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Claudir Rheinheimer
Atualização: Esp. Adriano Aparecido de Oliveira
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
GRADUAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO
MARINGÁ-PR
2012
Reitor: Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor: Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração: Wilson de Matos Silva Filho
Presidente da Mantenedora: Cláudio Ferdinandi
Av. Guedner, 1610 - Jd. Aclimação - (44) 3027-6360 - CEP 87050-390 - Maringá - Paraná - www.cesumar.br
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1. Administração. 2. Finanças - Empresa. 3.EaD. I. Título.
“As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir do site PHOTOS.COM”.
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Professor Me. Claudir Rheinheimer
APRESENTAÇÃO
Diante disso, o Cesumar almeja ser reconhecido como uma instituição universitária de referên-
cia regional e nacional pela qualidade e compromisso do corpo docente; aquisição de compe-
tências institucionais para o desenvolvimento de linhas de pesquisa; consolidação da extensão
universitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e a distância; bem-estar e satisfação
da comunidade interna; qualidade da gestão acadêmica e administrativa; compromisso social
de inclusão; processos de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, como também
pelo compromisso e relacionamento permanente com os egressos, incentivando a educação
continuada.
Todas as atividades de estudo presentes neste material foram desenvolvidas para atender o
seu processo de formação e contemplam as diretrizes curriculares dos cursos de graduação,
determinadas pelo Ministério da Educação (MEC). Desta forma, buscando atender essas
necessidades, dispomos de uma equipe de profissionais multidisciplinares para que,
independente da distância geográfica que você esteja, possamos interagir e, assim, fazer-se
presentes no seu processo de ensino-aprendizagem-conhecimento.
Neste sentido, por meio de um modelo pedagógico interativo, possibilitamos que, efetivamente,
você construa e amplie a sua rede de conhecimentos. Essa interatividade será vivenciada
especialmente no ambiente virtual de aprendizagem – AVA – no qual disponibilizamos, além do
material produzido em linguagem dialógica, aulas sobre os conteúdos abordados, atividades de
estudo, enfim, um mundo de linguagens diferenciadas e ricas de possibilidades efetivas para
a sua aprendizagem. Assim sendo, todas as atividades de ensino, disponibilizadas para o seu
processo de formação, têm por intuito possibilitar o desenvolvimento de novas competências
necessárias para que você se aproprie do conhecimento de forma colaborativa.
Portanto, recomendo que durante a realização de seu curso, você procure interagir com os
textos, fazer anotações, responder às atividades de autoestudo, participar ativamente dos
fóruns, ver as indicações de leitura e realizar novas pesquisas sobre os assuntos tratados,
pois tais atividades lhe possibilitarão organizar o seu processo educativo e, assim, superar os
desafios na construção de conhecimentos. Para finalizar essa mensagem de boas-vindas, lhe
estendo o convite para que caminhe conosco na Comunidade do Conhecimento e vivencie
a oportunidade de constituir-se sujeito do seu processo de aprendizagem e membro de uma
comunidade mais universal e igualitária.
Neste momento lhe está sendo apresentado o livro de Administração Financeira. Certamente
a curiosidade de conhecer o conteúdo é imensa, bem como, uma grande expectativa para
adquirir novos conhecimentos.
Partindo deste princípio, apresentamos um breve resumo do que você vai encontrar neste
material, visando empolgá-lo ainda mais para o novo aprendizado que ora se inicia.
Vamos apresentar nossa introdução separada por unidades, já que o material é composto por
cinco unidades.
Unidade I
O início do estudo passa pelas principais definições de finanças. Recorremos aos grandes
mestres da área para lhe dar uma noção clara e direta do que realmente é administração
financeira. Empresários, investidores e homens de negócios em geral, recorrem aos
profissionais das finanças para obter orientação acerca de suas decisões de investimentos ou
aplicações. O objetivo principal é obter o maior ganho ao menor risco, ou seja, ganhar bastante
e não perder.
O planejamento financeiro pode ser separado de curto prazo e longo prazo. Nesta unidade
falaremos do planejamento financeiro de curto prazo, já que na unidade IV falaremos do
planejamento financeiro de longo prazo.
Ainda na unidade I iremos conhecer um pouco sobre a questão tributária das empresas,
Unidade II
Nesta unidade, partiremos para os cálculos, já que não se pode falar em finanças sem lançar
mão de algumas fórmulas, equações e modelos matemáticos.
No caso da análise com uso de índices financeiros, veremos que os demonstrativos financeiros
de uma organização podem ser escritos em índices e esses, pautados na teoria, nos permitem
elaborar parecer sobre a situação econômico-financeira das companhias. Claro que existem
algumas limitações no uso de índices financeiros, que serão contempladas em nosso estudo.
Outro assunto que não poderia ficar de fora é a administração do capital de giro das empresas.
O capital de giro, como o próprio nome sugere, é o capital que garante a movimentação da
empresa, desenvolvendo sua atividade e buscando os resultados almejados.
Unidade III
A política de crédito cria uma importância crucial para o desempenho das empresas, já que
dela depende, em parte, o volume de vendas. Quanto maior o prazo concedido ao cliente,
teoricamente maior será o volume de vendas, e vice-versa. Logo, o profissional das finanças
deve conhecer algumas técnicas para aplicar e administrar corretamente a política de crédito
de uma empresa.
Unidade IV
Nesta unidade iremos falar um pouco das decisões financeiras de longo prazo. Essas decisões
não constituem o dia a dia do profissional das finanças. Já que dizem respeito a decisões de
capital, ou seja, de investimentos de longo prazo, como a decisão para comprar uma máquina
nova, a decisão para ampliar a construção, a decisão de se abrir uma filial entre outras. Verifica-
se-á que estas decisões não são tomadas todos os dias, são eventuais, esporádicas. Então,
iremos conhecer alguns métodos para auxiliar o profissional a decidir corretamente sobre
questões tão relevantes e que normalmente envolvem grande soma de recursos e modificam
a estrutura da empresa para sempre.
Entre os métodos de avaliação de projetos você vai conhecer os mais populares e mais
utilizados, sem abandonar o rigor técnico que a matéria exige. Selecionamos o Valor Presente
Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR) e o Período de Recuperação do Investimento
(PRI), também conhecido por payback.
Unidade V
Iniciaremos com a estrutura no Sistema Financeiro Nacional, já que toda e qualquer entidade
do mercado financeiro, de capitais, de seguros ou de previdência privada, faz parte do SFN.
O profissional do século XXI precisa conhecer as modernas práticas do dia a dia dos mercados,
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância 9
não só financeiro, como é o caso de operações bancárias, mas especialmente do mercado de
capitais. A globalização da economia trouxe novidades para os mercados e estas novidades
devem ser absorvidas, compreendidas e aplicadas.
UNIDADE I
AMBIENTE FINANCEIRO
RISCO E RETORNO............................................................................................................................21
PLANEJAMENTO FINANCEIRO.......................................................................................................22
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS................................................................................................32
UNIDADE II
CAPITAL DE GIRO...............................................................................................................................59
UNIDADE III
FINANCIAMENTOS
CAIXA.......................................................................................................................................67
FONTES DE FINANCIAMENTO.........................................................................................................80
UNIDADE IV
ORÇAMENTO DE CAPITAL................................................................................................................91
UNIDADE V
SISTEMAS FINANCEIROS
HISTÓRIA DO SEGURO...................................................................................................................144
CONCLUSÃO.........................................................................................................................165
REFERÊNCIAS......................................................................................................................175
UNIDADE I
AMBIENTE FINANCEIRO
Professor Me. Claudir Rheinheimer
Objetivo de Aprendizagem
• Abordar os principais conceitos de administração financeira, as metas e objetivos
do administrador financeiro e os principais pontos para introduzir o estudante a as-
suntos específicos das finanças.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
A principal pergunta que se pode fazer neste momento: por que estudar finanças? Existem
muitas razões pelas quais você precisa ter conhecimento de finanças. A escolha da carreira de
administrador deve ser a principal resposta. Mas, também, para organizar sua vida pessoal. O
conhecimento das principais técnicas e procedimentos de finanças, que serão estudados neste
livro, certamente permitirá que você tome as decisões acertadas em sua vida profissional e na
gestão do patrimônio pessoal.
Se observarmos os dois conceitos, verificamos que dizem a mesma coisa com palavras
diferentes. Groppelli diz ter o maior lucro com o menor risco, enquanto Gitman diz que finanças
administram fundos.
A escassez referida pelo autor é a chave dessa equação de difícil solução, já que, em geral, os
recursos são escassos e as necessidades ilimitadas.
Segundo Gitman algumas pessoas acreditam que o objetivo da empresa é sempre maximizar
o lucro. Para alcançar essa meta, o gerente financeiro tomaria apenas as ações que gerassem
uma grande contribuição esperada para o total dos lucros da empresa.
A maximização do lucro fracassa por várias razões: o tempo de retorno ignorado, os fluxos de
caixa disponíveis para acionistas e o risco.
Ainda no raciocínio de Gitman, a maximização da riqueza deve ser a meta de todos os gerentes
financeiros, pois é ela que maximiza a riqueza dos proprietários da empresa.
O lucro certamente contribui para a valorização e aceitação das ações das empresas, por esta
razão deve ser considerado como fator que conduz à maximização da riqueza.
Toda essa questão citada por Gitman, de que o lucro fracassa em muitos casos e entre as
causas cita o risco, que estudaremos em tópicos adiante.
RISCO E RETORNO
Definição de risco:
Qual o risco associado a uma decisão? Certamente a resposta seria o quanto se pode perder
caso o negócio não dê certo. Então, se tem como clara a compreensão de risco.
Definição de Retorno
O total de ganho ou perda ocorrido por meio de um dado período de tempo (Gitman, 2006).
Para Groppelli retorno são receitas esperadas ou fluxos de caixa antecipados de qualquer
investimento.
Note-se que agora podemos fazer uma melhor interpretação das metas do administrador
financeiro.
Se ele considerar apenas a maximização do lucro, despreza o risco e este risco pode
representar a grande ameaça ao lucro.
Podemos resumir a maximização do lucro como a combinação entre risco elevado, retorno
elevado e curto espaço de tempo. Já a maximização da riqueza como a relação de risco
menor, retorno menor e tempo maior.
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
Neste aspecto deve-se compreender bem que os planos de longo prazo formulam a estratégia
da empresa, ou seja, o que ela pretende, onde pretende chegar. Com base nestas estratégias
se formulam as ações de curto prazo e estas ações, por sua vez, encaminham a empresa para
atingir os objetivos maiores, as estratégias estabelecidas.
Nível estratégico: são decisões que modificam a estrutura da empresa, que mudam sua
relação com o meio ambiente.
Para Gitman (2006) o orçamento de caixa, ou previsão de caixa, é uma demonstração das
entradas e saídas planejadas no caixa da empresa. É usado pela empresa para estimar o
caixa exigido a curto prazo, com atenção especial ao planejamento para excedentes de caixa
e para escassez de caixa.
A previsão das vendas de uma empresa em um dado período é preparado pelo departamento
de marketing. Com base na previsão de vendas, o gerente financeiro estima o fluxo de caixa
mensal que resultará das receitas de vendas projetadas e das despesas relacionadas à
produção, estoque e vendas. Determina também o nível de ativos fixos exigidos e o montante
de financiamentos, se houver, necessário para apoiar o nível de previsão de vendas e de
produção.
Nota-se que estamos falando de previsões, que são dados prováveis. Todo planejamento de
caixa depende da confiabilidade da previsão das vendas, já que a maior parte dos outros
insumos é decorrente desta.
desembolso de caixa
20% à vista, 50% em 30 dias, ou seja, recebidos no mês seguinte e 30% recebidos em 60
dias, equivalente a dois meses após a venda ser efetivada. Além da venda prevê-se outros
recebimentos no valor de 30 (em $ 1000).
Compras. Esse lançamento serve apenas para informação. Os dados representam 70% das vendas
previstas para cada mês. Foram incluídos para facilitar o cálculo das compras à vista e os pagamentos
relacionados.
Compras à vista As compras à vista representam 10% das compras do mês.
Pagamentos de C/P Esses lançamentos representam o pagamento de contas a pagar (C/P) resultan-
tes das compras nos meses anteriores.
