Você está na página 1de 57

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

CAMPUS CATALÃO
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

PRODUÇÃO
SUCROALCOOLEIRA
1

2013
INTRODUÇÃO
 Contexto

 Procura por novas fontes de energia


 Destaque nos biocombustíveis

 Abundância de matéria prima no Brasil

 Baixo custo de produção em grandes quantidades

 Fonte renovável de energia

2
INTRODUÇÃO
 Processos de Produção de álcool a partir
da cana-de-açúcar:
 Plantio e colheita da cana

 Extração do caldo de cana

 Adição de leveduras (fermentação)

 Destilação

3
INTRODUÇÃO
 Plantio e colheita da cana:

 Safra da cana em 8 meses (março até


outubro)
 Colheita através de máquinas

 Proximidade do campo com a usina

 Clima e solos propícios

 Não há muita preocupação com o melhor


tipo de cana
4
INTRODUÇÃO
 A cana-de-açúcar é a principal matéria-prima
para a indústria sucroalcooleira brasileira.
 A agroindústria da cana envolve etapas, como:
produção e abastecimento da indústria com
matéria-prima;
 gerenciamento dos insumos, resíduos,
subprodutos e da versatilidade da produção - de
açúcar ou álcool;
 armazenamento e comercialização dos produtos
finais.
 Estas etapas devem ser executadas com o
5
emprego de técnicas eficientes de gerenciamento.
INTRODUÇÃO
 A colheita, carregamento, transporte, pesagem,
pagamento da cana pela qualidade,
descarregamento e lavagem são operações
determinantes para um bom desempenho
industrial.
 Estas etapas devem ser realizadas em sincronia
com as operações industriais para que não ocorra
sobreabastecimento, o que demanda
armazenamento, com consequente queda na
qualidade ou falta de cana para a moagem,
ocasionando atrasos na produção.
6
OPERAÇÕES UNITÁRIAS E PROCESSOS
 Produção de açúcar, as etapas industriais são:
 lavagem da cana;

 preparo para moagem ou difusão;

 extração do caldo: moagem ou difusão;

 purificação do caldo: peneiragem e clarificação;

 evaporação do caldo;

 cozimento;

 cristalização da sacarose;

 centrifugação: separação entre cristais e massa


cozida;
7
 secagem e estocagem do açúcar.
OPERAÇÕES UNITÁRIAS E PROCESSOS
 Produção de álcool envolve as seguintes etapas:
 lavagem da cana;

 preparo para moagem ou difusão;

 extração do caldo: moagem ou difusão;

 tratamento do caldo para produção de álcool;

 fermentação do caldo;

 destilação do vinho;

 retificação;

 desidratação: álcool anidro ou hidratado.

8
9
INTRODUÇÃO
 Usinas de álcool e de açúcar atualmente
compreendem a utilização das mais modernas
tecnologias de produção do mundo. Usinas
proporcionam a maior eficiência na conversão da
matéria prima – cana-de-açúcar – em álcool e em
açúcar. Os processos químicos, físicos e biológicos
envolvidos geram resíduos já preparados para
aplicação na agricultura como fonte de nutrientes e
matéria orgânica.
 Os processos agronômicos de produção de cana-de-
açúcar (Saccharum officinarum) no entanto,
continuam os mesmos utilizados durante vários
séculos em estados onde a cultura encontra-se em
um estádio bastante avançado, como o Estado de
10
São Paulo.
11
Matéria prima
PRODUÇÃO SUCROALCOOLEIRA

A cana-de-açúcar é a principal matéria-


prima para a indústria sucroalcooleira
brasileira.

 amido Outras Fontes de


Matéria-Prima
 celulose

 Beterraba

 diferenças significativas quanto à


12
facilidade e custos à produção
É mais barato obter etanol a partir da cana-de-
açúcar do que de outras matérias-primas.

 Etanol custa em média U$ 0,34/L

 Milho U$ 0,50/L

 Celulose U$ 1,10/L

13
A ORIGEM DA CANA DE AÇÚCAR
 A origem provável da cana-de-açúcar data de 6
mil anos A.C em regiões próximas à Índia.
 O preparo de alimentos adocicados era feito com
mel de abelhas.
 No século 12, o açúcar chegou à Europa.

