Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURSOS:
ENGENHARIAS: QUÍMICA, MECÂNICA E PRODUÇÃO
DOCENTES:
Prof. Dr. Norberto Luiz Amsei Junior
a
Prof . MSc. Ana Leonor Santos Junqueira Franco
Profa. Dra. Maria Tereza Diamantino
Profa. MSc. Rosangela Carvalho Goulart Guedes Prado
Prof. Dr. Emanuel Carlos Rodrigues
Barretos, 2009
2
RELATÓRIO
Uma composição qualquer deve conter sempre as seguintes partes: Introdução,
Desenvolvimento e Conclusão. O relatório da disciplina Química Geral e Experimental
deverá conter os seguintes pontos:
3. RESUMO: Texto de no máximo cinco linhas de tudo o que foi feito, inclusive dos
resultados alcançados.
3) Béquer de 50 mL
4) Bomba de vácuo
5) Bico de Bunsen
6) Centrífuga, etc...
Analise as fontes de erros, a exatidão e precisão da análise, sempre que possível compare com
a literatura ou com informações sobre a amostra. A discussão é a parte do relatório que exige
maior maturidade do aluno.
7. CONCLUSÃO: Síntese pessoal (do grupo) sobre as conclusões alcançadas com o trabalho.
Enumere os resultados mais significativos do trabalho. Não apresente nenhuma conclusão que
não seja fruto de discussão do seu grupo.
O relatório deverá ser apresentado em folhas de papel formato A4, digitado, seguindo
as seguintes recomendações:
• Corpo da letra tamanho 12, em TIMES NEW ROMAN, espaço 1,5 entre linhas;
• Partes que compõem o relatório, destacados com negrito, maiúsculas e em tamanho (12).
• Utilizar apenas uma lauda para impressão;
• Margens: esquerda de 3 cm, superior: 3 cm, direita: 2 cm e inferior: 2 cm, parágrafo: 3,0
cm, na formatação da página.
• Utilizar a seguinte capa para modelo de relatório:
6
7
Será considerado motivo para perda de pontuação: texto em seção inapropriada, erro
gramatical, colocação incorreta de identificação de tabelas e FIGURAs, apresentação de
medidas sem a respectiva unidade, utilização inadequada de algarismos significativos, a falta
de indicação de referências bibliográficas ou sua indicação incorreta.
Competências e Habilidades que serão exigidas do aluno de Química Geral
Experimental (Parecer nº:CNE/CES 1.303/2001, aprovado em: 06/11/2001).
9
• Saber trabalhar em equipe e ter uma boa compreensão das diversas etapas que compõem
uma pesquisa.
• Ter interesse no auto-aperfeiçoamento contínuo, curiosidade e capacidade para estudos
extracurriculares individuais ou em grupo, espírito investigativo, criatividade e iniciativa
na busca de soluções para questões individuais e coletivas relacionadas a Química.
B) Com relação à compreensão da Química:
• Compreender os conceitos, leis e princípios da Química.
• Acompanhar e compreender os avanços científico-tecnológicos.
C) Com relação à busca de informação e à comunicação e expressão:
• Saber identificar e fazer busca nas fontes de informações relevantes para a Química,
inclusive as disponíveis nas modalidades eletrônica e remota, que possibilitem a contínua
atualização técnica e científica.
• Ler, compreender e interpretar os textos científico-tecnológicos em idioma pátrio e inglês.
• Saber interpretar e utilizar as diferentes formas de representação (tabelas, gráficos,
símbolos, expressões, etc.).
• Saber escrever e avaliar criticamente os materiais didáticos, como livros, apostilas, "kits",
modelos, programas computacionais e materiais alternativos.
• Demonstrar bom relacionamento interpessoal e saber comunicar corretamente os projetos
e resultados de pesquisa (textos, relatórios, pareceres, laudos, "posters", internet, etc.) em
idioma pátrio.
10
1. Queimaduras
1. Material de vidro
• Tubo de ensaio – utilizado para efetuar reações químicas em pequena escala,
principalmente testes de reações.
• Bequer – recipiente com ou sem graduação, utilizado para o preparo de soluções,
aquecimento de líquidos, recristalização, etc.
• Erlenmeyer – frasco utilizado para aquecer líquido ou fazer titulações.
• Kitassato – frasco de paredes espessas, munido de saída lateral e usado em filtrações a
vácuo.
• Balão de fundo chato ou de Florence – utilizado para armazenar líquido e em destilações.
• Balão volumétrico – recipiente calibrado, de precisão, destinado a conter um determinado
volume de líquido, a uma dada temperatura; utilizado no preparo de soluções de
concentração definidas.
• Cilindro graduado ou proveta – frasco com graduações, destinado a medidas aproximadas
de líquidos.
• Bureta – equipamento calibrado para medida precisa de volume de líquidos. Permite o
escoamento do líquido e é muito utilizado em titulações.
• Pipeta – equipamento calibrado para medida precisa de volume de líquidos. Existem dois
tipos: pipeta graduada e pipeta volumétrica.
• Funil - utilizado na transferência de líquidos de um frasco para o outro ou para efetuar
filtrações simples.
• Vidro de relógio – usado geralmente para cobrir béquer contendo solução ou para
evaporação em análise de líquidos.
13
2. Materiais de porcelana
• Funil de Buchner – utilizado em filtrações por sucção, devendo ser acoplado a um
kitassato
• Cápsula de porcelana – usada para efetuar evaporações de líquidos.
• Cadinho – usado para calcinação de substâncias.
• Almofariz e pistilo – empregado para triturar e pulverizar sólidos.
3. Material Metálico
• Suporte (ou haste), mufa e garra – peças metálicas usadas para montar aparelhagens em
geral.
• Pinças – peças de vários tipos, como a de Mohr e de Hofmann, usadas para impedir ou
reduzir o fluxo de líquidos ou gases através de tubos flexíveis. Existe outro tipo, utilizado
para segurar objetos aquecidos (também chamada de tesoura).
• Tela de amianto – Tela metálica, contendo amianto, utilizada para distribuir
uniformemente o calor durando o aquecimento de recipientes de vidro à chama de um
bico de gás.
• Triângulo de ferro com porcelana – usado principalmente como suporte em aquecimentos
de cadinhos (aquecimento direto).
• Tripé – usado como suporte, principalmente de telas ou triângulos.