Depreciação pode ser definida como uma despesa pelo desgaste dos bens ou simplesmente
pela perda de valor pelo passar do tempo.
Nas finanças as depreciações são classificadas como item não monetário, já que seu valor
não representa efetiva saída de caixa, mas sim um lançamento contábil para ajustar o valor
dos bens à realidade e reduzir a base de cálculo para o imposto de renda, já que ela é tratada
como uma despesa comum.
O imposto de renda merece um tratamento mais detalhado, já que a matéria é um pouco mais
abrangente. Podemos dividir o importo de renda pra pessoa jurídica em lucro real e lucro
presumido.
Data da Apuração
Para efeito de incidência do imposto sobre a renda, o lucro real das pessoas jurídicas deve ser
apurado na data de encerramento do período de apuração.
Estão obrigadas ao regime de tributação com base no lucro real, em cada ano calendário, as
pessoas jurídicas:
a) cuja receita total, ou seja, o somatório da receita bruta mensal, das demais receitas e
ganhos de capital, dos ganhos líquidos obtidos em operações realizadas nos mercados
de renda variável e dos rendimentos nominais produzidos por aplicações financeiras de
renda fixa, da parcela das receitas auferidas nas exportações às pessoas vinculadas ou
aos países com tributação favorecida que exceder o valor já apropriado na escrituração da
empresa, no ano calendário anterior, seja superior ao limite de R$ 48.000.000,00 (quarenta
e oito milhões de reais), ou de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) multiplicado pelo
número de meses do período, quando inferior a doze meses;
b) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de de-
senvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento,
sociedade de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e
câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercan-
til, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades
de previdência privada aberta;
c) que tiveram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
d) que, autorizada pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção
ou redução de impostos;
e) que, no decorrer do ano calendário, tenham efetuado pagamento mensal do imposto de
renda, determinado sobre a base de cálculo estimada, na forma do artigo 2º da Lei n. 9.430,
de 1996;
f) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a
pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo
ou de prestação de serviços (factoring).
Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) 15% e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido
é de 9%.
Lucro Presumido
É a forma de tributação onde se usa como base de cálculo do imposto, o valor apurado
mediante a aplicação de um determinado percentual sobre a receita bruta.
Podem optar pelo lucro presumido as pessoas jurídicas, não obrigadas à apuração do lucro
real, cuja receita bruta total, no ano calendário imediatamente anterior, tenha sido igual ou
inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais) ou ao limite proporcional de
R$ 4.000.000,00 multiplicados pelo número de meses de atividade no ano, se inferior a 12
meses.
Igualmente não podem todas aquelas obrigadas pelo lucro real, já definidas.
Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta são os abaixo discriminados (RIR/1999,
art. 223):
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Fonte: PHOTOS.COM
Composta pelos direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os
derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas,
diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios
usuais na exploração do objeto da companhia:
Ativo Permanente
* Imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção
das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive
os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle
desses bens.
Passivo Circulante
Composta pelas contas que representam as obrigações da empresa vencíveis até o final do
Patrimônio Líquido
* Reservas de Capital: será composta pela contribuição do subscritor de ações que ultra-
passar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que
ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de
conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias; o produto da alienação de
partes beneficiárias e bônus de subscrição; o prêmio recebido na emissão de debêntures;
as doações e as subvenções para investimento.
* Reservas de Lucros: serão compostas pelas contas constituídas pela apropriação de lucros
da companhia.
Da Obrigatoriedade e Vigência
Publicada em 17/12/1976, entrou em vigor 60 (sessenta) dias após a sua publicação, aplican-
do-se, todavia, a partir da data da publicação, às companhias que se constituírem.
LEI Nº 11.638/2007
As novas regras introduzidas pela Lei nº 11.638/2007 estão alinhadas ao mercado contábil
internacional e possui como objetivo principal, possibilitar a eliminação de barreiras regulatórias
e impedem a inserção total das companhias abertas no processo de convergência contábil
internacional.
* Passivo Circulante.
* Patrimônio Líquido: será divido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avalia-
ção Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
Diante desta nova estrutura de Balanço Patrimonial, podemos observar as seguintes alterações
em algumas contas patrimoniais:
Ativo Permanente
O Patrimônio Líquido será divido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação
Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
* Ajustes de Avaliação Patrimonial: serão classificadas como ajustes de avaliação patrimo-
nial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos
do ativo.
A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a
reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções
governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo
obrigatório.
Da Obrigatoriedade e Vigência
Como o exercício social não precisa seguir o ano calendário, podendo, por exemplo, ter iniciado
em 01/06/2007 e encerrado em 31/05/2008, as alterações da Lei nº 11.638/2007 somente
serão aplicadas às demonstrações financeiras encerradas a partir de 2009, nos casos das
companhias que iniciaram suas atividades anteriormente à 01/01/2008.
MP 449/2008
* Ativo Não Circulante: será dividido em Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imo-
bilizado e Intangível.
* Passivo Circulante.
* Patrimônio Líquido: será dividido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Ava-
liação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
Fonte: PHOTOS.COM
podemos observar as seguintes alterações em algumas
contas patrimoniais:
O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido que, pela sua natureza, não
puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo sob essa classificação
até sua completa amortização, sujeito a análise sobre a recuperação. Caso esta amortização
se finalize até o final do exercício seguinte, poderá ser classificado no Ativo Circulante.
Passivo Circulante
Fica eliminado o grupo Resultados de Exercícios Futuros (REF), e o saldo existente no REF em
31/12/2008 deverá ser reclassificado para o Passivo Não circulante em conta representativa
de receita diferida, e esse registro deverá evidenciar a receita diferida e o respectivo custo
diferido.
O Patrimônio Líquido será dividido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação
Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados.
Registros Contábeis
Da obrigatoriedade e vigência
• a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o
lucro bruto;
• o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
Estimado acadêmico, se você se identificou e gostou desta matéria, veja as oportunidades de carreira
na administração financeira na tabela 1.1 do livro de Gitman (2006).
Caro acadêmico, começamos a perceber que as Finanças são parte essencial do conhecimento
do administrador. Costuma-se dizer que se as finanças de uma organização não vão bem, as
demais áreas também não vão.
A gerência financeira é um cargo muito almejado por administradores, pois é bem remunerado.
Mas trata-se de um cargo de altíssima responsabilidade, pois todos os setores da empresa
estão ligados diretamente a esta área.
Já imaginou você sendo o executivo de uma empresa e todos os setores dependentes da sua
gerência?
Caberá, então, a você, caro aluno, identificar se gostou ou não desta área de conhecimento
da administração.
3- Qual a relação entre risco, retorno e tempo para a maximização do lucro e para a maximi-
zação da riqueza, apresentada pelos autores?
Previsão de vendas: fev 180.000; mar 185.000; abr 190.000; mai 210.000 e jun
220.000.
Condições de crédito: 15% à vista; 35% em 30 dias e 50% em 60 dias.
As compras representam 60% do valor mensal das vendas e serão pagas da se-
guinte forma: 10% à vista; 50% em 30 dias e o restante em 60 dias.
Impostos: 7% de ICMS; 3% de COFINS e 0,65% de PIS, incidentes sobre as vendas
do mês anterior.
Os salários são fixos e mensais de 25.000, acrescidos de encargos de 84%.
No mês de abril a empresa deverá efetuar o pagamento de uma parcela relativa à
aquisição de um imóvel no valor de 40.000.
Haverá recebimento de juros, mensalmente, na ordem de 3% sobre o valor da ven-
da mensal.
No mês de junho a empresa poderá resgatar uma aplicação financeira no valor de
60.000, acrescida de 10% de juros.
Saldo inicial = 2.000,00.
Com base nestas informações pede-se para estruturar um orçamento de caixa para os
meses de abril, maio e junho e produzir um relatório de análise dos saldos, considerando
10% da venda do mês como saldo ideal.
Objetivo de Aprendizagem
• Abordar os índices financeiros, cujo estudo permite ao profissional de finanças
fazer uma leitura econômico-financeira da situação das entidades.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
Os administradores devem saber que as analises e índices financeiros não são suficientes
para dizer se uma empresa está em níveis bons ou ruins, as analises são demonstrativos
que relacionam caixa e os ativos da empresa. Desta forma nesta unidade através do estudo
das demonstrações financeiras e capital de giro, os administradores poderão entender as
necessidades da empresa, para que sua decisão seja de forma pontual.
É através das analises e índices financeiros, que o administrador poderá avaliar o desempenho
de uma empresa, possibilitando ao gestor ter uma noção geral de como está os ativos,
produzindo resultados financeiros para que se possa tomar decisões e fazer o planejamento
do exercício. Gropelli e Nikbakht (2006, p.348) cita que pelo estudo desses demonstrativos, os
administradores podem localizar pontos fracos nas operações financeiras e adotar medidas
corretivas apropriadas.
Os demonstrativos financeiros são uma importante ferramenta para que os gestores possam
aperfeiçoar o processo, criando situações favoráveis e fazendo a realocação de recursos e
investimentos, garantindo assim a continuidade e expansão de suas riquezas, agregando valor
a suas marcas e produtos.
O capital de giro exige que o administrador financeiro tenha direcionamento estratégico, pois
desenvolve atividades em um cenário constante de risco e sempre precisa estar se adequando
a mudanças, buscando o equilíbrio financeiro de acordo com as necessidades da empresa,
ligando diretamente o capital de giro ao planejamento estratégico da empresa.
Desta forma o capital de giro necessita muito mais que demonstrações financeiras, precisa de
planejamento estratégico, para que a empresa atinja seus objetivos a curto e ao longo prazo,
para estar dentro das necessidades da empresa, sustentando as operações do dia dia.
Existem vários meios para avaliar o desempenho de uma empresa. Um deles consiste na
análise de seus demonstrativos financeiros. Pode-se fazer isso de três maneiras:
1- estudar o conteúdo da demonstração do resultado do exercício e do balanço patrimonial;
O propósito final da análise financeira dos demonstrativos contábeis por meio desses três
procedimentos é auxiliar os administradores a realizarem um planejamento consistente
(GROPPELLI, 2006).
Verifica-se, claramente, que o insumo mais importante para uma análise com uso de índices
financeiros são os demonstrativos contábeis, em especial o demonstrativo do resultado
do exercício e o balanço patrimonial. Logo, é necessária uma boa compreensão destes
demonstrativos para elaborar relatórios, interpretar adequadamente a situação das entidades
e elaborar um planejamento seguro.
Groppelli prossegue na sua análise dizendo que a administração responsável de uma empresa
exige o constante acompanhamento das operações. Por exemplo, os executivos financeiros
precisam saber se suas empresas possuem ou não suficiente liquidez; isto é, eles devem
assegurar-se de que fundos suficientes estão disponíveis para pagar as dívidas pontualmente.
As empresas também estabelecem diretrizes em relação aos montantes de empréstimos e de
compromissos financeiros fixos aceitáveis.
Em algumas situações pode-se utilizar a média dos índices da concorrência como parâmetro
e em outras são preferidos os índices da empresa líder do setor.
Análise da série-temporal
Este tipo de análise encontra restrições de uso em empresas novas, com apenas um período
de informações, já que não é possível fazer uma evolução histórica dos dados. Para estas
empresas deve ser utilizada a comparação setorial.
Análise combinada
Esta talvez seja a melhor maneira de utilizar análise com índices financeiros, pois permite uma
visão combinada possível de avaliar a tendência do comportamento do índice em relação à
tendência para o setor.
Estes são cuidados que se deve tomar para obter uma correta interpretação do resultado da
análise de índices financeiros.
Para Gitman (2006, p. 194) os índices financeiros podem ser divididos em cinco categorias
básicas: liquidez, atividade, endividamento, lucratividade e índices de mercado.
ÍNDICE DE LIQUIDEZ
A liquidez de uma empresa é medida por sua capacidade de satisfazer suas obrigações
no vencimento. A liquidez se refere à solvência da posição financeira geral da empresa – a
facilidade com a qual ela pode pagar suas contas.
