hum Conferente « o
rencia de sahida , o despachante levará á porta as Guarda Mor.
mercadorias no mesmo dia , e nelle , se, fôr possí § a.° Que feito pelo Feitor, sendo- em arma
vel, seráõ conferidas, e sahiráõ; e por isso os zem dentro da Alfandega, será conferido ao sa
Conferentes não admittiráõ para a conferencia se hir da ponte ; sendo em armazem de fõra, o será
não aqucllas que puderem aviar, sem precipita ao sahir delle ; e sendo a bordo, o será no mes
ção e confusão até findar o expediente do dia: mo acto do despacho : em todos os casos por
quando porém se não puder ultimar a conferen hum Conferente que o Inspector designar, que,
cia, seráõ guardadas com cautela para o dia se acabada a conferencia , entregará o despacho ao
guinte, e se nesse não sahirem, por seu dono, Escrivão da Descarga , o qual o remetterá ao Es
ou despachante não comparecer a tira-las, seráõ crivão da Alfandega com huma verba , em que
recolhidas ao armazem para isso destinado, e não declare que fica recolhida a bordo a mercadoria.
sahiráõ sem pagar mais i i/2 por cento de expe § 3.° Que achando-se nos despachos feitos a
diente , e em dobro a armazenagem, que tiverem bordo difterença entre a nota da parte e as nier
1
ANNO DE 1836. 27
cadorias, não se tendo o dono denunciado antes , e todos os mais documentos que por taes oceur-
«eráõ estas conduzidas de bordo para a Alfande rencias admittem as Companhias de Seguros para
ga, e ahi se procederá do mesmo modo disposto reatisarcm o pagamento de sinistros.
a respeito das dinerenças encontradas nos despa Art. 94 i. Todos os certificados e documentos
chos para consumo. exigidos no artigo antecedente seráõ authentica-
Art. 237. Os despachos de baldeação far-se- dos pelos Consules Brazileiros , ou pelos agentes
hão como os de reexportação , que se faiem a que fizerem suas vezes , na falta destes por dous
bordo da embarcação. negociantes brazileiros, não os havendo, por dous
Art. a38. As embarcações surtas em qualquer negociantes do paiz.
dos tres ancoradouros , franquia , carga e descar Art. 342. Os prazos, dentro dos quacs deve
ga, poderão receber ahi reexportações e baldea rãõ ser apresentados os certificados e mais docu
ções; sendo aquellas acompanhadas ate bordo mentos exigidos nos dous artigos antecedentes,
por hum Guarda, podendo o Inspector mandar sob pena de perderem os despachantes o deposi
para bordo dessas embarcações Guardas, se as to, são os seguintes, contados da data do despa
sim julgar conveniente , e tomar todas as cautelas cho , a saber :
que julgar proprias para e\ itar qualquer extravio. Seis mezes, sendo de hum porto para outro da ,
Art. a39. Não será permittida a baldeação e Costa Oriental ou Septentrional do Brazil.
reexportação de mercadorias estrangeiras de huns Nove mezes, de huma para outra das ditas
para outros portos do Imperio senão em embar Costas, ou para os portos estrangeiros ao Sul do
cações brazileiras, e só para portos onde houver Brazil , e para a Africa Occidental, ou dos portos
Alfandega. Esta prohibição comtudo não se ex- do Norte da America aos do Brazil, situados ao
tende ás embarcações estrangeiras, pelo que per Norte do Cabo de S. Roque.
tence ao carregamento com que tiverem entrado Quinze mezes, dos portos do Norte da America
no porto , querendo seguir com todo ou parte aos do Brazil, situados ao Sul do dito Cabo ; da
para outro porto brazileiro onde houver Alfan Europa e Africa Oriental , e portos estrangeiros
dega. das Costas Occidentaes da America.
Art. 240. Não se fará nas Alfandegas do Im Vinte e sete mezes, dos portos da Ásia e Aus
perio despacho algum de reexportação e baldea tralia.
ção, sem que o Despachante, depois de pago o
Art. 243. Em lugar do deposito em dinheiro,
competente direito e expediente devidos por tat
de que trata o artigo 340, se admittirá o de as-
despacho , deposite em dinheiro, na mão do The-
signado, ou de letra (modelo n. i9) endossada
soureiro , a importancia dos direitos de con
por hum assignante (a qual terá a mesma força
sumo , e respectivo expediente das mercado
dos assignados) , com o vencimento nos prazos
rias reexportadas e baldeadas; e o Despachante
acima designados ; e será nelles cobrada pelo'
perderá o deposito para o rendimento da Alfan
dega , se perante o Inspector não justificar o des Thcsoureiro, e levada a sua importancia ao livro
tino qualquer que tiverem as mercadorias assim de receita dos direitos.
despachadas, apresentando: Art. 344. Quando não houver noticia da che
i.* De portos onde ha Alfandega — Certidão gada da embarcação ao tempo em que se vencer
da eflecliva descarga, se se houver feito. a letra ou deposito, a parte requererá ao Tribu
2.* De ditos portos não se effeituando a descar nal do Thesouro na Corte, e nas Províncias á
ga — Certidão de que as mercadorias estavão respectiva Thesouraria , huma prorogação de
comprehendidas no manifesto apresentado, e nas prazo; e se a mesma falta de noticia continuar
declarações feitas sobre o seu ultimo destino. por hum anno, contado do dia em que se vencer
3.° De portos estrangeiros que não tem Alfan o deposito ou letra, a respeito dos portos áquem
dega—Certificado, passado e jurado, ou allirma- dos Cabos da Boa Esperança e de Horn, e de
do, se a sua crença não permittir o juramento, anno- e meio dos d'atém dos ditos Cabos, reputar-
pelo consignatario, com adescripção das merca se-ha a embarcação perdida, e annullar-se-ha a
dorias, volumes, marcas e numeros, nome da letra ou deposito ; e no caso de já ter sido paga
embarcação e do Commandante, e que essas a letra, ou de se ter passado o deposito" para o
mercadorias forão por elle eiTecti vãmente rece rendimento da Alfandega, será restituído o seu
bidas : e onde as mesmas mercadorias não tive importe.