• Bico de gás (Bunsen) – fonte de calor destinado ao aquecimento de materiais não
inflamáveis.
• Argola (ou aro) – usada para suporte de funil de vidro.
• Espátula – usada para transferir substâncias sólidas.
14
4. Materiais Diversos
• Suporte (ou estante) – tubo para ensaios.
• Pinça de madeira ou prendedor – utilizado para segurar tubos de ensaio.
• Trompa d’água – dispositivo para aspirar o ar e reduzir a pressão no interior de um frasco.
• Pisseta – frasco plástico, geralmente contendo água destilada (ou outro solvente), usado
para efetuar a lavagem dos recipientes com jatos de liquido nela contido.
• Estufa – utilizada para a secagem de materiais (por aquecimento), em geral até 200oC.
• Mufla ou forno – utilizado para calcinação de substâncias (por aquecimento), em geral até
1000 ou 1500oC.
• Centrifuga – instrumento que serva para acelerar a sedimentação do sólido em suspensão
em líquidos.
• Manta elétrica – utilizada no aquecimento de líquidos inflamáveis contidos em balões de
fundo redondo.
15
16
17
Bibliografia:
• TRINDADE, D. F et al. Química - básica experimental. São Paulo: Cone, 1998.
• SILVA, R. R. da; BOCCHI, N.; FILHO, R. C. R. Introdução à Química Experimental.
São Paulo: McGraw-Hill, 1990.
18
1. Objetivo
Obter medidas de massas e volumes aproximadas e precisas.
2. Introdução teórica
2.1. Medida de volumes
A técnica de medição do volume de uma amostra depende do estado físico da amostra
(líquido ou sólido) e da sua forma (regular ou irregular).
Os resultados obtidos podem ser expressos em unidades SI, metro cúbico (m³), ou em
unidades submúltiplas deste, que é o caso mais frequente.
Normalmente, as unidades submúltiplas mais usadas são o mililitro (ml), ou
centímetro cúbico (cm³), e o litro (L), ou o decímetro cúbico (dm³).
2. 1.1. Medir volumes de líquidos
Para medir volumes de líquidos usam-se diversos instrumentos, consoante o rigor a
observar e o volume da amostra.
Para medições rigorosas usam-se pipetas, buretas ou balões volumétricos.
Para medições menos rigorosas utilizam-se as provetas.
Qualquer um destes instrumentos tem inscritas algumas informações importantes, tais
como:
· Volume máximo (capacidade);
· Graduação da sua escala, normalmente em mililitros;
· Tolerância (limite máximo do erro);
· Traço de referência, no caso de pipetas ou balões volumétricos;
· Temperatura de calibração (temperatura a que deve ser feita a medição e que é,
normalmente, 20˚C).
& ' %
! "
() *' !
#
' +
$ %
, !' ! +
- !'
*
! .
&3 0 0
! " 2 ' 2
0 %
%
/ /
($ ' .
#
/ 2
* /
. 1 '
/ 0
, '
2
%
0
%
*
/
-4 *' /
+ !
continuação
&$2
'
3
($ +
#
.
.
3. Procedimento experimental
1. Medir 50 mL de água em um Becker (ou béquer) e transferir para o Erlenmeyer. Verificar o
erro na escala (diferença das leituras de uma vidraria para outra). Transferir para a proveta
graduada e fazer a leitura do volume. Verificar a precisão.
4. Pipetará água com uma pipeta graduada (transferindo para diferentes tubos de ensaio):
Volumes: 1 mL; 2 mL; 5 mL; 1,5 mL; 2,7 mL; 3,8 mL; 4,5 mL
Esta pratica tem a finalidade de treinar para controlar volumes variáveis numa pipeta
graduada.
5. Encher uma bureta com água (acertando o menisco e verificando se não há ar em parte
alguma perto da torneira). Transferir o volume para o Erlenmeyer (não deixar ultrapassar o
volume máximo da bureta). Comparar a precisão das escalas.
1. Objetivos:
• Identificar, por meio da cor produzida na chama, alguns cátions;
• Observar o fenômeno de emissão luminosa por excitação e correlacionar com o Modelo
Atômico de Bohr;
• Verificar a distribuição eletrônica dos elementos;
• Reconhecer os limites do Modelo de Bohr;
• Tomar contato com as regiões do espectro eletromagnético.
2. Introdução teórica:
Um modelo atômico é uma representação que procura explicar, sob o ponto de vista da
Ciência, fenômeno relacionado à estrutura da matéria e às formas como ela se expressa. Ele
visa dar uma explanação sobre a estrutura microscópica da matéria e deve ser capaz de prever
outros fenômenos associados a ela.
A partir do Modelo Atômico de Bohr, ficou estabelecido que os átomos possuem
regiões específicas disponíveis para acomodar seus elétrons – as chamadas camadas
eletrônicas.
O teste da chama está fundamentado nos princípios do modelo de Bohr, de que quando
certa quantidade de energia é fornecida a um determinado elemento químico, alguns elétrons
da camada de valência absorvem essa energia passando para um nível de energia mais
elevado, produzindo o que chamamos de estado excitado. Quando um ou mais elétrons
excitados retornam ao estado fundamental, eles emitem uma quantidade de energia radiante
igual àquela absorvida, cujo comprimento de onda é característico do elemento e da mudança
de nível eletrônico de energia. Assim, a luz de um comprimento de onda particular pode ser
utilizada para identificar um referido elemento.
Uma chama não-luminosa de Bunsen consiste em 3 partes: um cone interno azul
(ADB), compreendendo, principalmente, gás não queimado, uma ponta luminosa em D (que
só é visível quando os orifícios de ar estão ligeiramente fechados), um manto externo
(ACBD), na qual se produz a combustão completa do gás. As partes principais da chama, de
acordo com Bunsen, são claramente indicadas na FIGURA 3 abaixo. A mais baixa
temperatura está na base da chama (a), que é empregada para testar substâncias voláteis, a fim
de determinar se elas comunicam alguma cor à chama. A parte mais quente da chama é a zona
de fusão (b), que fica a cerca de um terço de altura da chama e eqüidistante do interior e
exterior do manto. A zona oxidante inferior (c) está situada na borda mais externa de b e pode
ser usada para oxidação de substâncias dissolvidas em pérolas de bórax. A zona oxidante
superior (d) é a ponta não-luminosa da chama. Nesta região há um grande excesso de
oxigênio e a chama não é tão quente. A zona redutora superior (e) está na ponta do cone
interno azul e é rica em carbono incandescente. A zona redutora inferior (f), está situada na
borda interna do manto próximo ao cone azul.