Esse índice mede a capacidade que a empresa tem para pagar suas obrigações no curto
prazo. Faz uma relação dos valores a receber com os valores a pagar, no curto prazo. Mostra
quantos reais ela tem para cada real de dívidas. A fórmula utilizada é a seguinte:
Um índice de curto prazo aceitável comumente citado é 2,0. Mas deve-se atentar aos
componentes patrimoniais que originam este índice. O analista financeiro não deve se ater
simplesmente ao índice, mas deve investigar a qualidade dos componentes. Veja o exemplo
abaixo:
Caixa.............................1.000,00 Fornecedores....................15.000,00
Estoques......................15.000,00
Total.............................40.000,00
Isto quer dizer que a empresa tem R$ 2,00 para receber para cada R$ 1,00 de dívidas a pagar.
Certamente apresenta uma situação de liquidez confortável.
Ao analisar a qualidade dos componentes do ativo circulante esse índice pode não ser tão bom
assim. Suponha que metade das duplicatas a receber sejam incobráveis e outra metade dos
estoques seja de produtos não vendáveis, estoque obsoleto. Teríamos, então, um novo valor
real para o ativo circulante:
Desta forma ,deve-se analisar, além do índice, a composição dos componentes patrimoniais.
Também chamado de quociente ácido, porque se extrai os estoques do valor do ativo circulante.
O estoque representa o componente de menor liquidez do ativo circulante e sem ele o índice
de liquidez contém apenas componentes facilmente convertidos em liquidez.
Este índice retrata a saúde financeira, incluindo o longo prazo. Por isso chamada de liquidez
geral.
Liquidez Geral = Ativo circulante + ativo realizável em longo prazo/passivo circulante + Passivo
exigível em longo prazo.
ÍNDICES DE ATIVIDADE
Giro de estoque
O giro de estoque pode ser convertido facilmente em uma idade média de estoque, dividindo-
-se por 360.
Em outras palavras: o giro de estoque significa quantas vezes o estoque médio da empresa
foi vendido em um ano. Ele mede a velocidade das vendas. A idade média de estoque indica
o tempo médio que os estoques ficam na empresa até serem vendidos.
Mede a idade média das contas a receber. É útil para comprar com a política de crédito
praticada pela empresa.
Por exemplo: a empresa concede, em média, 45 dias para seus clientes. Se o prazo médio
de recebimento apontar para 50 dias, significa que a empresa recebe, em média, suas contas
com atraso de 5 dias.
Calcula a idade média das contas a pagar e pode ser calculado da seguinte forma:
Esse índice indica a eficiência com que a empresa utiliza seus ativos para gerar vendas.
Quanto maior o índice melhor a utilização dos ativos.
ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
Groppelli diz que uma empresa pode tomar dinheiro emprestado em curto prazo, principalmente
para financiar seu capital de giro, ou em longo prazo, sobretudo para comprar instalações
ou equipamentos. Quando a empresa se endivida em longo prazo, compromete-se a efetuar
pagamentos periódicos de juros – e liquidar o principal na data do vencimento. Para fazer isso,
deve gerar lucro suficiente para cobrir os pagamentos das dívidas. Uma forma para descobrir
o grau de endividamento de uma empresa é analisar vários índices de endividamento.
Esse índice indica o percentual de ativos totais que é financiado por capital de terceiros.
Mede a capacidade que a empresa tem de pagar juros. Este índice pode ser calculado
aplicando a fórmula:
Quanto maior for este índice, melhor será a capacidade de pagar juros da empresa.
ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE
São índices que avaliam os lucros da empresa com relação a um dado nível de vendas ou ao
investimento dos proprietários.
A margem bruta mede a porcentagem de ganho da empresa na pura compra e venda. Pode
ser calculada utilizando-se da fórmula a seguir:
Mede a porcentagem de cada unidade monetária em vendas restantes depois que todos os
custos e despesas são deduzidos. Calcula-se assim:
Mede a porcentagem restante depois de deduzidas todos os custos e despesas, inclusive juros
e imposto de renda. A fórmula para o cálculo é a seguinte:
Mede a eficiência geral da administração a gerar lucros com seus ativos. Quanto mais alto o
retorno sobre o ativo total da empresa, melhor. Pode ser calculado da seguinte maneira:
Mede o ganho dos proprietários da empresa, já que o patrimônio líquido representa o montante
dos sócios investido na empresa. Pode ser calculado pela seguinte fórmula:
Neto (2003) diz que o conceito de capital de giro apresenta usualmente diferentes interpretações
que são aplicadas segundo os critérios e a natureza do estudo desenvolvido. Em virtude de
terem sido esboçadas, muitas vezes, metodologias alternativas de cálculo de acordo com as
definições consideradas, é fundamental que se descrevam os principais conceitos e formas de
remuneração do capital de giro.
O capital de giro corresponde ao ativo circulante de uma empresa. Em sentido amplo, o capital
de giro representa o valor dos recursos demandados pela empresa para financiar seu ciclo
operacional, o qual engloba as necessidades circulantes identificadas desde a aquisição de
matérias-primas até a venda e o recebimento dos produtos elaborados.
A figura desenvolvida por Neto, apresentada abaixo, retrata o fluxo de capital de giro de acordo
com o ciclo de produção e venda de uma empresa industrial.
É a interpretação mais usual. Representa, de maneira geral, o valor líquido das aplicações
processadas no ativo circulante da empresa.
A forma mais direta de obter o capital de giro líquido, ou capital circulante líquido, como também
é denominado, é mediante a simples diferença entre ativo circulante e passivo circulante, ou
seja:
O capital de giro líquido pode também ser entendido como a parcela do ativo circulante
financiada pelos recursos de longo prazo da empresa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos, nesta segunda unidade, que existem várias maneiras para avaliarmos o desempenho
de uma empresa. Qual a importância disto? Mensurar o que é rentável, tomar decisões sobre
compra, venda etc.
Vimos, então, que podemos fazer isto de três modos. O primeiro consiste em estudar o
conteúdo da demonstração do resultado do exercício e do balanço patrimonial. O segundo
modo é analisar os demonstrativos de fluxo de caixa. E, por fim, o último modo é examinar as
relações entre os demonstrativos de resultado e o balanço patrimonial, realizando uma análise
de índices financeiros.
Tudo isso é feito para que o administrador possa fazer um bom planejamento para a empresa.
Para que esta análise seja consistente, é preciso ter uma irretocável compreensão dos
demonstrativos contábeis para elaborar relatórios, interpretar adequadamente a situação das
entidades e elaborar um planejamento seguro.
Você, como executivo financeiro, necessitará saber se a sua organização possui ou não
liquidez, isto é, dinheiro para pagar as contas no vencimento certo. Empresa que não paga
Na próxima unidade trataremos sobre o assunto liquidez, pois o tema é Caixa. Já ouviu falar?
Pois bem, vamos continuar nossa leitura.
ATIVIDADES DE AUTOESTUDO
1) Por meio do Balanço Patrimonial gerado em 31/12/2011 da companhia Rede Verde, calcule
os indicadores de liquidez seca e liquidez geral, mediante os dados do balanço a seguir.
PASSIVO
CIRCULANTE 96.000 99.500 115.100
Fornecedores 48.000 53.000 102.000
Impostos a pagar 15.000 8.500 13.100
Empréstimos 33.000 38.000 0
PELP
Financiamentos 80.000 40.000 20.000
Informações complementares:
Saldos em 31/12/2006:
Dupl. a receber = 72.000 Estoques = 60.000 Fornecedores = 48.000
Prazo concedido para os clientes = 15 dias
Prazo obtido dos fornecedores = 25 dias
FINANCIAMENTOS
Professor Me. Claudir Rheinheimer
Objetivo de Aprendizagem
• Aprender sobre a administração financeira de curto prazo. Gitman diz que setenta
porcento do tempo gasto pelos administradores financeiros é com as decisões de
curto prazo, que é o dia a dia da empresa. Logo, é de vital importância a correta
compreensão das ferramentas disponíveis para a tomada de decisões no curto
prazo.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
Conforme já foi mencionado, Gitman diz que setenta porcento do tempo dos gerentes
financeiros é gasto com a administração de curto prazo. É de fundamental importância o
domínio destes instrumentos, por isso convidamos o estudante a fazer uma leitura detalhada
dos textos, refletir e compreender o conteúdo e, por fim, resolver os exercícios propostos.
É importante que se inicie esta discussão definindo liquidez. Que nada mais é do que algo
facilmente transformado em dinheiro e sem perda significativa em seu valor. Podemos dizer,
então, que o caixa representa o grau máximo de liquidez do grupo do ativo circulante, já que é o
próprio dinheiro. O critério do grau decrescente de liquidez será aqui utilizado para a ordem das
contas que serão estudadas. Com isto teremos a conta caixa em primeiro lugar, posteriormente
a política de crédito, cuja conta principal são as duplicatas a receber e finalmente os estoques,
que representam o menor grau de liquidez entre as contas do ativo circulante.
CAIXA
Para compreender melhor o ciclo operacional podemos dizer que é o tempo transcorrido
entre o pedido da matéria-prima e o recebimento do dinheiro proveniente da venda do produto
elaborado com esta matéria-prima.
Co + PME + PMC
Co = Ciclo operacional
PME = Período médio de estoque
PMC = Período médio de cobrança
Ciclo de caixa é o tempo em que os fundos da empresa estão parados, ou seja, utilizados para
financiar a atividade.
É importante conhecer o PMP (Período médio de pagamento), pois este é o prazo que o
Cc = Co – PMP
Cc = Ciclo de caixa
Co = Ciclo operacional
PMP= Período médio de pagamento
A empresa faz o pedido de matéria-prima e demora 5 dias para recebê-la, fica no estoque de
materiais por mais 4 dias. Vai para o processo de produção onde fica por mais 3 dias até o
produto ficar pronto. O produto vai para o estoque a espera de um comprador durante 5 dias.
O comprador aparece e recebe mais 45 dias de prazo da empresa para efetuar o pagamento.
Com esses dados podemos, facilmente, calcular o ciclo operacional e o ciclo de caixa, basta
utilizar as fórmulas acima:
Cc = Co - PMP
Cc = 62 - 30
Cc = 32 dias
Esse resultado quer dizer que a empresa precisa ter caixa para financiar 32 dias do seu ciclo
operacional, já que 30 dias são cobertos pelo fornecedor.
Os esforços dos gerentes financeiros, então, devem ser no sentido de diminuir ao máximo o
ciclo de caixa, ou seja, utilizar o mínimo de recursos próprios possível.
Em relação à idade média dos estoques, pode-se melhorar a logística, ou seja, a estrutura
de transporte e locomoção dos insumos, melhora de tecnologia para apressar o processo de
produção entre outros.
Já na redução do prazo concedido aos clientes deve-se tomar cuidado com o prazo oferecido
pela concorrência, pois uma simples redução deste prazo pode resultar em perda de vendas.
Para obter prazos maiores dos fornecedores é necessário negociar e ter um leque de
fornecedores, para que a empresa consiga avaliar as melhores opções.
Agora que já conhecemos o ciclo de caixa, seu método de cálculo e sua importância, podemos
avançar na sequência das contas do ativo circulante, pelo grau decrescente de liquidez e
encontrados as contas a receber, cujo componente mais importante são as duplicatas a
receber, originadas das vendas a prazo que, por última análise, são decorrentes da política de
crédito das empresas.
Neto (2003) diz que de acordo com o enfoque usualmente adotado, o estabelecimento de uma
política de crédito envolve, basicamente, o estudo de quatro elementos, a saber: análise dos
padrões de crédito, prazo de concessão, descontos financeiros por pagamentos antecipados
e políticas de cobrança.
No processo de análise de risco, conforme deve a empresa também fixar seus padrões de
crédito, ou seja, requisitos de segurança mínimos que devem ser atendidos pelos clientes para
que se conceda o crédito.
Colateral: o montante de ativos que o solicitante tem disponível para usar como garantia ao
crédito; e
Nota-se que a aplicação dos cinco Cs diminui o risco de vender para clientes que não têm
condições para pagar suas dívidas posteriormente, ou mesmo vender para quem não quer
efetuar o pagamento.
Para Neto (2003), o ideal seria a realização das vendas totalmente à vista, pois além da
inexistência das despesas provenientes do crédito, não teria que assumir custos financeiros
nos valores a receber, nem tampouco correr o risco da inadimplência.
