Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NO CICLO I
___________________________________________________________________
RESUMO: Este artigo tem como objetivo compreender como acontece o letramento
na educação do surdo e o uso da metodologia em sala de aula. Trata-se de uma
pesquisa bibliográfica exploratória de cunho qualitativo descritivo e traz alguns
aspectos teóricos a respeito do letramento e sua metodologia fundamentada em
autores como: Skliar, Quadros, Fernandes, Soares entre outros. Tem como principal
contribuição mostrar como acontece o ensino aprendizagem da Língua Portuguesa
como segunda língua.
1- Introdução
Assim, a educação do surdo não deve mais ser vista como um paralelo a
educação geral, mas sim, fazer parte dela como um conjunto de recursos
pedagógicos e serviços de apoio. È fundamental para o acolhimento do surdo que
se rompa com as praticas tradicionais de ensino, que há muito vem valorizando
apenas a comunidade ouvinte. Entende-se que o bilingüismo, permitirá ao aluno a
possibilidade de escolher conforme a situação, a forma que lhe convém usar para se
comunicar.
Para Novaes (2011), a identidade surda, vai sendo construída no seu modo
diferente de ler o mundo, uma experiência de cultura viso-gestual. Trata-se de uma
construção multicultural, pois não depende só da audição, mas da oportunidade
deste sujeito comunicar-se adequadamente.
Uma das diretrizes fundamentais da política nacional da educação é a
inserção do aluno surdo no ensino regular, acredita-se que dessa maneira haja a
possibilidade de se construir processos linguísticos adequados, tanto na
aprendizagem dos conteúdos acadêmicos como o uso social da leitura e da escrita.
(LODI; LACERDA, 2009).
Portando, a escola deve ser criativa buscando soluções que visem á
manutenção desse aluno no espaço da sala de aula regular, propiciando resultados
satisfatórios em seu desempenho acadêmico e social. (MAZZOTA, 1996). Enfim, a
questão hoje é encontrar novos métodos de trabalhar com a criança surda e saber
como usar a primeira e segunda língua para preparar o ambiente para um
aprendizado significativo é fundamental. Sendo o surdo sujeito que vivenciam
experiências visuais, e que se comunicam em língua de sinais, será necessário
privilegiar o ensino através da língua de sinais.
A Libras foi oficializada no Brasil pela lei Federal nº 10.436/2002 e
regulamentada pelo Decreto Federal nº 5.626 de 05 de dezembro de 2005.
(LACERDA, 2009, p.23.) Garantindo a pessoa surda o direito á aprendizagem
3
através da língua de sinais, a Libras permite que seus usuários desfrutem dela para
conviver com as mais variadas situações, como qualquer outra língua
Para tanto a criança surda precisa adquirir o mais precocemente possível a
sua língua natural de forma plena, a língua de sinais como primeira língua e a
Língua Portuguesa como segunda. Para se trabalhar em sala de aula o letramento,
se faz necessário compreender o que significa essa palavra.
Muito recente no vocabulário da Educação e da Ciência Linguística, a palavra
surgiu da necessidade de configurar e nomear práticas e comportamentos sociais na
área da leitura e da escrita, que ultrapassam o domínio do sistema alfabético e
ortográfico, esses enfatizados pelo processo de alfabetização tradicional. (SOARES,
2010). Segundo a mesma autora Letramento é:
Percebe- se o grande desafio que temos pela frente, como propiciar esse
estado ou condição ao surdo. Sabe- se que as regras gramaticais são adquiridas
pelo surdo através da escrita, assim como o ouvinte as adquiri através da fala.
Sacks (apud FERNANDES. E. 2009 p.99) ressalta a importância para as formas de
memória do surdo.
2- O ensino na L2
Na educação bilíngue, o desenvolvimento da Língua Portuguesa está
baseado em técnicas de ensino de segunda língua, partindo de habilidades
interativas e cognitivas adquiridas pelo surdo em suas experiências com a língua de
sinais. (QUADROS, 1997).
O surdo necessita de uma pedagogia voltada para sua condição, um trabalho
que realmente seja produtivo nas suas peculiaridades, exige-se conhecimentos
específicos por parte do profissional. Segundo Sader (apud PADILHA, 2009).
por parte tanto da família como da escola para que as crianças tenham a
oportunidade de adquirir sua primeira língua (L1), já nos primeiros anos de vida. De
ter contatos com surdos adultos para construírem suas identidades. Necessitamos
de um conhecimento mais apurado, no sentido coletivo, consciente e científico.
Devemos enquanto professores, lutar pelo direito de conhecer profundamente: o que
queremos, por que fazemos e para que fazemos.( PADILHA, 2009, p.114)
Estudos recentes da L2 destacam duas abordagens, a comunicativa, que
abrange uma visão de língua ampliada, aborda as circunstâncias que o texto é
produzido e interpretado (QUADROS, 1997). Já a segunda abordagem, é a natural,
tem como premissa que o aluno receba o input linguístico quase que totalmente
compreensível, facilitando o entendimento da língua. Leffa 1988 (apud QUADROS,
1997).
Para ativar potencialmente o processo de construção visual do surdo,
significa oferecer a ele um input visual da língua, e esse recurso visual deve sempre
ser explorado pelo professor, lembrando que o tempo dessa exposição ao input
também é importante para que ocorra esse processo de aquisição, (QUADROS,
1997. P. 87).
Westphal (apud QUADROS, 1997. p. 87) apresenta dois problemas no
processo de aquisição da língua.
3 - LEITURA E ESCRITA NA L2
Nessa visão interacionista, onde professor e aluno interagem em um contexto
de ação, envolvendo dificuldades e avanços na compreensão, até que o
conhecimento seja compartilhado, (Edwards & Mercer (apud FREIRE, 2009, p. 28).
O professor deve se atentar que o conhecimento de mundo, varia de criança para
criança, sendo dessa forma necessário em sala de aula, suprir essa falta, de
maneira a possibilitar um equilíbrio.
No caso da criança surda, já existem publicações de literaturas impressas em
língua de sinais, filmes, vídeos, contos, piadas produzidos por pessoas da
comunidade surda, esses registros devem ser muito utilizados pelos professores de
Libras, para que sirvam de base no momento da compreensão da segunda língua,
para que tomem posse das informações quanto à organização textual em português,
permitindo acioná-las sempre que se deparar com situações de compreensão
textual. (FREIRE, 2009, P. 31).
9
3- Metodologias no ensino da L2
Os componentes metodológicos do programa para L2 devem partir dos três
tipos de conhecimento adquiridos pelos alunos, do qual eles se utilizam para a
aprendizagem da L2, ou seja, o que se refere ao conhecimento de mundo, ao
conhecimento sistêmico e o que se refere aos tipos de textos. Lopes (apud FREIRE,
2009, p. 33).
Na instrução do surdo utiliza-se de duas estratégias principais; em uma,
usamos uma língua para ensinar sobre outra língua; em outra se usa uma língua
11
Conclusão:
REFERENCIA BIBLIOGRAFICA:
LODI, Ana Claudia Balieiro; LACERDA, Cristina B. F. (Org). Uma escola duas
línguas letramento em língua portuguesa e língua de sinais nas etapas iniciais
da escolarização. 2. ed. Porto Alegre: Mediação; 2009.