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Aluna: Luana Santos Louro

Turma: 105

EXERCÍCIOS DE DEVER DE CASA

Aula de estrutura e replicação do DNA

1- Como a replicação do DNA é limitada à Fase S?

Resp.: A replicação do DNA encontra-se limitada à Fase S em razão da montagem do replissomo estar
ligada ao ciclo celular. Em leveduras, existem três proteínas essenciais para iniciar a montagem do
replissomo: o complexo de reconhecimento de origem (ORC), as proteínas Cdc6 e Cdt1. O ORC se liga a
uma sequência de bases específicas de origem no filamento de DNA, recrutando, dessa forma, as
proteínas Cdc6 e Cdt1. Essas três proteínas serão importantes para recrutar outras proteínas, como a
helicase (complexo MCM) e outros componentes do replissomo. Cdc6 e Cdt1 são sintetizadas apenas no
final da mitose e durante a fase G1, sendo destruídas logo após iniciar a replicação de DNA. Nessa lógica,
compreende-se que a montagem do replissomo precisa ocorrer logo antes da Fase S, o que permitirá
que a síntese de DNA ocorra durante essa fase.

2- Descreva o mecanismo de ação da telomerase

Resp.: A enzima RNA telomerase se liga à ponta 3’ de uma molécula de DNA e um fragmento curto de
RNA, junto com uma proteína com atividade de polimerase, serão responsáveis pela síntese de
sequências repetidas de nucleotídeos após o término do filamento original. Após a primeira síntese, a
telomerase se move ao longo do filamento (translocação) para dar continuidade ao alongamento da
molécula.

3 – Como explicar a Síndrome de Werner e o surgimento do Câncer com base nas características dos
telômeros/telomerase?

Resp.: As células somáticas do organismo possuem poucas ou nenhuma telomerase, o que leva ao
encurtamento dos telômeros dessas células à medida que se passam mais ciclos celulares, até chegar
em um ponto em que a as divisões são interrompidas e a célula entra em fase de senescência. Tendo em
vista tal processo, suspeita-se que o encurtamento dos telômeros esteja ligado ao processo de
envelhecimento, e o estudo de determinadas síndromes, como a Síndrome de Werner, sustenta essa
hipótese. Pessoas com a Síndrome de Werner possuem mutação no gene WRN, responsável por
codificar uma proteína (helicase) que faz parte do revestimento do telômero. Supõe-se que essa
alteração provoque uma ruptura do telômero, resultando em uma instabilidade cromossômica e
culminando no envelhecimento prematuro.

Descobriu-se que as células cancerosas, ao contrário de células somáticas normais, possuem atividade
da enzima telomerase, o que permite a integridade dos telômeros funcionais. Provavelmente essa
característica cumpre um papel fundamental na proliferação avançada e prolongada dessas células
neoplásicas, o que confere a elas um aspecto de “imortalidade”.

Aula de transcrição

4 – Como os siRNA asseguram a estabilidade genômica?


Resp.: os siRNA silenciam os próprios genes que os produzem, sendo utilizado para desativar
mecanismos genéticos indesejáveis que se inserem no genoma, como, por exemplo, genes de um vírus
infectante ou transposons.

Aula de tradução

5- Descrever como ocorre o alongamento da tradução em eucariotos

Resp.: o alongamento da tradução ocorre com a participação de fatores específicos de alongamento dos
eucariotos. O fator eEF1A (que corresponderia ao EF-Tu nos procariotos) se associa ao aminoacil-tRNA,
formando um complexo ternário com esse conjunto (aminoácido, tRNA e fator) para ser reconhecido no
sítio A (centro de decodificação). O processo de posicionamento do códon ao sítio A leva a hidrólise de
GTP e dissociação do fator eEF1A do ribossomo, deixando o aminoacil-tRNA posicionado no sítio para
que o aminoácido (ligado à ponta 3’ do tRNA) faça uma ligação peptídica com o outro aminoácido no
sítio P. O fator eEF2 será responsável por promover a translocação dos tRNAs dos sítios A e P para os
sítios P e E, respectivamente, para que o sítio A seja liberado para receber outros aminoacil-tRNA.

6- Descrever como ocorre o término da tradução em eucariotos

Resp.: no término da tradução, o fator eRF1 reconhece o códon de término da cadeia de mRNA, ligando-
se ao sítio A do ribossomo. Já o fator eRF3 participa na hidrólise de GTP e a liberação da cadeia
polipeptídica do tRNA, localizado no sítio P (peptidiltransferase), com a separação das subunidades 40S
e 60S.

