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Aluna:​ ​Sarah Maximo - 19/0048310

Políticas de Comunicação e Cidadania

De que maneira os webinários que você participou permitiram articular os


conceitos de política, comunicação e cidadania?

Webinários escolhidos:

Democracia, Comunicação Digital e Fake News


Trabalho, Cultura e Meio Ambiente

Os dois webinários escolhidos trouxeram reflexões sobre como as mudanças


nos meios de comunicação e das tecnologias têm afetado a sociedade como um
todo. Provocam o olhar mais atento para nossa realidade e maior atenção sobre o
rumos seguidos. Cada um desses coloca no centro da mesa pontos diferentes da
sociedade, com destaque a relação da comunicação com as questões levantadas.
O primeiro, Democracia, Comunicação digital e Fake News, discute como os
novos canais de comunicação possibilitaram o fenômeno das Fake News e como
isso culminou em novos desdobramentos da vida social em todas as suas esferas,
mas aqui com destaque a vivência política.
As plataformas digitais têm mudado a forma como as pessoas lidam com as
informações, facilitando um acesso mais amplo e permitindo que seus usuários
também possam emitir informações, assim a informação já não depende mais
apenas dos meios tradicionais. Além disso, as próprias opiniões desses usuários
também ganham espaço, tendo grande visibilidade. A principal problemática é
quando esses conceitos se misturam de maneira tendenciosa e usam dessas
ferramentas para uma propagação indiscriminada.
Esse mau uso torna a linha da informação e da opinião quase que invisível, o
que é o objetivo em muitos dos casos. Isso além de prestar um desserviço, arrisca a
integridade de pessoas e instituições e também toda a nossa capacidade
democrática. As eleições de 2018 são um exemplo claro do potencial que esse tipo
de ação possui, um processo uniforme para disseminação de Fake News a fim de
persuadi eleitores foi declarado. Talvez nesse momento se torna evidente a
dimensão do problema no espaço brasileiro.
O segundo, Trabalho, Meio Ambiente e Cultura, reflete sobre o papel que a
comunicação tem desempenhado nessas áreas, uma avaliação crítica que permite
visualizar um impacto que muitas vezes nem é considerado. Como exemplo, o uso
da comunicação publicitária que naturaliza a destruição do meio ambiente,
fornecendo uma visão glamourizada de certos problemas.
Acontece que, essas ações além de destruírem o meio ambiente afetam
também comunidades específicas, como indígenas, kalungas e camponeses, que
são silenciadas e sofrem com o abandono do Estado e a violência do sistema. Mas
além dessa crítica o webinário também mostra como outros usos da comunicação
tem favorecido e dado espaço para esses povos, que por meio disso tomam o
protagonismo das suas próprias histórias.
Apesar de parecerem distintos, ambos foram escolhidos pois, destacam a
importância de se estabelecer uma comunicação com responsabilidade e
comprometimento, mostram ainda a dimensão que a área tem, os impactos que
pode causar e também as mudanças que pode promover. Para um comunicólogo
em formação, são noções de extrema relevância, que possibilitam um trabalho mais
consciente.
Além disso, apresentam uma noção da pluralidade do mundo, o
entendimento que as coisas vão além do mundinho de cada um, e como essas
diferentes realidades estão interligadas em uma rede que faz com que atitudes
atinjam uma dimensão muito além do que vemos, isso provoca uma necessidade de
um afastamento dessas bolhas para que se possa ver além daquilo que está ao
redor.
Os webinários cruzam claramente as ideias de comunicação, política e
cidadania quando colocam em debate os rumos da sociedade e o papel que a
comunicação tem desempenhado em cada vertente social. A comunicação sempre
esteve diretamente vinculada a todos esses conceitos mas, as discussões me
provocam a pensar como as mudanças na forma como ela acontece tem também
mudado algumas estruturas sociais, e que isso pode ser bom ou ruim e que aí se
mostra um dos principais desafios, encontrar a dosagem correta.
A comunicação é uma ferramenta importante quando se trilha os caminhos
de uma sociedade, entendê-la em todas as suas dimensões e acompanhar as suas
transformações se torna necessário para que se possa trabalhar para a estruturação
de um cenário onde as vivências, escolhas e dignidade de cada um sejam
asseguradas, onde a democracia possa ser efetivamente praticada e respeitada.
Encontrar e definir os limites talvez seja a parte mais difícil desse processo, mas
discutir e entender que algo precisa ser feito é dar passos em direção a esse ideal.
Trazer essas discussões para o meio acadêmico significa trabalhar para
formar mais que meros profissionais que seguem o sistema, mas pessoas capazes
de questionar ações que em suma passam despercebidas. Pensar em como essa
profissão pode influenciar no modo de vida das pessoas e que a universidade tem
trabalhado para formar bons profissionais, que tenham ciência de seu papel na
sociedade torna tudo ainda mais adorável. Discussões desse caráter permitem um
compartilhamento de conhecimentos e vivências, as escolhas dos debatedores
foram pensadas de maneira assertiva, possibilitando uma discussão acerca dos
temas a partir de pontos de vistas diferentes e agregadores.
A provocação de pensar nesses conceitos contribui para além da vida
profissional, a formação de cidadãos capazes de questionar o espaço em que vive e
ter uma participação mais ativa e responsável nas construções sociais é
imprescindível para o pilar democrático.

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