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ESTUDO DA NOVA NR-01 - Disposições Gerais l Portaria 915 de 30/07/2019

Estudo elaborado em Ago/2019 por Júlio Botelho


Instagram: engjuliobotelho l YouTube: Júlio Botelho – Segurança do Trabalho I Facebook: Eng. Segurança Júlio Botelho

Estudo realizado comparando a nova versão com a antiga. As setas (em vermelho) em algumas tabelas mostram que os textos da norma antiga e nova são os
mesmos ou muito semelhantes.
Texto em vermelho trata-se de comentários do autor desse estudo.

A Portaria 915 contém 2 anexos: o anexo 1 trata especificamente da NR-01 e o anexo 2 trata dos dispositivos e normas revogados. O anexo 2 consta no final
desse estudo. Já a NR-01 possui 2 anexos: o anexo 1 trata dos termos e definições e o anexo 2 trata dos requisitos para capacitações EAD e semipresencial.

Art. 2º dessa Portaria: revogou a NR-02 “Inspeção Prévia”. Na minha opinião, a NR-02 já não estava sendo aplicada há muito tempo.

Art. 3º: Revogou o anexo III da NR-20 que tratava sobre os requisitos EAD e semipresencial para capacitações: tema incluído na nova NR-01

Art. 4º Revogou os itens constantes no anexo 2 dessa portaria (citados no final desse estudo).

Art. 5º Estabelece o prazo de 12 meses, ou seja, 30/07/2020, para entrada em vigor do item 1.6.1.1 (que trata sobre a emissão de certificado dos treinamentos)

Art. 6º Estabelece que, enquanto não houver sistema informatizado para o recebimento da declaração de informações digitais, o empregador deverá manter
declaração de inexistência de riscos no estabelecimento para fazer jus ao tratamento diferenciado. Muito importante esse artigo... veremos mais à frente

Art. 7º A NR-01 e anexos devem ser interpretados conforme tabela da Portaria SIT 787 de 27/11/18:
Regulamento Tipificação
NR-01 NR Geral
Anexo I Tipo 3
Anexo II Tipo 1

Primeiramente, precisamos entender o que é abordado nessa Portaria. Segue um resumo:

De acordo com a Portaria SIT 787, as normas são classificadas em normas gerais, especiais e setoriais:

Consideram-se gerais as normas que regulamentam aspectos decorrentes da relação jurídica prevista na Lei sem estarem condicionadas a outros requisitos,
como atividades, instalações, equipamentos ou setores e atividades econômicos específicos (exemplo: NR-01, NR-03, NR-04, entre outras).

Consideram-se especiais as normas que regulamentam a execução do trabalho considerando as atividades, instalações ou equipamentos empregados, sem
estarem condicionadas a setores ou atividades econômicos específicos (exemplo: NR-12, NR-33, NR-35, entre outras).
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Consideram-se setoriais as normas que regulamentam a execução do trabalho em setores ou atividades econômicos específicos (exemplo: NR-18, NR-22, entre
outras).

Além dessa classificação das normas em si, os anexos das normas também são classificados em tipo 1, tipo 2 e tipo 3.

O Anexo Tipo 1 complementa diretamente a parte geral da NR (exemplos: o anexo 2 da NR-01 trata sobre “Diretrizes e requisitos para modalidade de ensino à
distância e semipresencial”; o anexo 1 NR-09 trata sobre “Vibração”; o anexo 1 da NR-11 que “Regulamenta os procedimentos para movimentação, armazenagem
e manuseio de chapas de rochas ornamentais”)

O Anexo Tipo 2 dispõe sobre situação específica (exemplo: o anexo 2 da NR-09 trata especificamente sobre a “Exposição ocupacional ao benzeno em postos
revendedores de combustíveis”

O Anexo Tipo 3 não interfere na NR, apenas exemplifica ou define seus termos (exemplo: anexo 4 da NR-12 que trata sobre o “Glossário da norma”; o anexo 1
da NR-31 que também trata sobre o “Glossário da norma”.

A aplicabilidade das normas gerais está condicionada apenas à existência da relação jurídica de trabalho prevista em Lei.

As disposições previstas em normas setoriais se aplicam exclusivamente ao setor ou atividade econômica por ela regulamentada. (Exemplos: a NR-18 se aplica
exclusivamente a obras; a NR-22 se aplica exclusivamente à mineração)

As disposições previstas em normas setoriais se complementam com as disposições previstas em normas especiais no que não lhes forem contrárias, e estas,
com as disposições das normas gerais (exemplo: se na NR-18 não cita algo sobre espaço confinado, pode ser usado a norma especial NR-33)

Em caso de conflito entre dispositivos de NR, sua solução seguirá essas regras:

I - NR setorial se sobrepõe à NR especial ou geral;


II - NR especial se sobrepõe à geral.
Situação I Situação II

NR setorial NR especial

NR especial NR geral NR geral


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Em caso de lacunas na interpretação de NR, aplicam-se as regras seguintes:

I - NR setorial pode ser complementada por NR especial ou geral quando aquela não contemple todas as situações sobre determinado tema;
II - NR especial pode ser complementada por NR geral.
Situação I Situação II

NR setorial NR especial NR geral NR especial NR geral

Recomendo veementemente verificar a Portaria SIT 787 na íntegra para entendimento por completo do assunto.

ESTRUTURA DA NOVA NR-01 – segue as diretrizes da Portaria SIT 787

ESTRUTURA DA NOVA NR-01 TÉCNICAS DE ESTRUTURAÇÃO DE NORMAS – ESTRUTURA BÁSICA


(Portaria SIT 787)

1. Objetivo Art. 13. As NR devem ser estruturadas em cinco partes básicas:


2. Campo aplicação I - Sumário;
3. Competências e estrutura II - Objetivo;
4. Direitos e deveres III - Campo de Aplicação;
5. Da prestação de informação digital e digitalização de documentos IV - Requisitos Gerais, Técnicos e Administrativos; e
6. Capacitação e treinamento V - Glossário.
7. Tratamento diferenciado ao Microempreendedor individual (MEI),
Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) Art. 14. A norma poderá conter:
8. Disposições finais I - Disposições transitórias e finais;
9. Anexo I – Termos e definições II - Anexo, representando parte especial ao corpo da norma
10. Anexo II – Diretrizes e requisitos mínimos para EAD semipresencial
Consultar a Portaria SIT 787 para demais artigos...
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OBJETIVO – ITEM 1
Não havia citação na norma antiga sobre esse item
Nova
1.1.1 O objetivo desta Norma é estabelecer as disposições gerais, o campo de aplicação, os termos e as definições comuns às Normas Regulamentadoras - NR
relativas à segurança e saúde no trabalho.

1.1.2 Para fins de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR, consideram-se os termos e definições constantes no Anexo I.