rem consignatario determinado, igual certifica Art. 245. Se da embarcação que entrar por
do da pessoa a quem tenhão sido entregues, ou franquia para commerciar , ou arribada, ou por
como consignatario eleito , ou como depositario , outro qualquer motivo, quizer o Commandante,
ou como comprador. ou algum carregador ou seu consignatario, des
4-* Nos casos de alijamento, vararão, naufra carregar para consumo alguma parte das merca-,
gio, apresamento, ou outro qualquer accidente dorias, praticar-se-ha o mesmo que neste regula
—Copias authenticas dos protestos feitos a bor mento se dispõe para os despachos de consumo ;
do , ou no primeiro lugar em que se formarem , pagando porém mais 5 por cento de muleta, não
4**
ANNO DE 1836.
trazendo manifesto, ou trazendo-o sem as forma da moeda, descontados os direitos respectivos
lidades exigidas. pagos nas Alfandegas do Imperio , regulando-se
Art. «46. Quando a embarcação em franquia o dito preço de modo que se facilite, quanto ser
precisai' de concerto , que não possa fazer sem possa, o expediente do calculo dos direitos, e
descarregar, será feita a descarga para os arma por isso iráõ tambem já feitos , quanto. fôr possí
zens da Alfandega c Estiva, especialmente des vel , os abatimentos de quebras e taras que forem
tinados para tacs depositos, c só quando ali não razoaveis, c de costume geral no commercio; bem
Louvor armazens poderãõ ser depositados nos de como accrescentado o valor das vasilhas e envol
fõra (excepto os dos proprios donos da mercado torios que forem sujeitos a direitos, fazeudo-se
ria) , corri as mesmas' cautelas e escripturação dos disso, e do abatimento das taras e quebras, a con
descarregados para a Alfandega ; e jamais scráõ veniente declaração. Nas obras de ouro e prata
depositados em embarcações que estejão descar só se avaliarãõ os feitios.
regadas no porto, salvo se forem generos corrup Art. 253. A Commissão da Pauta designará os
tiveis , cuja descarga para terra possa causar generos que, em razão do seu grande volume e
damno ao genero. O ouro e prata em moeda, pequeno valor, devão ser despachados por Esti
barra ou pinha, não sujeitos a direitos, poderãõ va : em quanto servir a pauta actual continuar-
depositar-se nas casas de seus donos e consigna sc-bão a despachar por Estiva os que se costu-
tarios, reembarcando pela Alfandega. mavão despachar até agora, e os outros seme
Art. 247. Dos generos que do deposito rcem- lhantes.
barcarem para a mesma embarcação depois do Art. 254- Concluidos os trabalhos da Com
concerto, se formara hum despacho por volumes, missão, esta os remetterà ao Tribunal do Thesou-
marcas c contramarcas, e neste despacho, quan ro, o qual depois de os examinar e approvar, os
do o deposito fôr em armazem da Alfandega, mandará reduzir a ordem alphabetica em hum só
se fará a conta da armazenagem (artigo i02), c corpo, tendo cada mercadoria o numero da sec
sendo conferido por hum Conferente no acto do ção que o avaliou. A pauta assim organisada
reembarque, este o entregara ao Inspector para será impressa na Typographia Nacional, e só esta
servir a dar sabida no livro mestre. será mandada observar pelo Tribunal em todas as
Art. 248. Se a embarcação ficar condemnada Alfandegas do Imperio.
a não' mais navegar, poder-se-Lão reeinbarcar Art. 255. Se na Praça do Rio de Janeiro, ou
em outra as mercadorias, guardando-se o mais nas outras Praças commerciacs do Imperio, vie
que se dispõe ii0 artigo antecedente. rem a ser alterados os preços das mercadorias ,
Art. a'u). Nos casos dos dous artigos preceden em consequencia da differença de valor do meio
tes, não se pagarãõ direitos alguns além das des- circulante, o Tribunal do Thesouro, em attenção
pezas de que trata o artigo i0a. a essa alteração, tomando por base o valor medio
Art. 25o. A embarcação estrangeira em fran da moeda circulante , durante o anno findo, de
quia "poderá carregar nesse mesmo ancoradouro terminará os por cento que se deverão acerescen-
generos do paiz ou de fóra, para os levar para tar ou diminuir aos preços da pauta em geral,
portos estrangeiros ; e neste caso fica o Inspector e com esse acerescimo ou diminuição se cobrarãõ
autorisado a prorogar a franquia nos termos do os direitos.
artigo i/Jl. Art. 25tí. No caso de que huma mercadoria
que for a despacho seja a mesma que estiver na
CAPITULO XIV. Pauta, só com a differença de nome, e dobrado de
suas peças, os Feitores lhe darãõ o valor que na
DA AVALIAÇÃO DAS MERCADORIAS, E DA PAUTA. pauta corresponder á natureza e qualidade da
mercadoria.
Art. 25 i. Os direitos scráõ cobrados sobre o Art. 257. Se a mercadoria não estiver na pau
valor das mercadorias, arbritrado em huma pauta ta, e comtudo já tiver preço no mercado, ea
feita no Rio de Janeiro por huma Commissão de parte não lh'o tiver dado na sua nota, scráõ cha
, Negociantes e Artistas probos e habeis, nomeados mados pelo Inspector da Alfandega os membros
pelo Governo. A Commissão da Pauta será di da secção respectiva da Commissão, e estes, de
vidida em secções de tres membros, c cada huma pois do conveniente exame, the arbitrarãõ o pre
se oceupará da avaliação das mercadorias de huma ço conforme ao artigo a52; mas se o genero fôr
mesma especie de negocio , ou como a Commis novo no mercado, tomar-se-ha por base da ava
são entender que hc mais conveniente, e poderá liação o custo no Paiz exportador augmentadp de
huma mesma pessoa servir em mais de huma i0 por cento, e com a importancia das despezas
secção. sem os direitos de consumo.
