Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ARQUITETURA DE TI E
MODELOS DE NEGÓCIOS
CONTEXTUALIZANDO
02
TEMA 1 – REDUÇÃO DA COMPLEXIDADE E CONSOLIDAÇÃO
03
Hardware: Diferentes tipos de hardware para soluções equivalentes
também contribuem para a maior complexidade do ambiente de TI, tanto quanto
múltiplos softwares, exigindo trabalho adicional, pois:
04
modelos adotados na empresa. Como consequência, o número de membros nas
equipes aumenta.
Conectividade: É rara uma empresa que não utilize algum tipo de
conectividade digital e, muito embora os protocolos e arquiteturas de redes
permitam a ampla conectividade, podem surgir problemas relativos à convivência
entre redes atualizadas e redes antigas, ou mesmo dificuldades relacionadas a
requisitos de segurança, como criptografia, automação de políticas de acesso e
falhas de autenticação.
Obviamente, a pluralidade de soluções de conectividade aumenta o esforço
em suporte e manutenção, mas é fundamental levar em consideração que a
redução da complexidade dos recursos de rede não deve significar a redução da
conectividade em si nem dos serviços utilizados pelas áreas de negócios.
Regulamentos e legislações aplicados à TI e aos Sistemas de
Informação: Alguns segmentos de mercado possuem exigências específicas
sobre segurança e conformidade de TI, especialmente quanto ao acesso às
informações. No setor de educação superior, por exemplo, informações sobre o
desempenho acadêmico dos alunos são sigilosas. No setor financeiro, além dos
aspectos relativos à segurança, também há padrões mandatórios para a troca de
informações entre instituições.
Dessa forma, os diferentes regulamentos sobre segurança ou protocolos
de troca de dados aumentam a complexidade do ambiente de TI.
A arquitetura de TI deve buscar, incessantemente, a redução da
complexidade, mantendo-se atenta à visão futura da tecnologia e dos negócios.
Elaborar soluções de longo prazo requer planejamento da adoção de tecnologias,
desenvolvimento de sistemas e integração dos novos recursos com o legado,
protegendo investimentos, reduzindo riscos e aumentando a eficiência da TI e dos
negócios.
05
vários profissionais especializados em cada recurso. Nos dois casos os custos
são altos e equivalentes, pois os profissionais com domínio amplo tendem a ser
mais bem remunerados.
Aumento dos custos para continuidade dos negócios: Qualquer
situação relacionada à recuperação de desastres ou continuidade dos negócios
é, na melhor das possibilidades, um trabalho difícil. No entanto, se for necessário
considerar a restauração de diferentes configurações ou da integração de
diferentes plataformas, o esforço de recuperação será ampliado, aumentando
custos, especialmente quando se trata de redundâncias ativas.
Aumento dos custos com licenciamento de software: Possuir vários
tipos de software, de diferentes fabricantes, além de aumentar o esforço para
gerenciamento de licenças, dilui o número de licenças entre fornecedores,
impedindo que a empresa aproveite programas de licenciamento por volume, que,
via de regra, têm menor custo unitário por licença.
As desvantagens oriundas da complexidade do ambiente de TI devem ser
investigadas e claramente comunicadas para as unidades de negócios,
demonstrando, assim, os benefícios que podem ser alcançados com a
padronização, consolidação e simplificação da arquitetura de TI.
TEMA 2 – CONSOLIDAÇÃO DA TI
06
funcionalidades das áreas de negócios e, ainda, a padronização deve permitir que
as especificidades das unidades de negócios continuem sendo atendidas.
Hausman e Cook (2011) sugerem uma abordagem em dois estágios.
Primeiramente, selecionar o maior grupo de funcionalidades e os recursos que as
atendem. Esses recursos são os candidatos iniciais para a consolidação e sua
atualização, e a centralização será então planejada.
Num segundo momento, deve-se avaliar se os demais recursos podem ser
substituídos pelo padrão tecnológico.
Os autores defendem essa abordagem por acreditarem que padronizar e
centralizar uma parte dos recursos é viável e permite que a maioria dos projetos
e operações de negócios sejam endereçadas para a consolidação. Ao mesmo
tempo, cria-se espaço para que exceções sejam avaliadas e tornem-se padrões
eventualmente.
Trata-se de reconhecer que todos os elementos dentro de uma arquitetura
de TI têm valor para os negócios e que o uso de elementos padronizados tem
grande valor.
Ainda que nem todos os processos de negócios sejam suportados por
recursos padronizados, dadas as suas particularidades, isso deve ser uma
exceção dentro da arquitetura de TI.