Neto define o desconto financeiro como o abatimento no preço de venda efetuado quando
os pagamentos das compras realizadas forem feitos à vista ou a prazos bem curtos. Da
mesma forma que o prazo de concessão de crédito, o desconto financeiro por pagamentos
antecipados, podem afetar todos os seus elementos.
Existe outra definição para pagamentos antecipados que é feito quando o primeiro pagamento é efet-
uado no ato do financiamento, considerando como entrada, neste caso veja o exemplo abaixo.
Seu João adquiriu um financiamento junto ao banco no valor de R$ 3.000,00 por um prazo de 12
meses para pagar, a taxa de 1,5% ao mês. Qual o valor das prestações, sendo que a primeira parcela
foi paga antecipadamente?
PV: 3.000,00
I: 1,5 ao mês
N: 12 meses
PMT?
Mais adiante vamos conhecer uma fórmula matemática para calcular a conveniência ou não de
se oferecer algum desconto financeiro.
Com o aumento das vendas as perdas com incobráveis tendem a aumentar. Neste caso,
precisa-se confrontar estas variáveis.
- Incobráveis.
Para avaliar alterações na política de crédito pode-se aplicar os cálculos seguindo as fórmulas
abaixo:
1- Contribuição adicional para o lucro líquido.
C DF = Quantidade vendida a prazo x preço unitário x porcentagem das vendas que irão
aproveitar o desconto x percentual do desconto financeiro.
Atualmente a empresa venda 3.000 unidades de seu produto, ao preço unitário de R$ 20,00
e o custo variável por unidade é de R$ 9,00. O prazo que concede atualmente é de 45 dias e
pretende elevá-lo para 60 dias. Com o prazo maior, acredita-se que as vendas aumentarão em
20%. A empresa exige uma taxa de retorno para seus investimentos na ordem de 15%.
Os incobráveis representam 2% das vendas e com o aumento de vendas devem passar para
3%.
Solução:
1- Contribuição adicional ao lucro líquido
Em resumo:
Aumento no lucro líquido R$ 6.600,00
Aumento no IMDR R$ (303,75)
Como o resultado se refere a um ganho líquido, podemos concluir que a proposta da empresa
pode ser aceita.
Em um segundo momento, vamos considerar a situação inicial da empresa, mas agora ela
pretende introduzir um desconto financeiro para antecipação de recebimento.
Veja o cálculo abaixo para avaliar a viabilidade da proposta de introduzir um desconto financeiro
de 3% para quem antecipar o pagamento. Presume-se que 60% dos clientes irão aproveitar o
desconto financeiro. Note que o prazo médio de cobrança deve cair para 30 dias e as vendas
terão aumento de 10% e os incobráveis não devem sofrer alteração.
1- CAL = 300 x (R$ 20,00 – R$ 9,00)
CAL = 300 x 11,00
CAL = 3.300,00
3- C DF = 3.300 x
C DF = 3.300 x R$20,00 x 0,60 x 0,03 = 1.188,00
RESUMO:
CAL = R$ 3.300,00
IMDR = R$ 135,00
C.DF = R$ (1.188,00)
TOTAL = R$ 2.247,00
A proposta poderá ser aceita, pois o aumento nas vendas (de 10%) irá provocar aumento nos
lucros de R$ 3.300,00 e a necessidade menor de investimentos em duplicatas a receber trará
um ganho de R$ 135,00, que cobrem tranquilamente o valor que será dado em descontos, que
é de R$ 1.188,00, restando, ainda positivo, R$ 2.247,00 para acrescentar ao lucro líquido da
empresa.
Fonte: PHOTOS.COM
que precisa de maior perícia para a correta administração.
Não deve haver lotes grandes demais, já que representa
dinheiro para o custo financeiro e nem lotes insuficientes
para atender aos pedidos dos clientes.
Sistema ABC
Nota-se que a empresa deve ter atenção total para os itens do grupo A, que representam a
maior parte absoluta do valor de estoques. Já o grupo C é númeroso em quantidade, mas
representa uma soma em dinheiro muito pequena e pode ser controlado por métodos simples
e nada custosos.
Uma das técnicas mais comuns para determinar o tamanho ótimo do pedido. Esse modelo
considera vários custos de estoque e, então, determina qual deles minimiza o custo total do
estoque. Os custos de pedir incluem os custos fixos administrativos de colocar e receber
pedidos. Os custos de pedir são estabelecidos em dinheiro por pedido. Os custos de
manter são os custos variáveis, por unidade, de manter um item em estoque por um período
específico de tempo. Pode-se citar os custos de armazenamento, de seguro, de deterioração
e obsolescência e o custo de oportunidade do valor investido.
Lec=√2x5x0
c
Vejamos um exemplo:
Uma empresa demanda 36.000 unidades de um item por ano. O custo por pedido é de R$ 3,00
e o custo para manter uma unidade em estoque é R$ 1,50. Calcule a quantidade que minimiza
o custo do estoque, utilizando o modelo do lote econômico de compras.
Q = 2 x 36000 x R$ 3,00/R$ 1,50
Q = 144.000
Q = 379,47 unidades.
Agora que a empresa já sabe quanto pedir (LEC) precisa definir quando pedir. O ponto de
pedido reflete a quantidade diária consumida pela empresa e o tempo que leva para receber
Aproveitando o exemplo acima, vamos considerar que a empresa trabalha 360 dias por ano e
leva dias para receber os insumos a partir da data do pedido, logo:
Se a empresa consome 36.000 unidades por ano de 360 dias, tem-se uma demanda diária de
100 unidades. O tempo para receber o pedido é de 2 dias, então quando a empresa estiver
com 200 unidades em estoque fará um novo pedido.
Exercícios
1- Apresente as variáveis-chave a serem consideradas caso a empresa decida introduzir um
desconto financeiro para clientes que queiram antecipar os pagamentos, bem como a dire-
ção de mudança e o efeito sobre os lucros para cada uma.
2- Uma empresa pretende fabricar lotes maiores para reduzir seus custos de preparação
associados à produção de seu produto. A redução total anual em custos de preparação foi
estimada em R$ 20.000,00. Como consequência dos lotes maiores de produção, é espera-
do que o investimento médio em estoques aumente de R$ 340.000,00 para R$ 460.000,00.
A empresa pode ganhar 20% por ano em investimentos igual risco.
3- Uma fábrica está contemplando aumentar seu período de crédito de 45 para 60 dias e
acredita que como resultado desta mudança suas vendas atuais de 23.000 unidades irão
aumentar em 25%. O preço de venda por unidade é de R$ 65,00 e o custo variável unitário
é de R$ 42,00. Os incobráveis devem aumentar de 2% para 3%. O retorno exigido é de
15%. Avalie esta proposta e faça uma recomendação à empresa.
d) Caso a empresa consiga reduzir o ciclo de caixa de “a” em 5 dias, qual será o custo para
manter o novo ciclo?
Informações:
Com base nestas informações pede-se para estruturar um planejamento de caixa para os
meses abril, maio e junho, bem como produzir um relatório de análise dos saldos de cada
mês, considerando como ideal um saldo de 10% do valor da venda bruta do respectivo
mês.
Previsão de vendas: fev. 80.000 mar. 85.000 abr. 90.000 maio. 100.000 e jun. 110.000
Condições de vendas: 10% à vista; 20% 30 dias e 70% 60 dias.
Compras: representam 60% das vendas de cada mês e serão pagas nas mesmas condi-
ções.
Impostos: 7% de ICMS; 3% de COFINS e 0,65% de PIS, incidentes sobre as vendas do
mês anterior.
Salário fixo e mensal de 10.000, encargos de 35% sobre os salários.
Saldo inicial de caixa: 5.000,00
FONTES DE FINANCIAMENTO
Dileep Rao (2003) escreveu os vinte e cinco princípios para a empresa captar dinheiro e
crescer. Entre outras afirmações diz que DINHEIRO GERA DINHEIRO.
Será que dinheiro gera dinheiro, mesmo quando se tratar de recursos de terceiros, de
financiamentos? Cujo recurso tem prazo e condições para ser devolvido, além de encargos
financeiros, caros muitas vezes.
Princípio 2: defina quanto dinheiro você precisa, quando irá precisar dele e como irá
usá-lo.
Essas são três primeiras perguntas que qualquer financiador irá fazer, e você precisa ter
respostas concretas e detalhadas para demonstrar credibilidade.
Não há nada que evolua totalmente de acordo com o planejado. Algumas circunstâncias
podem afetar sua necessidade de caixa e você precisa saber como lidar com as mudanças.
Procure dinheiro na fonte certa. Devido à especialização dos mercados financeiros nos últimos
anos, a maior parte das instituições oferece algumas modalidades de financiamento. Se você
recorrer ao tipo inadequado de instituição financeira para tentar obter qualquer modalidade de
financiamento, irá perder tempo e esforço.
Para tornar mais fácil sua tarefa de procurar por financiamento, você precisa compatibilizar as
fontes financeiras e as suas necessidades. Os financiadores têm capacidades diferentes de
financiar e absorver riscos.
Se você não tem histórico de empréstimos, amigos e familiares costumam ser os únicos que
podem investir no seu negócio. O dinheiro deles vai lhe dar condições de provar quem você é
a outros investidores.
Uma das ironias do financiamento é que seu custo é mais alto para aqueles que menos podem
pagar por ele. O risco afeta o custo do dinheiro, e geralmente considera-se que nas empresas
menores o risco é mais alto.
A boa notícia para essas empresas é que existe um tipo de financiador que não leva tanto em
conta a lei do financiamento que diz que o retorno deve contrabalançar o risco: as instituições
de financiamento do desenvolvimento. Em geral são públicas.
Princípio 10: o processo para levantar financiamento. O que parece fácil pode se revelar
o mais difícil.
Os investidores têm apetites diferentes para o risco. O risco pode ser influenciado pelo estágio
do negócio, pela vantagem competitiva e pela propriedade de tecnologia, pela competência e
experiência da administração e por muitos outros fatores.
Princípio 13: selecione os instrumentos financeiros adequados para atingir suas metas.
Os instrumentos híbridos são úteis quando a companhia precisa de financiamentos por meio
de ações, enquanto os investidores querem juros sobre a dívida, melhor garantia do que a
obtida por meio da propriedade de ações ordinárias ou preferenciais, pagamento do principal
e a perspectiva de ganhar com o aumento no valor de suas garantias.
A estrutura de capital inclui tanto endividamento como a venda de ações para financiar os
Examine o custo total de cada tipo de capital, incluindo não apenas a taxa de juros e os
pagamentos da dívida, mas também considerações a respeito da diluição, risco, controle,
flexibilidade e reservas.
Princípio 17: para crescer, é preciso controlar a empresa por meio de desempenho. Mas
não concentre demais o controle.
A maneira pelo qual você financia seu negócio irá afetar o controle que você tem sobre ele.
Obter dinheiro vendendo ações é mais fácil se você procura controle por meio de desempenho,
e não por meio de ações.
Princípio 18: use reservas de patrimônio líquido para necessidades de capital de giro e
despesas de desenvolvimento.
Os financiadores estão mais inclinados a emprestar tendo como garantia ativos permanentes
em vez de ativos correntes. Isso porque os bens permanentes não costumam desaparecer em
caso de ação judicial, já os bens correntes, como estoques, facilmente desaparecem.
As cláusulas são os itens do contrato que você assina para obter um empréstimo ou
investimento. Existem cláusulas positivas e negativas.
Princípio 21: não corra risco com taxas de juros flutuantes. Opte por taxas fixas que
permitam obter lucro.
O que é melhor: ter algum lucro, embora relativamente pequeno, ou lançar sua companhia na
incerteza para conseguir lucros altamente flutuantes?
Princípio 23: monitore suas projeções. Talvez precise de mais dinheiro ou precise dele
antes do que você espera.
O primeiro passo para monitorar é compreender suas projeções. Isso exige que você faça
suas próprias projeções ou tenha um papel ativo quando seu contador ou consultor as fizer.
Princípio 24: mantenha seus financiadores informados. Não espere até o último minuto,
especialmente se as notícias forem ruins.
Muitos empreendedores acreditam que guardar para si as notícias ruins lhes dará tempo para
tentar consertar o estrago.
