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EM ACUPUNTURA
MÓDULO - 09
Pulsologia Chinesa
SAULO WANDERLEY
Página
• Pulsologia Chinesa 03
- Introdução 03
o 1. Equilíbrio 03
o 2. “Assim como é no grande, é no pequeno” 03
- Funções 05
- Pulso Radial 07
- Característica dos Pulsos 13
o Estudo I 13
1. Regularidade 13
2. Amplitude 14
3. Intermitência 14
4. Consistência do Pulso 14
o Estudo II 15
1. Freqüência do Pulso 15
2. Ritmo 16
3. Força 16
4. Consistência 16
5. Amplitude 16
6. Comprimento 16
7. Largura 17
8. Retardamento / Adiantamento 17
- Excessos Generalizados 18
- Recomendações para o Diagnóstico pelos pulsos 19
- Anotações dos Pulsos 20
- Elementos Particulares ou Variações Individuais 20
- Pulsos Reveladores 21
• Tipologia em Função dos Cinco Elementos 24
• Biótipo em Função dos Cinco Elementos 26
• Tipologia das Mãos 28
• As Cinco Constituições / Biótipo (Fragilidades) 33
• Os Seis Temperamentos 37
• Pentagrama, Ciclo de Produção e de Inibição 51
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PULSOLOGIA CHINESA
INTRODUÇÃO
1. Equilíbrio
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e fazendo todo um conjunto extremamente harmônico. Isso nos foi dado como
condição para a vida. Na medida em que houve até um projeto prévio para a
existência do ser. Então vamos dizer que o grande criador tivesse lá o seu arquivo e
lá naquele arquivo tivesse o projeto de tal pessoa. Antes de aquela pessoa nascer o
seu projeto já estava lá. E aí no momento em que um pai e uma mãe se unem e
transfere para aquele ser que eles estão gerando, a carga de energia ancestral,
funde-se a energia ancestral com o projeto e nós temos a pessoa.
Todo aquele equilíbrio que foi capaz, dentro daquela harmonia,
sabedoria, de criar este universo tão equilibrado, tão perfeito, naquele movimento
tão coordenado, isto é transferido para o corpo. É transferido para o ser humano,
como uma das formas de vida existente. E que nós como acupunturistas (ou outra
forma de terapêutica que existir), queremos inferir nesta perfeição, quando ela
deixa de ser tão perfeita. Ou para que ela se mantenha perfeita para sempre.
Então nós temos um modelo perfeito na nossa frente, digno de maior
respeito e é por isso que temos que procurar a forma mais digna, mas adequada de
trabalhar.
A visão desta perfeição em termos macro, projetada na perfeição em
termos micro, que é o nosso ser, o nosso organismo, também nos faz pensar que
este ser tão perfeito (o tao vive dentro de nós, ele é uma perfeição que vive dentro
de nós) e se eu tenho uma fração da perfeição eu tenha a perfeição toda. Se eu
tenho um pedacinho de perfeição, a palavra é perfeição. É o completo, o todo, o
absoluto. Se eu tenho uma parcela do absoluto, então aquele ser tem o potencial do
todo.
Então nosso organismo foi feito para retratar essa perfeição. Nosso
organismo pulsa em uníssono com esta perfeição que habita nele. E aí da mesma
maneira que o corpo de um retrata a perfeição universal, a parcela de um, um
pedacinho de um ser retrata como um todo. A minha mão, orelha, dentes, etc. é um
retrato, um espelho do que está acontecendo com o meu corpo. O meu pulso radial,
por exemplo, ele pode espelhar este corpo.
• Microsistemas.
• Pulsos Radiais, por exemplo. Como uma fonte que eu possa acessar para ter
informações sobre o nosso organismo.
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AS FUNÇÕES
Então daquele tai chi que vimos no início, nós tivemos como yin e
yang estabelecidos. A projeção desse yin e desse yang com vibrações
diferenciadas, de forma que podemos visualizar essa condição de madeira, fogo,
terra, metal, água, como os 5 elementos. E estes elementos eles estão presentes
regendo a nossa vida em todos os sentidos, assim como as cinco energias também.