»• Art. 2Õa. A Commissão da Pauta tomará por Art. 258. Se alguma mercadoria variar de
base para o arbitramento, o preço medio corren preço no mercado em relação às outras, e o con
te da mercadoria a esse tempo vendida na praça servar permanente por mais de hum anno abaixo
em grosso ou atacado, na razão do padrão legal ou acima de 3o por cento do valor da pauta, o Tri
ANNO DE 1836. 29
bunal poderá mandar reformar pela Commissão no Capitulo i6, pagando-sc ps direitos pelo pro-
da Pauta o preço dessa mercadoria. dueto da arrematação.
Art. 259. O Escrivão da Alfandega acerescen-
tará nos exemplares da pauta que servirem na Al CAPITULO XV.
fandega qualquer novo arbitramento na letra a
que pertencer, para cujo effeito se deixaráõ al DOS ASSICN.OTES.
gumas folhas em branco no fim de cada letra.
Art. a6o. O Tribunal do Tliesouro mandará Art. 264. Qualquer negociante nacional ou
formar todos os annos' hum appendice dos ac- estrangeiro , de reconhecido credito , poderá ser
crescentamentos que se houverem feito na Pauta, pelo Inspector, de acordo com o Escrivão e The-
e o mandará imprimir para se remetter ás Alfan sourciro, admittido a Assignante da Alfandega, c
degas do Imperio. De quatro em quatro annos o como tal gozar da espera de tres c seis mezes
Tribunal do Thesouro mandará rever a pauta no pagamento dos direitos de consumo das mer
para se reformar no que julgar conveniente. cadorias de sua conta e consignação que despa
Art. 36i. Para o arbitramento que se houver char, quando taes direitos c.vcedfio a 200$ rs.
de fazer nas outras Províncias, ás mercadorias em hum despacho.
de que trata o artigo 267 , haverá huma Com Art. 265. Estes Assignantcs não seráõ admit-
missão de Negociantes c Artistas probos c habeis, tidos sem assignarem na Alfandega o termo de
nomeados pelo Presidente da Provincia, os quaes responsabilidade, lavrado em livro proprio, como
procederáõ a esse respeito conforme o referido mostra o modelo n. 20, c apresentarão dous Fia
artigo. dores idoneos, os quaes responderaõ como prin-
Art. 26a. Se, 'nos appendices á nova pauta que cipaes pagadores pela importancia dosassignados,
o Tribunal do Thesouro remetter ás Províncias , quando não sejão pontualmente pagos pelo As
não estiverem ainda comprehendidas as avalia signante : a idoneidade dos Fiadores será appro
ções que ali se houverem feito, o Escrivão da vada pelo Inspector, Escrivão e Thesoureiro da
Alfandega respectiva as acerescentará nos ex Alfandega , sob sua responsabilidade , podendo
emplares da nova pauta nas letras a que per os fiadores ser tambem assignantes.
tencerem. Art. 266. Logo que se lançar em receita a im
Art. 263. Em quanto se não organisar nova portancia dos direitos que devem pagar os assig
pauta com as taras e abatimentos , se faraó os se nantes, o Escrivão fará lavrar bum bilhete segun
guintes: do o modelo n. 2i, de metade da sua importancia,
§ i." Todo o liquido que vier em vidros den para ser pago a tres mezes da sua data, c outro da
tro de qualquer volume, lerá de abatimento para outra metade para ser pago a seis mezes, e os en
quebras 5 por cento do seu valor, e se \ier em tregará na Alfandega, antes de os assignar, ao
vasilhas de barro, tambem dentro de qualquer Assignante ou seu proposto, para serem endossa
volume , terá de abatimento 3 por cento do seu dos pelo propiio Assignante, dentro de vinte e
valor para quebras, e do restante se deduziráõ os quatro horas, e então o Escrivão os assignará ;
dircifos. e se dentro das vinte c quatro horas o Escrivão os
§ 2.° A louça c vidros de toda a qualidade não receber endossados , se procederá immedia-
que vier em gigos, barris, caixas ou qualquer tamente á cobrança executiva do seu importe, e
volume, teráõ igualmente de abatimento 5 por o Assignante será riscado da lista.
cento. Art. 267. O Assignante pagará o bilhete ao por
§ 3.* Nos generos sujeitos a diminuição, como tador no dia prefixo do seu vencimento em di
«ai e alguns liquidos, etc. , o Feitor fará os aba nheiro corrente, e quando file ou seu Fiador, a
timentos razoaveis, e que estiverem em pratica, quem será tambem apresentado, o não paguem
ficando fixos 2 porcento no vinho, azeite, e ou nesse dia, o Inspector da Alfandega o mandará
tros líquidos que vem em pipas , ou quaesquer riscar da lista dos Assignantes, a que não será
vasilhas de madeira : isto porém só terá lugar mais admittido : se passado tres dias uteis , depois
quando se não medirem ou pesarem eflectiva- que lhe fôr apresentado, não entrar com a sua
mente os generos a requerimento* das partes , que importancia na Thesouraria, ou na Alfandega, se
então se não fará abatimento algum. esta estiver fóra da Capital da Provincia, procc-
5 4-° Quando a mercadoria, ao desembarcar der-sc-ha executivamente contra ellcs ou seus
para a Alfandega ou Trapiches alfandegados, olle- Fiadores, e se estes não tiverem com que pagar,
recer huma avaria geral, o Inspector, se assim o Inspector, Escrivão e Thesoureiro actuaes se
O requerer a parte, mandará proceder á vistoria ráõ responsaveis á Fazenda Nacional pela sua im
e informação pelos Feitores e Conferentes ; e sen portancia, e seráõ demitlidos quando a Fazenda
do a maioria destes de parecer que existe essa Publica deixe de ser embolsada.
