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DER-MG – II Seminário de

Sinalização e Segurança Viária

SINALIZAÇÃO HORIZONTAL

Materiais e critérios de seleção

Heverton Moreira
Considerando os estudos e a aprovação
na 8a Reunião Ordinária da Câmara
Temática de Engenharia de Tráfego, da
Sinalização e da Via , em setembro de
2006, resolve:

Art. 1o Fica aprovado. O Volume IV –


Sinalização Horizontal, do Manual
Brasileiro de Sinalização de Trânsito.

Art. 2o Ficam revogados o Manual de


Sinalização de Trânsito Parte II – Marcas
Viárias aprovado pela resolução nº
666/86, do CONTRAN.

Art. 3o Os órgãos e entidades de trânsito


terão até 30 de junho de 2008 para se
adequarem ao disposto nesta resolução.
A sinalização horizontal tem a finalidade de fornecer
informações que permitam aos usuários das vias
adotarem comportamentos adequados, de modo a
aumentar a segurança e fluidez do trânsito,
ordenar o fluxo de tráfego, canalizar e orientar os
usuários da via.
A sinalização horizontal tem a propriedade de
transmitir mensagens aos condutores e pedestres
possibilitando sua percepção e entendimento, sem
desviar a atenção do leito da via.
As introduções tecnológicas na área de pavimentação,
com o intuito de melhorar a segurança do usuário, têm
representando um grande desafio aos produtores de
materiais, que mantêm constantes pesquisas para
adequação dos materiais a serem empregados na
sinalização, visando obter o melhor CUSTO/BENEFÍCIO.
FAMÍLIA DE MATERIAIS

 Tintas
 Termoplásticos
 Plástico a frio
 Microesferas de vidro
TINTAS
Composição
Acrílica Acrílica pura
modificada Acrílica pura crosslink
RESINAS

CARGAS
ADITIVOS
MINERAIS

TINTA

SOLVENTES

PIGMENT0 ORGÂNICO/

ÁGUA
TINTAS

TINTAS POSITIVO NEGATIVO


- Boa resistência à - Utiliza solvente orgânico.
intempéries. - Baixa estabilidade no
- Boa secagem. armazenamento.
Base - Ausência de sangramento. - Exige EPI.
solvente - Boa experiência na - Resolução ANTT 420/04-
aplicação. transporte de produto
- Facilidade na repintura. perigoso.

- Ecologicamente correta. - Maior limpeza do


- Não inflamável. pavimento.
Base - Altos sólidos em volume. - Equipe treinada.
água - Secagem rápida.
- Retenção de microesferas.
- Fácil limpeza das
máquinas.
TINTAS
Normas

NBR 12935
Tinta com resina livre.

NBR 11862
Tinta acrílica.
TINTAS
Normas

NBR 13699
Tinta emulsionada em
água.

NBR 13371 Aeroportos


Tinta à base de resina
acrílica emulsionada em
água.
TERMOPLÁSTICO
Composição
LIGANTE Hidrocarboneto
Alquídico (RESINAS)

CARGAS
ADITIVO MINERAIS

TERMO

Microesferas
ABNT NBR
PIGMENT0 6831
Tipo I A
TERMOPLÁSTICO

LIGANTE POSITIVO NEGATIVO


- Estabilidade ao - Baixa resistência à
aquecimento. intempéries.
Alquídico
- Resistência a óleo
diesel.

- Estabilidade ao - Baixa resistência ao óleo


aquecimento. diesel.
Hidrocarboneto
- Ótima resistência à
intempéries.
TERMOPLÁSTICO
Normas

NBR 13132/94 - Aplicado por extrusão.

NBR 13159/94 - Aplicado por aspersão.

NBR 15543-08 - Alto relevo.


PLÁSTICO A FRIO
Composição

PMMA
RESINA
INICIADOR
INICIADOR MATERIAL BASE

1 : 1
2 : 98

PMMA
100% CARGAS
ADITIVO MINERAIS
SÓLIDO

PIGMENT0
PLÁSTICO A FRIO
Tipos
Plástico a Frio – APLICAÇÃO POR ASPERSÃO
( 0,6 – 1, 0 mm )

Plástico a frio – RELEVOS


( 1,5 – 7,0 mm )

Plástico a Frio – ESTRUTURA


( 3,0 – 5,0 mm )
PLÁSTICO A FRIO
Norma

NBR 15870 Sinalização horizontal viária –


Plástico a frio à base de resinas metacrílicas
Reativas – Fornecimento e aplicação
PLÁSTICO A FRIO
- Compatilidade com qualquer
pavimento.
- Alta resistência à abrasão e produtos
químicos.
POSITIVO - Boa durabilidade em baixas
espessuras.
- Rápida secagem.
- Ausência de sangramento.

- Preço por kg mais elevado.