 O interesse pela especiaria foi crescente depois do


século 15.

14
O Engenho era a verdadeira Fábrica do Açúcar.

A Força Motriz era Animal (Boi) ou Hidráulica


(rodas d’água).

 Mão de Obra – Indígena e Escrava. 15


 No Brasil o açúcar é produzido a partir da cana.
 Na Europa é quase totalmente fabricado a partir da
beterraba.
 A cana também é utilizada para produção de álcool.

 A sacarose é o principal componente da cana-de-açúcar.

Composição média da cana-de-açúcar


Composição Teor
Água 65 - 75
Açúcares 11 - 18
Fibras 8 - 14
Sólidos solúveis 12 – 23
16
Principais constituintes da cana-de-açúcar
Constituintes Sólidos solúveis (%)
Açúcares 75 a 93
Sacarose 70 a 91
Glicose 2a4
Frutose 2a4
Sais 3,0 a 5,0
Ácidos inorgânicos 1,5 a 4,5
Ácidos orgânicos 1,0 a 3,0
Proteínas 0,5 a 0,6
Amido 0,001 a 0,05
Gomas 0,3 a 0,6
Ceras e graxas 0,05 a 0,15 17

Corantes 3a5
CORTE DA CANA-DE AÇÚCAR - JOHN DEERE

18
PROCESSAMENTO
 Transporte - predominantemente do tipo rodoviário,
com o emprego de caminhões e tremiões;
 Pesagem - Os caminhões são pesados antes e após o
descarregamento, obtendo-se o peso real da cana pela
diferença entre as duas medidas;
 Descarregamento - Ocorre nas mesas alimentadoras
por tratores com rastelos ou em pontes rolantes;
 Estocagem – Em barracões cobertos ou em pátios
abertos. Deve ser renovada em curtos espaços de
tempo, visando à redução de perdas de açúcar por
decomposição bacteriológica. A cana picada, que não
deve ser estocada, é descarregada diretamente nas
esteiras.

19
 Alimentação – mesa alimentadora recebe as
cargas de cana do estoque, ou diretamente dos
caminhões, transferindo-as a esteiras
metálicas que conduzem a cana até as
moendas;

 Lavagem de cana - Efetuada sobre as mesas


alimentadoras, visando à retirada de matérias
estranhas como terra, areia, etc.

 Extração do caldo – Em escala industrial


existem dois processos de extração: a moagem
e a difusão; 20
 Moagem – A Cana passa entre dois rolos, submetidos
à determinada pressão e rotação, sendo o volume
gerado menor que o volume da cana. Em seguida é
encaminhada para uma segunda extração;

 Difusão - Processo ainda pouco utilizado no Brasil. A


diferença básica entre os dois processos reside na
maneira de separar o caldo da fibra. O difusor realiza
duas operações: separação por osmose, relativa apenas
às células não rompidas da cana, aproximadamente
3%; e arraste sucessivo pela água da sacarose e das
impurezas contidas nas células abertas.

21
 Embebição - O artifício de adicionar água ao
bagaço é denominado embebição e tem como
finalidade diluir o caldo remanescente no
bagaço, aumentando a extração de sacarose.

 Geração de energia - O bagaço alimentará


as caldeiras, onde é queimado, e a energia
liberada transforma água em vapor. O vapor
gerado é utilizado no acionamento das
turbinas a vapor onde ocorrerá a
transformação da energia térmica em energia
mecânica.

22
TRATAMENTO PRIMÁRIO DO CALDO
 O tratamento primário objetiva a máxima eliminação
das impurezas insolúveis (areia, argila, bagacilho, etc.
O equipamento básico utilizado neste tratamento é
formado por:
 Cush-cush - constituído por peneiras fixas com
aberturas de 0,5 mm a 2 mm, localizado bem próximo
da moenda. Objetivo eliminar o material mais
grosseiro em suspensão;
 Hidrociclones - O princípio de funcionamento deste
equipamento baseia-se na diferença de densidades
sólido/líquido:

23
 Pesagem do caldo - Após o tratamento primário, a massa
de caldo a ser enviada ao processo é quantificada através de
medidores de vazão ou balanças de caldo, permitindo um
melhor controle químico do processo;

 Tratamento Químico do Caldo - O tratamento químico


visa principalmente à coagulação, à floculação e à
precipitação destas impurezas, que são eliminadas por
sedimentação. Ainda, a correção do pH para evitar inversão
e decomposição da sacarose. E o Caldo destinado a Produção
de açúcar recebe a Sulfitação.