CAMPO DE APLICAÇÃO – ITEM 2


Nova Antiga
1.2.1 As NR obrigam, nos termos da lei, empregadores e empregados, urbanos As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do
e rurais. trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e
pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos
1.2.1.1 As NR são de observância obrigatória pelas organizações e pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos
órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
dos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público, que possuam
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. 1.1.1. As disposições contidas nas Normas Regulamentadoras – NR aplicam-
se, no que couber, aos trabalhadores avulsos, às entidades ou empresas que
1.2.1.2 Nos termos previstos em lei, aplica-se o disposto nas NR a outras lhes tomem o serviço e aos sindicatos representativos das respectivas
relações jurídicas. categorias profissionais.

1.2.2 A observância das NR não desobriga as organizações do cumprimento de 1.2. A observância das Normas Regulamentadoras - NR não desobriga as
outras disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria,
obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios, bem como sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos estados
daquelas oriundas de convenções e acordos coletivos de trabalho ou municípios, e outras, oriundas de convenções e acordos coletivos de
trabalho.

Comentários Júlio: como observam, poucas alterações aqui, a não ser pelo acréscimo do texto “Ministério Público” no item 1.2.1.1 da nova norma.
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COMPETÊNCIAS E ESTRUTURA – ITEM 3


Nova Antiga
1.3.1 A Secretaria de Trabalho - STRAB, por meio da Subsecretaria de Inspeção 1.3. A Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST é o órgão de âmbito
do Trabalho - SIT, é o órgão de âmbito nacional competente em matéria de nacional competente para:
segurança e saúde no trabalho para:
a) formular e propor as diretrizes, as normas de atuação e supervisionar as coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas com
atividades da área de segurança e saúde do trabalhador; a segurança e medicina do trabalho,
b) promover a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho - inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho -
CANPAT; CANPAT,
c) coordenar e fiscalizar o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT; o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT
d) promover a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e e ainda a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares
regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho - SST em todo o território sobre segurança e medicina do trabalho em todo o território nacional.
nacional;
e) Participar da implementação da Política Nacional de Segurança e Saúde no 1.3.1. Compete, ainda, à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST
Trabalho - PNSST; conhecer, em última instância, dos recursos voluntários ou de ofício, das
f) conhecer, em última instância, dos recursos voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de
decisões proferidas pelo órgão regional competente em matéria de segurança segurança e saúde no trabalho.
e saúde no trabalho.
1.4. A Delegacia Regional do Trabalho - DRT, nos limites de sua jurisdição, é o
1.3.2 Compete à SIT e aos órgãos regionais subordinados a SIT em matéria de órgão regional competente para executar as atividades relacionadas com a
segurança e saúde no trabalho, nos limites de sua competência, executar: segurança e medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de
a) a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e Prevenção dos Acidentes do Trabalho - CANPAT, o Programa de Alimentação
saúde no trabalho; do Trabalhador - PAT e ainda a
b) as atividades relacionadas com a CANPAT e o PAT. fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre
segurança e medicina do trabalho.
1.3.3 Cabe à autoridade regional competente em matéria de trabalho impor
as penalidades cabíveis por descumprimento dos preceitos legais e 1.4.1. Compete, ainda, à Delegacia Regional do Trabalho - DRT ou à Delegacia
regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho. do Trabalho Marítimo - DTM, nos limites de sua jurisdição:
a) adotar medidas necessárias à fiel observância dos preceitos legais e
regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;
b) impor as penalidades cabíveis por descumprimento dos preceitos legais e
regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho;
c) embargar obra, interditar estabelecimento, setor de serviço, canteiro de
obra, frente de trabalho, locais de trabalho, máquinas e equipamentos;
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d) notificar as empresas, estipulando prazos, para eliminação e/ou


neutralização de insalubridade;
e) atender requisições judiciais para realização de perícias sobre segurança e
medicina do trabalho nas localidades onde não houver médico do trabalho
ou engenheiro de segurança do trabalho registrado no MTb.

1.5. Podem ser delegadas a outros órgãos federais, estaduais e municipais,


mediante convênio autorizado pelo Ministro do Trabalho, atribuições de
fiscalização e/ou orientação às empresas, quanto ao cumprimento dos
preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho.

Comentários Júlio: como se observa, poucas mudanças nesse item, apenas um resumo/simplificação de alguns itens (que é uma das intenções do
governo); alteração dos nomes das secretarias e acréscimo da alínea “e” na nova norma.
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DIREITOS E DEVERES – ITEM 4


Nova Antiga
1.4.1 Cabe ao empregador: 1.7. Cabe ao empregador:
a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre
segurança e saúde no trabalho; segurança e medicina do trabalho;
b) informar aos trabalhadores: b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando
I os riscos ocupacionais existentes nos locais de trabalho; ciência aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos.
II as medidas de controle adotadas pela empresa para reduzir ou eliminar tais c) informar aos trabalhadores:
riscos; I - os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;
III os resultados dos exames médicos e de exames complementares de II - os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela
diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos; empresa;
IV os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho. III - os resultados dos exames médicos e de exames complementares de
c) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos;
ciência aos trabalhadores;
d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização IV - os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.
dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho;
e) determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização
doença relacionada ao trabalho, incluindo a análise de suas causas; dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho.
f) disponibilizar à Inspeção do Trabalho todas as informações relativas à e) determinar os procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente
segurança e saúde no trabalho. ou doença relacionada ao trabalho.
g) implementar medidas de prevenção, ouvidos os trabalhadores, de acordo
com a seguinte ordem de prioridade:
I. eliminação dos fatores de risco;
II. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas de
proteção coletiva;
III. minimização e controle dos fatores de risco, com a adoção de medidas
administrativas ou de organização do trabalho; e
IV. adoção de medidas de proteção individual.
1.4.2 Cabe ao trabalhador: 1.8. Cabe ao empregado:
a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina
trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador; do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador;
b) submeter-se aos exames médicos previstos nas NR; b) usar o EPI fornecido pelo empregador;
c) colaborar com a organização na aplicação das NR; c) submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras
d) usar o equipamento de proteção individual fornecido pelo empregador. - NR;
d) colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras - NR
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1.4.2.1 Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao 1.8.1. Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao
cumprimento do disposto nas alíneas do subitem anterior. cumprimento do disposto no item anterior.
1.4.3 O trabalhador poderá interromper suas atividades quando constatar
uma situação de trabalho onde, a seu ver, envolva um risco grave e iminente
para a sua vida e saúde, informando imediatamente ao seu superior
hierárquico.
1.4.3.1 Comprovada pelo empregador a situação de grave e iminente risco,
não poderá ser exigida a volta dos trabalhadores à atividade, enquanto não
sejam tomadas as medidas corretivas.
1.4.4 Todo trabalhador, ao ser admitido ou quando mudar de função que
implique em alteração de risco, deve receber informações sobre:
a) os riscos ocupacionais que existam ou possam originar-se nos locais de
trabalho;
b) os meios para prevenir e controlar tais riscos;
c) as medidas adotadas pela organização;
d) os procedimentos a serem adotados em situação de emergência; e
e) os procedimentos a serem adotados em conformidade com os subitens 1.4.3
e 1.4.3.1.
1.4.4.1 As informações podem ser transmitidas:
a) durante os treinamentos;
b) por meio de diálogos de segurança, documento físico ou eletrônico.