O teste da chama baseia-se no fato ele que quando certa quantidade de energia é
fornecida a um determinado elemento químico, os elétrons da camada de Valência absorvem
esta energia passando para um nível de energia mais elevado, produzindo o que é chamado de
um estado excitado. Quando um desses elétrons excitados retoma ao estado fundamental,
emite uma quantidade de energia mediante (luz), igual àquela absorvida, cujo comprimento de
onda é característico do elemento e da mudança do nível eletrônico de energia. Assim, a luz
de um comprimento de onda particular ou cor, é utilizada para identificar o referido elemento.
3. Materiais:
5,00 mL de solução 1,00 mol/L de cloreto de cálcio, cloreto de estrôncio, cloreto de
bário, cloreto de sódio e cloreto de potássio; 5 béqueres de 10 mL; 5 fios de níquel - cromo;
solução de HCl concentrado; 1 pipeta de 5,00 mL; 1 vidro de relógio.
26
4. Procedimento Experimental:
Acenda a chama do bico de Bunsen e calibre a entrada de ar para obter uma chama
azulada quase transparente. Limpe os fios metálicos que serão utilizados no experimento,
mergulhando-os em solução de HCl concentrado, previamente colocada no vidro de relógio, e
em seguida, aquecendo-os em rubro na chama do bico de Bunsen. Esse processo deve ser
repetido até que a chama do bico de Bunsen não altere sua coloração. Mergulhe o fio limpo na
solução da amostra em estudo e observe a coloração da chama. Anote o resultado em uma
tabela. Compare seu resultado com os resultados dos outros grupos.
Referência:
MAIA, D. Práticas de Química para Engenharias. Campinas, SP: Editora Átomo, 2008.
27
1. Objetivo: investigar a relação entre a natureza iônica, polar ou apolar de uma substância
com sua solubilidade em determinados solventes.
2. Introdução teórica
O material que recebeu elétrons fica com carga negativa e o que cedeu com carga positiva. A
seqüência dos materiais em função da tendência de receber ou ceder elétrons é mostrada pela
série triboelétrica. Ao atritar dois materiais quaisquer de uma série triboelétrica, aquele que
estiver posicionado à esquerda ficará eletrizado positivamente e aquele que estiver
posicionado à direita ficará eletrizado negativamente.
Ponto de Fusão
O ponto de fusão (PF) de um composto é a temperatura na qual este composto no
estado sólido se transforma em líquido. O ponto de fusão está relacionado com as interações
entre partículas (átomos, íons e moléculas). Compostos que possuem fortes interações entre
partículas, terão maiores pontos de fusão.
Os compostos iônicos são constituídos por íons positivos e negativos, dispostos de
maneira regular formando um retículo cristalino. Para que ocorra a fusão do retículo
precisamos de uma considerável energia, por isso os compostos iônicos possuem elevado
ponto de fusão e ebulição, geralmente são sólidos e muito duros.
Quanto mais fortes forem as interações intermoleculares, maior o ponto de fusão.
Compostos contendo moléculas polares possui ponto de fusão mais alto que moléculas
apolares.
Condução de corrente elétrica
Para que haja condução de corrente elétrica é necessária a presença de elétrons livres,
com mobilidade. Os compostos iônicos não conduzem corrente na fase sólida (quando os
elétrons estão firmemente ligados uns aos outros), mas conduzem na fase líquida ou em
solução aquosa, quando os íons adquirem mobilidade. O composto que se dissolve originando
uma solução que conduz corrente elétrica (solução eletrolítica) é chamado de eletrólito.
SOLUBILIDADE
Coeficiente de solubilidade e solvatação dos sais
Quando nos referimos ao sal não estamos nos referindo exclusivamente ao cloreto de
sódio, o mais famoso dos sais, velho conhecido em nossas cozinhas ou na água do mar.
Talvez por nossa associação quase despercebida de sal com o cloreto de sódio (NaCl),
afirmamos que os sais são solúveis em água. Isto não é verdade em alguns aspectos: nem
todos os sais são solúveis em água e nem tudo que é solúvel em água é um sal. Nosso
conhecimento também nos diz que não é possível dissolver qualquer quantidade de um sal em
água, que se colocarmos muito, sobrará uma parcela no fundo do recipiente que não se
dissolve. Com base nesse conhecimento, vamos discutir algumas coisas:
29
Coeficiente de solubilidade
Por que, se colocarmos muito sal na água, parte dele não se dissolve? Muitos de nós
aprendemos na escola que existe uma quantidade máxima de um sal que pode ser dissolvida
em certa quantidade de água em uma certa temperatura e, a isto chamamos de coeficiente de
solubilidade. Não costumamos discutir esse fato, apenas o aceitamos já que nossa experiência
cotidiana já o provou. Para entender o porquê, temos que entender como se dá a dissolução do
sal.
Para exemplificars, utilizaremos o cloreto de sódio que, como já citamos, também
conhecido como "sal de cozinha" e o principal - mas não o único - sal encontrado na água do
mar. O cloreto de sódio, NaCl, é uma composto iônico que apresenta dois tipos de íons: Na+
(sódio) e Cl-(cloreto). Nos cristais de NaCl, incontáveis íons Na+ e Cl- estão associados, mas a
proporção é 1 Na+: 1Cl-, e por isso a fórmula usada é NaCl. A água, H2O, é uma molécula
triatômica com ligações covalentes e que apresenta polaridade.
Quando adiciona-se um cristal de NaCl em água, seus íons interagem com a água e
pode ocorrer a dissociação. Cada íon acaba atraindo o lado positivo das moléculas de água
(hidrogênios), enquanto o lado positivo (sódio) atrai o lado negativo das moléculas de água
30
(oxigênio). Como existe abundância de moléculas de água, várias delas são atraídas, cercando
os íons.
Esse processo chama-se solvatação e, quando íons estão cercados por moléculas de
água, diz-se que estão solvatados.
