Figura 40: Skyline para explicar a escala da proposta de intervenção
Fonte: Desenvolvido pelos autores
PAISAGISMO
II
CAMILA COLAÇO I VANESSA SALES
Para a intervenção paisagística no bairro da Boa Vista foi
desenvolvido um projeto que contempla na sua totalidade a Rua de Santa
Cruz, a Rua São Gonçalo, Rua visconde Goiânia e os cruzamentos destas com
a Rua da Glória e a da Rua Visconde de Goiânia com a Rua José de Alencar.
Estas ruas estão em péssimo estado de conservação bem como não
possuem calçada adequadas aos pedestres. Seguindo os conceitos de
caminhabilidade de Speck (2012) juntamente com as estratégias de
contagem de Gehle Svarre (2013), o levantamento da área que gerou mapas
e permitiu que fosse uma análise juntamente com a legislação vigente
gerando um diagnóstico final é que o projeto de intervenção foi baseado.
Toda a área está inserida em uma ZEPH, que possuí algumas leis
específicas, mas que não nos dá todos os parâmetros necessários. A Rua de
Santa Cruz e a Rua São Gonçalo são as mais movimentadas, pois é onde se
encontra o Mercado da Boa vista e a Igreja de São Gonçalo, dois marcos para
a região e a maioria dos comércios do entrono que acabam gerando não só
um grande fluxo de carros, mas de pedestres também. Já a Rua Visconde de
Goiânia não possui grande movimentação e se caracteriza mais pelas casas
de moradores e suas calçadas e fachadas diferentes umas das outras. Com
isso, a área possui um grande potencial de revitalização, pois, além de estar
em um sitio histórico é bastante movimentada.
Buscando valorizar esse potencial de uso, o estimulo ao
compartilhamento das vias e a valorização do pedestre foi aplicada a
metodologia de Speck (2012) definida no seu livro Cidade
Caminhável como os 10 passos da caminhabilidade que estão desenvolvidos
abaixo:
Rua Santa Cruz
1. Pôr o automóvel em seu lugar: Mantendo as vias carroçáveis,
compartilhando a via, mesclando o carro e o pedestre, mas ainda assim
tendo o pedestre como prioridade.
2. Mesclar os usos: Inserido em uma área bastante adensadas o projeto
mantem os comércios e serviços existentes bem como as residências e com
isso dar continuidade a mescla de usos na área.
3. Adequar o estacionamento: Tendo a ciência do grande fluxo de carros,
Rua de Santa Cruz
foi proposto estacionamentos nas vias, mas com delimitações já que no
entorno se tem diversos estacionamentos pagos.
4. Deixar o sistema de transporte fluir: Na via principal e
consequentemente de maior fluxo, o transporte flui em conjunto com as
necessidades das pessoas, e ainda pode se adequado caso as necessidades
mudem.
5. Proteger o pedestre: Nas vias não compartilhadas as faixas de pedestre
garantem segurança e na via compartilhada balizadores e demarcação no
piso limitam o espaço dos carros, protegendo os caminhantes.
6. Acolher as bicicletas: Na área não há delimitação de faixa para as
bicicletas, com isso estas compartilham do mesmo espaço que os veículos
motorizados. Em uma das vias há um bicicletário público.
7. Criar bons espaços: Um espaço público criado é voltado para a
comunidade e é composto por uma área agradável com arvores e mobiliário
para que os pedestres possam descansar e observar a rua.
8. Plantar árvores: Além de uma área com arvores para gerar sombra e
promover o descanso, foram feitos vários plantios de novas arvores para
promover o bem-estar dos pedestres ao caminharem pelas calçadas.
9. Criar faces de ruas agradáveis e singulares: Mantida a escala do
pedestre e adequando as novas edificações a isso, igualando por exemplo os
recuos das novas edificações com as preexistentes.
10. Eleger suas prioridades: A necessidade do pedestre foi posta em vista a
necessidade dos veículos, com alargamentos de calçadas, diversidade de
mobiliário e área para atividades em grupo.
Rua Visconde de Goia
O estudo da disciplina teve como foco as Rua Santa Cruz e na Rua Vis-
conde de Goiânia locais de maior fluxo de pessoas e veículos, e no dia 21 de
setembro de 2018 no horário das 10:55 as 11:25 da manhã foram definidos
pontos onde foi feita uma contagem buscando observar o comportamento
dos usuários da área. As contagens feitas foram de pessoas e veículos,
traçados de deslocamentos, rastreamento de pessoas ao longo da via, o
mapeamento dos obstáculos, etc. Nos mapas abaixo, é possível observar um
resumo dos resultados obtidos.
Em frente ao Mercados da Boa vista é onde se encontra a maioria dos
pedestres que permanecem ou transitamTravessa
e quePedro Albuquerque
atravessam a rua, porémRua
nãoda Glória
há sinalização adequada para essa travessia. Mais próximo a Igreja de São
Gonçalo é onde podemos ver a grande massa de carros estacionando
inadequadamente, e na Rua Visconde de Goiânia há um grande fluxo de
pedestres que se espremem nas calçadas que não possuem a largura mínima
exigida. Essas e outras observações foram responsáveis pelas diretrizes de
desenvolvimento do projeto que busca dar aos usuários e frequentadores da
área espaço adequado para caminhar, compartilhamento de vias, espaços
adequados para estacionamento, área de permanência agradável, mais
faixas de travessia e arborização condizente com as necessidades da área.
MAPA DE TRAÇADO
10:55 - 11:25
- 614 pessoas
- 20 pessoas/min.
Figura 13: Mapa de traçado da área de estudo
Fonte: Desenvolvido pelas autoras
MAPA DE PERMANÊNCIA
Carros
Motos
Pedestres
Figura 14: Mapa de permanência da área de estudo
Fonte: Desenvolvido pelas autoras
 PAISAGISMO