Comentários Júlio: nesse item, houve importantes inclusões:


• Responsabilidades do empregador (1.4.1): foi incluso que a implementação de medidas de prevenção deve seguir a hierarquia – eliminação
dos riscos – minimização dos riscos com proteções coletivas – minimização dos riscos com medidas administrativas e por último EPI. Novamente
reforçando que EPI deve ser a última opção.

• Direito de recusa (1.4.3): o trabalhador poderá interromper suas atividades onde, a seu ver, envolva risco grave e iminente (RGI), informando
ao seu superior imediato. Achei bem interessante esse item, que é o entendimento de risco grave e iminente de acordo com a análise do trabalhador.
Comprovada pelo empregador, a situação RGI deve ser corrigida. Nesse sentido, entende-se como Empregador, o Superior imediato do empregado.
Ou seja, a partir de agora, a NR-01 deixa claro a responsabilidade que o Gestor tem em suas mãos – usem isso em treinamentos com os Gestores.
Vários itens que foram revogados diziam respeito ao direito de recusa; agora está concentrado na NR-01.
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• Treinamento: todo trabalhador admitido ou quando mudar de função onde o risco seja diferente, deve receber orientações dos riscos, meios
para prevenir, medidas adotadas pela empresa, procedimentos de emergência, procedimentos quanto ao direito de recusa. Essas orientações
podem ser transmitidas em treinamentos e/ou por meio de DDS, documento físico e eletrônico.

“Vejo com bons olhos” essa inclusão que todo trabalhador deve receber treinamento ao ser admitido. Antes isso não era tão claro. A própria
NR-01 antiga, citava em seu item 1.7 que os trabalhadores tinham que ser informados sobre diversos itens, mas não era claro que deveria
ser na admissão.

A NR-09 em seu item 9.5.2 também cita que “os empregadores devem informar aos trabalhadores de maneira apropriada sobre os riscos
ambientais...” mas não deixa claro que isso deve ocorrer na admissão.
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PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÃO DIGITAL E DIGITALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS – ITEM 5


Não havia citação na norma antiga sobre esse item
Nova
1.5.1 As organizações devem prestar informações de segurança e saúde no trabalho em formato digital, conforme modelo aprovado pela STRAB, ouvida a SIT.

1.5.1.1 Os modelos aprovados pela STRAB devem considerar os princípios de simplificação e desburocratização.

1.5.2 Os documentos previstos nas NR podem ser emitidos e armazenados em meio digital com certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves
Públicas Brasileira (ICP-Brasil), normatizada por lei específica.

1.5.3 Os documentos físicos, assinados manualmente, inclusive os anteriores à vigência desta NR, podem ser arquivados em meio digital, pelo período
correspondente exigido pela legislação própria, mediante processo de digitalização conforme disposto em Lei.

1.5.3.1 O processo de digitalização deve ser realizado de forma a manter a integridade, a autenticidade e, se necessário, a confidencialidade do documento
digital, com o emprego de certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).

1.5.3.2 Os empregadores que optarem pela guarda de documentos prevista no caput devem manter os originais conforme previsão em lei.

1.5.4 O empregador deve garantir a preservação de todos os documentos nato digitais ou digitalizados por meio de procedimentos e tecnologias que permitam
verificar, a qualquer tempo, sua validade jurídica em todo território nacional, garantindo permanentemente sua autenticidade, integridade, disponibilidade,
rastreabilidade, irretratabilidade, privacidade e interoperabilidade.

1.5.5 O empregador deve garantir à Inspeção do Trabalho amplo e irrestrito acesso a todos os documentos digitalizados ou nato digitais.

1.5.5.1 Para os documentos que devem estar à disposição dos trabalhadores ou dos seus representantes, a organização deverá prover meios de acesso destes
às informações de modo a atender os objetivos da norma específica.

Comentários Júlio: importante esse item


Grande parte desse item reforça o que já contemplava na Portaria 211 de 11 de Abril de 2019 quanto a assinatura e guarda eletrônica dos
documentos relacionados à SST. Reforça também o sistema de escrituração digital, o famoso eSocial.
Os documentos de SST podem ser emitidos e armazenados em meio digital com certificado digital, incluindo os documentos anteriores à vigência
dessa Portaria, preservando os documentos originais. Fica uma dica aqui, para quem trabalha em áreas onde há falta constante de energia elétrica
e não há geradores instalados, é prudente continuar mantendo os documentos impressos, à disposição da Inspeção do Trabalho.
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CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO – ITEM 6


Não havia citação na norma antiga sobre esse item
Nova
1.6.1 O empregador deve promover capacitação e treinamento dos trabalhadores em conformidade com o disposto nas NR.

1.6.1.1 Ao término dos treinamentos inicial, periódico ou eventual, previstos nas NR, deve ser emitido certificado contendo o nome e assinatura do trabalhador,
conteúdo programático, carga horária, data, local de realização do treinamento, nome e qualificação dos instrutores e assinatura do responsável técnico do
treinamento.

1.6.1.2 A capacitação deve incluir:


a) treinamento inicial;
b) treinamento periódico; e
c) treinamento eventual.

1.6.1.2.1 O treinamento inicial deve ocorrer antes de o trabalhador iniciar suas funções ou de acordo com o prazo especificado em NR.

1.6.1.2.2 O treinamento periódico deve ocorrer de acordo com periodicidade estabelecida nas NR ou, quando não estabelecido, em prazo determinado pelo
empregador.

1.6.1.2.3 O treinamento eventual deve ocorrer:


a) quando houver mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho, que impliquem em alteração dos riscos ocupacionais;
b) na ocorrência de acidente grave ou fatal, que indique a necessidade de novo treinamento
c) após retorno de afastamento ao trabalho por período superior a 180 (cento e oitenta) dias.

1.6.1.2.3.1 A carga horária, o prazo para sua realização e o conteúdo programático do treinamento eventual deve atender à situação que o motivou.

1.6.1.3 A capacitação pode incluir:


a) estágio prático, prática profissional supervisionada ou orientação em serviço;
b) exercícios simulados; ou
c) habilitação para operação de veículos, embarcações, máquinas ou equipamentos.

1.6.2 O tempo despendido em treinamentos previstos nas NR é considerado como de trabalho efetivo.

1.6.3 O certificado deve ser disponibilizado ao trabalhador e uma cópia arquivada na organização.

1.6.4 A capacitação deve ser consignada nos documentos funcionais do empregado.


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1.6.5 Os treinamentos previstos em NR podem ser ministrados em conjunto com outros treinamentos da organização, observados os conteúdos e a carga
horária previstos na respectiva norma regulamentadora.