- Equipamento especializado.
- Mão de obra especializada.
NEGATIVO - Microesferas aspergidas com
tratamento para aderência.
MICROESFERAS DE VIDRO
Definição

Conceitualmente denominadas como microesferas


quando seu diâmetro for menor que 1,0 mm e,
quando superior a esta medida, passam a se
chamar esferas de vidro. A nomenclatura, criada a
partir do início do uso dessas esferas maiores em
demarcação horizontal, é relativamente recente.
MICROESFERAS DE VIDRO
Tipos

• TIPO I – A
São incorporadas às massas termoplásticas durante a fabricação, de modo a
permanecerem internas à película aplicada.

• TIPO I – B
São incorporadas à tinta antes da sua aplicação.

• TIPO II – A,B e C.
São aplicadas por aspersão concomitantemente com os termoplásticos, de
modo a permanecerem na superfície da película aplicada.
MICROESFERAS DE VIDRO
Normas

NBR 6831 – Microesferas de vidro

NBR 14281 – Esferas de vidro


MICROESFERAS DE VIDRO
Aplicação
MICROESFERAS DE VIDRO
Função

et ida
da r ef l
emit i Luz
Luz
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO

Geometria da via.
Composição do tráfego.
Volume médio diário - VDM.
Fatores a serem Largura da faixa de rolamento.
considerados na Meio ambiente.
escolha do material Tipos de pavimento.
Vida útil esperada.
GEOMETRIA DA VIA

Desgaste prematuro provado pelo atrito e tração dos pneus


sobre a demarcação.
COMPOSIÇÃO DO TRÁFEGO
BR-101- Santa Catarina - 2005
Tipo de
Passeios Utilitários Ônibus Caminhões Motos Total
veículo

8.732 1.513 466 9.007 484


VDM 20.202
43,2% 7,50% 2,31% 44.58% 2,40%

21.308 2.667 865 7.918 2.118


VDM 34.876
61,10% 7,65% 2,48% 22,70% 6,07%

5.698 943 381 6.008 403


VDM 13.433
42,41% 7,02% 2,84% 44,72% 3,00%

VDM 6.308 1.165 378 4.721 1.109


13.681
46,1% 8,52% 2,76% 34,51% 8,11%

Fonte: Centran - Novembro- 2005 (Observado parcialmente)


VOLUME MÉDIO DIÁRIO –VDM-

Durabilidade de tinta à base de água


Rodovia Presidente Dutra
30

26

25
22

20

15
15 14
13 -0, 4593
12 y = 26,956x
11

10

0
20.000 30.000 40.000 50.000 75.000 100.00 175.00

VD M
LARGURA DA FAIXA DE ROLAMENTO
Normas para o Projeto das Estradas de Rodagem

Art. 30 — No caso corrente de estradas com


duas faixas de tráfego, adotam-se as seguintes
larguras de pista:
CLASSES LARGURA (m)

Especial 7,5
I 7,0

II e III 6,0 a 7,0


MEIO AMBIENTE

Em condições climáticas adversas (chuva, neblina) é


necessário utilizar materiais que permitam visibilidade ao
motorista.
TIPOS DE PAVIMENTO

Os pavimentos utilizados nas rodovias brasileiras


são os flexíveis e os rígidos, definidos pela
norma ABNT 11170/90.
PAVIMENTO RÍGIDO
O pavimento rígido é composto de uma camada
de concreto de cimento Portland, com função de
revestimento ou de base assentada diretamente
sobre o subleito ou sub-base.

Rodovia Castelo Branco


Marginal – São Paulo
PAVIMENTO RÍGIDO
Problemas
PAVIMENTO FLEXÍVEL
O pavimento flexível consiste em uma camada de
rolamento betuminosa e de base constituída de uma
camada ou mais camadas, que se apoia sobre o
leito viário, sendo que a camada pode se adaptar
às deformações da base.

Rodovia dos Imigrantes


São Paulo
PAVIMENTO FLEXÍVEL
Exemplos

-Micro revestimento asfáltico a frio.


-CBUQ modificado com borracha.
-CBUQ modificado com polímero.
-Stone mastic asphalt SMA.
-Tratamento superficial duplo – TSD.
-Cape seal.
-Camada porosa de atrito CPA.
-Concreto betuminoso delgado descontínuo usinado à
quente.
PAVIMENTO FLEXÍVEL
Classes
Placas de pavimentos com distintas rugosidades

FECHADO MÉDIO ABERTO MUITO ABERTO


Simulador de desgaste EN 13197

Bast Alemanha AETEC Espanha


COMPORTAMENTO DA RETRORREFLEXÃO
EM FUNÇÃO DA RUGOSIDADE

fechado médio aberto muito aberto


VIDA ÚTIL ESPERADA
VDM Norma Espessura Garantia
ABNT (mm) (meses)
Até
5.000 NBR 13699 0,4 18
5.000
10.000 NBR 13699 0,5 24
10.000
20.000 NBR 13731 0,6 20
20.000 Termoplástico
30.000 NBR 13159 1,5 36
≥ 30.000 Termoplástico
NBR 13159 1.5 24
≥ 30.000 PMMA
NBR 15870 0,8 30

Notas :
•Essa garantia fica condicionada aos valores mínimos de retrorrefletividade.
• A garantia pressupõe pavimento em boas condições, com largura mínima de faixa
de 3,50 m, trecho em tangente e plano.

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