07
Ross, Weil e Robertson (2008), Housman e Cook (2011) e Rezende e
Abreu (2011) recomendam que a obsolescência seja planejada seguindo duas
estratégias:
09
quando há softwares departamentais (de uso exclusivo de uma unidade de
negócios).
Deve-se identificar as funcionalidades críticas e customizações importantes
para os negócios e, caso não estejam presentes nas novas soluções, a equipe de
TI deve trabalhar junto à equipe de negócios de forma a desenvolver alternativas
que atendam às necessidades específicas.
Plataformas de hardware;
Sistemas operacionais;
Linguagens e ferramentas de desenvolvimento de software;
Sistemas de gerenciamento de bancos de dados;
Soluções móveis, entre muitos outros.
011
Economia de escala: As aquisições podem ser realizadas em volume, o
que, geralmente, resulta em descontos. Cada fabricante possui políticas de
licenciamento por volume e a empresa toma vantagem disso.
Facilidade na integração: Especificações compartilhadas em diferentes
elementos (por conta da padronização) facilitam a integração de novos
componentes de hardware ou de software. Esse compartilhamento de
especificações permite o planejamento gradativo de compras e de implantação,
reduzindo os impactos no fluxo de caixa da empresa e os riscos relativos à adoção
extensiva de novas ferramentas.
Ganho da eficiência: Usuários e equipe de TI podem desenvolver
conhecimentos profundos utilizando menores quantidades de soluções.
Consequentemente, a eficiência é aumentada.
Ampla rede de suporte e serviços: Plataformas amplamente adotadas no
mercado contam com amplas redes de suporte. Empresas especializadas,
comunidades técnicas, comunidades de usuários e literatura estão disponíveis, o
que reduz riscos de descontinuidade e acelera a solução de problemas.
Simplificação dos processos de compra e atualização: Se a plataforma
é padronizada, as especificações são mais estáveis, o que permite elaborar
processos de compra ou contratação reaproveitáveis (com poucas alterações).
Por outro lado, a atualização dos componentes também fica mais simples, porque
o conhecimento das equipes é mais profundo ou porque é possível automatizar
os processos.
No entanto, além dos benefícios, a padronização da plataforma de TI pode
trazer desafios.
Custos: Os custos de substituição de plataformas podem ser tornar
proibitivos para a empresa. Portanto, é importante planejar a substituição de
elementos de forma evolucionária, na qual a empresa tem menores desembolsos
cíclicos. Essa abordagem evolucionária também reduz riscos relacionados à curva
de aprendizado e permite que a empresa passe a aproveitar os benefícios da
atualização ainda nos estágios iniciais.
Dependência de tecnologias específicas: Algumas soluções críticas
para os negócios podem requerer plataformas específicas. Aplicações podem
exigir servidores de banco de dados, empresas da área da saúde podem exigir
hardware específico, automação industrial pode contar com protocolos
mandatórios. Todas essas questões devem ser consideradas no planejamento,
012
alinhadas com as áreas de negócios e, eventualmente, esses tipos de elementos
não serão incorporados nos padrões da arquitetura de TI.
Risco de desatualização prematura: Como o processo de padronização
requer substituição de elementos evolucionários, é possível que algumas
configurações evoluam no mercado, passando a ideia de desatualização do
parque que foi adquirido há pouco. Embora essa desatualização seja inevitável,
se o padrão tecnológico foi adequadamente selecionado, a substituição ou
evolução junto aos fabricantes não trará ameaças. A obsolescência gerenciada
controlará esses casos e manterá o ambiente de TI adequado em longo prazo.
Diferentes níveis de necessidades: Ao observar as necessidades das
áreas de negócios, é possível deparar-se com diferentes níveis de uso. Por
exemplo, um determinado departamento poderia continuar trabalhando com
planilhas eletrônicas, porque não tem necessidade de grandes automações ou
espaços de armazenamento. Funcionalidades de nível corporativo podem ser
dados como desnecessárias. Porém, ainda que casos específicos possam surgir,
manter unidades de negócios fora do padrão corporativo de TI resultará em custos
adicionais de suporte e administração de recursos, bem como riscos de
descontinuidade operacional pela falta de rotinas padronizadas de manutenção.
Parceiros com diferentes padrões técnicos: Diferentes soluções críticas
para os negócios podem ser desenvolvidas em diferentes plataformas. Como a
consolidação tem o pressuposto da integração, interconectar essas soluções pode
requerer esforço adicional no desenvolvimento de camadas de orquestração. Tal
decisão deve ser tomada levando em conta os ganhos em produtividade e a
eliminação de trabalhos redundantes nas unidades de negócios, convertendo-se
em ganhos de eficiência.