Aproveitamento de conteúdos de treinamento na mesma organização

1.6.6 É permitido o aproveitamento de conteúdos de treinamentos ministrados na mesma organização desde que:
a) o conteúdo e a carga horária requeridos no novo treinamento estejam compreendidos no treinamento anterior;
b) o conteúdo do treinamento anterior tenha sido ministrado no prazo inferior ao estabelecido em NR ou há menos de 2 (dois) anos, quando não estabelecida
esta periodicidade; e
c) seja validado pelo responsável técnico do treinamento.

1.6.6.1 O aproveitamento de conteúdos deve ser registrado no certificado, mencionando o conteúdo e a data de realização do treinamento aproveitado.

1.6.6.1.1 A validade do novo treinamento passa a considerar a data do treinamento mais antigo aproveitado.

Aproveitamento de treinamentos entre organizações


1.6.7 Os treinamentos realizados pelo trabalhador poderão ser avaliados pela organização e convalidados ou complementados.

1.6.7.1 A convalidação ou complementação deve considerar:


a) as atividades desenvolvidas pelo trabalhador na organização anterior, quando for o caso;
b) as atividades que desempenhará na organização;
c) o conteúdo e carga horária cumpridos;
d) o conteúdo e carga horária exigidos; e
e) que o último treinamento tenha sido realizado em período inferior ao estabelecido na NR ou há menos de 2 (dois) anos, nos casos em que não haja prazo
estabelecido em NR.

1.6.8 O aproveitamento de treinamentos anteriores, total ou parcialmente, não exclui a responsabilidade da organização de emitir a certificação da capacitação
do trabalhador, devendo mencionar no certificado a data da realização dos treinamentos convalidados ou complementados.

1.6.8.1 Para efeito de periodicidade de realização de novo treinamento, é considerada a data do treinamento mais antigo convalidado ou complementado.

Dos treinamentos ministrados na modalidade de ensino a distância ou semipresencial.

1.6.9 Os treinamentos podem ser ministrados na modalidade de ensino a distância ou semipresencial desde que atendidos os requisitos operacionais,
administrativos, tecnológicos e de estruturação pedagógica previstos no Anexo II desta NR.

1.6.9.1 O conteúdo prático do treinamento pode ser realizado na modalidade de ensino a distância ou semipresencial desde que previsto em NR específica.
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Comentários Júlio: item de grande importância.


• Certificado de treinamento: me chamou atenção aqui quanto algumas novas exigências com relação aos certificados, como a necessidade do
nome e assinatura do trabalhador, qualificação dos instrutores e assinatura do responsável técnico no treinamento. Apesar de algumas normas
citarem algo semelhante e até mesmo muitas empresas já adotarem esse procedimento, fica claro a partir da inserção desse item na norma.

• Treinamento inicial: o que ficou um pouco subjetivo no item 1.4.4, é bem esclarecido aqui no item 1.6.1.2.1 que o treinamento inicial deve ocorrer
ANTES de o trabalhador iniciar suas funções. Cito subjetivo, pois o item 1.4.4 informa que as orientações podem ser repassadas em DDS, porém
sabemos que DDS geralmente são de 5 a 10 minutos, ou seja, seria pouco tempo para passar as informações das alíneas do item 1.4.4.

• Periodicidade do treinamento: o item 1.6.1.2.2 poderia ter sido específico quando a periodicidade dos treinamentos não citados nas normas
(que são muitos). Ficando a critério do empregador e caso a organização não tenha um bom nível de maturidade em segurança, corre-se o risco
dessa periodicidade ficar muito além do que realmente seria aplicável e necessário para organização. Se a organização já possui uma boa cultura
de segurança ou até mesmo certificações ISO, com certeza já possui a LNT (Levantamento das Necessidades de Treinamento) ou outro nome
semelhante, onde já está contemplado a periodicidade de todos os treinamentos. Entretanto, os itens 1.6.6 e 1.6.7 resolveram essa questão.

• Treinamento prático: algumas normas já exigiam o estágio prático, como era o caso do operador de caldeira. Agora, o item 1.6.1.3 deixa claro
que a capacitação pode incluir a prática e exercícios simulados naquele assunto, que no meu ponto de vista, é ótimo. Apenas treinamento
teórico, na minha percepção, são insuficientes.

• Itens revogados em várias normas: muitos estão assustados com os itens revogados em várias normas, entretanto, vários itens que foram
revogados foram incluídos nesse item “Capacitação”, como por exemplo emissão de certificado; entrega da cópia do mesmo para os
trabalhadores, etc.

• Aproveitamento de conteúdos de treinamento na mesma organização: os treinamentos feitos na mesma organização podem ser aproveitados
desde que atendidas as exigências do novo treinamento, que estejam dentro de 2 anos e validado pelo RT do treinamento. Vide “termos e
definições” no anexo I para entender quem seria o responsável técnico (RT).
Exemplo: você ministrou um treinamento de operador de empilhadeira há 1 ano atrás para o José da Silva (digamos que em 22/08/2018), porém
ele não opera empilhadeira atualmente, trabalha em outra atividade. Se o José da Silva fosse iniciar amanhã suas atividades como operador de
empilhadeira (23/08/2019), poderia ser aproveitado esse treinamento feito há 1 ano atrás. Nesse caso, o RT do treinamento validaria / emitiria
um outro certificado informando que houve um aproveitando do treinamento realizado na data de 22/08/2018 e que este possui validade de 2
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anos (conforme item 1.6.6 letra “b” e item 1.6.6.1.1), incluindo ainda o conteúdo do treinamento aproveitado. Esse item também será muito
aplicável a organizações que possuem filiais pelo país.

• Aproveitamento de conteúdos entre organizações: pode ser aproveitado e convalidados ou complementados, verificando as
atividades/conteúdo/carga horária desenvolvidas na empresa anterior e exigências da atual, desde que realizado em menos de 2 anos ou
período inferior ao estabelecido em NR. Atenção quanto a letra “e”, ou seja, se for aproveitado o treinamento feito em outra organização,
devem ser convalidados (revalidados) ou complementados. Caso haja complementação do treinamento, no certificado deve constar as
informações do treinamento aproveitado, ou seja, a data do treinamento, carga horária e conteúdo aproveitado + a data do treinamento
complementado. Quanto a periodicidade, leva-se em consideração a data do treinamento mais antigo.
Exemplo: José da Silva fez curso de NR-35 (8 horas) na empresa Julio em 10/11/17. Foi desligado e foi contratado pela empresa Botelho em
06/08/19 e nesta empresa também precisará realizar trabalho em altura. A empresa Botelho decide então realizar um treinamento de
complementação em 07/08/19, pois entenderam que algumas particularidades são específicas com relação à empresa que José da Silva
trabalhou anteriormente.
A empresa Botelho emitirá um novo certificado com as informações do treinamento ocorrido em 10/11/17 (conteúdo e carga horária) + as
informações do treinamento ocorrido em 07/08/19 (conteúdo e carga horária). Dessa forma, a validade do treinamento será até 10/11/19
(conforme item 1.6.8.1).
Lembrando, que qualquer emissão de certificado, devem atender ao item 1.6.1.1.