Entendendo este processo, fica fácil perceber que, se adicionarmos muito NaCl, não
haverá moléculas de água disponíveis para solvatar os íons, fazendo com que eles não sejam
separados, portanto o sal não se dissolverá. Quando isso ocorre, todo sal que for adicionado a
água continuará intacto, não se dissolvendo e precipitando, formando o que chamamos de
corpo de fundo ou corpo de chão.
3. Procedimento Experimental
B) Solubilidade x polaridade
Monte um conjunto com 6 buretas e coloque respectivamente em cada uma: água, álcool,
acetona, óleo de soja, gasolina, benzeno.
Utilizando 2 mL de cada substância, misture-as 2 a 2 em tubos de ensaio, até completar todas
as combinações (tabelar), indicando se as misturas obtidas são homogêneas ou heterogêneas.
C) Solubilidade x polaridade
Coloque 10 mL de água, álcool, benzeno em béqueres identificados. Acrescente a cada
um deles, uma pequena quantidade (= 1 g) de NaCl e agite.
O NaCl é um composto iônico ou molecular? Justifique.
De acordo com a sua resposta anterior você é capaz de prever em qual solvente ele irá
dissolver-se melhor? Qual?
De acordo com os conceitos e com suas observações, indique o solvente mais polar e o
mais apolar.
Agora nestes mesmos béqueres acrescente um pequeno cristal de I2. Agite e observe.
Você pode concluir que o I2 é polar ou apolar?
Estimar no relatório o possível comportamento do NaCl e do I2 em acetona e
querosene. Justifique.
33
2. Introdução teórica
As misturas são comuns em nosso dia a dia; como exemplo temos as bebidas, os
combustíveis e a própria terra em que pisamos. Poucos materiais são encontrados puros.
Qualquer material feito de duas ou mais substâncias, que não são combinadas quimicamente,
é uma mistura.
O isolamento dos componentes puros, a partir de uma mistura, requer a separação de
um componente do outro e vários métodos têm sido desenvolvidos com essa finalidade.
Alguns se baseiam nas diferenças de propriedades físicas dos componentes da mistura; outros,
nas diferenças de propriedades químicas ou de características químicas.
Algumas das técnicas mais simples de separação dos componentes de misturas são:
sublimação, extração, decantação, filtração e evaporação.
A) Destilação
Existem alguns tipos de destilação, tais como: destilação simples, destilação
fracionada, destilação por arraste a vapor, dentre outros. O processo de destilação,
independentemente do tipo, tem sido muito empregado para purificação de substâncias e para
separação dos componentes de misturas. O processo de destilação se baseia na combinação
sucessiva dos processos de vaporização e de condensação.
gradativamente aumentada, fazendo com que algumas alcancem energia suficiente para
escapar da fase líquida e passar para a fase vapor.
O vapor acima do líquido exerce uma pressão chamada de pressão de vapor. Quanto
maior o número de moléculas que adquirem energia suficiente para escapar para a fase vapor,
maior será a pressão de vapor dessas moléculas. Quando a pressão de vapor se iguala a
pressão externa (pressão atmosférica) ocorre a ebulição. A temperatura em que ocorre a
ebulição de um líquido é o ponto de ebulição. O liquido no frasco de destilação é aquecido à
ebulição, o vapor alcança o condensador que está resfriado pela água corrente, condensa e
retorna à fase liquida. Se a mistura tem um componente de baixo ponto de ebulição (uma
substância volátil com uma alta pressão de vapor), ele destilará primeiro e pode ser coletado
primeiro. Os compostos de ponto de ebulição mais altos (substâncias com baixa pressão de
vapor) permanecem no frasco de destilação. Estes compostos só poderão ser destilados se a
temperatura do sistema for aumentada.
Quando a destilação é realizada à pressão atmosférica, em sistema aberto, o líquido
destila no seu ponto de ebulição "normal". Entretanto, quando a ebulição ocorre em um
sistema fechado, é possível mudar o ponto de ebulição do liquido pela redução da pressão no
sistema; se a pressão é reduzida, utilizando-se uma bomba à "vácuo", o ponto de ebulição do
liquido é reduzido. Assim, líquidos sensíveis ao calor, que se decompõem quando atingem o
ponto de ebulição, à pressão atmosférica, destilam com mínima ou nenhuma decomposição à
35
pressão reduzida. Por exemplo, anilina, líquido orgânico, de fórmula C6H5NH2 pode ser
destilada a 184oC (760mmHg) ou a 68oC (10 mmHg).
B1) Sublimação – Processo que envolve o aquecimento de um sólido até que ele passe
diretamente da fase sólida para fase gasosa. O processo inverso, o vapor passando para a fase
sólida, sem passar pela fase líquida, é chamado de condensação. Exemplos de alguns sólidos
que sublimam: iodo, cafeína, naftaleno (naftalina), p-diclorobenzeno, etc.
B2) Filtração – Processo de separação entre um sólido e um líquido, pela utilização de filtros
- material poroso que pode ser papel, carvão, areia, etc; esses materiais permitem que o
líquido passe através deles separando-o do sólido. (FIGURA 2).
B3) Evaporação - Processo através do qual, uma mistura é aquecida e o componente mais
volátil deixa a mistura, permanecendo no recipiente, o componente menos volátil.
3. Procedimento
A- Sublimação do Iodo presente em uma mistura
Coloque a cápsula de porcelana com a mistura para aquecer. Tampe a cápsula de
porcelana com um funil de vidro tendo a sua extremidade fechada por algodão. Inicie o
36
D- Dissolução Fracionada
Você receberá uma mistura de 2 sólidos (NaCl e I2), tendo a sua disposição alguns
materiais na bancada que são utilizados em um processo que é capaz de separar esta mistura.
O seu grupo deverá optar pelo método mais conveniente possível. Faça o experimento e
justifique a escolha do método.
2. Introdução teórica:
A gasolina é um líquido volátil, inflamável, constituído por uma mistura extremamente
complexa de hidrocarbonetos. Pode ser obtida através da destilação do petróleo, entretanto a
crescente demanda mundial do combustível, devido ao surgimento do motor a explosão,
promoveu o desenvolvimento e aperfeiçoamento de técnicas para se obter um maior
rendimento na produção.
A fração do petróleo que corresponde à gasolina apresenta faixa de ebulição entre
40oC e 200oC, e é formada por hidrocarbonetos de composição variada (de 17 a 38 átomos por
molécula), mas seu principal constituinte são os octanos (C8).