Princípio 25: seu planejamento para financiamento futuro nunca está concluído.
Não importa que tipo de negócio você dirija – uma loja familiar de varejo, uma companhia de
alta tecnologia com rápido crescimento ou uma fábrica de porte médio – deve sempre fazer
planos para futuros financiamentos.
São Paulo - Que dinheiro é ponto fundamental para começar ou aumentar um negócio até os mar-
cianos estão cansados de saber. O problema é que a falta dele também é uma situação recorrente
nas empresas. Mas antes de sair pedindo empréstimos nos bancos, é importante ter em mente qual
a finalidade e qual será o prazo para retorno. “A dica é tentar entender o que soluciona o problema de
forma mais rápida e barata”, diz Márcio Iavelberg, sócio da Blue Numbers, consultoria especializada
em finanças para pequenas e médias empresas.
Quando a empresa exauriu suas fontes de financiamento de curto prazo sem garantia, ela
pode ser capaz de obter empréstimos adicionais de curto prazo com garantia. As garantias
para tais operações normalmente são duplicatas a receber ou os estoques.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos, nesta terceira unidade, que a administração financeira de curto prazo é muito importante
para a empresa. Por exemplo, se sua empresa vende muito a prazo, ela deve saber que pode
ter problema de caixa.
Esta administração financeira de curto prazo diz respeito, então, às ações cotidianas do
gerente financeiro.
O renomado autor Gitman diz que 70% do tempo do gerente financeiro é gasto com a
administração dos recursos de curto prazo. Ou seja, o Caixa!
Um ativo que possui liquidez nada mais é do que algo facilmente transformado em dinheiro e
sem perda significativa em seu valor.
Em ordem decrescente de liquidez temos a conta caixa, a política de crédito da empresa, cuja
conta principal são as duplicatas a receber e também os estoques que representam o menor
grau de liquidez entre as contas do ativo circulante.
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
Objetivo de Aprendizagem
• Conhecer ferramentas e métodos de decisões de longo prazo. As técnicas para
analisar a viabilidade de planos de longo prazo e tomar decisões que maximizam o
resultado da empresa.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
Nesta unidade falaremos das decisões de investimento no longo prazo. É importante que
se diga que são decisões estratégicas, que vêm da alta direção. Estas decisões modificam
a relação da empresa com o meio ambiente, ou seja, altera a posição da empresa com
o mercado, com o governo, com as instituições financeiras e com o próprio quadro de
colaboradores.
Para que se entenda melhor esta mudança na empresa, é importante dizer que as decisões
de longo prazo, em geral, envolvem novos investimentos, seja para ampliar a empresa, seja
para modernizar, para relocalizar ou mesmo para diversificar os produtos. Qualquer uma das
circunstâncias provoca grandes alterações na estrutura até aí existente. Essas são razões
suficientemente fortes para se estudar métodos e procedimentos para a tomada acertada das
decisões de longo prazo, já que irão alterar definitivamente a empresa.
Todo processo de tomada de decisões financeiras requer uma compreensão dos princípios de
formação e utilização das taxas de juros de mercado.
Para Groppelli (2006), as pessoas devem decidir em que investir a renda que poupam. A meta,
obviamente, é obter o maior retorno possível. Para determinar quais ativos são rentáveis e
quais não são, os investidores precisam de um pouco de referência. Esse ponto de referência
é conhecido como taxa requerida de retorno.
Vamos ao exemplo:
Um investidor possui R$ 100.000,00 para investir e a taxa mínima que ele aceita é equivalente
a taxa de juros do mercado, no nosso caso 15% ao ano. Ele avalia várias opções e só aceitará
aquelas que lhe garantirem retorno acima dos 15% ao ano.
Para Gitman (2006), é uma composição de dívidas de longo prazo e capital próprio mantida
pela empresa.
Vale lembrar que as origens ou fontes de recursos ocorrem no passivo e as aplicações são
feitas no ativo.
ORÇAMENTO DE CAPITAL
- Projetos obrigatórios.
Esse é o primeiro passo para decidir se um projeto deve ser aceito. Consiste na apuração do
custo real de se iniciar um investimento.
Vamos ao exemplo:
Uma empresa deseja adquiri uma máquina nova, cujo preço no mercado é de R$ 230.000,00
e tem despesas de transporte, liberação e instalação de R$ 30.000,00. Neste caso, o custo
inicial do investimento é de R$ 260.000,00.
Esse é o segundo passo. Deve-se, então, fazer previsão das vendas, de todos os custos e
despesas envolvidas e apurar o fluxo de caixa líquido, que pode ser chamado, também, de
lucro antes do imposto de renda.
A questão mais importante é que estes fluxos ocorrem no decorrer do tempo, ou seja, a
empresa vai tendo lucros com o projeto ao longo de sua vida útil.
Supomos que o projeto pode ser uma máquina, para facilitar nossa compreensão, tenha vida
1 80.000,00
2 110.000,00
3 140.000,00
4 160.000,00
5 180.000,00
Vamos, de maneira simplista, supor que estes fluxos já estejam no valor presente, assunto que
será abordado adiante.
Fazendo a somatório dos lucros auferidos pela máquina, ao longo de sua vida útil de cinco
anos, obteremos R$ 670.000,00.
Numa análise preliminar pode-se comparar este valor com o custo do investimento inicial,
apurado no exemplo anterior, de R$ 260.0000. Facilmente chega-se a conclusão que temos
um bom projeto, porque descontado o investimento inicial ainda sobram R$ 410.000,00.
Agora vamos conhecer alguns métodos utilizados para avaliar melhor estes projetos e
principalmente para decidir entre duas ou mais opções.
ECONÔMICA
Convém estabelecer, então, esta taxa mínima, que será chamada de TMA – Taxa mínima de
atratividade.
Agora que já conhecemos a TMA, ou seja, nossa taxa mínima de atratividade, vamos conhecer
As principais são: VPL – Valor presente líquido; TIR – Taxa interna de retorno; PRI – Período
de recuperação de investimento (payback).
Payback é uma ferramenta para fazer avaliação de investimentos, medindo o tempo necessário para
que uma empresa possa recuperar os investimentos iniciais. Existem os prós e contras nesse método
de avaliação de investimentos iniciais.
Prós: o payback só considera os fluxos de caixa e não os lucros contábeis, fazendo uma distribuição
dos fluxos de caixa, considerando o que a empresa tem em dinheiro em caixa.
Contra: só com avaliação do fluxo de caixa descontado não se pode determinar se o projeto acres-
centa valor à empresa, precisa de outros métodos como do valor presente líquido e da taxa interna
de retorno.
É indispensável entender que os valores envolvidos nos projetos estão em tempos diferentes.
O investimento inicial está no presente, ou seja, no tempo zero. Já os fluxos de caixa serão
recebidos ao longo dos anos, que podemos chamar de t1 para o ano 1, t2 para o ano 2, t3
para o ano 3, t4 para o ano 4 e t5 para o ano 5, visto que trabalhamos com projetos com vida
útil de cinco anos.
Não se pode simplesmente somar os fluxos de caixa em diferentes tempos e confrontar com
o investimento inicial, precisa-se primeiro, ter todos no mesmo tempo. É recomendável que se
traga todos os fluxos de caixa futuros para o presente, dando, assim, condições de confrontar
os lucros com o investimento necessário.
Para trazer um valor futuro para o presente, pode ser utilizada uma fórmula ou mais rapidamente,
uma calculadora financeira (HP 12c).
VP= [FCVF]
(1 + i)n
Considere R$ 20.000,00 para o custo do investimento inicial e fluxos de caixa para os períodos
1, 2 e 3 respectivamente: 5000,00; 10.000 e 15.000,00.
Ano 1:
Ano 2:
Ano 3:
Agora que os três fluxos de caixa estão no valor presente, podem ser somados:
VP = 24.079,63
VPL = VP – I
VP = Valor presente
I = Investimento inicial
Com este resultado pode-se afirmar que temos um bom projeto, pois com VPL positivo os
projetos podem ser aceitos. Significa que cobre o investimento inicial e ainda proporciona
ganho líquido.
Claro que o valor encontrado é exatamente o mesmo, só que de maneira rápida e prática.
Exemplo:
Ano FCVP
-----------------------
1 10.000,00
2 15.000,00
3 20.000,00
4 25.000,00
5 30.000,00
Pode-se verificar que serão necessários exatos 3 anos para o investimento inicial retornar.
Neste caso, o tempo de retorno foi exatamente em 3 anos e foi fácil fazer o cálculo. Mas, às
vezes, o resultado pode ser representado e anos, meses e dias.
Vamos utilizar nosso exemplo do VPL para calcular o tempo de retorno do investimento
(payback):
Ano FCVP
-------------------
1 4.545,45
2 8.264,45
3 11.269,72
Sempre que o tempo de retorno ocorre dentro da vida útil do projeto, pode ser considerado
viável. O projeto em análise tem 3 anos de vida útil e os lucros recuperam o valor investido em
tempo menor, ou seja, 2 anos, 7 meses e 19 dias.
A TIR é uma taxa de desconto que torna o VPL igual a zero. A taxa abaixo da qual os projetos
são rejeitados.
Para calcular a TIR deve-se, primeiro, determinar a TMA – Taxa mínima de atratividade. Caso
o VPL resulte em zero, então podemos dizer que a própria TMA é a TIR. Mas, se o VPL for
positivo, então se deve tentar com taxas maiores até o VPL ficar igual a zero. Se aplicada a
TMA e o VPL for negativo, deve-se tentar com uma taxa de desconto menor, até o VPL ficar
igual a zero.
Esse método descrito acima é denominado de tentativa e erro. Pode ser muito trabalhoso
Projetos que apresentam a TIR acima da TMA podem ser aceitos. Claro, se a TMA significa a
taxa mínima exigida, então qualquer taxa acima dela pode selecionar projetos. Se a TIR estiver
abaixo da TMA o projeto deve ser rejeitado. Pois, não satisfaz o retorno mínimo exigido.
Neste método utiliza-se a mesma fórmula do VPL, com tentativa de taxas até o VPL se
igualar a zero.
VP = [FCVP]
(1 + i)n
Lembrando que VPL igual a zero é quando o VP se iguala ao Investimento inicial, ou seja:
VPL = VP – I
FC g CFj
FC g CFj
f NPF
f IRR
Aplicação do método
A TIR do projeto é de 36,31%, bem acima da TMA que é de 12%. Portanto, um projeto viável.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade vimos a importância das decisões financeiras de longo prazo, diferentemente
das decisões e políticas de caixa.
Conforme vimos, essas decisões modificam a relação da empresa com o meio ambiente,
ou seja, altera a posição da empresa com o mercado, com o governo, com as instituições
financeiras e com o próprio quadro de colaboradores.
Decisões de longo prazo são decisões de financiamento e investimento.
- Quanto investir? Em qual ativo? Em produção? Investimento financeiro? Vamos investir com
ATIVIDADE DE AUTOESTUDO
Exercício I
Considere as informações abaixo para calcular o VPL (Valor presente líquido) e o Período de
recuperação do investimento (payback). Elabore um parecer de viabilidade para cada projeto.
1) Investimento inicial = 330.000,00
Fluxos de caixa = 75.000,00 95.000,00 120.000,00 150.0000,00
150.000,00 - TMA 9%
Obs.:
Todos os cálculos para encontrar o Valor Presente devem ser feitos pela fórmula e o VPL deve
ser calculado pela fórmula (VPL = VP – I) e pela HP 12c, com respectivas memórias de cálculo.
Exercício II
Considere as informações relativas aos projetos abaixo (A, B e C) e calcule a Taxa Interna
de Retorno - TIR, Valor Presente Líquido - VPL, e Período de recuperação do investimento
(payback). Elabore um parecer de viabilidade, escolhendo o melhor projeto, se houver.