• Treinamentos EAD ou semipresencial: A nova NR-01 deixa claro que treinamentos podem ser ministrados em EAD ou semipresencial, incluindo
a parte prática desde que previsto em norma específica.
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• TRATAMENTO DIFERENCIADO AO MEI, ME E EPP – ITEM 7


Não havia citação na norma antiga sobre esse item
Nova
1.7.1 O MEI, a ME e a EPP, graus de risco 1 e 2, que declararem as informações digitais na forma do subitem 1.5.1 e não possuírem riscos químicos, físicos e
biológicos, ficarão dispensados de elaboração do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA.

1.7.1.1 As informações digitais de segurança e saúde no trabalho declaradas devem ser divulgadas junto aos trabalhadores.

1.7.2 O MEI, a ME e a EPP, graus de risco 1 e 2, que declararem as informações digitais na forma do subitem 1.5.1 e não possuírem riscos químicos, físicos,
biológicos e ergonômicos, ficarão dispensados de elaboração do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO.

1.7.2.1 A dispensa do PCMSO não desobriga a empresa da realização dos exames médicos e emissão do Atestado de Saúde Ocupacional - ASO.

1.7.3 Os graus de riscos 1 e 2 mencionados nos subitens 1.7.1 e 1.7.2 são os previstos na Norma Regulamentadores n.º 04 - Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT.

1.7.4 O empregador é o responsável pela prestação das informações previstas nos subitens 1.7.1 e 1.7.2.

Comentários Júlio: item de grande importância.


• No meu ponto de vista, o legislador poderia ter sido específico no item 1.7.4 que um profissional de Segurança do Trabalho (Técnico ou
Engenheiro de Segurança) seria o responsável pelo estudo de avaliação do ambiente de trabalho e emissão da declaração informando a
inexistência dos riscos físicos, químicos e biológicos (para empresas MEI, ME e EPP de grau de risco 1 e 2).

• Apenas como exemplo: um possível risco existente em uma padaria (grau de risco II) é o risco físico, agente calor. Se o empregador emitir então
uma declaração nos moldes do item 1.5.1 ficará por isso mesmo?? Há controvérsias... “isso ainda vai dar o que falar”

• Apesar que: atualmente para ser elaborado um PPRA, não necessita ser um profissional de SST (item 9.3.1.1 da NR-09). E o que as empresas
fazem? Acabam contratando um profissional de SST para emitir o referido documento. Mesma situação ocorre com o PPP – quem o executa é
o profissional de SST, porém quem emite/assina o documento é o empregador. Creio que aqui vai acontecer a mesma situação.

Vale ressaltar que essa “declaração” ainda não foi disponibilizada pela Secretaria do Trabalho (vide item 1.5.1). Entretanto, deve ser
observado o artigo 6º da Portaria 915 “Art. 6º Estabelece que, enquanto não houver sistema informatizado para o recebimento da declaração de
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informações digitais, o empregador deverá manter declaração de inexistência de riscos no estabelecimento para fazer jus ao tratamento diferenciado”.
Portanto, entende-se que o Empregador pode emitir essa declaração conforme modelo que julgar aplicável.

• Quanto ao PCMSO acredito que não deixará de existir em nenhum estabelecimento, haja visto, a presença do risco ergonômico em qualquer
atividade.
• Lembrando que, se existe o risco ergonômico, necessita ter a Análise Ergonômica de Trabalho (AET) conforme ainda prevê na NR-17. Cito “ainda”
pois em breve a NR-17 passará por revisão.
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DISPOSIÇÕES FINAIS – ITEM 8


Nova Antiga
1.8.1 O não-cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre 1.9. O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre
segurança e saúde no trabalho acarretará a aplicação das penalidades segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das
previstas na legislação pertinente. penalidades previstas na legislação pertinente.

1.8.2 As dúvidas suscitadas e os casos omissos verificados no cumprimento das 1.10. As dúvidas suscitadas e os casos omissos verificados na execução das
NR serão decididos pela Secretaria de Trabalho, ouvida a SIT. Normas Regulamentadoras – NR serão decididos pela Secretaria de Segurança
e Medicina do Trabalho - SSMT.

ANEXO I – TERMOS E DEFINIÇÕES – ITEM 9

Comentários Júlio: para facilitar o entendimento, coloquei na ordem, onde primeiro aparecem as definições que são iguais entre as versões.
Canteiro obra – sem alterações
Nova Antiga
Área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio Área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio
e execução à construção, demolição ou reforma de uma obra. e execução à construção, demolição ou reforma de uma obra.

Empregado – sem alterações


Nova Antiga
A pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, A pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador,
sob a dependência deste e mediante salário. sob a dependência deste e mediante salário.

Setor de serviço – sem alterações


Nova Antiga
A menor unidade administrativa ou operacional compreendida no mesmo A menor unidade administrativa ou operacional compreendida no mesmo
estabelecimento. estabelecimento.
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Empregador – sem alterações


Nova Antiga
A empresa individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade A empresa individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade
econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços.
Equiparam-se ao empregador as organizações, os profissionais liberais, as Equiparam-se ao empregador as organizações, os profissionais liberais, as
instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições
sem fins lucrativos, que admitam trabalhadores como empregados. sem fins lucrativos, que admitam trabalhadores como empregados.

Local de trabalho – sem alterações


Nova Antiga
Área onde são executados os trabalhos Área onde são executados os trabalhos

Comentários Júlio: definições semelhantes


Organização
Nova Antiga
Pessoa ou grupo de pessoas com suas próprias funções com responsabilidades,
autoridades e relações para alcançar seus objetivos. Inclui, mas não é limitado
Empresa: o estabelecimento ou o conjunto de estabelecimentos, canteiros de
a empregador, o tomador de serviços, a empresa, o empreendedor individual,
obra, frente de trabalho, locais de trabalho e outras, constituindo a
produtor rural, companhia, corporação, firma, autoridade, parceria,
organização de que se utiliza o empregador para atingir seus objetivos.
organização de caridade ou instituição, ou parte ou combinação desses, seja
incorporada ou não, pública ou privada.

Frente de trabalho
Nova Antiga
A área de trabalho móvel e temporária, onde se desenvolvem operações de
Área de trabalho móvel e temporária
apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra;
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Comentários Júlio: definições diferentes


Estabelecimento
Nova Antiga
Local privado ou público, edificado ou não, móvel ou imóvel, próprio ou de Cada uma das unidades da empresa, funcionando em lugares diferentes, tais
terceiros, onde a empresa ou a organização exerce suas atividades em caráter como: fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina, depósito, laboratório
temporário ou permanente

Obra
Nova Antiga
Todo e qualquer serviço de engenharia de construção, montagem, instalação, 1.6.2. Para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras - NR, a obra de
manutenção ou reforma engenharia, compreendendo ou não canteiro de obra ou frentes de trabalho,
será considerada como um estabelecimento, a menos que se disponha, de
forma diferente, em NR específica.