 Sulfitação - Consiste na absorção do SO2.

S + O2 → SO2

A sulfitação tem como objetivos principais:


Inibir reações que causam formação de cor;
A coagulação de colóides solúveis; 24
A formação de precipitado CaSO3 (sulfito de cálcio);
Diminuir a viscosidade do caldo.
 Calagem - Trata-se do processo de adição do leite de
cal (Ca[OH]2) ao caldo, elevando seu pH a valores da
ordem de 6,8 a 7,2.

CaO + H2O → Ca(OH)2 + calor

 Objetiva a eliminação de corantes do caldo;

25
 Aquecimento - É realizado em equipamentos denominados
trocadores de calor, constituídos por um feixe tubular, no
qual passa o caldo, localizado no interior de um cilindro por
onde circula vapor de água saturado. Sua finalidade é
acelerar e facilitar a coagulação e floculação de colóides e
não-açúcares protéicos, emulsificar graxas e ceras;

 Sedimentação - purificação do caldo, pela remoção das


impurezas floculadas nos tratamentos anteriores. Realizado
em um equipamento denominado clarificador ou
decantador. O lodo que normalmente é retirado do
decantador pelo fundo é enviado ao setor de filtração para
recuperação do açúcar nele contido;

26
 Filtração - Esta filtração objetiva recuperar o
açúcar contido no lodo, fazendo com que este
retorne ao processo na forma de caldo filtrado. O
material retido no filtro recebe o nome de torta e é
enviado à lavoura para ser utilizado como adubo.

 Evaporação - O caldo clarificado obtido nos


decantadores é submetido a um processo de
concentração através da eliminação da água
presente.

27
O AÇÚCAR NO BRASIL
A implantação na Colônia de uma
empresa açucareira voltada à exportação
só ocorreu em 1533, por obra de Martim
Afonso de Souza.

 Anos depois, a propriedade foi adquirida


pelo belga Jorge Erasmo Schetz, que a
chamou de Engenho São Jorge dos
Erasmos, sendo este considerado o
primeiro do engenho do Brasil. 28
 Em 1550, Pernambuco tornou-se o maior produtor
mundial de açúcar e, em 1570, dos cerca de 60
engenhos existentes na costa brasileira, 41
estavam entre os Estados de Pernambuco e da
Bahia.

O açúcar foi a base da economia colonial e entre os


séculos 16 e 19. Sua produção e comércio
renderam duas vezes mais que o do ouro e cinco
vezes mais do que todos os outros produtos
agrícolas juntos.

29
PROCESSOS EM USINA SUCROALCOOLEIRA

30
PROPRIEDADES DO AÇÚCAR
 O açúcar confere aos alimentos aromas, texturas
e sabores.
O motivo é simples: a glicose é a principal
fonte de energia para o corpo humano.

31
PRODUÇÃO DO AÇÚCAR
 Cristalização do Açúcar - Deixando os
evaporadores, o xarope é enviado a outra etapa de
concentração quando ocorrerá a formação dos cristais
de açúcar, em virtude da precipitação da sacarose
dissolvida na água.

 Há dois tipos de cristalização: em movimento ou


cozimento e cristalização por resfriamento.

32
 Cristalização em Cozimento - São utilizados
equipamentos denominados cozedores, tachos e
etc. A evaporação da água dá origem a uma
mistura de cristais envolvidos em mel (solução
açucarada) que recebe o nome de massa cozida.

 Cristalização por Resfriamento - A massa


cozida é descarregada dos cozedores nos chamados
cristalizadores - tanques em forma de U, dotados
de agitadores - onde irá ocorrer o resfriamento
lento, geralmente com auxílio de água ou ar.