A geometria molecular influi diretamente na polaridade das moléculas: se uma
molécula tem dois átomos que "puxam" os elétrons com a mesma força essa molécula é
apolar, pois não há formação de centros que concentram carga positiva e negativa. Se
molécula é composta por átomos que puxam os elétrons com forças diferentes, ocorre a
formação de pólos e então se diz que a molécula é polar. Dessa forma podemos atribuir que se
o nº de nuvens em volta do átomo central for igual ao nº de átomos centrais que a cercam, a
molécula é apolar, caso contrário é polar.
A relação entre polaridade e solubilidade ocorre da seguinte maneira: substâncias
polares tendem a serem solúveis em substâncias polares e substâncias apolares em substâncias
apolares. Isso ocorre porque uma molécula polar possui o pólo positivo e o pólo negativo e
esses pólos atraem os pólos opostos de outra molécula, dessa forma solubilizando com maior
facilidade. A solubilidade entre substâncias apolares ocorre pelas forças de dipolo induzido.
Isso explica a experiência da polaridade nas substâncias.
3. Procedimento
solução de água e NaCl. Pesar a proveta cheia. Observe o que ocorre, anote o resultado e faça
a separação utilizando um funil de separação.
• Calcular a densidade da gasolina.
• Determine a % de álcool na gasolina usando o seguinte raciocínio:
50 mL-----100%
X mL----- P
Verifique se o valor obtido está dentro do permitido por nossa legislação.
39
2. Introdução teórica
2.1 Indicadores de pH
Cálculo do pH do indicador
Pela teoria de Ostwald o indicador na forma ácida não dissociada (HIn) ou básica
(InOH) teria uma cor diversa daquela que teriam seus íons. O comportamento destas
moléculas pode ser resumido como:
formação de água, neste processo são liberados os cátions (de coloração diferente da
coloração da molécula).
No entanto, a teoria iônica dos indicadores não oferece explicações sobre o
mecanismo pelo qual as cores são produzidas ou deixam de existir.
Aqui a teoria cromófora oferece uma explicação única para a formação das cores: "A
coloração das substâncias deve-se à presença de certos grupos de átomos ou ligações duplas
nas moléculas".
Indicadores básicos, no entanto, tornar-se-ão menos sensíveis aos íons H+, assim, as
zonas de transição tendem a ser deslocadas para valores mais baixos de pH (maior
concentração de íons H+).
Como esperado, os indicadores, sofrem influência da temperatura, os ácidos
apresentam relativa grande constância de comportamento, o mesmo não acontecendo com os
indicadores básicos, que com o aumento da temperatura tendem a perder a sensibilidade aos
íons hidrogênio e conseqüente deslocamento para valores mais baixos de pH (ou seja, maiores
concentrações de H+ ). Para exemplificar segue tabela comparativa (valores em meio aquoso):
Deve ser observado que outro importante fator será a adição de solventes não-aquosos
visando a melhor visualização da viragem (a mudança de coloração da solução em análise) do
indicador. Solventes como metanol, etanol e acetona produzem interessantes efeitos, para
exemplo:
Etanol: diminui a constante de ionização de ácidos e bases fracos, tendo como
conseqüência o aumento da sensibilidade de indicadores ácidos ao íon hidrogênio. Observar
que este efeito é genérico para solventes orgânicos, tendo suas zonas de transição deslocadas
para valores mais altos de pH (menores concentrações de íons H+).
Indicadores básicos, no entanto, tornar-se-ão menos sensíveis aos íons H+, assim, as
zonas de transição tendem a ser deslocadas para valores mais baixos de pH (maior
concentração de íons H+).
Formas tautômeras: compostos que apresentam ligações duplas e/ou triplas cujas
estruturas diferem grandemente, uma da outra, pela disposição dos átomos, mas que se
encontram em equilíbrio. O mais comum tipo de tautomeria envolve a diferenciação das
moléculas pela mudança do ponto de ligação de um átomo de hidrogênio: o equilíbrio tende
para a forma em que o átomo de hidrogênio está ligado a um átomo de carbono em vez de
tender a estar ligado a um átomo mais eletronegativo, como o oxigênio, ou seja, a forma ácida
mais fraca tende a ser a mais estável.
3. Procedimento (A)
1- pegue dois suportes de tubos de ensaio, coloque em cada um deles, 9 tubos de ensaio,
numere os tubos de cada suporte de 1 a 9
2- para o primeiro suporte, pipete 5 mL de solução de HCl para cada tubo. Para o segundo
suporte, pipete 5 mL de solução de NaOH para cada tubo.
3- Nos tubos 1 coloque 4 gotas de fenolftaleína
4- Nos tubos 2, coloque 4 gotas de vermelho congo
5- Nos tubos 3, coloque 4 gotas de metilorange
6- Nos tubos 4, coloque um pedacinho de papel tornassol azul
7- Nos tubos 5, coloque um pedacinho de papel tornassol vermelho
8- Nos tubos 6, coloque um pedacinho de papel universal
9- Nos tubos 7, coloque 6 gotas do indicador natural I
10- Nos tubos 8, coloque 6 gotas do indicador natural II
11- Nos tubos 9, coloque 6 gotas do indicador natural III
42
Pesquise:
1- Qual o conceito de ácidos e bases de Arrhenius, Bronsted-Lowry e de Lewis?
7. Prepare agora uma solução 0,100 mol.L-1 de ácido acético (100 mL) por diluição de
uma solução 1 mol.L-1;
8. Pegue alíquotas de 5 mL desta solução e coloque em tubos de ensaio (total de 7 tubos
de ensaio, 1 para cada indicador);
9. Adicinone a cada tubo uma gota de cada um dos indicadores usados anteriormente;
10. Estime o pH, por comparação, com as cores da bateria de soluções de referencia;
11. Repita o mesmo procedimento dos itens 7 e 8 com a base hidróxido de amônio.
Compare as cores.
12. Determine o pH das soluções ácidas e básicas preparadas nos itens 1 e 2 utilizando
papel indicador universal. Para isto, introduzir um bastão de vidro limpo na solução
colocando a seguir e extremidade do bastão em contato com uma pequena tira de
papel indicador. Verificar a cor produzida e o pH correspondente, comparando com a
tabela de cores da embalagem do papel.