Comentários Júlio: não havia definição na NR-01 antiga


Ordem de Serviço
Nova
Instruções por escrito quanto às precauções para evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais. A ordem de serviço pode estar contemplada em
procedimentos de trabalho e outras instruções de SST.

Perigo ou fator de risco


Nova
Fonte com o potencial para causar lesão ou problemas de saúde.

Prevenção
Nova
O conjunto das disposições ou medidas tomadas ou previstas em todas as fases da atividade da organização, visando evitar, eliminar, minimizar ou controlar
os riscos ocupacionais.

Responsável técnico pela capacitação


Nova
Profissional legalmente habilitado ou trabalhador qualificado, conforme disposto em NR específica, responsável pela elaboração das capacitações e
treinamentos.
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Risco relacionado ao trabalho


Nova
Combinação da probabilidade de ocorrência de eventos ou exposições perigosas a agentes nocivos relacionados aos trabalhos e da gravidade das lesões e
problemas de saúde que podem ser causados pelo evento ou exposição.

Trabalhador
Nova
Pessoa física inserida em uma relação de trabalho, inclusive de natureza administrativa, como os empregados e outros sem vínculo de emprego.
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ANEXO II – DIRETRIZES E REQUISITOS MÍNIMO PARA ENSINO A DISTÂNCIA E SEMI PRESENCIAL – ITEM 10
Não havia citação na norma antiga sobre esse item
Nova
Anexo II da NR-01

Diretrizes e requisitos mínimos para utilização da modalidade de ensino a distância e semipresencial.

Sumário:

1. Objetivo

2. Disposições gerais

3. Estruturação pedagógica

4. Requisitos operacionais e administrativos

5. Requisitos tecnológicos

6. Glossário

1. Objetivo

1.1 Estabelecer diretrizes e requisitos mínimos para utilização da modalidade de ensino a distância e semipresencial para as capacitações previstas nas NR,
disciplinando tanto aspectos relativos à estruturação pedagógica, quanto exigências relacionadas às condições operacionais, tecnológicas e administrativas
necessárias para uso desta modalidade de ensino.

2. Disposições gerais

2.1 O empregador que optar pela realização das capacitações por meio das modalidades de ensino a distância ou semipresencial poderá desenvolver toda a
capacitação ou contratar empresa ou instituição especializada que a oferte, devendo em ambos os casos observar os requisitos constantes deste Anexo e da
NR-01.
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2.1.1 A empresa ou instituição especializada que oferte as capacitações previstas nas NR na modalidade de ensino a distância e semipresencial deve atender
aos requisitos constantes deste Anexo e da NR-01 para que seus certificados sejam considerados válidos.

2.2 O empregador, que optar pela contratação de serviços de empresa ou instituição especializada, deve fazer constar na documentação que formaliza a
prestação de serviços a obrigatoriedade pelo prestador de serviço do atendimento aos requisitos previstos neste Anexo e nos itens relativos à capacitação
previstos nas NR.

2.3 As capacitações que utilizam ensino a distância ou semipresencial devem ser estruturadas com, no mínimo, a duração definida para as respectivas
capacitações na modalidade presencial.

2.4 A elaboração do conteúdo programático deve abranger os tópicos de aprendizagem requeridos, bem como respeitar a carga horária estabelecida para
todos os conteúdos.

2.5 As atividades práticas obrigatórias devem respeitar as orientações previstas nas NR e estar descritas no Projeto Pedagógico do curso.

3. Estruturação pedagógica

3.1 Sempre que a modalidade de ensino a distância ou semipresencial for utilizada, será obrigatória a elaboração de projeto pedagógico que deve conter:

a) objetivo geral da capacitação;

b) princípios e conceitos para a proteção da segurança e da saúde dos trabalhadores, definidos nas NR;

c) estratégia pedagógica da capacitação, incluindo abordagem quanto à parte teórica e prática, quando houver;

d) indicação do responsável técnico pela capacitação;

e) relação de instrutores, quando aplicável;

f) infraestrutura operacional de apoio e controle;

g) conteúdo programático teórico e prático, quando houver;

h) objetivo de cada módulo;


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i) carga horária;

j) estimativa de tempo mínimo de dedicação diária ao curso;

k) prazo máximo para conclusão da capacitação;

l) público alvo;

m) material didático;

n) instrumentos para potencialização do aprendizado; e

o) avaliação de aprendizagem.

3.2 O projeto pedagógico do curso deverá ser validado a cada 2 (dois) anos ou quando houver mudança na NR, procedendo a sua revisão, caso necessário.

4. Requisitos operacionais e administrativos

4.1 O empregador deve manter o projeto pedagógico disponível para a inspeção do trabalho, para a representação sindical da categoria no estabelecimento e
para a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA.

4.1.1 A empresa ou instituição especializada deve disponibilizar aos contratantes o projeto pedagógico.

4.2 Deve ser disponibilizado aos trabalhadores todo o material didático necessário para participar da capacitação, conforme item 3.1 deste Anexo.

4.3 Devem ser disponibilizados recursos e ambiente que favoreça a concentração e a absorção do conhecimento pelo empregado, para a realização da
capacitação.

4.4 O período de realização do curso deve ser exclusivamente utilizado para tal fim para que não seja concomitante com o exercício das atividades diárias de
trabalho.

4.5 Deve ser mantido canal de comunicação para esclarecimento de dúvidas, possibilitando a solução das mesmas, devendo tal canal estar operacional durante
o período de realização do curso.
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4.6 A verificação de aprendizagem deve ser realizada de acordo com a estratégia pedagógica adotada para a capacitação, estabelecendo a classificação com
o conceito satisfatório ou insatisfatório.

4.6.1 A avaliação da aprendizagem se dará pela aplicação da prova no formato presencial, obtendo, dessa forma, o registro da assinatura do empregado, ou
pelo formato digital, exigindo a sua identificação e senha individual.

4.6.2 Quando a avaliação da aprendizagem for online, devem ser preservadas condições de rastreabilidade que garantam a confiabilidade do processo.

4.6.3 O processo de avaliação da aprendizagem deve contemplar situações práticas que representem a rotina laboral do trabalhador para a adequada tomada
de decisões com vistas à prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.

4.7 Após o término do curso, as empresas devem registrar a realização do mesmo, mantendo o resultado das avaliações de aprendizagem e informações sobre
acesso dos participantes (logs).

4.7.1 O histórico do registro de acesso dos participantes (logs) deve ser mantido pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos após o término da validade do curso.

5. Requisitos tecnológicos

5.1 Somente serão válidas as capacitações realizadas na modalidade de ensino a distância ou semipresencial que sejam executadas em um Ambiente Virtual
de aprendizagem apropriado à gestão, transmissão do conhecimento e à aprendizagem do conteúdo.