7- Descrever como ocorre o processo de ubiquitinação e degradação no proteossomo

Resp.: a ubiquitinação é um processo caracterizado pela degradação de uma proteína. Para isso ocorrer,
a cadeia de proteína precisa ser marcada, a fim de ser reconhecida pelo proteossomo. Isso ocorre por
meio do acréscimo de cadeias de múltiplas cópias de ubiquitina à e-amina dos resíduos de lisina na
cadeia (ubiquitinização), processo realizado pelas enzimas E1, E2 e E3. A enzima E1 quebra ATP, o que
ativa a ubiquitina. Em seguida, transfere a ubiquitina para a enzima E2, encarregada de apresentá-la
para a E3. A E3 liga-se a ubiquitina e interage com a E2 para formar uma ligação covalente entre a
ubiquitina e a proteína-alvo. Esse processo é repetido diversas vezes, a fim de ligar várias ubiquitinas na
proteína (marca para a destruição). Esse complexo formado é reconhecido pelo complexo 19S do
proteossomo, que contém 6 cadeias polipeptídicas com atividade de ATPase. Após ser reconhecida, o
complexo retira as moléculas de ubiquitina, sendo transferidas para o citosol para serem utilizadas em
um novo ciclo. Posteriormente, as enzimas do complexo desnaturam a proteína, liberando seu acesso
para ser degradada na câmara do proteossomo proteolítica.

Desse modo, a proteína entra no complexo 20S do proteossomo, local onde enzimas proteolíticas
clivarão a proteína em peptídios. Esses peptídios são devolvidos ao citosol, sendo digeridos até
aminoácidos por enzimas citosólicas.

Fonte de pesquisa da questão: Biologia celular e molecular / L. C. Junqueira, José Carneiro. – 9.ed.
Aula de interação gênica

8- Explicar como ocorrem os padrões de herança monogênica ligada ao sexo, assim como os distúrbios
através da análise dos heredogramas humanos: itens 2.5 e 2.6

Resp.: os cromossomos sexuais, X e Y, possuem duas regiões distintas: a região diferencial e a


homóloga. Os genes das regiões diferenciais não têm contrapartes no outro cromossomo. Então, diz-se
que os genes das regiões diferenciais possuem padrões de herança ligados ao sexo. A herança
monogênica ligada ao sexo caracteriza-se por apresentar proporções fenotípicas diferentes entre os
sexos da prole, especialmente em casos de mutações recessivas. Isso ocorre em virtude de
fêmeas/mulheres possuírem dois cromossomos sexuais X e os machos apenas um.

Para distúrbios recessivos ligados ao X, enquanto o sexo feminino necessitaria de 2 cópias de um alelo
mutado para expressar o fenótipo de uma mutação recessiva, para os machos, apenas uma cópia seria o
suficiente para expressar o fenótipo mutado. Isso faz com que a proporção de machos que expressam
fenótipos recessivos para um determinado gene seja maior do que a de fêmeas, para o mesmo gene em
questão. No caso de homens afetados casados com mulheres não afetadas, toda a sua prole não
apresentará a condição, mas as suas filhas herdarão um alelo com mutação, fazendo com que metade
dos filhos dessas filhas apresente o distúrbio. Nenhum dos filhos de um homem afetado apresentará o
fenótipo, nem transmite a condição para seus descendentes. Isso ocorre, pois o cromossomo X afetado
do pai não é transmitido aos filhos, apenas o cromossomo Y.

Nos distúrbios dominantes ligados ao X, o homem afetado transmite a condição para todas as suas
filhas, mas não para seus filhos. E mulheres heterozigotas afetadas casadas com homens não afetados
transmitem a condição para metade de seus filhos e filhas

Para a herança ligada ao Y, apenas os homens herdam os fenótipos, passadas de pai para filho.

Os heredogramas expressam o fenótipo de uma família para uma determinada característica/doença.


Com base na análise dos indivíduos afetados, pode-se inferir o genótipo de outros familiares, com base
na lei de Mendel da segregação igual.

9- Como a proporção 2:1 pode ser explicada?

Resp.: pode ser explicada em casos de presença de um alelo letal. Em virtude de um dos genótipos ser
incompatível (normalmente um recessivo) com a vida, um dos indivíduos não nasce. A proporção 1:2:1
seria encontrada apenas em zigotos, sendo alterada para 2:1 ao nascimento.

