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Turma: 105
Resp.: A replicação do DNA encontra-se limitada à Fase S em razão da montagem do replissomo estar
ligada ao ciclo celular. Em leveduras, existem três proteínas essenciais para iniciar a montagem do
replissomo: o complexo de reconhecimento de origem (ORC), as proteínas Cdc6 e Cdt1. O ORC se liga a
uma sequência de bases específicas de origem no filamento de DNA, recrutando, dessa forma, as
proteínas Cdc6 e Cdt1. Essas três proteínas serão importantes para recrutar outras proteínas, como a
helicase (complexo MCM) e outros componentes do replissomo. Cdc6 e Cdt1 são sintetizadas apenas no
final da mitose e durante a fase G1, sendo destruídas logo após iniciar a replicação de DNA. Nessa lógica,
compreende-se que a montagem do replissomo precisa ocorrer logo antes da Fase S, o que permitirá
que a síntese de DNA ocorra durante essa fase.
Resp.: A enzima RNA telomerase se liga à ponta 3’ de uma molécula de DNA e um fragmento curto de
RNA, junto com uma proteína com atividade de polimerase, serão responsáveis pela síntese de
sequências repetidas de nucleotídeos após o término do filamento original. Após a primeira síntese, a
telomerase se move ao longo do filamento (translocação) para dar continuidade ao alongamento da
molécula.
3 – Como explicar a Síndrome de Werner e o surgimento do Câncer com base nas características dos
telômeros/telomerase?
Resp.: As células somáticas do organismo possuem poucas ou nenhuma telomerase, o que leva ao
encurtamento dos telômeros dessas células à medida que se passam mais ciclos celulares, até chegar
em um ponto em que a as divisões são interrompidas e a célula entra em fase de senescência. Tendo em
vista tal processo, suspeita-se que o encurtamento dos telômeros esteja ligado ao processo de
envelhecimento, e o estudo de determinadas síndromes, como a Síndrome de Werner, sustenta essa
hipótese. Pessoas com a Síndrome de Werner possuem mutação no gene WRN, responsável por
codificar uma proteína (helicase) que faz parte do revestimento do telômero. Supõe-se que essa
alteração provoque uma ruptura do telômero, resultando em uma instabilidade cromossômica e
culminando no envelhecimento prematuro.
Descobriu-se que as células cancerosas, ao contrário de células somáticas normais, possuem atividade
da enzima telomerase, o que permite a integridade dos telômeros funcionais. Provavelmente essa
característica cumpre um papel fundamental na proliferação avançada e prolongada dessas células
neoplásicas, o que confere a elas um aspecto de “imortalidade”.
Aula de transcrição
Aula de tradução
Resp.: o alongamento da tradução ocorre com a participação de fatores específicos de alongamento dos
eucariotos. O fator eEF1A (que corresponderia ao EF-Tu nos procariotos) se associa ao aminoacil-tRNA,
formando um complexo ternário com esse conjunto (aminoácido, tRNA e fator) para ser reconhecido no
sítio A (centro de decodificação). O processo de posicionamento do códon ao sítio A leva a hidrólise de
GTP e dissociação do fator eEF1A do ribossomo, deixando o aminoacil-tRNA posicionado no sítio para
que o aminoácido (ligado à ponta 3’ do tRNA) faça uma ligação peptídica com o outro aminoácido no
sítio P. O fator eEF2 será responsável por promover a translocação dos tRNAs dos sítios A e P para os
sítios P e E, respectivamente, para que o sítio A seja liberado para receber outros aminoacil-tRNA.
Resp.: no término da tradução, o fator eRF1 reconhece o códon de término da cadeia de mRNA, ligando-
se ao sítio A do ribossomo. Já o fator eRF3 participa na hidrólise de GTP e a liberação da cadeia
polipeptídica do tRNA, localizado no sítio P (peptidiltransferase), com a separação das subunidades 40S
e 60S.
Resp.: a ubiquitinação é um processo caracterizado pela degradação de uma proteína. Para isso ocorrer,
a cadeia de proteína precisa ser marcada, a fim de ser reconhecida pelo proteossomo. Isso ocorre por
meio do acréscimo de cadeias de múltiplas cópias de ubiquitina à e-amina dos resíduos de lisina na
cadeia (ubiquitinização), processo realizado pelas enzimas E1, E2 e E3. A enzima E1 quebra ATP, o que
ativa a ubiquitina. Em seguida, transfere a ubiquitina para a enzima E2, encarregada de apresentá-la
para a E3. A E3 liga-se a ubiquitina e interage com a E2 para formar uma ligação covalente entre a
ubiquitina e a proteína-alvo. Esse processo é repetido diversas vezes, a fim de ligar várias ubiquitinas na
proteína (marca para a destruição). Esse complexo formado é reconhecido pelo complexo 19S do
proteossomo, que contém 6 cadeias polipeptídicas com atividade de ATPase. Após ser reconhecida, o
complexo retira as moléculas de ubiquitina, sendo transferidas para o citosol para serem utilizadas em
um novo ciclo. Posteriormente, as enzimas do complexo desnaturam a proteína, liberando seu acesso
para ser degradada na câmara do proteossomo proteolítica.
Desse modo, a proteína entra no complexo 20S do proteossomo, local onde enzimas proteolíticas
clivarão a proteína em peptídios. Esses peptídios são devolvidos ao citosol, sendo digeridos até
aminoácidos por enzimas citosólicas.
Fonte de pesquisa da questão: Biologia celular e molecular / L. C. Junqueira, José Carneiro. – 9.ed.
