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Universidade Federal de Viçosa

Centro de Ciências Agrárias


Departamento de Zootecnia
Produção Agropecuária

Soja

Carne Bovina

Milho

Carne de Frango

7.5% Cana-de-açúcar

Leite

Feijão

Outros

2
Participação percentual de produtos
na renda da agricultura familiar
Ovos
Carne bovina
Milho
Soja
Leite
Carne Suína
Mandioca
Fumo
13%
Feijão
Café
Arroz
Outros
Fonte: Rigo & Carvalho (2003) 3
Produção brasileira de leite em
milhões de litros
9000
8000
7000
6000 SP
5000 SC
4000 PR
GO
3000
RS
2000
MG
1000
0
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
Fonte: IBGE 4
Leite adquiridos pelos laticínios em
mil litros
1800000.00 1997
1998
1600000.00 1999
2000
1400000.00 2001
2002
1200000.00 2003
2004
1000000.00 2005
2006
800000.00
2007
2008
600000.00
2009
Mai

Out
Mar

Abr

Set
Jan

Jun
Fev

Jul

Ago

Dez
Nov
Fonte: Pesquisa Trimestral do Leite/IBGE 5
Produção de Leite Fluido em Mil
toneladas
160000
140000
120000
100000 2003
80000
2004
60000
40000 2005
20000 2006
0 2007
2008
2009

Fonte: USDA (United States Department of Agriculture) - Dairy: World Markets


6
and Trad/ July 2008
Produtividade por vaca

10000
9000
8000
7000
6000 2003
5000
4000 2004
3000 2005
2000
1000 2006
0 2007
2008
2009

Fonte: USDA (United States Department of Agriculture) - Dairy: World Markets


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and Trad/ July 2008
Importações e exportações
Brasileiras de lácteos (US$)
$600,000,000.00

$500,000,000.00
Exportações
$400,000,000.00
Importações
$300,000,000.00
Balanço
$200,000,000.00

$100,000,000.00

$-
2005 2006 2007 2008
Fonte: MDIC (Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior)/ Sistema
8
Alice
Produção de leite e gordura nas diferentes
raças do Arquivo Zootécnico Nacional

Holandês Jersey Pardo-Suíço Gir Guzerá Mestiço

No de Lactações

- Leite 176.399 3.302 3.554 17,116 1.361 3.222

- Gordura 147.824 2.703 1.506 10,413 359 2.409

Produção à idade adulta:

- Leite (kg) 5.859 3.717 4.193 2.568 2.423 2.120

- Gordura (kg) 189,7 163,9 175,0 121,7 114,0 71,8

- Gordura (%) 3,64 5,03 4,01 4,86 5,03 4,02

No de touros - sumário 772 27 26 131 7 68

9
Cria e Recria de Fêmeas leiteiras
Cuidados com a vaca gestante

 Condição corporal ao
parto
 Período seco
 Piquetes maternidade
Cuidados com o recém-
nascido

Remoção de
membranas fetais

Descorna, remoção
de tetos
extranumerários
Administração de colostro
Funções do colostro

Imunológica Nutricional Somatogênica

 Recomendações:

– > 10 g/L no sangue

– 3,5 L após o parto 10% PV

 Qualidade de colostro Colostrômetro

 Absorção do colostro Qd fornecer ?


Aleitamento de bezerras
Colostro
(leite de
transição)
1a opção: não gera
renda e tem qualidade
nutricional alta
Leite não-
vendável

Fonte de renda do
Leite
produtor

Sucedâneo Relação custo:benefício


Fornecimento de Alimentos sólidos

 Concentrado
– Início do fornecimento

– Qualidade

– Palatabilidade

 Volumoso
Desaleitamento

Padrão = 60 dias

Desaleitamento precoce

56 dias 30 dias
Holandês/Zebu Holandês

Liziere et al. (2002) Cunha et al. (2003)


Martuscello et al. (2004)
Cunha et al. (2003)
Instalações para Bezerros
Crescimento corporal
esperado
CRIA RECRIA

600
PRÉ-PÚBERE PÚBERE 550
500
(780)
Peso vivo (kg)

400
340

Parto
300
(720)

Cobrição
200
(650) 146
100 (470)
40 68
0
Nascimento 2 6 15 24
Idade (meses)
Exemplo hipotético de estrutura e venda de três sistemas de produção
de leite estáveis, com mesma área e índices zootécnicos e diferentes
idades ao primeiro parto. (Campos e Assis, 2006)