avaria, o Inspector mandará proceder á venda Art. 268. Se, em consequencia de transacção
em leilão por conta da parte , precedendo Edital ou pagamento, o bilhete estiverem poder de ou
de tres dias, c com as solemnidadcs determinadas tro portador que não seja a Fazenda Nacional , c
*0 ANNO DE 1836.
este não for pago pelo assignante no dia prefixo gar cousa alguma contra o efTeito desta venda;
do vencimento, o poderá apresentar no seguinte e se annunciará pelos periodicos commerciaet
ao Thesourciro da Província, e na Côrte ao que se acha aflixado o edital para aquelle fim.
Thesoureiro Geral (ou ao da Alfandega se esta Art. 275. Findos os trinta dias, o Inspector
estiver fóra da Capital da Província) , que lh'o mandará remover dos armazens para a abertura
pagará immediatamente, dando parte nesse mes os volumes que a ella pertencerem, e os respec
mo dia ao Inspector da Alfandega (sob pena de tivos Feitores procederãõ ao exame e avaliação
responder pela quantia) , para se proceder pelos das mercadorias nelles conteudas, regulada pela
meios competentes a sequestr* contra o assignan- pauta ou por arbitramento, se nella não estive
te impontual ou seu Fiador, e risca-lo da lUta rem ; e feito isto, serão guardados no armazem
dos assignantes , a que não será mais admittido ; dos depositos e encommendas. Os volumes e
mas se esse portador o não apresentar aos ditos mercadorias que não forem de abertura, ficarãõ
Thesoureiros até o dia util seguinte ao do venci nos Armazens em que estiverem, e os Feitores
mento , só poderá haver do Assignante devedor ahi procederãõ ao seu exame e avaliação.
o sen pagamento. Art. 27G. Concluído pelos Feitores o exame >:
Art. 269. O Thesoureiro da Alfandega, quan avaliação, o Inspector annunciará por outro edi
do remetter o rendimento delia para a Thesoura- tal , que será aflixado na poria da Alfandega e
ria respectiva, acompanhará de huma relação, transcriplo nos periodicos commerciaes, o dia
como a que apresenta o modelo n. 22 , os bilhe (que será o quinto depois de aflixado o edital) a
tes que fizerem parte do dito rendimento. hora e o lugar em que se hão de pôr em praça as
Art. 270. O Inspector mandará riscar de As- mercadorias annunciadas pelo edital de trinta
signante ao que fôr achado em qualquer fraude dias , as quaes entre tanto estarão francas com o
contra a Fazenda Nacional, e examinará a miudo seu inventario para quem as quizer ver.
a lista dclles para fazer reforçar as fianças daquel- Art. 277. No dia, hora e lugar annunciados,
les cujos Fiadores tiverem fallecido, ou fallido, o Inspector, assistido pelo Escrivão da Alfandega
ou estiverem ausentes, ou em circunstancias ma ou de hum Escripturario que este nomear, o qual
nifestamente desfavoraveis, fazendo riscar os que servirá de Escrivão da Praça , e de hum Continuo
a não reforçarem. 3u Correio, que servirá de Porteiro , fará pôr a
Art. 27i. Os Thesoureiros de Rendas Publicas lanços as mercadorias, e nessa unica praça as fará
não poderãõ fazer pagamento ou transacção com arrematar pelo maior lanço que se offerecer, ain
os bilhetes, ou cobra-los dos Assignantes, sem da que não chegue á avaliação, lavrando-se disso
primeiro os rubricarem com o seu appcllido. termo, que o Inspector assignará com o Escrivão,
arrematante c Porteiro da praça.
CAPITULO XVI. Art. 278. Se o arrematante dentro de tres dias
não entregar ao Thesoureiro da Atfandega o pre
DOS CONSUMOS. ço da arrematação, o luspector mandará proce
der a nova praça por edital de tres dias, e mulc-
Art. 272. Todas as mercadorias que he per- tará o dito arrematante em 5 por .^ento do preço
mittido recolherem- se. nos Armazens da Alfandega da arrematação , fazendo-o recolher á cadèa ,
e Depositos Nacionaes, poderãõ ahi conservar-se onde ficará em custodia até os pagar ; e não tendo
por tempo de dons annes, sendo generos seccos, meios, seguir-se-ha o determinado no artigo 222.
e por tempo de seis mezes sendo generos molha Art. 279. Exttahida huma copia em fõrma de
dos, e que admittão corrupção ; mas no pairo e despacho, da lista das mercadorias c preços da
telheiros da Estiva não poderáõ estar mais de avaliação, se calcularãõ por cila, ainda que seja
trinta dias, além dos dez livres depois da entrada. maior do que o da arrematação, os direitos e mais
Art. 273. Findos que sejão estes prazos, os rendimentos que deverem pagar, sendo o expedien
Fieis dos armazens, sob pena de demissão , entre te em dobro ; o que tudo pago pelo produeto da
garãõ ao Inspector huma nota dos volumes, ou arrematação, se entregará o despacho ao arrema
mercadorias, que ostenhão completado, com Io tante para sahir com os generos. Se o preço da
das as declarações, e pelo modo com que se acha arrematação iõr maior do que o da avaliação, se
rem no seu livro de entrada e sabida, o que tudo calcularão os direitos com este accrcscimo.
conferido pelo livro mestre, se acerescentará á Art. 280. O restante que ficar do preço da
nota o nome do Consignatario, ou dono da mer arrematarão, depois de descontados os direitos e
cadoria. mais rendimentos, será remettido á Thesouraria
Art. 274. O Inspector mandará annunciar por respectiva pelo Thesoureiro da Alfandega, depois
edital aUixado na porta da Alfandega, que, se de lhe ser carregado no livro "dos depositos (arti
dentro de trinta dias taes mercadorias ali descrip- go 56 § 2°) , com distineção do que pertencer a
tas não forem despachadas, se procederá á sua cada pessoa, fazendo-sc a distribuição pro-rata
venda em hasta publica , por conta , e á custa de sobre o preço da avaliação e o total que obtivera©
«eus donos, sem que lhes fique competindo alle- em praça.