10- Explicar como ocorre:

a) Proporção 9:3:4 – epistasia recessiva

Resp.: acontece em casos de epistasia, quando o mutante duplo mostra fenótipo de uma mutação, mas
não de outra. A mutação que “fica sobre” é epistática, enquanto a que “fica sob” é hipostática. Pensa-se
que quando isso ocorre, o alelo mutante de um gene mascara a expressão de um alelo mutante de
outro gene, expressando apenas um fenótipo.
b) Letais sintéticos  9:3:3

Resp.: em alguns casos, quando dois mutantes únicos viáveis são entrecruzados, os mutantes duplos
resultantes são letais. Em um diploide de F2, esse resultado seria manifesto como uma proporção 9:3:3
porque não haveria o mutante duplo (que seria o componente "1" da proporção).

11- Diferenciar penetrância de expressividade

Resp.: enquanto penetrância se trata de uma porcentagem da expressão gênica (fenótipo) de


determinado genótipo (penetrância completa ou incompleta), a expressividade se trata da intensidade
da manifestação fenotípica dos genótipos. Na penetrância, o genótipo pode não se manifestar
(penetrância incompleta), já na expressividade o genótipo se manifesta, mas com variações de
intensidade.

Aula de isolamento e manipulação genômica

12- Como funciona o PCR em tempo real?

Resp.: o PCR em Tempo Real (qPCR) baseia-se na duplicação de cadeias de DNA in vitro, com o intuito
sintetizar DNA o suficiente para fazer análises/estudos, em tempo real, por meio da adição de sondas
fluorescentes às reações de PCR. Esse componente permite a monitoria da amplificação do DNA, pois à
medida que os segmentos de DNA são amplificados, a fluorescência se intensifica proporcionalmente,
sendo possível acompanhar o processo em tempo real.

13- Qual a vantagem em relação ao PCR “convencional”

Resp.: a vantagem está no acompanhamento do processo de PCR e obtenção de dados


instantaneamente (no procedimento em tempo real). Já no modo convencional, os resultados só
poderão ser analisados após o procedimento de eletroforese e pigmentação.

14- Como funciona a CRISPR?

Resp.: a técnica de CRISPR é aplicada para modificar sequências de DNA precisamente. CRISPR é uma
região do genoma de bactérias que contém sequências de DNA curtas e repetidas. Nessa região também
se faz presente uma enzima denominada Cas9, com a capacidade de cortar o DNA. Assim, a técnica de
CRISPR se baseia em informar à essa enzima seu fragmento alvo por meio de uma sequência guia de
RNA. Logo, a Cas9 consegue identificar exatamente o local do genoma que deverá ser cortado. A Cas9
corta o DNA e a célula fará uso de seus mecanismos para conseguir reparar o local da sequência cortada,
utilizando um molde, que pode ser da própria célula ou de um fragmento exógeno, abrindo, assim, a
possibilidade de se inserir genes. Ou então, a célula pode simplesmente unir as extremidades que
perderam o fragmento, inativando, então, a sequência.

15- Explicar as figuras 10.30 e 10.31

Resp.: 10.30: A figura 10.30 mostra a produção de células que contém uma mutação específica e
controlada. Na figura (a), o fator neoR foi adicionado entre éxons, impedindo, assim, que a proteína
possuísse sua função designada inicialmente. Logo após, foi acrescentado o vetor de direcionamento
(gene tk herpes), construído por engenharia genética, para a extremidade do cromossomo. Assim que o
vetor adquire seus dois marcadores, ele é inserido na cultura de células-tronco do camundongo. Na
figura (b), o objetivo é demonstrar os possíveis resultados da transmissão da inserção gênica. O gene
defeituoso insere-se com frequência muito maior nos sítios não homólogos (ectópicos) do que nos
homólogos e, portanto, a próxima etapa é selecionar as raras células em que o gene defeituoso
substituiu o gene funcional, conforme se pretendia. Isso ocorre na figura (c), quando, por meio da
inserção de fármacos, o cientista consegue eliminar os resultados indesejados, sobrando, apenas, as
células com a mutação direcionada 10.31: A figura 10.31 demonstra a produção de um novo
camundongo com as células que foram selecionadas na figura 10.30. Figura (a). As células que contêm o
gene nocaute são injetadas em um embrião no estágio de blastocisto, que é então implantado em uma
mãe de aluguel. Algumas das células ES incorporam-se no embrião hospedeiro o camundongo que se
desenvolver conterá células de duas linhagens diferentes. Quando o camundongo chegar à idade adulta,
será cruzado com um outro camundongo normal. Se o camundongo quimérico (com as células da
mutação direcionada) tiver captado as células ES nas células da linhagem germinativa, então alguns
indivíduos da prole resultante herdarão o gene nocaute em todas as suas células. Figura (b).
Camundongos da mesma ninhada identificados como heterozigotos para a versão nocaute do gene de
interesse são, então, cruzados para produzirem camundongos homozigotos para o alelo nocaute (se não
causar letalidade nos homozigotos).

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