6. Glossário

Ambiente exclusivo: Espaço físico distinto do posto de trabalho que disponibilize ao trabalhador os recursos tecnológicos necessários à execução do curso e
condições de conforto adequadas para a aprendizagem.

Ambiente Virtual de aprendizagem (AVA): Espaço virtual de aprendizagem que oferece condições para interações (síncrona e assíncrona) permanentes entre
seus usuários. Pode ser traduzida como sendo uma "sala de aula" acessada via web. Permite integrar múltiplas mídias, linguagens e recursos, apresentar
informações de maneira organizada, desenvolver interações entre pessoas e objetos de conhecimento, elaborar e socializar produções, tendo em vista atingir
determinados objetivos.

Avaliação de aprendizagem: Visa aferir o conhecimento adquirido pelo trabalhador e o respectivo grau de assimilação após a realização da capacitação.
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EAD: Segundo Decreto nº 9.057/2017, caracteriza-se a Educação a Distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos
processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo
atividades educativas em lugares ou tempos diversos.

Ensino semipresencial: Conjugação de atividades presenciais obrigatórias com outras atividades educacionais que podem ser realizadas sem a presença física
do participante em sala de aula, utilizando recursos didáticos com suporte da tecnologia, de material impresso e/ou de outros meios de comunicação.

Projeto pedagógico: Instrumento de concepção do processo ensino / aprendizagem. Nele deve-se registrar o objetivo da aprendizagem, a estratégia pedagógica
escolhida para a formação e capacitação dos trabalhadores, bem como todas as informações que estejam envolvidas no processo.

Instrumentos para potencialização do aprendizado: Recursos, ferramentas, dinâmicas e tecnologias de comunicação que tenham como objetivo tornar mais
eficaz o processo de ensino-aprendizagem.

Log: registro informatizado de acesso ao sistema. Ex.: log de acesso: registro de acessos; login: registro de entrada; logoff: registro de saída.

Comentários Júlio
• Treinamentos EAD ou semipresencial: A nova NR-01 deixa claro que treinamentos podem ser ministrados em EAD ou semipresencial, incluindo
a parte prática desde que previsto em norma específica. Que essa modalidade pode ser feita pela própria empresa ou outra que oferte esse
serviço. Atenção caso for terceirizar esse treinamento para uma empresa especializada, para fazer constar no contrato ou pedido de compra a
exigência do item 2.2 do anexo II que o prestador de serviços deve atender obrigatoriamente aos requisitos previstos no anexo II da NR-01 e nos
itens relativos à capacitação previstos na NR.

• Deve obrigatoriamente ser elaborado um projeto pedagógico que deve ser validado a cada 2 anos. Esse tipo de treinamento deve ser feito em
ambiente próprio para concentração e absorção do conhecimento, deve haver canal comunicação para dúvidas, deve haver uma prova de
avaliação podendo ser presencial ou online (com identificação e senha individual). As empresas devem guardar essas avaliações e os logs de
registro de acesso no prazo mínimo de 2 anos após o término da validade.
Importante uma boa leitura no anexo II da NR-01
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ANEXO II DA PORTARIA 395 DE 30/07/2019 – ITEM 10


Além do quadro abaixo, coloquei neste estudo a transcrição dos itens revogados (logo abaixo desta tabela) para facilitar a consulta por parte do leitor.
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Transcrição dos itens revogados logo abaixo:

NR-05
5.35 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal, entidade de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos
sobre aos temas ministrados. Comentários Júlio: capacitação – já abordado na NR-01

5.37 Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados ao treinamento, a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego,
determinará a complementação ou a realização de outro, que será efetuado no prazo máximo de trinta dias, contados da data de ciência da empresa sobre a
decisão. Comentários Júlio: nunca vi isso acontecer (opinião minha).

NR-09
9.6.3 O empregador deverá garantir que, na ocorrência de riscos ambientais nos locais de trabalho que coloquem em situação de grave e iminente risco um ou
mais trabalhadores, os mesmos possam interromper de imediato as suas atividades, comunicando o fato ao superior hierárquico direto para as devidas
providências. Comentários Júlio: direito de recusa – já abordado na NR-01

3.1.2 do anexo 2: Quando o trabalhador tiver convicção, fundamentada em sua capacitação e experiência, de que exista risco grave e iminente para a sua
segurança e saúde ou para a de terceiros, deve suspender a tarefa e informar imediatamente ao seu superior. Comentários Júlio: direito de recusa – já abordado
na NR-01

5.3 do anexo 2: A capacitação referida no item 5.1 (abaixo) poderá ser realizada na modalidade de ensino a distância, desde que haja previsão em acordo ou
convenção coletiva. Comentários Júlio: capacitação – já abordado na NR-01

5.1 do anexo 2: Os trabalhadores que exerçam suas atividades com risco de exposição ocupacional ao benzeno devem receber capacitação com carga horária
mínima de 4 (quatro) horas. Esse item 5.1 do anexo 2 da NR-09 não foi revogado – apenas citei aqui para facilitar a consulta por parte do leitor.

NR-10
10.13.1 As responsabilidades quanto ao cumprimento desta NR são solidárias aos contratantes e contratados envolvidos. Comentários Júlio: responsabilidade
solidária – isso me chamou atenção. Foi revogado esse item e outros que tratam sobre a responsabilidade solidária entre contratante e contratadas.
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10.14.1 Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para
sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis. Comentários
Júlio: direito de recusa – já abordado na NR-01

10.14.5 A documentação prevista nesta NR deve estar, permanentemente, à disposição das autoridades competentes. Comentários Júlio: óbvio, como qualquer
documento legal da área de SST.
NR-13
13.3.6.3 Os trabalhadores, com base em sua capacitação e experiência, devem interromper suas tarefas, exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem
evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico.
Comentários Júlio: direito de recusa – já abordado na NR-01

13.3.6.3.1 É dever do empregador:


a) assegurar aos trabalhadores o direito de interromper suas atividades, exercendo o direito de recusa nas situações previstas no subitem 13.3.6.3, e em
consonância com o subitem 9.6.3 da Norma Regulamentadora n.º 09 (NR-09);
b) diligenciar de imediato as medidas cabíveis para o controle dos riscos.
Comentários Júlio: direito de recusa – já abordado na NR-01

13.3.6.4 O empregador deve apresentar, quando exigida pela autoridade competente do órgão regional do Ministério do Trabalho, a documentação mencionada
nos subitens 13.4.1.6, 13.5.1.6, 13.6.1.4 e 13.7.1.4.