Aula de interação gênica
8- Explicar como ocorrem os padrões de herança monogênica ligada ao sexo, assim como os distúrbios
através da análise dos heredogramas humanos: itens 2.5 e 2.6
Para distúrbios recessivos ligados ao X, enquanto o sexo feminino necessitaria de 2 cópias de um alelo
mutado para expressar o fenótipo de uma mutação recessiva, para os machos, apenas uma cópia seria o
suficiente para expressar o fenótipo mutado. Isso faz com que a proporção de machos que expressam
fenótipos recessivos para um determinado gene seja maior do que a de fêmeas, para o mesmo gene em
questão. No caso de homens afetados casados com mulheres não afetadas, toda a sua prole não
apresentará a condição, mas as suas filhas herdarão um alelo com mutação, fazendo com que metade
dos filhos dessas filhas apresente o distúrbio. Nenhum dos filhos de um homem afetado apresentará o
fenótipo, nem transmite a condição para seus descendentes. Isso ocorre, pois o cromossomo X afetado
do pai não é transmitido aos filhos, apenas o cromossomo Y.
Nos distúrbios dominantes ligados ao X, o homem afetado transmite a condição para todas as suas
filhas, mas não para seus filhos. E mulheres heterozigotas afetadas casadas com homens não afetados
transmitem a condição para metade de seus filhos e filhas
Para a herança ligada ao Y, apenas os homens herdam os fenótipos, passadas de pai para filho.
Resp.: pode ser explicada em casos de presença de um alelo letal. Em virtude de um dos genótipos ser
incompatível (normalmente um recessivo) com a vida, um dos indivíduos não nasce. A proporção 1:2:1
seria encontrada apenas em zigotos, sendo alterada para 2:1 ao nascimento.
Resp.: acontece em casos de epistasia, quando o mutante duplo mostra fenótipo de uma mutação, mas
não de outra. A mutação que “fica sobre” é epistática, enquanto a que “fica sob” é hipostática. Pensa-se
que quando isso ocorre, o alelo mutante de um gene mascara a expressão de um alelo mutante de
outro gene, expressando apenas um fenótipo.
b) Letais sintéticos 9:3:3
Resp.: em alguns casos, quando dois mutantes únicos viáveis são entrecruzados, os mutantes duplos
resultantes são letais. Em um diploide de F2, esse resultado seria manifesto como uma proporção 9:3:3
porque não haveria o mutante duplo (que seria o componente "1" da proporção).
Resp.: o PCR em Tempo Real (qPCR) baseia-se na duplicação de cadeias de DNA in vitro, com o intuito
sintetizar DNA o suficiente para fazer análises/estudos, em tempo real, por meio da adição de sondas
fluorescentes às reações de PCR. Esse componente permite a monitoria da amplificação do DNA, pois à
medida que os segmentos de DNA são amplificados, a fluorescência se intensifica proporcionalmente,
sendo possível acompanhar o processo em tempo real.
Resp.: a técnica de CRISPR é aplicada para modificar sequências de DNA precisamente. CRISPR é uma
região do genoma de bactérias que contém sequências de DNA curtas e repetidas. Nessa região também
se faz presente uma enzima denominada Cas9, com a capacidade de cortar o DNA. Assim, a técnica de
CRISPR se baseia em informar à essa enzima seu fragmento alvo por meio de uma sequência guia de
RNA. Logo, a Cas9 consegue identificar exatamente o local do genoma que deverá ser cortado. A Cas9
corta o DNA e a célula fará uso de seus mecanismos para conseguir reparar o local da sequência cortada,
utilizando um molde, que pode ser da própria célula ou de um fragmento exógeno, abrindo, assim, a
possibilidade de se inserir genes. Ou então, a célula pode simplesmente unir as extremidades que
perderam o fragmento, inativando, então, a sequência.
Resp.: 10.30: A figura 10.30 mostra a produção de células que contém uma mutação específica e
controlada. Na figura (a), o fator neoR foi adicionado entre éxons, impedindo, assim, que a proteína
possuísse sua função designada inicialmente. Logo após, foi acrescentado o vetor de direcionamento
(gene tk herpes), construído por engenharia genética, para a extremidade do cromossomo. Assim que o
vetor adquire seus dois marcadores, ele é inserido na cultura de células-tronco do camundongo. Na
figura (b), o objetivo é demonstrar os possíveis resultados da transmissão da inserção gênica. O gene
defeituoso insere-se com frequência muito maior nos sítios não homólogos (ectópicos) do que nos
homólogos e, portanto, a próxima etapa é selecionar as raras células em que o gene defeituoso
substituiu o gene funcional, conforme se pretendia. Isso ocorre na figura (c), quando, por meio da
inserção de fármacos, o cientista consegue eliminar os resultados indesejados, sobrando, apenas, as
células com a mutação direcionada 10.31: A figura 10.31 demonstra a produção de um novo
camundongo com as células que foram selecionadas na figura 10.30. Figura (a). As células que contêm o
gene nocaute são injetadas em um embrião no estágio de blastocisto, que é então implantado em uma
mãe de aluguel. Algumas das células ES incorporam-se no embrião hospedeiro o camundongo que se
desenvolver conterá células de duas linhagens diferentes. Quando o camundongo chegar à idade adulta,
será cruzado com um outro camundongo normal. Se o camundongo quimérico (com as células da
mutação direcionada) tiver captado as células ES nas células da linhagem germinativa, então alguns
indivíduos da prole resultante herdarão o gene nocaute em todas as suas células. Figura (b).
Camundongos da mesma ninhada identificados como heterozigotos para a versão nocaute do gene de
interesse são, então, cruzados para produzirem camundongos homozigotos para o alelo nocaute (se não
causar letalidade nos homozigotos).