44
1. Objetivo
Preparação de soluções diluídas de ácidos, bases fortes e sais.
2. Introdução
2.1 Soluções
Uma solução é uma dispersão homogênea de duas ou mais espécies de substâncias
moleculares ou iônicas. É um tipo especial de mistura, em que as partículas dispersas são de
tamanho molecular. Em química, trata-se principalmente das soluções no estado líquido,
constituídas por gases, líquidos ou sólidos, dispersos em um líquido.
Os componentes de uma solução são denominados de solvente e soluto, onde o solvente é
o componente mais abundante. De acordo com a quantidade de soluto x solvente, as soluções
podem ser classificadas em:
• soluções diluídas
• soluções concentradas
• soluções saturadas
• soluções supersaturadas
O ponto de saturação depende do soluto, do solvente, e das condições físicas, como
temperatura e pressão. A quantidade de uma substância necessária para saturar uma quantidade
padrão (100 g) de um solvente em uma dada pressão e temperatura, é chamada coeficiente ou
grau de solubilidade. O gráfico que apresenta o coeficiente de solubilidade de uma substancia em
função da temperatura, chama-se curva de solubilidade e é de grande importância nas soluções
de sólidos em líquidos.
Uma vez que as quantidades dos solventes e de soluto podem ser medidas em peso,
volume ou número de moles há diversos métodos para descrever suas concentrações, tais como:
C – concentração comum
C ou M – concentração molar ou molaridade
– título
W – molalidade
X – fração molar
45
3. Procedimento:
Calcula-se a massa necessária para se obter 0,25 L de uma solução 0,2 M de NaOH. Com
o auxílio de um vidro de relógio pese-se corretamente a massa e transporte-a, utilizando para esta
operação um bastão de vidro, para um béquer, tomando o cuidado de não deixar nenhum resíduo
de NaOH no vidro de relógio. Para tanto, jogue água destilada sobre o mesmo fazendo com que
ela caia dentro do béquer. Acrescente água destilada até a marca de 100 mL do béquer e agite até
a dissolução completa do NaOH. Transporte o conteúdo do béquer para um balão volumétrico
tendo-se o cuidado de não perder nenhuma parte desta solução ao fazer esta operação. A seguir
complete com água destilada, até a aferição do balão e agite para homogeneizar a solução
preparada. Esta deve ser armazenada em um frasco coletor ideal para cada tipo de solução
preparada. Deve-se proceder da seguinte maneira: coloca-se um pouco da solução preparada no
frasco coletor e agita-se para enxaguar totalmente. Esta quantidade de solução deve ser
desprezada. Em seguida transporta-se a solução para o frasco coletor, devidamente etiquetado.
deixar nenhum resíduo no vidro de relógio. Para tanto, jogue água destilada sobre o mesmo
fazendo com que ela caia dentro do béquer. Acrescente água destilada até a marca de 100 mL do
béquer e agite até a dissolução completa do sal. Transporte o conteúdo do béquer para um balão
volumétrico tendo-se o cuidado de não perder nenhuma parte desta solução ao fazer esta
operação. A seguir complete com água destilada, até a aferição do balão e agite para
homogeneizar a solução preparada. Esta deve ser armazenada em um frasco coletor ideal para
cada tipo de solução preparada. Deve-se proceder da seguinte maneira: coloca-se um pouco da
solução preparada no frasco coletor e agita-se para enxaguar totalmente. Esta quantidade de
solução deve ser desprezada. Em seguida transporta-se a solução para o frasco coletor,
devidamente etiquetado.
1. Objetivo: Preparar e padronizar uma solução de NaOH 0,2 mol.L-1 utilizando um padrão
primário.
2. Introdução:
2.1 Titulação
Os requisitos mais importantes que uma substância deve cumprir para poder ser utilizada
como padrão primário são os seguintes:
a) Deve ter sua pureza perfeitamente conhecida (eventuais impurezas devem ser inertes em
relação à reação desejada)
b) Deve ser estável nas temperaturas necessárias para secá-la numa estufa.
c) Deve permanecer inalterada em contato com o ar durante a pesagem, isto é, não deve ser
higroscópica (que absorve a água do ar), nem reagir com o oxigênio ou com o dióxido de
carbono à temperatura ambiente.
d) Deve reagir quantitativamente com a substancia a ser padronizada, isto é, a reação deve ser
sensível, rápida, completa e estequiométrica.
e) Deve, preferencialmente, ter uma massa molar elevada, o que permitirá que eventuais erros
de pesagem sejam sempre inferiores aos erros de leitura de escalas de buretas.
2.3. Indicadores
Existe uma serie de corantes orgânicos que apresentam uma cor em solução acida e outra
cor diferente em solução básica. Assim eles podem ser utilizados para assinalar quando a reação
de neutralização ocorreu totalmente; daí que são denominados indicadores. A tabela seguinte
49
mostra alguns dos principais corantes utilizados em titulação e suas respectivas cores em meio
acido e básico.
Preencha todo o volume da bureta (50 mL) com a solução previamente preparada de
0,2 mol.L-1 de NaOH, observando corretamente o menisco, pois a precisão no volume é
fundamental. Pese cuidadosamente uma massa entre 0,7800 – 0,8600 g do padrão primário
(ftalato acido de potássio, massa molar: 204,21 g/mol). Anote o valor desta massa. Usando um
frasco de Erlenmeyer dissolva essa massa em 20,0 mL de água destilada. Como é usado o
método indireto para padronizar a base, note que não é necessário conhecer o volume desta
solução de ftalato acido de potássio, somente a massa do sal. Adicione à solução de ftalado acido
de potássio 3 gotas do indicador fenolftaleina.
Antes de iniciar a titulação, anote o valor na escala de volume da bureta correspondente à
posição do menisco (V0). Agitando-se a solução no de Erlenmeyer com um movimento circular
constante (o professor lhe mostrará como fazer isto), goteje lentamente a solução de base sobre a
solução de ftalato, até que o indicador mude de cor. Tão logo o indicador mude de cor, cesse a
adição da base e anote o novo valor correspondente à nova posição do menisco (Vf). A diferença
entre V0 e Vf corresponde ao volume da solução de base gasto para reagir com a solução de
ftalato acido de potássio. Neste ponto o numero de mols do ftalato acido de potássio será igual a
numero de mols de NaOH. Com isto, calcule a concentração exata da solução de NaOH.