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Nós estamos buscando o equilíbrio e estamos com os cinco elementos
pulsando aqui. E as seis energias pulsando aqui. E o homem, vivente dentro dessas
condições de influencia de céu e de terra, ele deve palmilhar o caminho dele na
vida, através do caminho do meio. Através do caminho do equilíbrio, da sensatez.
O bom senso que nos diz, embora seja muito afiado e às vezes cortante o caminho
do meio, porque ele é fino como o gume de uma espada, com sabedoria.
Todo esse triangulo que foi feito, foi para mostrar que o equilíbrio, o
meio, o caminho, o está bem, o está com o yin e yin muito bem equilibrados, este é
o objetivo maior do ser. Buscando isso, ele vai ter que manter equilíbrio nestas
figuras. Portanto, todo aquele equilíbrio universal ele vem se manifestar no ser
humano através destes elementos, dessas energias e dessa energia ancestral que já
nasceu com o homem e que ele só pode gastar dela.
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PULSO RADIAL
Como fazer para tomar os pulsos? A primeira coisa que nós vamos
precisar é considerar que este pulso radial esteja subdividido em três segmentos. O
desenho abaixo mostra um paciente com os pulsos apresentados para o
acupunturista:
E a primeira coisa que nós vamos ver e que: se ele está de frente para
você, a parte mais distal (longe) do corpo dele, está mais próximo de você.
Portanto o segmento I é o que fica mais perto do terapeuta e o mais perto do céu
(posição anatômica chinesa). Este segmento I tem o nome de polegar porque ele
fica na base do polegar e ele está sobre um ponto chamado P9.
O segmento II ele tem como referência a apófise estilóide (é como se
fosse uma barreira), chamado de barreira por causa da apófise e fica localizado
sobre o ponto P8.
Como é que a gente acha isso? Então temos a artéria...
7
O que é mais importante nesta localização dos segmentos? Isso aqui é
um espaço, é um limite do tamanho dos três dedos do paciente. Agora se o meu
paciente for muito pequenininho em relação a mim, eu vou ter que fazer um
apertinho aqui. Se o paciente for muito grande em relação a mim, eu vou ter que
dar um espaço maior entre os dedos. Porque eu tenho quer fazer jus ao tamanho
que o paciente tem. Ele pode ser um indivíduo mais longilíneo e eu tenho que
acomodar àquela realidade ou brevilinho, pequenininho e então aproximar mais os
dedos... Eu tenho que me adequar às condições do paciente.
1o. Passo → Localizar a apófise estilóide do rádio e colocar sobre ela a “polpa do
dedo médio”. Este é o primeiro passo, porque se você chegar um pouquinho mais
para lá ou para cá, você sai do pulso. E aí a informação que você está pegando é
falsa. Isto aqui é fundamental. A polpa do dedo médio é colocada no alto da
barreira e aí eu caio com o dedo sobre a artéria. E aí vão os três juntos... Neste
momento vocês vão sentir a pulsação debaixo dos três dedos.
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b) Soltar devagar até sentir a(s) primeira(s) batida(s);
9
A primeira pulsação já diz se é uma pulsação forte, fraca, se é uma
pulsação normal. Mas forte, fraca, normal, em relação a que? Mais forte / fraca do
que o que? Normal em relação ao o que? R. Em relação a todas as outras. Por
exemplo, quando eu digo que você é um cara forte, você é um cara forte em
relação aquilo que eu conheço. Mas em relação a um gigante você não é um cara
forte. Então você é forte em relação ao normal ou a maioria das pessoas que eu
conheço. E o outro é mais fraquinho em relação a maioria que eu conheço.
Então se faz assim: aperta até o fim, achou, vai soltando
devagarzinho... está batendo. Aí eu percebo o tipo de batida. Faça isso no outro
segmento, está mais forte, igual ou mais fraco que o anterior. Agora vai no outro,
aperta até o fim, vai soltando. Este é o mais forte ou mais fraco em relação aos
outros?
Aí eu começo a trabalhar em comparações.