ANNO DE 1836. 31
Art. 28i. As poísoas que, pelos conhecimen com todas as mais circunstancias que fizerem a
tos e cessões do uso do Commcrcio, ou outros bem da justiça das partes.
titulos legaes , mostrarem pertencer-lhcs o pro- Art. 285. Se p dono , ou pessoa a quem tive
duclo das mercadorias arrematadas', haveráõ do rem sido apprchcndidos os generos e mercadorias
Thesourciro da Alfandega a sua importancia, o estiver presente, o Inspector achando que não
qual lh'a pagará pelo rendimento delia, em vir- procede a apprehensão lh'os mandará logo entre
tude do despacho do Inspector, com preferencia gar, se o seu valor não exceder a i00$ rs. , fa
a outra qualquer despeza; c quando aconteça não zendo declarar no termo as razões e fundamen
chegar a renda, a Thesouraria a satisfará promp- tos dessa sua decisão, e remettendo-o por copia
tamente. authentica ao Tribunal do Thesouro na Cõrte, e
- Art. 282. Com as mercadorias que estiverem ás Thcsourarias nas Províncias: no caso porem
depositadas nos trapiches alfandegados praticar- de achar que poderá proceder a apprehensão,
se-ha o mesmo que neste capitulo se dispõe a remetterá o extraviador ao Juiz competente acom
respeito das que se achíio nos armazens da Alfan panhado de auto de apprehensão lavrado pelo Es
dega; sendo a pena do Trapicheiro, que não der crivão da Descarga , fazendo-se esta remessa para
parte das mercadorias que tiverem findado os pra que tenha lugar sómente o julgamento crimioal,
zos, ou se principiarem a deteriorar, a de se não a fim de que o extraviador seja punido com a
permittir por espaço de seis mezes que no tal pena da lei, ou absolvido delia; quanto aos ge
trapiche entrei» generos alfandegados ainda não neros e mercadorias, o Inspector os mandará re
despachados. colher por tempo de quinze dias, contados da
Art. 283. Com as mercadorias que se deterio data do auto, ao armazem da Alfandega que ser
rarem nos armazens e trapiches , se procederá vir de deposito , para que dentro dellcs a parte
conforme a este capitulo, ainda antes de findos produza as justificações que tiver a seu favor, á
os prazos marcados no artigo 272; e se forem ge vista das quaes o Inspector, ouvidos os appre-
neros alimentares , que .vierem corruptos , ou se hensores, decidirá summaria e definitivamente,
corromperem nos armazens, de modo que se por termo no dito livro, a apprehensão, se o
tornem prejudiciaes a saude publica, o Inspector valor dos generos não exceder a i00$ rs.
mandará logo avisar o dono, ou consignatario, Art. 286. Não comparecendo a parte, ou al
e em sua presença (se apparecer dentro de tres guem por cila, dentro dos quinze dias a reclamar
dias, aliás se procederá sem elle) os submetterà contra a apprehensão , o Inspector a decidirá
ao exame de dous Feitores, e feito auto de con summaria c definitivamente a favor dosappreh.en-
sumo os mandará lançar ao mar. Os Cuardas, sores, seja qual fôr o valor das mercadorias, re-
e Fieis dos armazens e Trapichciros, ou outros mertendo copia authentica do termo da decisão
quaesquer empregados, teráõ cuidado de parti ao Tribunal do Thesouro na Cõrte, e á Thesoura
cipar ao Inspector qualquer principio de deterio ria nas Provincias.
ração e corrupçílo que notarem nos generos e Art. 287. Quando o valor das mercadorias
mercadorias, para que elle dê as providencias apprchendidas exceder a i00$ rs. , o Inspector
deste artigo. a decidirá tambem summariamente por termo no
tivro ; mas a decisão , que fôr em favor da parte,
CAPITULO XVIT. elle a submetterà, antes de a executar, á appro-
vação do Tribunal do Thesouro na Corte, e á
DOS EXTRAVIOS, APPREHEflSÕES E DENUNCUS. das Thcsourarias nas Provincias: se a decisão
porém fôr contra a parte, ella poderá recorrer
A'rt. 284. Todos os gencres ou mercadorias, dentro de quinze dias para o dito Tribunal na
estrangeiras ou nacionaes, que forem encontra Corte, e para as Thesourarias nas Provincias, e
das no mar pelos Empregados e Guardas da Alfan respectivo Presidente, e deste para o Tribunal;
dega, ou por elles, e pelos Vigias, embarcando ficando perempto o recurso , se não fôr interposta
ou desembarcando em qualquer lugar , subtrahi- dentro do dito prazo.