Idade ao primeiro parto


Categoria (meses)
48 36 24
Touros 1 1 1
Vacas paridas 35 40 58
Vacas falhadas 9 10 14
Machos 0-12 meses 18 20 29
Fêmeas 0-12 meses 17 20 29
Fêmeas 12-24 meses 14 16 28
Fêmeas 24-36 meses 14 15 -
Total de cabeças 121 122 148
Vendas: Leite (kg) 105.000 120.000 174.000
Vacas (cab) 8 9 13
Novilhas (cab) 4 5 9
Bezerros (machos + fêmeas, cab) 17+2 19+3 27+4
% animais na recria 36,6% 25,4% 14,9%
Fase Pré-púbere

 60 a 120 dias
– Fase de ↑ estresse
 Dieta
 Local
 Comportamento social
 120 dias à puberdade
 Dieta
Idade ao parto de novilhas
submetidas a diferentes estratégias
de manejo

540
Peso corporal (kg)

440

340

240

140

40
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 40 44 48
Idade (meses)
Peso recomendado para inseminar as novilhas, de acordo com o ganho
de peso esperado após a fertilização, para três grupos raciais

Raça Holandês Mestiço Jersey Média


Peso adulto 650 550 450 -
Peso à parição1 533 451 369
Peso do bezerro 45 40 35 -
Peso à inseminação 332 245 158
Ganho médio diário pós concepção (kg/dia)

0,9
% peso adulto 51 44 35 44
Peso à inseminação 359 272 185
0,8
% peso adulto 55 49 41 49
Peso à inseminação 386 299 212
0,7
% peso adulto 59 54 47 54
Peso à inseminação 414 327 240
0,6
% peso adulto 64 59 53 59
Peso à inseminação 441 354 267
0,5
% peso adulto 68 64 59 64
Peso à inseminação 469 382 295
0,4
% peso adulto 72 69 65 69
Peso à inseminação 496 409 322
0,3
% peso adulto 76 74 72 74
Peso à inseminação 523 436 349
0,2
% peso adulto 81 79 78 79
Padrões de crescimento da raça holandesa para diferentes níveis de
produção de leite (Adaptado de Machado, 1993).
Produção PL < 5.000 kg PL 5 – 7.000 kg PL 7 – 9.000 kg PL > 9.000 kg
Idade PV AL PV AL PV AL PV AL
0 40 71 42 72 43 75 44 77
2 67 80 72 82 76 83 80 85
4 109 90 117 92 121 95 128 97
6 154 100 165 103 169 105 179 110
8 196 104 210 107 217 110 227 115
10 235 108 252 112 262 115 275 120
12 274 113 294 116 307 120 323 124
14 313 118 336 120 352 124 371 127
16 352 120 375 123 397 127 419 128
18 388 122 414 127 442 130 467 132
20 421 125 450 130 484 132 512 133
22 454 127 486 132 526 134 557 137
24 484 130 522 133 568 135 602 140
Índices desejáveis na criação de
novilhas do rebanho leiteiro
(Holmes et al., 1989)

Medida Holandês Jersey

Mortalidade até 60 dias (%) 5 5

Ganho de peso/dia nascimento-Puberdade (Kg) 0,8 0,5

Idade ao acasalamento (meses) 15 15

Peso ao acasalamento (kg) 280 210

Idade ao 1º parto (meses) 24 24

Peso ao 1º parto (kg) 492 320

Condição corporal ao parto (de 5) 4,0 3,75


Sistema de manejo em confinamento
Free Stall
Free Stall
Free Stall
Free Stall
Loose House
Loose House
Loose House
Tie Stall
Tie Stall
Manejo da vaca seca
Manejo da vaca seca

 Manejo da vaca seca:

- Involução;
- Regeneração da GM
- remodelação.
 Período de repouso - Tratamento da vaca seca

- Observação do EC (3,5 a 3,75)

- Adaptação a dieta pós parto;


 Período de transição
- prevenção distúrbios metabólicos
Manejo da vaca seca

Tabela 1 - Compilação de resultados de pesquisas de


experimentos visando a diminuição do período seco em
vacas de leite (Silva et al., 2009)
Duração do período
Fonte Resultado
seco em estudo
Sorensen & Enevoldsen
(1991) 10, 7 e 4 semanas Diminui a produção de leite
25,1; 24,5 e 22 kg/dia