Agora vamos fazer com o yang. Solta o vaso e toca a artéria
levemente, bem levinho, até sentir alguma coisa. Esta é a posição superficial.
Então vamos dividir o pulso em três partes. Foi feito com uma linha
pontilhada para mostrar que aqui seria a posição superficial, a posição média e a
profunda.
Na verdade, pelo menos de início vocês vão trabalhar apenas com
posição superficial e profunda. E vão interpretar que média e profunda são tudo
uma coisa só. Profunda é a maior pressão possível, superficial é a menor pressão
possível e média estaria no meio.
Mas nós vamos interpretar que média e profunda é a mesma coisa. Por que?
Porque quando eu tracei as três subdivisões eu fiquei com 18 espacinhos e na
verdade não são 18 espacinhos. Então algumas funções que a gente chama de
“profunda”, na verdade estão na média, mas a gente considera tudo uma coisa só.
Ou é profundo ou superficial, esquece o médio, só fica escrito para saber que ele
existe.
10
No braço esquerdo do paciente eu tenho ID e no braço direito IG, lá
na superficial, porque são yang. No braço esquerdo VB e no direito E ... e assim
por diante, de acordo com o desenho. (...).
Quem é o acoplado do ID é o C. Coração está no médio e aqui no
profundo não tem nada, mas na hora de fazer é para apertar a artéria até o final,
esquece que é médio. Médio é só para constar para terem no caderno e saber que
isso existe.
Quem é o casado do Estômago, Baço-Pâncreas. Embora a gente vá
pegar tudo num aperto só: BP. Eles ficam separados: Baço e Pâncreas...
O acoplado de Bexiga é o Rim e temos dois tipos de Rins: o Rim
filtração (média) que é o volume de urina filtrado e o Rim excreção (profunda) que
é a função última do rim, ele põe para fora os detritos, os que já não serve. Mas
considera tudo como Rim na profunda.
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Compare agora com o mesmo desenho (página anterior)
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CARACTERÍSTICA DOS PULSOS:
• Estudo I
b.2 – Paradoxal: Típico do asmático. Ele inspira com dificuldade e expira com
mais dificuldade ainda. O esforço para respirar vai refletir no pulso.
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2. Amplitude
3. Intermitência
4. Consistência do Pulso
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a) Pulso Duro → Artéria parecendo rija, sem elasticidade.
Comum nos idosos e nos muitos gripados.
Sugere excesso de Yang.
c) Duro e Pequeno
Sugere Fraqueza.
d) Macio ou Mole
Sugere relaxamento. O indivíduo está relaxado, sem tensão, tranqüilo.
e) Amplo e Macio → Percebe-se a “onda” alta, mais parece que, se não prestar
atenção, vai-se perder a percepção do pulso. Vai e volta com bastante
amplitude. Você pega o pulso, percebe a onda alta passando, mas se você
continuar apertando tem a sensação que perdeu o pulso.
Sugere fraqueza e relaxamento.
• Estudo II
1. Freqüência do Pulso
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2. Ritmo → Pode ser regular ou irregular.
6. Comprimento
III II I
III II I
No pulso longo parece que eles são mais afastados. Então os seus
dedos vão ter que se alargarem um pouquinho. Você detectou a apófise e colocou o
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dedo no P8, aí você abre os dedos um pouco mais para chegar na posição correta.
No outro (curto), você vai ter que encurtar a distância um pouco mais.
7. Largura
a) Largo → A artéria parece mais achatada e larga como uma pequena régua.
b) Estreito → Assemelha-se a uma linha.
8. Retardamento / Adiantamento
LEMBRETES:
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EXCESSOS GENERALIZADOS
* Pulso D > E → Significa que os pulsos do lado direito do paciente, batem mais
fortes que os do lado esquerdo.
Pulso D < E → Significa que os pulsos do lado direito do paciente batem mais
fracos que os do lado direito.
Tratamento (Extra-aula)
Excesso Generalizado
Obs: Dica para achar o TR5 é mandar o paciente colocar a mão no ombro oposto,
porque na hora que ele faz isso abre o TR5, fica um buraco. Fica a 2 distâncias da
prega de flexão do punho.
