Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Instruções:
Esta avaliação busca estimular o desempenho acadêmico por meio da reflexão de ideias a
partir da leitura de um artigo jornalístico que aborda um tema atual. Trata-se ainda de uma
oportunidade para colocar à prova a habilidade linguística de concatenar ideias em uma escrita
clara, coesa e coerente.
Data de entrega:
A entrega será até 14 de maio por meio do ícone “Trabalho” no integrees.
Avaliação
Critérios de correção
AP – adequação à proposta: 2,0 pontos
AG – adequação ao gênero textual proposto (resumo e texto argumentativo): 2,0 pontos
CR CS – coerência e coesão das ideias: 2,0 pontos
AL – adequação à modalidade escrita culta do português: 2,0 pontos
Importante: Respostas com práticas antiéticas receberão nota zero. Espera-se que o aluno
produza o seu texto sem copiar material de terceiros, o que configura plágio. Importante destacar
que o trabalho é individual e qualquer semelhança entre textos implicará em zero aos alunos
envolvidos.
Diferentemente do que reza o senso comum, táxis não contribuem para a redução dos
congestionamentos porque seus usuários teoricamente deixam o carro em casa. Pelo contrário,
tanto eles quanto os veículos chamados por aplicativos pioram as condições de trânsito, como
se verá mais adiante. Mas, completando a obra caótica, poluidora, enervante, barulhenta e
insalubre que o tráfego de veículos realiza a cada dia nas metrópoles, o transporte público
individual é também, por natureza, elemento de discriminação econômica e social – drama que
1
se agrava ainda mais nos municípios que têm faixas de uso exclusivo para ônibus e permitem
que táxis transitem nesses espaços.
A questão é matemática e simples de entender. Se passageiro estivesse dentro de um veículo
de transporte público – trem, metrô, ônibus e até van, onde elas são regulamentadas –, haveria
um carro a menos nas ruas. Dez passageiros migrando do táxi ou Uber para os coletivos, dez
carros a menos. Dez mil cidadãos fazendo a troca, dez mil carros, que ocupam, numa única fila,
pelo menos 60 quilômetros – dois terços do tamanho regular do congestionamento diário medido
minuto a minuto em São Paulo.
Na capital paulista, segundo a pesquisa Origem e Destino realizada pelo Metrô em 2017, são
realizadas por dia perto de 500 mil viagens de táxis e carros solicitados por aplicativos. Em
contrapartida, trens do Metrô e ônibus permitem o deslocamento de 10 milhões de pessoas por
dia.
Sempre há alguém disposto a argumentar que o passageiro de táxi não é o mesmo que vai de
ônibus e que, se esses usuários de transporte exclusivo estivessem utilizando o transporte
individual próprio, o problema seria do mesmo tamanho. Mas há um equívoco considerável nesse
argumento.
Enquanto um motorista de carro próprio típico tira seu carro de manhã da garagem e se desloca
até o trabalho, onde estaciona, na rua ou num local fechado, o taxista, ou motorista que usa
aplicativo, sai de sua residência, roda sem usuário pagante por um bom tempo, desloca-se para
atender um chamado e volta a andar sem passageiro depois de cada corrida.
As faixas de trânsito prioritário para ônibus, criadas do lado direito da pista, sem contenção da
entrada de outros veículos, é indiscutível que o transporte coletivo se torna mais rápido – às
vezes mais rápido até do que o deslocamento em carro particular. E isso tem sido motivo para
muita gente passar a usar ônibus, deixando o carro em casa. Ar condicionado, wi-fi, integração
de transportes e lotação tolerável, em diversas linhas, compõem um pacote mais atrativo do que
ficar parado no carro.
Só que, com moedas eleitorais, a maioria das cidades libera também nessas faixas o trânsito de
táxis, desde que ocupados. Não há dúvida de que o motorista e seu cliente, nessas condições,
levam uma vantagem considerável – um porque fatura seu dinheiro mais depressa e outro porque
chega mais rápido ao seu destino. Mas juntos produzem também um cenário de desigualdade
na mobilidade urbana.
O taxista que usa a faixa de ônibus está tirando proveito de um sistema que foi criado para uso
coletivo. O passageiro torna-se, por seu lado, um usuário exclusivo de um espaço público que
deixa de servir ao propósito original. Seis táxis ocupam o espaço de um único ônibus biarticulado,
que pode levar mais de 100 passageiros. Em qualquer faixa de ônibus de São Paulo, contam-
se, de manhã ou à tarde, dezenas de táxis enfileirados entre os coletivos, atravancando a via,
2
impedindo o fluxo normal tanto dos grandes veículos quanto dos que pretendem acessar a via
principal pelas ruas afluentes.
Marcos Emílio Gomes, https://veja.abril.com.br/blog/marcos-emilio-gomes/taxi-e-uber-agravam-
injusticas-no-mundo-da-mobilidade/. Texto adaptado. Acesso em 24 de março de 2020.
Você pode concordar ou não com as ideias de Marcos Emílio, mas é fundamental apresentar
dois argumentos para explicar o que pensa.
Termine com:
Atenciosamente,
Inserir seu nome completo
3
- informe como é normalmente o seu deslocamento: como você vai ao trabalho, como você
vai à faculdade (carro, moto, aplicativo, ônibus, fretado etc.)
Instruções complementares:
Faça 3 ou 4 parágrafos
Lembre-se: coloque mais de uma frase por parágrafo; mais de um ponto final por parágrafo.
Evite frases longas.
A linguagem empregada deve ser formal.
Use Arial 12, espaçamento 1,5.
Encaminhe em documento Word.
Avaliação individual.