Determine o fator f.
50
1. Objetivo: Preparar e padronizar uma solução de ácido forte, HCl 0,2 mol.L-1 utilizando um
padrão secundário
2. Introdução
Quando a adição de uma solução à outra provoca uma reação química, o estado final terá
propriedades diferentes daquelas das soluções que reagiram. Isto pode ser observado no
laboratório, pela formação de um sólido insolúvel, pela evolução de gás, pela mudança de
coloração, pelo odor, etc.
Quando da formação de um sólido insolúvel, também chamado de precipitado, deve-se
dar especial atenção às fases sólida e líquida, podendo-se separa-las através da filtração. A
solução que passa através do papel de filtro é recolhida num recipiente e é chamada de filtrado, a
fase retida no papel é o precipitado.
Os precipitados podem ser classificados em cristalinos, gelatinosos e grumosos, cujas
características físicas dependem não somente da natureza da substância, mas também das
condições em que se processa a precipitação, do tempo decorrido desde a adição do precipitante
e do tratamento dado ao precipitado após a sua formação.
3. Procedimento
B) Filtração a vácuo
Inicialmente pesa-se o papel de filtro, monta-se o sistema de filtração e inicia-se a filtração.
Em seguida, lava-se o precipitado 3 vezes com água destilada (regra de lavagem: sempre
lavar 3 vezes com pouca água, em torno de 5 mL; isto garante uma lavagem eficiente) para
52
retirar as impurezas contidas no mesmo. Com o auxílio de uma pinça coloca-se o papel de
filtro em uma cápsula de porcelana e levar a estufa para secar, depois de seco leva-o ao
dissecador e em seguida pesa-se o papel de filtro com o precipitado.
Questões:
Qual é a melhor técnica para se obter um precipitado cristalino?
Quais os cuidados necessários que se deve ter para obter um precipitado?
Por que nesse caso foi necessário aquecimento? E quando não é necessário?
Por que é necessário lavar o precipitado?
Em que facilita a filtração à vácuo?
Forneça a equação das eventuais reações ocorridas?
4. Recristalização
6. Introdução
Quando usamos o termo dissolver, queremos dizer o processo de produzir uma solução.
Geralmente o componente da solução presente em grandes quantidades é chamado de solvente, e
as substâncias dissolvidas são os solutos. A recristalização ocorre quando o soluto se separa da
solução como cristais, muitas vezes por evaporação do solvente. Na precipitação, o soluto se
separa muito rapidamente da solução, que não há tempo para formar um único cristal.
Diminuindo a temperatura facilitamos esta separação pois diminuímos, muitas vezes, a
solubilidade. Este é considerado um processo de purificação de substâncias.
7. Procedimento
1- pesar em torno de 6 gramas do sal (indicado pelo professor) em um béquer de 100 mL
2- com o auxílio de uma proveta transferir 50 mL de água destilada
3- aquecer sobre uma tela de amianto até o ponto de ebulição (todo sólido deve dissolver e
volume deve ser reduzido para cerca de 40 mL).
4- Resfriar um pouco a solução e retirar o béquer da tela de amianto (utilizar uma tesoura
metálica). Filtrar a solução em seguida, desprezar o papel de filtro que contém as impurezas.
53
8. Resultados e discussão
2. Introdução:
O cloreto de sódio, popularmente conhecido como sal ou sal de cozinha, é uma substância
largamente utilizada formada na proporção de um átomo de cloro para cada átomo de sódio. A
sua fórmula química é NaCl. O sal é essencial para a vida animal e é também um importante
conservante de alimentos e um popular tempero (FIGURA 1).
O sal é produzido em diversas formas: sal não refinado (como o sal marinho), sal refinado
(sal de cozinha), e sal iodado. É um sólido cristalino e branco nas condições normais.
Cloreto de sódio e íons são os dois principais componentes do sal, são necessárias para a
sobrevivência de todos os seres vivos, incluindo os seres humanos. O sal está envolvido na
regulação da quantidade de água do organismo. O aumento excessivo de sal causa risco de
problemas de saúde como pressão alta.
Atualmente a água do mar, lagos, rios e rochas que podem conter sal. Seu processo de
fabricação é é físico e não químico, dando-se por dissolução de sal gema com água quente
injetada nas jazidas para a produção de salmoura. Após, procede-se a concentração, etapa que
também é realizada com a água do mar e de lagos salgados, a cristalização do cloreto de sódio e
a colheita e sua lavagem, e se adequado, refino e adição de compostos contendo iodo para o
consumo humano.
55
Cloreto de sódio para uso industrial é obtido por processos mais complexos e cuidadosos que
incluem etapas como as seguintes:
• Evaporação e concentração da salmoura por evaporação da salmoura de NaCl em
instalações de duplo e simples efeito. Nas plantas deste processo, que incluem a produção
conjunta de carbonato de sódio a fonte do vapor necessário é, na quase totalidade, obtido
por um recuperador de vapor, dos líquidos quentes provenientes da fabricação de
carbonato de sódio.
• Decantação e centrifugação dos cristais obtidos de cloreto de sódio, quando a suspensão
de cristais obtida é decantada e separa-se a fase líquida ("águas mães"). A fase mais densa
é centrifugada, sendo separadas as restantes águas mães e obtem-se o cloreto de sódio
úmido, com teor de água de 2 a 3%.
• Secagem e peneiração do sal quando a secagem em leito fluidizado e a obtenção de
granulação adequada por peneiração alimentam o processo de embalagem e o
carregamento a granel do produto acabado.
Embora a maioria das pessoas esteja familiarizada com os vários usos do sal na culinária,
desconhece que a substância é utilizada em várias outras aplicações, como a manufatura de papel
e a produção de sabão e detergentes.
No norte dos Estados Unidos da América e na Europa, grandes quantidades de sal são
utilizadas para limpar as rodovias do gelo durante o Inverno.
É utilizado em larga escala na produção de hidróxido de sódio, cloro, hidrogênio e
indiretamente ácido clorídrico por eletrólise de sua solução aquosa (processo cloro-álcali).