18
RECOMENDAÇÕES PARA O DIAGNÓSTICO PELOS PULSOS:
19
ANOTAÇÃO DOS PULSOS:
Os pulsos além das características que ele tem para aquele indivíduo,
aquele indivíduo ele pode realçar por ter um elemento diferenciador. O homem
alto, a criança, o obeso. Estas pessoas têm pulsos particulares ou variações
individuais.
20
PULSOS REVELADORES:
21
Se este ponto (ID19) quando pressionado (ele é um pulso), se a pulsação estiver
irregular, estiver diferente do pulso radial, significa que existe uma irregularidade
e, portanto, olhos e ouvidos estão ou ameaçados ou já adoentados.
* O BP11 é um ponto muito difícil da gente chegar nele, sentir o pulso, sentir a
pulsação. E para melhor fazer isso, deve-se palpar com uma mão em cima do ponto
e cala com a outra. Palpa com uma mão e aperta por cima com a outra, para trazer
uma certa reverberação.
O BP11 se punturado isoladamente, só ele, com uma agulha auricular, ele é ótimo
para obesidades. Você faz o tratamento todo e depois que retirou todas as agulhas,
localiza um BP11 (não os dois) e coloca a agulha auricular nele, fecha com
micropore em cima dele e deixa lá por uma semana, depois troca para a outra perna
(fica alternando). Diz ao paciente para estimular sempre que lembrar. Durante a
seção fazer o E36 em dispersão, que faz com que não aproveite tanto os alimentos.
___________________
Vejamos o seguinte:
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Vamos lembrar agora quais são as funções de cada elemento:
Madeira é F-VB, Terra é BP-E, (...). Até para a gente não esquecer: Rim e Bexiga
fazem todo sentido com a água. Coração com o calor, o impulso precisa de ter
aquela fornalha. A umidade da Terra. O vento balançando a árvore – madeira.
Tudo isso faz sentido.
E estas cinco energias (Vento, Calor, umidade, sequidão, frio) elas é
que nos atacam em forma de energia perversa, quando nós não estamos muito
equilibrados em termos de saúde. Elas penetram pelos meridianos ligamentários,
invadem os grandes meridianos que são como umas placas protetoras e aí vão
penetrando no nosso organismo. Por exemplo, uma umidade, ou você está em um
lugar muito quente e sai para a friagem e o frio ataca. Ela vai penetrando por
aquelas barreiras na medida em que você está enfraquecido. Cria vias rápidas ou
atalhos e penetram lá no interior do nosso organismo. Aí aja puntura para pegar
aquilo e começar a empurrar para fora.
23
TIPOLOGIA EM FUNÇÃO DOS CINCO ELEMENTOS:
Obs:
25
BIOTIPOS EM FUNÇÃO DOS CINCO ELEMENTOS:
Obs:
26
Eu diria vocês que mesmo a pessoa mais treinada tem dificuldade
inicial de fazer esta escolha, de dizer como é que fulano se classifica. Porque
ninguém é inteiramente uma coisa. Ninguém consegue ser tão certinho. Alguns
casos a pessoa fecha muito bem com o quadro. Então o que a gente faz? A
gente diz o que ele não é. ... Definitivamente os ombros dele não são grandes, é
miúdo. ... Definitivamente os ombros dele não são largos, são estreitos. Então
eu já começo a ver o que ele não é. Então se eu for por exclusão é melhor.
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TIPOLOGIA DAS MÃOS
MADEIRA
• Estrias profundas e como que nós (“de madeira”) nas articulações. Mão
descarnada.
• Pouca carne, é uma mão magra;
• Com sulcos, como se ela estivesse meio cortada, é toda estriada, sulcada,
cheia de estrias profundas nos dedos e nas palmas, cheias de riscos;
• Os dedos formam como que nós da madeira, ou seja, articulação grossa
realçando. É como se a pele fosse muito apertada, justinha, curtinha, e o osso
realçasse;
• Este tipo de mão é muito comum em pessoas da raça negra;
• As unhas, se o fígado estiver bom, elas são fortes, sólidas. Mas se o fígado
não estiver bom, elas vão ser quebradiças, fracas, manchadas, e faz prever
problemas musculares. As unhas refletem muito bem o biótipo madeira,
afinal é o ornamento ligado a madeira;
• O formato da unha é bem definido.