013
Soluções de código aberto são aquelas que podem ser alteradas pela
comunidade, o que traz a possibilidade de desenvolvimento rápido.
Entretanto, nem toda solução open source é gratuita. Há empresas que
possuem versões de comunidade de seus produtos, mas oferecem atualizações
ou funcionalidades avançadas mediante licenciamento pago.
Há também empresas que desenvolvem open source, mas que cobram
pelos serviços de implantação, treinamento e customização. Tudo é uma questão
de modelo de negócios.
Para Hausman e Cook (2011), as vantagens de plataformas de código
aberto são:
muitas plataformas open source são gratuitas ou tem baixos custos iniciais;
há muitas alternativas open source para servidores de banco de dados,
servidores de aplicação e desenvolvimento de software que são seguras e
confiáveis;
open source pode ser uma alternativa de baixo custo se a empresa está
testando novas tecnologias ou desenvolvendo projetos com riscos
funcionais ou tecnológicos importantes.
Por outro lado, os autores também evidenciam desvantagens do open
source:
014
devem optar por plataformas abertas, por conta da necessidade de, ainda que
pequena, uma equipe especialista interna.
Hausman e Cook (2011) recomendam plataformas abertas para empresas
que desejam substituir os custos com licenciamento por custos com serviços de
suporte e manutenção, pois estes podem ser interessantes para o planejamento
financeiro da empresa.
Soluções proprietárias, por outro lado, são protegidas por seus
desenvolvedores e a comunidade não tem permissão para alterá-las. Ainda que
seja mais restrita que as soluções abertas, esse tipo de plataforma tem um forte
apelo comercial e é construído com focos bastante específicos.
As plataformas abertas contam com empresas estruturadas e com a
tradição no mercado.
Para Hausman e Cook (2011) as vantagens de plataformas proprietárias
são:
015
Ross, Weil e Robertson (2008) e Hausman e Cook (2011) recomendam que
empresas que não têm condições para realizar investimento inicial com
licenciamento e serviços de implantação não adotem soluções proprietárias.
Hausman e Cook (2011) recomendam plataformas proprietárias para
empresas que desejam implantações mais simples e não querem investir em
equipes altamente especializadas, deixando as competências mais profundas por
conta dos fornecedores.
A escolha da plataforma, aberta ou proprietária, embora controversa, deve
estar orientada às capacidades internas, ao modelo de gestão da arquitetura de
TI e ao foco nos negócios. Flexibilidade, facilidade de uso e manutenção e
segurança técnica e comercial são aspectos comuns às duas plataformas e
devem ser os termos básicos para a tomada de decisão.
016
Uso otimizado de recursos: Equipamentos distribuídos pela empresa e a
redundância desnecessária são eliminados. A capacidade de processamento é
mais bem compartilhada e a disponibilidade de recursos é ampliada para toda a
empresa.
Gerenciamento otimizado de documentos: Não só o armazenamento
centralizado de documentos, mas as políticas de acesso e sistemas de
versionamento melhoram a gestão de conteúdos e da segurança. Pode-se
implementar portais de compartilhamento, wikis e workflows que permitam a
colaboração e a disseminação de conteúdos otimizada.
Segurança otimizada: Os riscos de exposição de arquivos, dados ou
conteúdos são drasticamente reduzidos pelo fato de se criar uma central segura
de armazenamento.
Ganhos de escala: Armazenamento, soluções de backup, suporte e
gerenciamento de dados, arquivos e conteúdos passam a compartilhar padrões,
equipes de suporte e conectividades. Quanto mais utilizado o data center,
menores são os seus custos de manutenção e administração.
5.2 Virtualização
017
de processamento passa a estar nos hospedeiros, barateando as estações de
trabalho.
5.3 Redundâncias
018
as versões de software instaladas, baixar e instalar correções e atualizações,
mantendo os equipamentos sempre em seu melhor estado.
Instalação baseada em imagens: Sistemas operacionais e demais
softwares são instalados em uma matriz e todas as atualizações e configurações
são aplicadas. Então, cria-se um arquivo de imagem que servirá para instalar os
demais equipamentos. Essa imagem pode ser aplicada pela rede ou por mídias
removíveis (pendrives). Como resultado, o tempo para instalação de novos
computadores ou para reparo de defeitos é reduzido.
Soluções de backup: a criação de cópias de segurança requer um
controle rígido das versões, datas e arquivos. A rotina de cópias também deve
garantir a qualidade das cópias e a total possibilidade de restauro dessas cópias.
Existem sistemas automatizados para essas tarefas, que realizam todos os
procedimentos de cópia, controle e testes, reduzindo falhas nas cópias e o esforço
operacional requerido.
FINALIZANDO
019
REFERÊNCIAS
020