Rastani et al. (2005) 56 e 28 dias Diminui a produção de leite


42,4; 37,9 kg/dia

Grummer et al. (2006) 30 e 60 dias Queda de 6% na lactação


seguinte, com a redução do
período seco
Intervalo de partos
Intervalo de partos
Tabela 8 - Redução do intervalo de partos para 12 meses e
aumento (%) aproximado da produção de leite (Borges, 2009)
Aumento da produção de leite (%)
Intervalo de partos (meses)
De Para
24 12 100
21 12 75
18 12 50
17 12 40
16 12 33
15 12 25
14 12 16
13 12 8
Intervalo de partos
Tabela 9 - Redução da produção por vaca com a ampliação do
intervalo de partos

Intervalo de partos (meses)


12 14 16 18
kg kg de leite por dia de intervalo de partos
leite/lactação
9.000 24,6 21,2 18,5 16,5
7.000 19,2 16,5 14,4 12,8
5.000 13,7 11,8 10,3 9,2
3.000 8,2 7,0 6,1 5,5
2.000 5,5 4,7 4,2 3,7
Fonte: Faria e Corsi (1988) citado por Borges. (2009).
Pós-Parto (curva de lactação)
Pós-Parto (curva de lactação)
Pós-Parto (curva de lactação)

 Características da curva de lactação:


 Persistência da lactação;
 Pico de lactação;
 Produção inicial;
 Produção máxima.
Pós-Parto (curva de lactação)
Tabela 5 - Estimativa de produção diária de leite de vacas com mesmo nível de
produção no início e no pico de lactação, mas com diferentes persistências de lactação

Índice de persistência mensal (%)


Mês de lactação
95 90 85
1 36,0 36,0 36,0
2 40,0 40,0 40,0
3 38,0 36,0 34,0
4 36,1 32,4 28,9
5 34,3 29,2 24,6
6 32,6 26,3 20,9
7 30,9 23,7 17,7
8 29,4 21,3 15,1
9 27,9 19,7 12,8
10 26,5 17,7 10,9
Produção total (kg) 9.951 8.468 7.227
Produção em 5 meses (% da produção total) 55,59 61,48 67,90
Produção total relativa 100,00 85,09 72,62
Pós-Parto (curva de lactação)
 Fatores que influenciam as características da curva de
lactação:
 Ligados ao ambiente
- Idade da vaca;
- ordem do parto;
- duração da lactação;
- gestação;
- período de serviço
 Fatores genéticos
Alimentação de vacas no pós-parto
Alimentação de vacas no pós-parto
Dieta completa x fornecimento separado

 Vantagens da dieta completa:

 uso de alimentos pouco palatáveis, de menor custo


 ↓ tempo gasto na alimentação
 evita alimentação na sala de ordenha
 mecanização da alimentação
 ↓ efeitos negativos de concentrado
Manejo de ordenha
1 - PRÉ-DIPPING
 Lavar com água somente as tetas
(somente quando estiverem sujas)

 Imersão dos tetos em solução


desinfetantes: ( 2% de hipoclorito de
sódio; 0,3% de iodo ou 0,3% de
clorexidina)

 Secar completamente os tetos com


papel toalha descartável
Manejo de ordenha
2 - Fazer teste da caneca telada ou de fundo preto
(3os jatos)

Objetivos:
- estimular a descida do leite
- eliminar os primeitos jatos (alto CCS)
- detecção precoce da mastite clínica
3 - ÍNÍCIO DA ORDENHA
 Colocar as unidades de ordenha
rapidamente
*** IMPORTANTE:
Tempo máximo de 1 min e 30 seg após
estimulação (teste caneca ou bezerro)

- Evitar entrada de ar;

- Evitar flutuações de vácuo

 Ajustar a teteira quando houver


deslizamento ou queda do conjunto
- Deslizamento causa:
Fluxo reverso do leite
4 - FINAL DA ORDENHA
 Remover a unidade de ordenha
- Somente quando cessar o fluxo do
leite
- cuidado com a sobre-ordenha
- leite residual (< 300 mL)
“PÓS-DIPPING” = Imersão dos tetos
em solução desinfetantes (0,7 a 1,0 %
de iodo; 0,5 a 1% de clorexidina; 4%
de hipoclorito de sódio)
- utilizar produtos com glicerina
- imersão de > ¾ do teto
Objetivos:

- redução mastite contagiosa (principal)


5 - APÓS ORDENHA

Alimentar as vacas logo após a ordenha para que elas


permaneçam em pé
5.2 Procedimento de Ordenha com a presença do bezerro

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