das aos direitos nacionaes; ou, tendo assim desem Art. 288. Quando a decisão final, na parte re
barcado, forem perseguidas por terra em acto lativa ás mercadorias apprehendidas, fôr em favor
continuo, seráõ por elles apprchendidas, « con da parte, o Inspector lhas mandará entregar pa
duzidas á Alfandega á presença do Inspector, o. gos os direitos devidos, e o expediente em dobro,
qual as mandará avaliar pelos Feitores, segundo còntando-se a armazenagem desde o dia da en
a pauta, ou por arbitramento, se nella não esti trada para o deposito : se a decisão porém fôr em
verem, ou estando, sç acharem avariadas, e la favor dos apprehensores, as mercadorias se-ven-
vrar termo pelo Escrivão da Descarga em livro deráõ em leilão á porta da Alfandega, com as
proprio , em que se descrevão os generos e mer solemnidades determinadas (i0 Capitulo i6, pre
cadorias, e se declare o valor deites, e as pes cedendo edital de cinco dias, c o produeto lhes
soas que intervierão na apprehensão, o lugar, será distribuído pelo Thesourciro da Alfandega,
dia e hora em que foi feita, e os motivos delia , depois de pagos os competentes direitos, e muleta
32 AMVO DE 1836.
do artigo »45, se fôr devida, expediente em do de deduzidos os direitos competentes , e toda a
bro, c armazenagem , contada do dia da entrada despeza que se houver feito com a apprehensão
para o deposito. e remessa da embarcação c sua carga , pertence
Art. 289. Das apprchensões que se fizerem, rá ás autoridades apprehensoras, e ás pessoas que
em consequencia de denuncia, terá o denunciante ellas convocarem para as coadjuvarem na appre
metade do -valor dos extravios, c os apprehenso- hensão, as quacs teráõ a terça parte dividida em
res a outra metade, que será dividida por elles partes iguaes.
em partes iguaes. Terá igualmente o denun Art. 296. As mercadorias desembarcadas de
ciante metade do valor de qualquer differença taes embarcações nos portos onde não houver
achada por denuncia nas mercadorias, em pre Alfandega, seráõ apprehendidas em qualquer
juízo da Fazenda Nacional. parte onde se acharem, e com ellas se procederá
Art. 290. Publicar-se-lião poreditaes allixados como extraviadas.
na porta da Alfandega, e inseridos nos periodi • Art. 297. Quando se houver feito a appiehen-
cos, os nomes das pessoas convencidas de extra são do navio que as desembarcou, seráõ no mes
vios c fraudes contra o disposto neste regnla-. mo remettidas, sendo possível, seguindo-se em
mento , e a qualidade da fraude por ellas com- tudo o mais o determinado nos artigos antece
metlidas. dentes.
Art. 39i. Se as mercadorias apprehendidas Art. 298. Quando não se haja podido fazer a
forem corruptiveis ou que demandem tratamento, apprehensão do navio, seráõ remettidas pela pri
seráõ logo vendidas na fórma determinada no meira embarcação que dali sahir, ao Inspector da
artigo ?.SH, e o produeto liquido carregado ao Alfandega mais proxima, acompanhadas de huma
Thcsourciro da Alfandega iio livro dos depositos, lista circunstanciada, cahi se procederá como com
c remettido áThesouraria, pagando-se depois na as mercadorias extraviadas, sendo pago logo pela
conformidade do artigo 28i. Alfandega o frete, c todas as mais despezas, as
Art. 292. A embarcação , de qualquer quali quacs se indemnisaráõ depois pelo produeto das
dade, que fôr apprehendida conduzindo mercado mercadorias.
rias extraviadas a direitos nacionaes, fica sujeita Art. 299. A embarcação que tiver a seu bordo
ao mesmo que neste capitulo se dispõe a respei mercadorias, que ainda não tenhão pago direitos
to das ditas mercadorias. de consumo em alguma das Alfandegas do Im
perio, e obrigada de força maior, justificada pe
CAPITULO XVIII. rante a competente autoridade do lugar, procurar
algum dos portos onde não houver Alfandega, e
DA ENTRADA E DESCARGA EM PORTOS ONDE NÃO HOU ahi chegar em tal estado que não possa seguir sua
VER ALFAKDECA, E DOS NACFRACIOS. viagem sem se refazer dos objectos indispensa
veis para ella, os poderá comprar nesse porto com
Art. 293. A entrada e despacho de mercado licença da dita autoridade, e embarca-los depois
rias estrangeiras para consumo, só he permittida de pagar os impostos e direitos a que forem su
nos portos em que houver Alfandega: nos outros jeitos, nas Mesas, ou Collcctorias de Rendas Pu
só quando já tiverem pago direitos de consumo blicas.
em alguma das Alfandegas do Imperio, c forem Art. 3oo. Quando a embarcação necessite des
transportadas em barco nacional. carregar toda, bu parte da carga, o poderá fazer,
Art. 29'|. Qualquer embarcação que trouxer a procedendo-se como nos casos em que por igual
seu bnnlo mercadorias estrangeiras que ainda necessidade o fazem taes embarcações nos portos
não tenhão pago direitos de consumo em alguma onde ha Alfandega, com a differença que nada
das Alfandegas do Imperio, e as desembarcar poderá vender do seu carregamento, e que o
onde a não houver, será apprehendida com toda deposito das mercadorias se fará por ordem da
a sua carga pelos empregados das Mesas de Ren Mesa de Rendas, e onde não a houver, da princi
das, e onde as não houver, pela principal auto pal autoridade do lugar, depois de inventariadas,
ridade judiciaria do lugar, e remedida ao Ins c conferidas pelo manifesto, ou livro da carga,
pector da Alfandega do Rio de Janeiro, Bahia, redobrando-se as cautelas para que se não ex
Pernambuco, Maranhão, Pará c Rio Graude do traviem.
Sul, qual destas lhe ficar mais proxima, e fôr Art. 3o i. Fm caso de naufragio em porto onde
mais commoda a remessa, onde a embarcação c houver Alfandega, e nas cosias proximas a clle,
carga seráõ vendidas em leilão com as formali o Guarda Mór, ou outro Ofllcial que o Inspector
dades estabelecidas. O mesmo se praticará com nomear, irá immediatamente, acompanhado de
a embarcação estrangeira encontiada recebendo Guardas, arrecadar, c conduzir para ella as mer
carga em algum porto em que não houver Alfan cadorias estrangeiras salvadas, que vierem de
dega, c tambem com as nacionaes, sem conhe porto estrangeiro, ou de nacional onde ainda não
cimento da Mesa das Rendas. tenhão pago direitos de consumo, c ahi se proce
Art. 295. O produeto da arrematação, depois derá conforme o Capitulo i6.