Esse itens abaixo em azul da NR-13 não foram revogados – apenas coloquei aqui para facilitar a consulta por parte do leitor

13.4.1.6 Toda caldeira deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalada, a seguinte documentação devidamente atualizada:
a) Prontuário da caldeira, fornecido por seu fabricante, contendo as seguintes informações:
- código de projeto e ano de edição;
- especificação dos materiais;
- procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final;
- metodologia para estabelecimento da PMTA;
- registros da execução do teste hidrostático de fabricação;
- conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da vida útil da caldeira;
- características funcionais;
- dados dos dispositivos de segurança;
- ano de fabricação;
- categoria da caldeira;
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b) Registro de Segurança, em conformidade com o subitem 13.4.1.9;


c) projeto de instalação, em conformidade com o subitem 13.4.2.1;
d) projeto de alteração ou reparo, em conformidade com os subitens 13.3.3.3 e 13.3.3.4;
e) relatórios de inspeção de segurança, em conformidade com o subitem 13.4.4.16;
f) certificados de calibração dos dispositivos de segurança.

13.5.1.6 Todo vaso de pressão deve possuir, no estabelecimento onde estiver instalado, a seguinte documentação devidamente atualizada:
a) prontuário do vaso de pressão a ser fornecido pelo fabricante, contendo as seguintes informações:
- código de projeto e ano de edição;
- especificação dos materiais;
- procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final;
- metodologia para estabelecimento da PMTA;
- conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da sua vida útil;
- pressão máxima de operação;
- registros documentais do teste hidrostático;
- características funcionais, atualizadas pelo empregador, sempre que alteradas as originais;
- dados dos dispositivos de segurança, atualizados pelo empregador sempre que alterados os originais;
- ano de fabricação;
- categoria do vaso, atualizada pelo empregador sempre que alterada a original;
b) Registro de Segurança em conformidade com o subitem 13.5.1.8;
c) projeto de alteração ou reparo em conformidade com os subitens 13.3.3.3 e 13.3.3.4;
d) relatórios de inspeção em conformidade com o subitem 13.5.4.14;
e) certificados de calibração dos dispositivos de segurança, onde aplicável.

13.6.1.4 Todo estabelecimento que possua tubulações, sistemas de tubulação ou linhas deve ter a seguinte documentação devidamente atualizada:
a) especificações aplicáveis às tubulações ou sistemas, necessárias ao planejamento e execução da sua inspeção;
b) fluxograma de engenharia com a identificação da linha e seus acessórios;
c) projeto de alteração ou reparo em conformidade com os subitens 13.3.3.3 e 13.3.3.4;
d) relatórios de inspeção em conformidade com o subitem 13.6.3.9;
e) Registro de Segurança em conformidade com o subitem 13.6.1.4.1.

13.7.1.4 Todo estabelecimento que possua tanques enquadrados nesta NR deve ter a seguinte documentação devidamente atualizada:
a) folhas de dados com as especificações dos tanques necessárias ao planejamento e execução da sua inspeção;
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b) desenho geral;
c) projeto de alteração ou reparo em conformidade com os subitens 13.3.3.3 e 13.3.3.4;
d) relatórios de inspeção de segurança, em conformidade com o subitem 13.7.3.7;
e) Registro de Segurança em conformidade com o subitem 13.7.1.5.

NR-20
20.11.17.1 O certificado deve conter o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data, local, nome do(s) instrutor(es), nome e assinatura do
responsável técnico ou do responsável pela organização técnica do curso. Comentários Júlio: capacitação – já abordado na NR-01

20.11.17.2 O certificado deve ser fornecido ao trabalhador, mediante recibo, e uma cópia arquivada na empresa. Comentários Júlio: capacitação – já abordado
na NR-01

20.20.2 Os trabalhadores, com base em sua capacitação e experiência, devem interromper suas tarefas, exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem
evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que
diligenciará as medidas cabíveis. Comentários Júlio: direito de recusa – já abordado na NR-01

NR-32
32.11.1 A observância das disposições regulamentares constantes dessa Norma Regulamentadora - NR, não desobriga as empresas do cumprimento de outras
disposições que, com relação à matéria, sejam incluídas em códigos ou regulamentos sanitários dos Estados, Municípios e do Distrito Federal, e outras oriundas
de convenções e acordos coletivos de trabalho, ou constantes nas demais NR e legislação federal pertinente à matéria.

32.11.2 Todos os atos normativos mencionados nesta NR, quando substituídos ou atualizados por novos atos, terão a referência automaticamente atualizada em
relação ao ato de origem.

32.11.4 A responsabilidade é solidária entre contratantes e contratados quanto ao cumprimento desta NR. Comentários Júlio: mais um item que trata sobre a
responsabilidade solidária.

NR-33
33.3.5.2 O empregador deve desenvolver e implantar programas de capacitação sempre que ocorrer qualquer das seguintes situações:
a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
b) algum evento que indique a necessidade de novo treinamento;
Comentários Júlio: capacitação – já abordado na NR-01
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33.3.5.8.1 Uma cópia do certificado deve ser entregue ao trabalhador e a outra cópia deve ser arquivada na empresa. Comentários Júlio: capacitação – já
abordado na NR-01

NR-34
34.1.3 A observância do estabelecido nesta NR não desobriga os empregadores do cumprimento das disposições contidas nas demais Normas Regulamentadoras,
aprovadas pela Portaria n.º 3.214/78, de 8 de junho de 1978.

34.3.4 O empregador deve desenvolver e implantar programa de capacitação, compreendendo treinamento admissional, periódico e sempre que ocorrer
qualquer das seguintes situações:
a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;
c) acidente grave ou fatal.
Comentários Júlio: capacitação – já abordado na NR-01

34.3.5.1 Ao término da capacitação, deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data e local de
realização do treinamento e assinatura do responsável técnico. Comentários Júlio: capacitação – já abordado na NR-01

34.3.5.2 O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia deve ser arquivada na empresa. Comentários Júlio: capacitação – já abordado na NR-01

34.3.5.3 A capacitação será consignada no registro do empregado. Comentários Júlio: capacitação – já abordado na NR-01

NR-35
35.2.2 Cabe aos trabalhadores:
c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a
de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis. Comentários Júlio: direito de recusa – já
abordado na NR-01

Comentários Júlio: desse item 35.3.1 em diante, tratam sobre capacitação – já abordado na NR-01
35.3.1 O empregador deve promover programa para capacitação dos trabalhadores à realização de trabalho em altura.

35.3.3 O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrer quaisquer das seguintes situações:
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a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;


b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;
c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias;
d) mudança de empresa.

35.3.3.2 Nos casos previstos nas alíneas "a", "b", "c" e "d", a carga horária e o conteúdo programático devem atender a situação que o motivou.

35.3.4 Os treinamentos inicial, periódico e eventual para trabalho em altura podem ser ministrados em conjunto com outros treinamentos da empresa.

35.3.5 A capacitação deve ser realizada preferencialmente durante o horário normal de trabalho.

35.3.5.1 O tempo despendido na capacitação deve ser computado como tempo de trabalho efetivo.

35.3.7 Ao término do treinamento deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, data, local de realização
do treinamento, nome e qualificação dos instrutores e assinatura do responsável.

35.3.7.1 O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada na empresa.

35.3.8 A capacitação deve ser consignada no registro do empregado.

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