28
FOGO
29
TERRA
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METAL
• Mão larga, ovalada. Palma e dedos estreitos. Pele seca, rugosa, violácea.
• A mão do metal quase que quer ser a mão do fogo, mas lê a é menorzinha,
pequenininha, de uma estrutura menor;
• É uma mão mais fina, mais delicada;
• É longa nas suas proporções. É ovalada. Mas a palma é estreita, é mais fina;
• Os dedos são estreitos e longos;
• Possui uma característica marcante: a mão é seca. A pele é muito ressecada
nas mãos e chega a ficar meio violácea de tão seca que é. E isso traz uma
certa rugosidade pela sequidão;
• Não possui aquela mobilidade, agilidade da mão do fogo.
31
ÁGUA
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AS CINCO CONSTITUIÇÕES / BIOTIPO (FRAGILIDADES):
(Van Nghi; Chamfrault; e outros)
Vamos verificar quais são as fragilidades a que cada biótipo está mais
sujeito. Por sua constituição, desde criança, a pessoa já tem uma tendência a
adoecimentos com determinadas razões. São características que se apresentam
quando há desequilíbrio nas respectivas funções.
Madeira:
33
Metal:
Fogo:
34
*→ VG1 → Anus e reto. Obs: Não se usa picada em VC1 nem VG1 (não é lugar
para se por agulha, devido a localização). Tem um ponto na parte de cima da mão,
na linha de flexão do punho (em um buraco), que substitui estes pontos. Por
exemplo, para tratar hemorróidas então põem na mão.
Água:
35
Terra:
36
OS SEIS TEMPERAMENTOS
(Nei King (cap. 72) e Je Ma Lee)
Os temperamentos são:
1. Tae Inn
Obs:
- Quando se fala assim: falta de tônus muscular, qual seria o ponto para fazer?
Tem um ponto do elemento madeira que é o mestre de todos os músculos que
é o VB34.
37
- Se ele tem energia wei em desequilíbrio e a barreira ligamentária está fraca, eu
vou abastecer o TR superior no seu ponto de comando que é o VC17.
O problema realmente do Tae Inn é que os seus pulsos são: ↓P e/ou
↑F. Daí vem uma recomendação do *Nei King: “Quando doente, o Tae Inn deve
ser dispersado logo” (é como se ele só adoecesse por excesso), portanto dispersão
obrigatória. Mas aí você olha lá e diz: não é o que está acontecendo. Porque
pulmão está insuficiente, mas eu não posso tonificar, porque o Nei King disse que
para o Tae Inn eu só posso dispersar. Então como é que eu vou resolver o problema
desse pulmão? Até porque aqui está se desenhando uma possibilidade de contra-
dominância. Pulmão tem quer dominar o fígado.
Mas fígado está tão alto e pulmão está tão baixo que pode até
acontecer o contrário e é perigoso. Eu tenho quer tonificar esse pulmão, mas eu
não posso porque o Nei King não deixa. Só posso atuar dispersando. Então
disperso o coração. Coração, provavelmente, para pulmão está nesta situação e
fígado em excesso, coração deve está em excesso. Porque a mãe (F) está
alimentando o filho (C). E o Pulmão é um avô muito fraquinho, e está deixando o
fígado correr solto, quer por sua vez se encarrega de alimentar o filho dele (C) que
já está meio gordinho. Daí vai ficar um quadro cada vez pior.
Então tenho que dispersar o Coração rapidamente. Coração a gente
dispersa no ponto de sedação dele que é o C7. A não ser que eu queira fazer o
ponto da estação, mas eu vou colocar esse que é para o ano todo. Posso dispersar
pelo CS também. E se realmente estiver acontecendo a contra-dominância? A
contra-dominância é: aquele que é o neto, aquele que deveria ser dominado, está
mais forte do que aquele que é o dominante e ele pode se voltar contra.