A TMA é de 8%
Projeto A:
1 95.000,00
2 105.000,00
3 110.000,00
4 115.000,00
5 120.000,00
Projeto B:
1 115.000,00
2 125.000,00
3 145.000,00
4 160.000,00
5 165.000,00
1 135.000,00
2 150.000,00
3 160.000,00
4 180.000,00
5 195.000,00
SISTEMAS FINANCEIROS
Professor Me. Claudir Rheinheimer
Objetivo de Aprendizagem
• Abordar os principais campos de atuação do mercado financeiro, que consistem
em um conjunto de informações fundamentais para o profissional da administração.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
• Mercado financeiro
• Sistema financeiro nacional (SFN)
• Mercado de capitais
• Mercado de seguros
• Produtos e serviços bancários
• Leasing – Arrendamento mercantil
• Factoring
INTRODUÇÃO
O BANCO TRADICIONAL
O modelo bancário trazido ao Brasil pelo Império foi o europeu. Entendiam-se como
atividades básicas de um banco as operações de depósitos e empréstimos (descontos).
Outros serviços praticamente inexistiam.
Fonte: <http://www.bcb.gov.br
Objetivos
De acordo com a lei que a criou, a Comissão de Valores Mobiliários exercerá suas
funções, a fim de:
• assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão;
TÍTULO I
DA NATUREZA E FINALIDADE
Art. 1º O Banco Central do Brasil, criado pela Lei n° 4.595, de 31 de dezembro de 1964, é uma autar-
quia federal vinculada ao Ministério da Fazenda, com sede e foro na Capital da República e atuação
em todo o território nacional. (NR) (5)
Art. 2º O Banco Central tem por finalidade a formulação, a execução, o acompanhamento e o controle
das políticas monetária, cambial, de crédito e de relações financeiras com o exterior; a organiza-
ção, disciplina e fiscalização do Sistema Financeiro Nacional; a gestão do Sistema de Pagamentos
Brasileiro e dos serviços do meio circulante.
Art. 3º As competências do Banco Central estão definidas no art. 164 da Constituição Federal, na Lei
n° 4.595, de 1964, e em legislação complementar. (NR) (5)
TÍTULO II
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Art. 4º O Banco Central tem a seguinte estrutura: I - Diretoria Colegiada:
1. Presidente
2. Diretor de Administração
3. Diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos (NR) (5)
4. (Revogado) (3)
5. Diretor de Fiscalização
6. Diretor de Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural (NR) (5)
7. Diretor de Regulação do Sistema Financeiro (NR) (5) 8. Diretor de Política Econômica
9. Diretor de Política Monetária
II - Unidade Especial:
1. Secretaria-Executiva (Secre)
1.1. Assessoria de Imprensa (Asimp)
4.5. Departamento de Supervisão de Cooperativas e de Instituições Não-Bancárias (Desuc) (NR) (1) (3)
TÍTULO III
DA DIRETORIA COLEGIADA
CAPÍTULO I
DA COMPOSIÇÃO E DAS REUNIÕES
Art. 5º A Diretoria Colegiada é composta por até nove membros, um dos quais o Presidente, todos
nomeados pelo Presidente da República, entre brasileiros de ilibada reputação e notória capacidade
CAPÍTULO II
DAS COMPETÊNCIAS
Art. 11. Compete à Diretoria Colegiada:
I - fixar, em reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) a meta da Taxa Selic;
II - definir e aprovar as orientações e diretrizes estratégicas para a atuação do Banco Central;
III - formular, acompanhar e controlar, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Mon-
etário Nacional (CMN):
a) as políticas monetária, cambial e de crédito;
b) os critérios e os procedimentos relacionados à organização, à disciplina e à fiscalização do Sistema
Financeiro Nacional;
c) as operações de crédito do Banco Central com instituições financeiras;
d) os serviços do meio circulante;
IV - aprovar:
a) anteprojetos de lei e minutas de medidas provisórias, decretos,
regulamentos e outros normativos, para o encaminhamento necessário;
b) regulamentações diversas e manuais de uso interno e externo, exceto
aqueles de competência das unidades; (NR) (5)
c) o plano anual de auditoria interna e os programas de comunicação do Banco Central; (NR) (3) d)
(Revogado) (3)
e) os balancetes do Banco Central;
f) as propostas de inclusão de ações do Banco Central no Plano Plurianual (PPA); (NR) (3)
CAPÍTULO III
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE
Art. 12. São atribuições do Presidente:
I - representar o Banco Central no País e no exterior, ou indicar representante e respectivo suplente;
II - participar, como membro integrante, com direito a voto, das reuniões do CMN;
III - definir a competência e as atribuições dos membros da Diretoria;
IV - entender-se, em nome do Governo Brasileiro, com as instituições financeiras estrangeiras e in-
ternacionais;
V - submeter à Diretoria Colegiada:
a) os recursos interpostos contra seus atos;
b) o processo de prestação de contas anual do Presidente do Banco Central ao TCU;
VI - submeter ao CMN, após aprovação pela Diretoria Colegiada:
a) a proposta do orçamento de receitas e encargos das operações de autoridade monetária; (NR) (3)
b) o processo de prestação de contas anual do Presidente do Banco Central ao TCU;
c) proposta de utilização de recursos da reserva monetária por instituições sob regime especial;
d) a programação monetária;
e) proposta de emissão adicional de moeda;
f) a definição das características das cédulas e das moedas e das respectivas datas de lançamento
em circulação; g) (Revogado) (5)
h) alterações no Regimento Interno do Banco Central;
i) outras matérias que dependam de aprovação ou de homologação daquele Colegiado;
j) os balanços do Banco Central; (NR) (3)
VII - convocar e coordenar as reuniões da Diretoria Colegiada, do Copom e da Comissão Técnica da
Moeda e do Crédito (Comoc);
VIII - submeter à Controladoria Geral da União – CGU, ao CMN e ao TCU a prestação de contas anual
do Presidente do Banco Central; (NR) (3)
IX - designar entre os membros da Diretoria Colegiada, o seu substituto em suas ausências do ter-
ritório nacional, nos seus afastamentos ou em outros impedimentos legais ou regulamentares;
X - designar os substitutos dos Diretores, nos seus afastamentos e nos seus impedimentos legais ou
regulamentares; (NR) (3)
CAPÍTULO IV
DAS ATRIBUIÇÕES COMUNS AOS DIRETORES
Art. 13. São atribuições dos Diretores, nas respectivas áreas de atuação:
I - representar o Banco Central por indicação do Presidente do Banco;
II - autorizar a divulgação das decisões da Diretoria Colegiada, assinando os normativos decorrentes,
inclusive as respectivas Circulares, quando for o caso; (NR) (5)
III - firmar contratos, convênios ou quaisquer outros documentos representativos de ajuste de que
deva participar o Banco Central, quando previamente autorizado pela Diretoria Colegiada;
IV - comunicar ao Ministério Público, após manifestação da Procuradoria-Geral, os crimes definidos
em lei como de ação pública, ou indícios da prática de tais crimes; (NR) (1)
V - comunicar à Secretaria da Receita Federal do Brasil, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), à
Superintendência de Seguros Privados (Susep) e à Superintendência Nacional de Previdência Com-
plementar (Previc), as irregularidades e os ilícitos administrativos de que tenham conhecimento, ou
indícios de sua prática; (NR) (5)
VI - designar e dispensar:
a) o Chefe de Gabinete, os Chefes de Departamento, os Gerentes- Executivos e os respectivos sub-
stitutos; (NR) (3)(5)
b) os Chefes-Adjuntos, por indicação dos Chefes de Departamento; (NR) (3)
c) os demais detentores de funções de assessoramento, lotados no gabinete de sua área; (NR) (5)
VII - solicitar, em conjunto com pelo menos outro Diretor, reunião extraordinária da Diretoria Colegiada;
VIII - estabelecer orientação a respeito da correta aplicação de normativos editados pelo Banco Cen-
tral pertinentes aos assuntos relacionados com sua área de atuação;
CAPÍTULO V
DAS ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DOS DIRETORES
Seção I
Do Diretor de Administração
Art. 14. São atribuições do Diretor de Administração:
I - autorizar:
a) alterações de estimativas das receitas e fixação das despesas organizacionais constantes do or-
Seção II
Do Diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos (NR) (5)
Art. 15. São atribuições do Diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos:
(NR) (5)
I - coordenar a avaliação da conjuntura internacional e dos seus possíveis desdobramentos; (NR) (5)
II - definir e validar as diretrizes referentes às negociações envolvendo serviços financeiros e investi-
mentos; (NR) (5)
III - representar o Banco Central em comitês e comissões técnicas constituídas no âmbito do Governo
Seção III
Do Diretor de Estudos Especiais
Art. 16. (Revogado) (3)
Seção IV
Do Diretor de Fiscalização
Art. 17. São atribuições do Diretor de Fiscalização:
I - representar o Banco Central:
a) junto ao Comitê de Supervisão Bancária da Basiléia, do Banco de Compensações Internacionais
(Bank for International Settlement - BIS) e aos seus subgrupos, em assuntos relacionados à área de
Fiscalização;
b) (Revogado) (5)
c) (Revogado) (5)
II - administrar convênios de intercâmbio de informações de interesse corporativo do Banco Central
com entidades de supervisão de outros países;
Seção V
Do Diretor de Organização do Sistema Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural
(NR) (5)
Art. 18. São atribuições do Diretor de Organização do Sistema
Financeiro e Controle de Operações do Crédito Rural: (NR) (5)
I - propor à Diretoria Colegiada soluções para a reestruturação e o reordenamento das instituições
oficiais de crédito controladas pelos governos estaduais e do Distrito Federal, buscando seu ajusta-
mento, observadas as diretrizes estabelecidas para o fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional;
II - submeter à Diretoria Colegiada propostas de:
a) encerramento de liquidação extrajudicial, mediante prosseguimento das atividades econômicas da
empresa, com mudança de objeto social, ou por transformação em liquidação ordinária;
b) instituição de regras para fixação de honorários de interventor, liquidante, conselho diretor e abono
dos respectivos assistentes;
c) extensão de gravame de indisponibilidade a bens específicos ou patrimônio de pessoas que, além
dos ex-administradores e controladores, tenham concorrido, nos últimos doze meses, para a decreta-
ção de regime especial;
d) prorrogação de regime especial de intervenção ou administração especial temporária; (NR) (3)
e) autorização para o interventor requerer a falência de instituição submetida ao regime de interven-
ção; (NR) (3)
f) decretação de liquidação extrajudicial de instituições sob regime de intervenção; (NR) (3)
III - nomear e dispensar membros de comissão de inquérito relativa a processos de intervenção, liq-
uidação extrajudicial ou administração especial temporária;
Seção VI
Do Diretor de Regulação do Sistema Financeiro (NR) (5)
Art. 19. São atribuições do Diretor de Regulação do Sistema Financeiro: (NR) (5)
I - (Revogado) (5)
II - (Revogado) (5)
III - (Revogado) (5)
IV - (Revogado) (5)
V - (Revogado) (5)
VI - representar o Banco Central junto ao Comitê de Supervisão
Bancária da Basiléia, do Banco de Compensações Internacionais (Bank for International Settlements -
BIS) e aos seus subgrupos, em assuntos relacionados à área de regulação financeira; (NR) (5)
a) (Revogado) (5)
b) (Revogado) (5)
c) (Revogado) (5)
VII - propor, em conjunto com o Diretor de Política Econômica, para apreciação pela Diretoria Cole-
giada, a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP); VIII - autorizar a divulgação de cartas-circulares pelas
unidades da área, bem como de comunicados, quando for o caso; IX - (Revogado) (5)
X - (Revogado) (5)
XI - (Revogado) (5)
XII - coordenar ações voltadas para a inclusão financeira e responsabilidade socioambiental do Siste-
ma Financeiro; (NR) (5)
XIII - decidir, em conjunto com o Diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Controle de Op-
erações do Crédito Rural, os assuntos remanescentes relativos às desestatizações; (NR) (5)
XIV - responder pelos assuntos relativos à área de regulação do Sistema Financeiro Nacional e do
sistema de consórcios; (NR) (5)
XV - responder pelos assuntos relativos à área de regulação do mercado de câmbio e de capitais
internacionais; (NR) (5)
XVI - coordenar estudos e ações voltadas à regulação do Sistema Financeiro Nacional e às atividades
e instituições do sistema de consórcios, inclusive no que se refere à regulação prudencial e regras op-
eracionais, produtos e atividades de instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional; (NR) (5)
XVII - coordenar estudos e ações voltadas à regulação do mercado de câmbio, do capital estrangeiro
Seção VII
Do Diretor de Política Econômica
Art. 20. São atribuições do Diretor de Política Econômica:
I - coordenar os estudos e o desenvolvimento dos modelos necessários ao regime de metas para a
inflação;
II - coordenar:
a) o acompanhamento, o aperfeiçoamento e a publicação dos dados macroeconômicos nas áreas
externa, monetária, fiscal e de juros e spread bancário;
b) a elaboração do Relatório de Inflação;
c) as atividades brasileiras relacionadas ao processo de harmonização dos indicadores macro-
econômicos para os países do Mercosul;
d) a elaboração da Programação Monetária, trimestral;
e) a elaboração de ata das reuniões do Copom;
f) a elaboração do Relatório de Economia Bancária e Crédito;
g) a elaboração, em conjunto com os Diretores de Fiscalização e de
Regulação do Sistema Financeiro, do Relatório de Estabilidade Financeira; (NR) (5)
h) as atividades de relacionamento com investidores;
i) a fixação das diretrizes para gestão das informações relativas a capitais internacionais, em conjunto
com o Diretor de Regulação do Sistema Financeiro; (NR) (5)
III - avaliar a situação econômica geral do País e propor à Diretoria Colegiada diretrizes de política
econômica com vistas à deliberação e ao estabelecimento de normas sobre a matéria;
IV - conduzir a realização de pesquisas relacionadas às áreas de responsabilidade do Banco Central;
V - supervisionar a aplicação dos instrumentos de política econômica de responsabilidade do Banco
Central;
VI - coordenar, nas reuniões do Copom, a apresentação da situação macroeconômica do País, bem
como os resultados dos modelos e apresentar, nessas reuniões, sugestões sobre as diretrizes de
política monetária e proposta para a definição da meta para a Taxa Selic;
VII - acompanhar a evolução dos agregados monetários do País;
VIII - conduzir estudos especiais de interesse da Diretoria Colegiada; (NR) (3)
IX - acompanhar a formulação e a execução da política monetária, bem como conduzir estudos nessa
área com vistas à competente deliberação e ao estabelecimento de normas sobre a matéria; (NR) (3)
X - responder pelos assuntos relativos à área de Política Econômica, de competência do Banco Cen-
tral. (NR) (5)
O Banco Central do Brasil, criado pela Lei 4.595, de 31/12/1964, é uma autarquia federal, vinculada ao
Ministério da Fazenda, que tem por missão assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e
um sistema financeiro sólido e eficiente.