ANNO DE 1836. 33
Art. 3oa. Se o naufragio fôr em porto ou dando de tudo parte ao Governo para definitiva
costa que fique em tal distancia da Alfandega, que approvação.
o Guarda Mor ou o OÚlcial não possa chegar a Art. 307. Os generos e mercadorias de pro
tempo de assistir ao salvamento da carga, a Au ducção e manufactura nacional, e as estrangei
toridade Judiciaria mais graduada do lugar, c a ras que ja tenhão sido despachadas para consumo
Hesa de Rendas íaráõ logo arrecadar e inventa em alguma das Alfandegas do Imperio, só pode
riar as mercadorias estrangeiras salvadas, e dará rãõ ser importadas de huns em outros portos
parte immediatamente ao Inspector para as man delle em barcos brasileiros; se o forem embarco
dar conduzir para a Alfandega se estiverem no estrangeiro, seráõ havidas e tratadas como as es
caso do artigo antecedente. trangeiras de novo importadas no Imperio, fican
Art. 3o3. Estando porem presente o dono ou do sujeitas a direitos de consumo; e a embarcação
quem suas vezes faça, e este as quizer fazer trans que as trouxer, á muleta do artigo i60, por falta
portar em direitura desse lugar para o porto do de manifesto. He comtudo permittido o trans
seu destino, ou outro qualquer (menos os nacio- porte da bagagem dos passageiros , que nelles se
naes que não tiverem Alfandega), o poderá fazer transportarem , ficando porém sujeitos aos exa
sem pagar direitos alguns, e só as despezas de mes, e fiscalisação estabelecida para os que vierem
salvamento. de fõra do Imperio.
Art. 3o4- Não estando presente o dono das Art. 3o8. Só seráõ qualificados brazileiros os
mercadorias estrangeiras naufragadas, ou quem barcos construidos no Imperio , e' os cascos es
suas vezes faça, para correr com as despezas de trangeiros, que já se achão como propriedade
salvamento , e conducção , seràõ estas pagas pela brazileira, cujo proprietario e Commandante
Alfandega, e indemnisadas pelo dono, òu quem forem Cidadãos Brazileiros.
o represente, ou á custa das mercadorias, arre- Art. 3o9. Em caso de guerra externa, que in
matando-se, pelo modo prescripto nos artigos 376 tercepte , e torne muito arriscado o commercio
e seguintes, quantas bastem para esse fim, epara de cabotagem, o Governo Supremo o poderá
o pagamento dos respectivos direitos. permittir aos barcos estrangeiros, tanto das mer
- Art. 3o5. Os generos de producção estrangei cadorias de fõra como das do Paiz ; e tambem no
ra , que forem achados sem dono no mar c praias caso de guerra interna , quando de outro modo
do Imperio , seráõ conduzidos logo em direitura se não puder facilmente salvar a propriedade, c
para a Alfandega mais proxima, sob pena de se então não só o Governo Supremo, mas os Presi
rem havidos por extraviados . e ahi se procederá dentes das Províncias, e mesmo as Autoridades
com elles como com os importados : se elles de locaes, debaixo de sua responsabilidade, o de-
verem pertencer a quem os achou , este os despa veráõ permittir.
chará pagando os competentes direitos ; e se lhe Art. 3 i0. Os barcos naeionaes não poderio le
não deverem pertencer , se procederá do modo var por baldeação ou reexportação mercadorias
prescripto nos artigos 376 e seguintes. estrangeiras de huns para outros portos do Im
perio onde não houver Alfandega, e quando
CAPITULO XIX. assim as levem para porto onde a houver, não o
poderãõ fazer sem primeiro se segurar o pagamen
DO COMMERCIO DE CABOTAGEM DE MERCADORIAS to dos direitos de consumo e expediente, pela
ESTB.AITGEIB.AS. maneira determinada nos artigos 340 e 34 i •
Art. 3 1 i . Toda a pessoa que tiver de remetter
Art 3oG. Em todos os portos do Imperio onde para algum porto do Imperio mercadorias estran
não ha, ou não houver Alfandega, haverá Mesas geiras , que já tenhão sido despachadas para con
de Rendas, compostas de hum Administrador , e sumo em alguma de suas Alfandegas , quer ellas
hum Escrivão, e dos Agentes que o Administrador estejão acondicionadas nos mesmos volumes em
precisar, pagos á sua custa, as quaes teràõ a res que vierão de fõra do Imperio, quer se hajão
peito do commercio costeiro, ou de cabotagem comprado no mercado, e acondicionado em ou
as mesmas incumbencias das Atfandegas , e arre tros volumes, formará duas notas semelhantes ,
cadarãõ não só- o expediente das mercadorias por elle assignadas, conformes ao modelo n. a3,
estrangeiras importadas de outros portos do Im com a quantidade dos volumes, sua qualidade,
perio , e a ancoragem, como todas as mais rendas marcas e numeros, a qualidade e quantidade
geraes, que até agora estavão a cargo dos Collec- das mercadorias que cada hum contém, o porto
tores desses Districtos , os quaes ficão abolidos, para onde as remette, e a quem, o barco que as
logo que se crearem estas Mesas. Os Presidentes conduz, o nome do Commandante, e as entre
das Provincias, de acordo com os Inspectores gará ao Administrador da Mesa de Diversas Ren
das Thesourarías , designaráõ os lugares mais das, ou ao Inspector da Alfandega onde aquella
proprios para o estabelecimento delias, e no lhe estiver annexa , e este lançará em huma delias
mearão os empregados, estabelecendo-se-lhes o despacho — Confira-se — e a entregará á parte
huma porcentagem razoavel do que arrecadarem, para a levar ao Conferente, e ficará com a outra.