Veja a gravidade: em vez do pentagrama correr para a direita e sempre
para a direita, sempre no sentido do crescimento, da evolução, de repente nesta
engrenagem uma roldana começa a rodar ao contrário. Imagine a quebradeira que
vai dar. É isso que acontece com a gente. Neste caso, além de Fígado está muito
forte e alimentando cada vez mais o coração, tem uma coisa muito mais grave:
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Fígado está se voltando, está rodando ao contrário, está quebrando todo o nosso
mecanismo. E aí como é que eu faço?
Que é que está sendo atacado? Fígado atacando o Pulmão. Como é
que é o pentagrama de Pulmão? Pulmão tem um pentagrama só dele. O P11 é o
Ting, o P10 é o Yong, o P9 é o Yu, o P8 é o King e o P5 é o He.
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Ting Yong Yu King He
Baço – Pâncreas BP1 BP2 BP3 BP5 BP9
2. Chao Inn
40
Obs:
- A causa da doença é que ele é mais yin do que yang. Apresenta problemas no
2o. TR (digestão). E aí é um problema porque, pensem bem: O TR de digestão
está fraco, portanto a energia sangue está fraca. Estômago fraco, digestão fraca,
portanto sangue fraco. Mas seu yang é muito fraco e se o yang é fraco é porque
o ar é fraco, portanto, defesa também fraca. Energia wei também fraca.
Explicando mais uma vez: ele é mais yin do que yang. No entanto, no seu
aparelho digestivo existe a falha do estômago pequeno e da energia sangue, em
decorrência, ser mais fraca. Ele se alimenta menos do que deveria. E quando se
alimenta é de uma maneira irregular. Isso traz problemas com a energia
sangue. Porque a energia sangue é yin. E como ele é muito mais yin do que
yang, se você considerar no todo. O yang fica frágil. Ele tem pouco yang, ele
tem muito mais yin do que yang. Conclusão: se o yang é frágil, também o ar é
pouco, também a energia defensiva está baixa.
* Os problemas que afligem o Chao Inn, o Nei King diz o seguinte: “Quando
doente, é preciso regularizar a sua energia, pois seu “sangue” (yin) e sua energia
(yang) estão fracos”.
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Exemplo de um caso prático:
Este é o quadro típico da pessoa que está para ter edema agudo de
pulmão. Que via de regra se manifesta de 3-5 hs. da manhã. Como é que eu faço
para resolver uma coisa dessas tão grave?
Primeiro: se mãe (P) e filho (R) estão com excesso de energia, o que é
que eu faço? Disperso o filho. Portanto eu sedo o R com R1. Porque quando eu
sedo o Rim em R1, eu estou sedando mãe e filho que estão anormais. Na hora em
que eu sedo o R, eu deixo o C tomar um alento, porque o avô (R) estava forte
demais em cima dele. E aí o C fica normal. C estando normal, não vai deixar P
correr tão solto e fica normal. E aí fica concertada a situação.
42
3. Tae Iang
Obs:
- *Diz o Nei King: “Quando o Tae Iang adoece, é preciso dispersar o seu yang”.
Por que? Porque ele sofre de excesso de yang. E eu só posso dispersar, eu não
posso tonificar. Uma das formas é dispersar VC12 e E36.
- O Je Ma Lee disse que o Tae Iang adoece, ou por ↑P e/ou ↓F. Ele também
apresenta excesso para o elemento metal.
Eu preciso dispersar seu yang, não foi isso que o Nei King falou? Mas
é o P que está em excesso. Eu preciso dispersar o seu yang. Por ele ter excesso
para o elemento metal, o elemento metal é composto de quais funções? P e IG.
Qual é o yang? IG. Se eu tenho que dispersar o metal tem quer ser pelo IG, porque
o Nei King não deixa mexer em outra coisa. No yin ele não deixa mexer, então
vamos dispersar IG em IG2., porque só posso dispersar seu yang.