Entre as suas atividades principais destacam-se: a condução das políticas monetária, cambial, de
crédito, e de relações financeiras com o exterior; a regulação e a supervisão do Sistema Financeiro
Nacional (SFN); e a administração do sistema de pagamentos e do meio circulante.
O Banco Central do Brasil atua também como Secretaria-Executiva do Conselho Monetário Nacional
(CMN) e torna pública as Resoluções do CMN.
Fonte: <http://www.bcb.gov.br>. Acesso em: 17 jan. 2012.
Estrutura
Fonte: <http://www.susep.gov.br/menu/a-susep/estrutura>
D E L I B E R O U:
Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor da Superintendência
de Seguros Privados – SUSEP, que integra o Anexo desta Deliberação.
Art. 2º Obrigam-se ao cumprimento do disposto nesta Deliberação os servidores
estatutários, os ocupantes de cargos em comissão, os diretores fiscais, liquidantes,
interventores e seus assistentes, os servidores, funcionários ou empregados requisitados
ou cedidos de outros órgãos públicos, os contratados, os estagiários, os prestadores
de serviços e todos aqueles que, por força de lei, contrato ou qualquer outro ato
jurídico, prestem serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda
que sem retribuição financeira, direta ou indiretamente vinculados à Superintendência
de Seguros Privados, que, para os efeitos deste Código de Ética, são genericamente
denominados “servidores”.
Art. 3º A inobservância das normas estipuladas neste Código poderá acarretar,
sem prejuízo de outras sanções administrativas, cíveis e penais previstas em lei, as
seguintes consequências:
I - censura ética, a ser aplicada pela Comissão de Ética Pública;
II - exoneração do cargo em comissão ou do cargo de liquidante, interventor, assistente
de liquidante ou assistente de interventor;
III - dispensa da função de confiança; e
IV - restituição do servidor, funcionário ou empregado cedido, requisitado ou contratado
a seu órgão de origem ou à empresa contratada para prestação do serviço, com a
devida comunicação, a seu empregador direto, das razões que embasaram tal ato.
Art. 4° Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a
Deliberação SUSEP Nº 83, de 10 de fevereiro de 2003.
A SUSEP, como já vimos, é o órgão responsável pela execução e fiscalização das práticas do
mercado de seguros.
Leasing
É um contrato pelo qual uma pessoa física ou jurídica, consegue que uma instituição
financeira adquira determinado bem móvel ou imóvel, alugando-o ao interessado
por prazo certo mediante o pagamento de uma prestação, sendo que, findo o prazo
pactuado, o locatário (arrendatário) possa optar por devolver o bem locado, renovar
a locação ou adquirir o bem pelo preço residual fixado no momento da celebração do
contrato.
O leasing pode ser considerado contrato de adesão?
Sim, uma vez que apenas a instituição financeira elabora as cláusulas contratuais,
ficando o locatário/arrendatário condicionado à aceitação do inteiro teor do contrato.
Enfim, as cláusulas são impostas ao locatário/arrendatário, que só pode escolher entre
aceitar o contrato ou recusá-lo.
O que é contrato de adesão?
É aquele em as cláusulas são elaboradas por uma só das partes contratantes, sem
permitir modificação pela parte que a ele adere.
Compra ou Leasing
1ª Renda - primeiro pagamento que o Cliente faz no início do contrato. Pode fazer parte
da entrada inicial.
Aluguer de Longa Duração (ALD) - Contrato de aluguer celebrado por meio de uma
locadora mediante o qual o locatário/comprador se torna proprietário do veículo, apenas
no final do respectivo contrato, mas se este não pretender o carro, será lhe devolvido
o respectivo caução.
Capital em Dívida - montante que falta pagar pelo Cliente ao Banco.
Capital Financiado - montante do empréstimo que o Cliente assume perante o Banco.
Caução - O mesmo que penhor. Entrega por parte do Cliente de um determinado
montante, como forma de segurança para o bom cumprimento do contrato. Dado ter
um caráter de garantia, o seu pagamento tem lugar no início do contrato, fazendo por
isso parte da entrada inicial.
Cheque Bancário - cheque expedido por um Banco por conta e cargo de um Cliente
ou a seu próprio cargo.
Conta Corrente - conta que se inicia com o montante financiado ao Cliente e onde são
registrados todos os momentos ao longo da vida do contrato.
Crédito ao Consumo - o mesmo que Crédito Tradicional. É um contrato de venda
a prestações com financiamento para aquisição de automóvel novo ou usado a
prestações, ficando a viatura em nome do Cliente.
Crédito Intersolução - sistema de financiamento de veículos, por meio de uma conta
corrente, com a obrigatoriedade de um pagamento mínimo mensal, disponibilizado
a empresários em nome individual, profissionais liberais e particulares, clientes ou
potenciais clientes do Banco.
Crédito Tradicional - É um contrato de venda a prestações com financiamento para
aquisição de automóvel novo ou usado a prestações, ficando a viatura em nome do
Cliente.
Despesas de Contrato - valores pagos pelo Cliente destinado a suportar as despesas
administrativas relacionadas com a formalização do contrato ou constituição de
garantias.
Adquirir um bem por meio de leasing pode trazer surpresas no decorrer do negócio. O
sistema, apesar de se parecer com um financiamento convencional, esconde diversas
obrigações, muitas vezes estabelecidas de maneira obscura ao consumidor.
• trata-se de um sistema de arrendamento mercantil, ou seja, de aluguel com opção de
compra;
• é utilizado principalmente na aquisição de veículos novos;
• as principais vantagens em relação às outras opções de financiamento praticadas pelo
mercado são as taxas de juros menores e a isenção do IOF (Imposto sobre Operações
Financeiras).
Atenção: o contrato é considerado de difícil compreensão até pelas próprias operadoras
que atuam no negócio. Na maioria dos casos, as empresas não fornecem uma via
ao cliente. A “opção de compra”, estabelecida na legislação que criou o sistema de
arrendamento mercantil, na prática não existe, ou seja, quem adere ao sistema de
leasing já está optando por comprar o bem.
• o que as empresas denominam “entrada” é, na realidade, uma parte do valor
correspondente à opção de compra do bem, chamado de “Valor Residual Garantido”
(VRG);
• nas parcelas, além do aluguel, é embutida uma parte desse resíduo;
• para caracterizar um contrato de arrendamento mercantil, a operadora teria de
oferecer todas as opções de pagamento (ou não) do VRG ao cliente – no início, no final
Sobre o Factoring
ANFAC foi fundada em 1982 com o objetivo de disseminar a atividade de fomento
mercantil no Brasil. Ao longo destes anos, a instituição vem estabelecendo normas
de conduta e agindo no Congresso Nacional na defesa dos interesses do setor,
contribuindo para a elaboração de legislação que regule a atividade no País.
Entidade civil, sem fins lucrativos, ela reúne as empresas de fomento, que atuam no
mercado comprando créditos mercantis e vendendo serviços às empresas industriais
e de varejo. Para auxiliar nas negociações realizadas entre a empresa de factoring e
sua clientela, A ANFAC adotou uma metodologia de cálculo e criou o Fator de Compra,
indicador publicado diariamente que serve de referência para os negócios do fomento
no Brasil.
A ANFAC reúne as empresas de fomento, organiza e orienta as atividades do segmento
e representa as empresas associadas judicial e extrajudicialmente. Também atua como
Corte de Arbitragem, em caso de controvérsia entre suas associadas, e zela pelo
cumprimento das normas éticas de autorregulamentação pelas empresas de factoring.
Com a consolidação do segmento que hoje movimenta em torno de R$ 50 bilhões por
ano, a entidade luta pela aprovação de legislação que consolide o balizamento legal do
fomento mercantil no Brasil.
O que é factoring?
É a prestação contínua e cumulativa de assessoria mercadológica e creditícia, de
seleção de riscos, de gestão de crédito, de acompanhamento de contas a receber e
de outros serviços, conjugada com a aquisição de créditos de empresas resultantes de
suas vendas mercantis ou de prestação de serviços, realizadas a prazo. Esta definição
foi aprovada na Convenção Diplomática de Ottawa-Maio/88 da qual o Brasil foi uma
da 53 nações signatárias, consta do Art. 28 da Lei 8981/95, ratificado pela Resolução
2144/95, do Conselho Monetário Nacional.
Lei 8981/95
Art. 28 - A base de cálculo do imposto, em cada mês, será determinada mediante
a aplicação do percentual de cinco por cento sobre a receita bruta registrada na
escrituração, auferida na atividade.
§ 1º - Nas seguintes atividades o percentual de que trata este artigo será de:
c) trinta por cento sobre a receita bruta auferida com as atividades de:
c.4) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia,
mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e
a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou
de prestações de serviços (factoring).
Resolução 2.144 - 22.02.95 - factoring prática de operações privadas de instituições
financeira - consequências.
Estabelece sobre operações de factoring e operações privativas de instituições
financeiras.
O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei 4.595, de 31.12.64, torna público
que o Conselho Monetário Nacional, em sessão realizada em 22.02.95, tendo em vista
o disposto no art.4º, inciso VI, da referida Lei, em face do contido no art.28, §1º, alínea
“c.4”, da Lei 8.981, de 20.01.95, que conceitua como factoring atividade de prestação
cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de
crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de
direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de pessoas de serviços,
Conta Corrente
A porta de entrada para o mundo dos serviços financeiros é a conta corrente. É o mais
básico dos serviços. Para abrir uma conta, o candidato à cliente preenche um cadastro
com seus dados pessoais (identidade, CPF e endereço) e informa sua renda mensal.