O sal também é utilizado para a produção de gás cloro e de sódio metálico, através da
eletrólise ignea. Além disso, este mineral é o de maior utilidade aplicada entre todos, sendo
utilizado em mais de 16 mil formas diferentes. [
3. Procedimento:
2. Introdução teórica:
Muitas reações que você vai encontrar no Laboratório de Química se passam em solução
aquosa. Os químicos estão interessados nessas reações, não apenas por serem o caminho de
chegada a produtos úteis, mas também porque são as reações que ocorrem nos vegetais e animais
da Terra. Vamos examinar alguns padrões comuns das reações para ver quais podem ser as
respectivas "forças motrizes"; em outras palavras, como se pode saber que, ao se misturarem
duas substâncias químicas, haverá reação entre elas e a formação de um ou mais compostos
novos?
58
Equação geral:
NiCO3 (s) + 2 HNO3 (aq) → Ni(NO3)2 (aq) + H2CO3 (aq)
H2CO3 (aq) → CO2 (g) + H2O
Equação geral:
Cu(s) + AgNO3 (aq) → CuNO3 (aq) + 2Ag(s)
3. Procedimento
Todas as reações devem ser feitas em tubos de ensaio. Quando houver a necessidade de
aquecimento utilize tubos de ensaio pirex. Observe todas as soluções dos reagentes desse
experimento, contidas em frascos conta-gotas colocadas sobre a bancada do laboratório. Leia
com atenção o rótulo de cada solução, antes de misturar os reagentes. Procure seguir as
instruções abaixo anotando as mudanças detalhadamente em seu caderno de laboratório. Para
cada reação use 10 gotas de solução, exceto quando houver outra especificação. Observe o que
ocorre nas reações: precipitação, desprendimento de gás, mudança de coloração, aquecimentoou
resfriamento do tubo, etc.
1. Coloque em um tubo de ensaio, ácido clorídrico diluído (0,1 mol/L) + solução de nitrato de
prata (0,1 mol/L). Observe.
2. Filtre a mistura obtida no item 1 pela utilização de um pequeno funil de vidro contendo papel
de filtro dobrado, sobre o tubo de ensaio Nº 2; após a filtração deixe o sistema montado no
mesmo local, de modo que o resíduo obtido no papel de filtro (Cloreto de Prata) fique exposto à
luz; depois de algum tempo observe a mudança de sua coloração.
9. Com o auxilio de uma pinça metálica, queime um pedaço de magnésio metálico – CUIDADO:
AO QUEIMAR O Mg VOCÊ DEVE EVITAR OLHAR DIRETAMENTE PARA A CHAMA
BRILHANTE. Coloque o metal + o pó branco formado num tubo de ensaio e adicione algumas
gotas de água e, em seguida, duas gotas de fenolftaleína. Observe
12. Coloque em um tubo de ensaio, um pouco de bicarbonato de sódio (ponta da espátula) sólido
e adicione gotas de acido clorídrico diluído. Observe.
62
Para o relatório
2. Introdução teórica:
Reações que ocorrem com transferência de elétrons, são chamadas de reações de redox.
As substâncias que perdem elétrons são chamadas agentes redutores, as quais sofrem oxidação e
as substâncias que recebem elétrons são chamadas agentes oxidantes, as quais sofrem redução.
Para entender o fenômeno de oxirredução é também necessário entender o conceito de nº de
oxidação.
O número de oxidação de um átomo em uma molécula ou íon, se define como a carga
elétrica que o átomo tem, ou parece ter, determinada por algumas regras de atribuição de nº de
oxidação. Dois pontos importantes devem ser acentuados:
- No caso de íons monoatômicos, o número de oxidação corresponde à carga elétrica
real da espécie em estudo;
- No caso de íons poliatômicos o número de oxidação de cada átomo não corresponde à
carga real do átomo, tudo se passa como se o elemento mais eletronegativo ficasse carregado
negativamente e o outro elemento, carregado positivamente.
2-
Íon hidrogênio, H+ ou
Oxigênio, O2 Íon óxido, O Hidrogênio, H2
H combinado na H2O
- - -
Íons de metal, Mn+
Halogênios, F2, Cl2, Br2 Íon haleto, F , Cl , Br Metal M, como K,
-
como Na+, K+, Fe2+, ou
ou I2 ou I Fe, Al
Fe3+ e Al3+
Óxidos de nitrogênio, Carbono, C (usando CO e CO2 para reduzir
Ácido nítrico, HNO3
como NO e NO2 óxidos metálicos)
Íon cromo (III), Cr3+
Íon dicromado, Cr2O72-
(em solução ácida)
Íon manganês (II),
Íon permanganato, 2+
Mn (em solução
MnO4
ácida)
3. Procedimento experimental:
A) – Identificar 2 tubos de ensaio T-1 e T-2. No T1, coloque 5,0 ml de solução de CuSO4 0,50M,
acrescente um pequeno pedaço de palha de aço. Observe durante 15 minutos. No T-2, coloque
0,20g de MnO2 e acrescente lentamente 5,0 ml de solução de HCl concentrado. Deixe reagir por
65
3 a 5 minutos. Pegue uma tira de papel de filtro molhada com solução de KI 0,50M, segure-a
com uma pinça e coloque-a na boca do tubo de ensaio. Observe o que ocorre com o papel.
1. Quais as evidências de que está ocorrendo reação química nos tubos T-1, T-2 e papel de filtro?
2. Forneça as equações das reações.
3. Indique, em cada uma, quem é o agente oxidante e o agente redutor.
B.1) Coloque em um béquer, 30,0 mL de óleo de soja e adicione 2,50 mL da solução de KMnO4.
Agite bem e observe durante 15 minutos.
Obs: O óleo de soja é constituído por uma mistura de compostos orgânicos que são
ésteres do glicerol com ácidos orgânicos de cadeia longa (ácidos graxos) e que contém ligações
duplas C = C em suas estruturas. Assim, o óleo de soja também deve reagir como o KMnO4
conforme reação genérica
B.2) Em um béquer pequeno, coloque 2,5 mL de álcool e adicione 5,5 mL da solução de KMnO4
0,50 M, vagarosamente e sob agitação. Observe a mistura por 5 minutos. Repita o procedimento
utilizando 2,5 ml de formol, no lugar de 2,5 mL álcool.
Obs: A reação do KMnO4 com álcoois e com aldeídos, ocorre segundo as equações indicadas:
66