II
CAMILA COLAÇO I VANESSA SALES

ESCALA 1:250

ESCALA 1:250

ESCALA 1:250

ESCALA 1:250

TABELA DE VEGETAÇÃO
PORTE SÍMBOLO NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO ALTURA QTE
AE
- - - 15
A1
GRANDE - GP GP AMENDOEIRA-DA-PRAIA Terminalia catappa 8m 03
A2
MP
ÁRVORES MÉDIO - MP CÁSSIA IMPERIAL Cassia fistula 6m 04

A3
PP CASCO-DE-VACA-LILÁS Bauhinia variegata 4m 20
PEQUENO - PP
A4
PP ROSEDÁ ROSA Largeestroemia indica 2m 09

FORRAÇÃO GRAMA ESMERALDA Zoysia japonica - -

TABELA DE PISOS TABELA DE MOBILIÁRIO

Pedra Portuguesa, cor branca, cortada REPRESENTAÇÃO NOME QTE
diretamente na pedreira
POSTE PARA VIAS - 12m (h)
Pedra Portuguesa, cor preta, cortada diretamente 23
na pedreira
Bloco de Concreto Intertravado tipo Holândes da POSTE PARA PEDESTRES - 5m (h) 51
Concreserra 0,1mx0,2mx0,06mm cor natural (cinza) BANCO PORTIQOA REF: PQA151-
Bloco de Concreto Intertravado tipo Holândes da 17
MMCITÊ (1,82x0,65x0,77m)
Concreserra 0,15mx0,30mx0,06mm cor grafite LIXEIRA DIAGONAL REF: DG165 -
35
Piso Tátil Direcional 0,3mx0,3mx0,06m MMCITÊ (0,39x0,39x0,94m)
BALIZADOR ISAC REF: SI105 - MMCITÊ 12
Piso Tátil de Alerta, 0,3mx0,3mx0,06m (0,86mx0,12m)
ILUMINAÇÃO EM CABO HID REDONDA 11
Faixa de acomodação em pré-moldado em
EM ALUMÍNIO DL500 - SITECO
concreto 0,5mx0,5 moldado in loco com junta de
dilatação
Rampa de Aceesibilidade tipoA - piso em concreto usinado
bombeado 20MPA, espessura de 7cm, incluso junta
plástica - (dimenções 1,80 x 3,20 - H x L)
Rampa de Aceesibilidade tipoB - piso em concreto usinado
bombeado 20MPA, espessura de 7cm, incluso junta
plástica - (dimenções variadas)

PLANTA BAIXA N
ESCALA 1:450

CORTE AA’
ESCALA 1:50