43
C não deve dominar o P? Mas ele está fraquinho. Se C está fraco e P
está forte demais e eu tenho que dispersar o yang, então eu posso fazer o Lo do ID.
Como é que funciona isso? Como é que é o meridiano de passagem?
PONTO DE PASSAGEM: Chamados também de Pontos Lo (lô). São pontos que unem diretamente
um meridiano com o seu acoplado. Você pode transferir energia de um meridiano para o seu acoplado
por intermédio do seu acoplado. Os meridianos acoplados são: C-ID, P-IG, F-VB, BP-E, R-B, CS-TR.
C e ID eles são acoplados ou não são? C está muito baixo e ID está transbordando
de energia.
45
4. Chao Iang
Obs:
- Quando eu digo vontade insuficiente, estou dizendo Rim insuficiente, porque a
vontade mora no Rim.
* Nei King: “Quando doente, deve imperativamente, tonificar seu yin e dispersar
seu yang”.
1) Se o indivíduo está com o ↓R, eu tonifico o Rim. Porque ele diz que deve
imperativamente tonificar seu yin. Posso usar o R7 ou o ponto da estação.
2) Se ↑E, ↑C, ele disse que eu tenho que dispersar imperativamente o yang. O
yang que eu tenho aqui é o Estômago. Então eu disperso ele em E45. Com o C eu
não posso mexer e agora o que é que eu faço? Porque eu tenho que tonificar o yin e
ele já está em excesso. Forçosamente eu tenho que vir para esta situação 3 que é:
46
Lá no primeiro caso, quando eu digo ↓R eu tonifiquei o Rim em R7. E
na hora em que eu faço isso eu acabo com a insuficiência dele e acabo com o
excesso de C. Eu dispersei o C sem colocar nenhuma agulha nele.
47
Qual é o ponto fogo do rim? R2. Então eu fecho a porta do atacante
que é o fogo, no caso o R2. Fecho a porta do fogo que está secando a água.
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5.a) Tsiue Inn
Obs:
Obs:
49
Se ele tem ↑IG e ↑E, se mãe e filho em excesso o que é que eu faço?
Sedo o filho, portanto já sei que devo dispersar o IG.
50
PENTAGRAMA, CICLO DE PRODUÇÃO E DE INIBIÇÃO
• Pentagrama:
51
A cada elemento corresponde a uma função, temos que, por exemplo,
fígado é mãe do coração, pulmão é mãe de rim, etc. Por outro lado, coração é filho
do fígado, rim é filho de pulmão, valendo a regra: mãe é a função que antecede e
filho é a função que sucede no pentagrama. Também no relógio orgânico
52
O ciclo de inibição ou de dominância ou ainda, o ciclo Ko é aquele
em cada função inibe a função que sucede o seu filho, isto é, inibe o seu neto (vem
depois do seu filho, que é o neto). Assim temos que F inibe BP, R domina ou inibe
C-CS, etc. No entanto essa inibição considerada natural e saudável, pode se tornar
excessiva, patológica. Quando o avô exerce uma inibição exagerada sobre o neto.
Ex. Rim em excesso inibindo demasiadamente o coração.
53
Então no pentagrama só do coração, o ponto água é o C3. Então o que
é que eu faça? Eu pontuo o C3 e fecho a porta da casa do coração. O coração tem
cinco portas e uma delas está sendo invadida pela a água. E então eu fecho a porta
do elemento atacante, do elemento água. E assim coração volta ao normal.
Portanto, assim, resolvi o problema.
• Contra-dominância
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Coração é o neto e o rim é o avô. Neste caso o coração está agredindo,
insultando o avô. Quem é que está agredindo quem?
- Vítima: Rim
- Atacante: Coração
- Elemento atacante: Fogo
Exercício:
• Faça um esquema em que fique clara a contra-dominância de B sobre E,
explicando a razão de ser indicado o E44 para resolver o problema.
55
Exercício:
• Faça um esquema em que fique clara a contra-dominância de B sobre E,
explicando a razão de ser indicado o E44 para resolver o problema.
- Vítima: Estômago
- Atacante: Bexiga
- Elemento atacante: Água
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