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A Habitação e o Derramamento do Espírito Santo

por

Charles Haddon Spurgeon

[No capítulo onde se encontra a citação abaixo, Lloyd-Jones está falando


sobre o testemunho do Espírito com o nosso espírito e sobre quando ele é
dado]

[...]

Spurgeon pregou um sermão sobre João 7:37-39 e João 16:7 (The Indwelling
and Outflowing of the Holy Spirit), na manhã do dia 28 de maio de 1882, e
entre outras coisas disse:

“Será que não me alegra ter neste auditório alguns que querem pedir
imediatamente (esta bênção)? Oro no sentido de que alguns que nunca
receberam o Espírito Santo, agora, enquanto estou falando, sejam levados a
orar: “Bendito Espírito, visita-me, leva-me a Jesus”.

(Aqui ele está se referindo a incrédulos que nunca receberam o Espírito de


alguma forma, e os exorta a orarem ali e naquela hora, enquanto ele estava
pregando.) E então ele continua:

“Mas especialmente àqueles de vocês, que são filhos de Deus, a vocês esta
promessa é feita especialmente”.

(Ele se refere à promessa desta bênção do Espírito que leva a rios de água
viva, fluindo do ser interior do crente.)

“Peça a Deus que faça de você tudo o que o Espírito de Deus pode fazer de
você, não apenas um crente satisfeito, que bebeu só para si, porém um crente
útil, que transborda de bênçãos para a vizinhança. Vejo aqui muitos amigos
que vieram do interior para passar suas férias em Londres. Que bênção seria,
se eles voltassem transbordantes para as suas respectivas igrejas; pois há
muitas igrejas que precisam ser inundadas; estão secas como chão de celeiro,
e pouco orvalho cai sobre elas. Ah se fossem inundadas! Que coisa
maravilhosa é uma enchente! Desçam ao rio, olhem da ponte e vejam as
barcaças e outras embarcações na lama. Nem todos os cavalos do rei, e nem
todos os homens do rei são capazes de arrastá-las para o mar alto; ali estão
elas, mortas e imóveis como a própria lama. Que haveremos de fazer com
elas? Que máquinas poderão movê-las? Teríamos entre nós algum grande
engenheiro capaz de planejar um esquema que possibilite levantar esses
barcos e fazê-los descer até à foz? Não, não se pode fazer isso. Esperem pela
maré alta! Que transformação! Cada embarcação anda sobre a água como algo
vivo. Que diferença entre a maré baixa e a alta. Não se pode ativar os barcos
quando a água se foi, mas quando a maré alta está em sua plenitude, vejam
como eles se movem prontamente, tanto que até uma criança pode impeli-los
com sua mão. Ah, (quanto anseio) por um dilúvio da graça! Queira o Senhor
enviar a todas as nossas igrejas uma grande maré de águas vivas! Então os
indolentes serão suficientemente ativos, e os que estavam meio mortos se
encherão de energia. Sei que nessa doca particular jazem vários barcos que
eu gostaria de fazer flutuar, entretanto eu não posso movê-los. Eles não
trabalham para Deus, nem comparecem nas reuniões de oração”.

(Vocês ouviram isso?)

“nem tampouco dão coisa alguma dos seus bens para a propagação do
evangelho”.

(Todavia, ele os considera como cristãos)

“Se a enchente viesse, vocês veriam o que eles são capazes de fazer: seriam
ativos, fervorosos, generosos, abundantes em toda boa palavra e obra. Oxalá
seja assim! Oxalá comecem a jorrar fontes em todas as nossas igrejas, e todos
os que agora me ouvem partilhem das torrentes! Ah, que o Senhor agora
encha cada um de vocês e o envie de volta para casa levando consigo uma
enchente da graça. Parece estranho falar de um homem levando uma
enchente para casa, e, contudo, espero que seja assim mesmo, e que de você
jorrem rios de água viva. Que Deus nos conceda tal bênção, por amor de
Jesus. Amém”.

Acrescento o meu próprio “Amém”, e nada mais. Seja assim conosco,


individualmente, seja assim conosco como igrejas e como conglomerados de
pessoas.

Fonte: “Os Filhos de Deus”, D. M. Lloyd-Jones, Editora PES. Páginas 422-424.

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