O banco dá então a ele uma conta para guardar e movimentar seu dinheiro. Uma conta
corrente dá direito automaticamente a um cartão magnético. Com ele, o correntista
movimenta seu dinheiro sozinho, sem ir à boca dos caixas. Faz saques e depósitos, tira
extratos, transfere dinheiro para outras contas e faz pagamentos.
O talão de cheque, sinônimo de conta corrente, é concedido a clientes que têm boa
renda ou que o banco acredita que venha a ganhar bem no futuro. O mínimo varia
de instituição para instituição, mas não é preciso muito. Com um salário mínimo ou
Cheque Especial
Apesar do nome, a conta especial é na verdade uma forma de crédito pré-aprovado.
O banco dá ao correntista o direito de sacar dinheiro ou passar cheques até um
determinado limite mesmo quando não tem saldo na conta. Ou seja, a instituição
empresta esse dinheiro sem fazer perguntas. Como em todo tipo de crédito, o banco
cobra juros pelo uso do cheque especial. Atenção: costumam estar entre os juros mais
caros do mercado. Hoje estão entre 8% e 9% ao mês nos grandes bancos de varejo.
Use somente por poucos dias, e se for necessário.
Tarifas
Manter uma conta, claro, custa dinheiro. De cara, pode-se pagar uma taxa pela
abertura e outra pelo cadastro. Na média dos bancos, essas taxas são de R$ 30 cada,
segundo o Banco Central. Mas os preços são livres e há bancos que não cobram por
uma delas. Há preços também para os demais serviços: cartão magnético, talão de
cheques, emissão de extratos, cobranças, transferências e outros. Uma boa forma de
saber se um banco é caro ou não é consultar o site do Banco Central (<www.bcb.gov.
br>). Há tabelas atualizadas que informam o custo médio das tarifas no mercado. E há
comparações diretas dos preços cobrados em cada banco, para cada serviço.
Cartões de Débito
Em geral são os próprios cartões magnéticos dos bancos, acrescidos de uma função
extra. Em uma loja, ao passar o cartão e digitar a senha, o cliente passa seu dinheiro
diretamente de sua conta para a do estabelecimento. Não há riscos.
Para o correntista só há vantagens. Em primeiro lugar, ele deixa de precisar levar dinheiro
no bolso para compras à vista em supermercados, farmácias e comércio em geral. Sua
segurança cresce. Há também o conforto: lojista algum pede documento ou número de
telefone a quem paga com esse tipo de cartão, porque o risco de inadimplência é zero.
Há ainda um atrativo a mais: ter um cartão desses não exige qualquer gasto extra.
Quatro administradoras de cartões de débito atuam no país: Visanet, Redecard,
Mastercard e TecBan. Confira se seus cartões magnéticos têm alguma dessas
bandeiras. Elas podem estar associadas também a cartões de crédito.
Cartão Inteligente
Trocar um cartão comum por um inteligente é dar um passo a mais em direção à era
da alta tecnologia. Financeiramente, eles são como os cartões comuns de débito ou
crédito, dependendo do emissor. A diferença é que eles podem guardar informações.
Com eles, não é preciso pedir aprovação para a administradora do cartão na hora de
fazer uma compra. O cartão já traz o seu saldo guardado em um chip. Aumentam a
rapidez, já que não há problemas com linhas congestionadas, e a segurança, porque
os dados do cliente não trafegam pelo telefone.
A tendência é que eles se tornem cada vez mais comuns. Cartões desse tipo estão
substituindo também os velhos tíquetes de refeições. A única dificuldade é que a rede
preparada para ler esses cartões ainda é limitada, As maquininhas são caras e as
administradoras estão dosando os investimentos.
Caro aluno, estamos chegando ao final do nosso livro. Já decidiu se a área financeira é a sua
“praia”?
Nesta última unidade estudamos o SFN (Sistema Financeiro Nacional). Vimos que esse
sistema é o conjunto de instituições que visa fazer a ponte entre os indivíduos que têm
dinheiro sobrando (agentes superavitários) para aqueles que necessitam de dinheiro (agentes
deficitários).
Você já parou pra pensar o quanto é importante esse sistema para o desenvolvimento do país?
E da sua empresa?
Você certamente já necessitou recorrer a uma instituição financeira. Nem que tenha sido para
o simples fato de deixar o dinheiro guardado seguramente.
O Sistema Financeiro do país é composto pelos órgãos que normatizam e aqueles que
operacionalizam.
Uma importância essencial neste sistema são as instituições financeiras que operacionalizam
tudo. Os bancos, as financeiras e as cooperativas de crédito.
Outro integrante muito importante desse sistema, também, são as bolsas de valores, que no
caso do Brasil é a Bovespa. A Bovespa faz parte do nosso mercado de capitais!
O mercado financeiro, que está inserido no sistema financeiro, pode ser divido em mercado de
crédito e mercado de capitais.
O primeiro é um mercado de curto prazo, onde os bancos são os principais atuantes junto ao
público, oferecendo créditos mais caros de prazos menores.
Uma empresa, então, ao necessitar de recursos para financiamento, pode decidir em qual
mercado buscar!
1- Com base nos textos estudados nesta unidade, responda as questões a seguir:
III - É correto dizer que o leasing é uma operação de financiamento? Por quê?
Agora que você já conheceu o conteúdo apresentado neste livro e certamente assimilou a
maior parte, podemos chegar a algumas conclusões.
Proponho analisar unidade por unidade, fazer alguns exercícios sobre os principais pontos
estudados, avaliar, a partir daí, o desempenho e aproveitamento obtido com seus estudos.
Unidade I
Outra coisa que deve ter ficado muito claro são as variáveis retorno, risco e tempo. Em geral
os empresários, aplicadores, investidores e o público em geral, quer renda elevada, em pouco
tempo e sem risco. Agora vimos que esta não é uma tarefa fácil, visto que o retorno elevado
invariavelmente traz também um risco elevado. Conseguir uma combinação adequada para
estas variáveis talvez seja a nossa tarefa mais difícil.
A política de crédito: 10% venda à vista; 40% para pagamento em 30 dias e os outros 50% para
As compras, segundo estimativa, representam 45% do valor das vendas e são pagas da
seguinte forma: 20% à vista; 50% em 30 dias e os 30% restantes em 60 dias.
b) Deve-se tomar cuidado para não somar o valor da venda total estimada para o mês e sim,
somente os valores que serão recebidos no mês. Lembre-se, orçamento de caixa se refere
a valores efetivamente recebidos e efetivamente pagos.
c) Igualmente cuidar para não somar o valor estimado para as compras. Somente são soma-
das as parcelas a pagar dentro do período.
e) Ao saldo corrente adiciona-se o saldo anterior para conhecer o saldo final com que a em-
presa fechará o mês.
Unidade II
Para que possamos relembrar e fixar melhor, apresento uma tabela que representa a situação
econômico-financeira de uma empresa. Vamos fazer uma análise destes índices, com base no
referencial teórico que estudamos:
Analisando a margem bruta (MB) que é o resultado da compra e venda, ou seja, o preço
de venda menos o preço da compra, verificamos que a MB desta empresa está crescendo.
Deduzimos que ela está aumentando seus preços, já que lucro bruto maior pode ser originado
de um aumento nos preços. Quando os preços sobem as vendas caem, é isso que está
acontecendo.
Unidade III
O cotidiano da administração financeira nas empresas está nas contas circulantes, caixa,
conta corrente do banco, duplicatas a receber, estoques, fornecedores, empréstimos de curto
prazo entre outras. Gitman diz que 70% do tempo dos profissionais de finanças são gastos
com a administração das contas circulantes.
A título de revisão e fixação, vamos resolver um exercício relativo ao ciclo de caixa. Vale
relembrar que o ciclo de caixa é o período de tempo em que a empresa utiliza recursos
próprios para bancar a atividade. Os fornecedores são importantes financiadores do ciclo de
caixa, mas nem sempre o prazo que eles concedem é suficiente para cobrir o ciclo operacional
da empresa. E, quando isso acontece, sobra um período que precisa de cobertura de recursos
próprios que chamamos de ciclo de caixa.
Co = IME + PMC
Cc = Co – PMP
Legenda:
Co = Ciclo operacional
Cc = Ciclo de caixa
IME = Idade média dos estoques
PMC = Período médio de cobrança
PMP = Período médio de pagamento
Exercício:
Estudos realizados na empresa Cia Beta indicam que a IME é de 20 dias, PMC de 45 dias e
Também descobrimos que a taxa de retorno que esta empresa exige para seus investimentos
é de 15% ao ano.
a) Ciclo operacional.
b) Ciclo de caixa.
a) Co = IME + PMC
Co = 20 + 45
Co = 65 dias
b) Cc = Co – PMP
Cc = 65 – 30
Cc = 35 dias
Este é o valor necessário para cobrir o ciclo de caixa apresentado por esta empresa.
d) Se R$ 700.000,00 são colocados na empresa para bancar seu ciclo de caixa, cujo ren-
170 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
dimento direto é igual a zero, convém dizer que este montante “parado no caixa” custa à
empresa:
A conclusão que se chega é que o administrador financeiro deve trabalhar no sentido de reduzir
ao máximo o ciclo de caixa, preferencialmente reduzi-lo a zero, assim não haverá necessidade
de colocar recursos próprios que poderiam render muito mais em outras aplicações.
UNIDADE IV
Vamos fazer uma retrospectiva do que foi assimilado sobre as decisões financeiras de longo
prazo, em especial sobre a utilização dos métodos para analisar, selecionar e escolher projetos.
Utilizou-se o VPL, a TIR e o payback. Então, vamos aplicar esses métodos em dois projetos,
que disputam entre si, a indicação.
Como pressupostos, consideramos que os valores dos fluxos de caixa sejam descontados a
uma Taxa Mínima de Atratividade (TMA) de 12%.
Primeiro passo trazer os fluxos de caixa futuros para presente, mediante aplicação da TMA
de 12%.
Ano VP
1 71.428,57
2 79.719,38
3 92.533,27
4 95.328,88
5 102.139,24
Total 441.149,34
Pela fórmula:
VPL = VP – II
VPL = 241.149,34
Para calcular a TIR, utilizamos a calculadora HP 12C, conforme processo descrito na unidade
172 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA | Educação a Distância
IV desta apostila, cujo resultado é 46,99 %.
A TIR está acima da TMA e o payback está dentro dos cinco anos da vida útil do projeto.
Portanto, um bom projeto.
Agora vamos calcular os indicadores para o projeto B, a fim de compará-lo com o projeto A e
fazer a escolha entre os dois.
Ano VP
1 89.285,71
2 95.663,26
3 106.769,16
4 101.684,14
5 104.976,45
Total 498.378,72
VPL = 218.378,72
Concluímos que o VPL é positivo, a TIR está acima da TMA e o payback está dentro da vida
útil do projeto, logo, é um projeto que pode ser aceito.
O projeto A deve ser o escolhido, pois o VPL é maior, a TIR é maior e o payback é menor que
UNIDADE V
Para que possamos atestar nosso conhecimento adquirido, vamos responder as questões que
seguem:
1) O sistema financeiro nacional está dividido em órgãos normativos, supervisores e operado-
res. Destaque as entidades de cada grupo.
Desta forma, chegamos ao final do nosso estudo das finanças. Certamente temos muito que
aprender ainda, pois está longe de esgotarmos o assunto. Porém, certamente serviu para dar
nosso primeiro passo rumo a excelência no estudo de tão importante tema.
Convido você agora, para que continue a busca pelo conhecimento, que continue o estudo das
finanças e certamente você se destacará no mercado como profissional qualificado e altamente
capacitado, buscando os melhores resultados para empresas, pessoas e entidades em geral,
que objetivam a maximização do resultado de suas atividades e que possam encontrar em
você a confiança e as respostas que tanto almejam.
NETO, Alexandre Assaf. Finanças corporativas e valor. São Paulo: Atlas, 2003.
RAO, Dillep. Financiamento de Empresas: 25 princípios para captar dinheiro e crescer. São
Paulo: Publifolha, 2003. 96p
Sites:
<www.bcb.gov.br>.
<www.cvm.gov.br>.
<www.susep.gov.br>.
<www.inpecon.com.br>.
<www.uniresia.com.br>.
<www.pa.sebrae.com.br>.
<www.conjural.com.br>.
<http://contabilidade.wikidot.com>.