Vol. XI.
Vi ANNO DE 1836.
Art. 3ia. Conferidos os volumes (sem se aluí Rendas , quando fôr separada , para se proceder
rem) pela relação no acto do embarque nas pon na conformidade do artigo 5i i.
des, eáchando-a o Conferente exacta, lhe lançará Art. 3i5. Quando por algum acoidente se de
no fim a nota de conferencia depois de cancetlar sencaminhe a carta de guia, poderá esta ser sup-
as folhas no alto, e em baixo, c de riscados os pi ida por huina segunda via extrahida da relação
claros, se já o não estiverem pela parte (se não a que ficou na Mesa de Rendas, a qual será entre
achar exacta a parte a reformará) e se combinará gue á parte em carta fechada como a primeira ;
a final com o Manifesto da carga do barco que o mas se entre tanto que não chega se quize- des
Commandante ou Mestre deverá apresentar na pachar a mercadoria, pagará os direitos de consu
itesa; c estando em termos, o Escrivão fará mo , os quaes seráõ restituídos , quando se apre
transcrever na relação que ficou a nota da con sentar dentro de seis mezes, contados do dia do
ferencia, c rubricará, e trancará todas as folhas, despacho , pagando porém mais i i /a por cento
de ambas as relações, que subscreverá assignan- do expediente.
do no fim o Inspector, e guardará liuma delias; Art. 3i6. A embarcação de cabotagem que
a outra fechada. e sellada com o sello da Alfan fôr convencida de haver recebido por baldeação
dega, ou Mesa . se entregará ao Despachante com de outra embarcação mercadorias que ainda se
sobrescripto do Inspector da Alfandega do des não hajão despachado para consumo em alguma
tino , a qual servirá de carta de guia para acom- das Atfandegas do Imperio, e as pretender de
panhar as mercadorTas, e se fazer por ella o des sembarcar em lugar onde a não houver, ou ha-
pacho na Alfandega importadora. vendo-a, não as manifestar, e allcgar motivo justo
Art. 5i5. As mercadorias de que se não apre para tal baldeação, será tratada conforme o dis
sentar certa de guia na Alfandega importadora, posto no capitulo i8.
ou se acharem de mais das descriptas na dita Art. 3i7. Do mesmo modo disposto no artigo
carta, lição sujeitas a direitos de consumo, c antecedente será tratada a embarcação de cabo
expediente, como se importadas fossem directa tagem que fôr convencida de ter baldeado para
mente de porto estrangeiro; se se acharem menos outra embarcação generos Jc producção nacional
volumes de mercadorias do que os constantes da para se subtrahirem ao pagamento dos direitos de
guia, pagará o expediente em dobro, como se exportação. .•.....
não faltassem, seguindo-se em todos, quanto á Art. 3 i8. A roupa e moveis do uso dos {pas
conferencia da sabida, como na dos despachos de sageiros de huns para outros portos do Imperio,
consumo; salvo se taes mercadorias se destinarem inclusive os de ouro e prata já usados , não pre
a ser transportadas nos mesmos volumes ,. ou far cisão ir acompanhados de carta de guia , nem são
dos para o interior dessa Trovinoia , ou de qual sujeitos ao pagamento do expediente , bastará que
quer outra, que então bastará abrir ao acaso hum na sabida e entiada dos ditos portos se observe o
ou dous volumes inctuídos na guia , e achandn-se disposto nos artigos do regulamento do respec
exactos se haveráõ os outros por conferidos : mas tivo porto. .
se não se acharem estes exactos, ae abrirá hum
terceiro, e se tambem não estiver exacto, se abri CAPITULO XX.
ml'.' 1 • I i * ' í
rãõ todos, e se procederá como acima a respeito
DISPOSIÇÕES GERAES.
das differenças. . .
Art. 5 ií\. As mercadorias estrangeiras, que
estiverem ainda em deposito na Alfandega, e Art. 3iç). O Governo fica autorisado a alterar
Trapiches alfandegados, e se despacharem por as disposições deste regulamento, quando o bem
consumo para dahi sahirem por mar para bordo do serviço o exija, excepto sobre impostos, pe
do barco que as tenha de levar para algum porto nas , numero, e ordenados dos empregos, menos
do Imperio, seráõ sujeitas ás mesmas conferen os exceptuados no artigo 6.°
cias e fiscalisação que as sabidas para consume Art. aso. Fica derogada a legislação em con
do lugar onde estiver a Alfandega , declarando-se trario. ... i. u-Hi
de mais na verba da conferencia o destino que Rio de Janeiro, as de Junho de i836. ,. .,:!
vão ter, e depois de sabidos pela ponte da Alfan
dega seguiráõ dahi p&ra a da Mesa de Uive: sas Manoel do Nascimento Cattro -t -SUta.
'•. .-'•• • ..'. 1 , . • ,.'..). >„-•.>•
. . . ' * . '. i •:. i •' . ' .. • . ; . -'!•i .
. .' i . . . ." • ••..!-.-.!. ti.-iiu
• .. . •'•" .•;..:'.. i . ; i i , . .
mm
MMs*)*',- í í . . i..'.. •> •.' . . ,i • >.i ; | . !
u> ":. » . . .i 1' •. i" i • ' #ii ii.,' ..•'•!. . '.i' -'i: r •• •>
-•• ' . . . Ji.i-m .. .'•'. í-, o i,i. i >i.|ní->i";
. : ... :-|•.-| . -'.I>> . • : lII ' ) hi *i •Hl
.. > >; • .. •, . il . .••>'. •!) ! >*i . \ni ;:: .. i.'. , '. 1 .1• .{
CV
H ^H