33
 Centrifugação do Açúcar – As centrífugas são
constituídas por um cesto perfurado, fixado a um eixo e
acionado por um motor que o gira a alta velocidade. A
ação da força centrífuga faz com que o mel atravesse as
perfurações da tela do cesto, ficando retidos, em seu
interior, somente os cristais de sacarose.

 O processo se completa pela lavagem do açúcar com


água e vapor, ainda no interior do cesto.

 O mel removido é coletado em um tanque e retorna aos


cozedores para recuperação do açúcar dissolvido ainda
presente.

 A partir deste ponto, o mel passa a ser denominado


mel final ou melaço e é enviado para a fabricação de 34
álcool.
 Secagem - O resfriamento e a secagem do açúcar são
realizados em um secador, um tambor metálico através do
qual passa, em contracorrente, um fluxo de ar succionado
por um exaustor.

 Ensaque e Pesagem - O açúcar é recolhido a uma moega


com fundo afunilado, que o despeja de forma descontínua,
diretamente no saco localizado em cima de uma balança,
realizando, portanto, a operação de ensaque e pesagem.
Máquinas de costura industriais realizam o fechamento do
saco.

 Armazenamento do Açúcar - O açúcar é armazenado em


sacos de 50kg e em locais previamente determinados,
facilitando o controle de qualidade.

35
PRODUÇÃO DO ÁLCOOL
 Tratamento do Caldo para Destilaria - Após passar
pelo tratamento primário de peneiramento, o caldo é
submetido a um tratamento mais completo que implica
na adição de cal, aquecimento e posterior decantação,
tratamento semelhante àquele utilizado na fabricação
de açúcar.

 O resfriamento do caldo é realizado em duas etapas:

 Fazendo-se passar o caldo quente (esterilizado) por um


trocador de calor (regenerativo) em contracorrente com
o caldo misto frio, onde o caldo misto é aquecido e o
caldo para destilaria é resfriado;
 Resfriamento final até aproximadamente 30°C,
normalmente realizado em trocadores de placas
utilizando água em contracorrente, como fluido de
resfriamento. 36
 Preparo do Mosto - solução de açúcar cuja
concentração foi ajustada de forma a facilitar a
sua fermentação. Mistura de méis e caldo.

 Preparo do Fermento – O mais comumente


utilizado nas destilarias do Brasil é o de Melle
- Boinot, cuja característica principal é a
recuperação da levedura através da
centrifugação do vinho.

37
FERMENTAÇÃO PROPRIAMENTE DITA
 É nesta fase que os açúcares são transformados em
álcool. As reações ocorrem em tanques denominados
dornas de fermentação.

C12H22O11 + H2O → C6H12O6 + C6H12O6

C6H12O6 → 2CH3CH2OH + 2CO2 + 23,5 kcal

 O tempo de fermentação varia de 4 a 10 horas.

 Ao terminar a fermentação, o teor médio de álcool


nestas dornas é de 7% a 10%, e a mistura recebe o
nome de vinho fermentado. 38
 Centrifugação do Vinho - Após a fermentação, o
vinho é enviado às centrífugas para a recuperação do
fermento. A fase leve da centrifugação, ou vinho
"delevedurado", é enviada para as colunas de
destilação.

 Destilação - O vinho que vem da fermentação possui,


em sua composição, 7º a 10°GL (% em volume) de
álcool, além de outros componentes de natureza
líquida, sólida e gasosa. Dentro dos líquidos, além do
álcool, encontra-se a água com teores de 89% a 93%,
glicerol, álcoois homólogos superiores, furfural, aldeído
acético, ácidos succínico e acético e etc., em
quantidades bem menores. Já os sólidos são
representados por bagacilhos, leveduras e bactérias,
açúcares não-fermentescíveis, sais minerais, matérias
albuminóides e outros, e os gasosos, principalmente
pelo CO2 e SO2.
39
 O álcool presente neste vinho é recuperado por
destilação.

 A operação é realizada com auxílio de sete colunas


distribuídas em quatro troncos:
 Destilação propriamente dita;
 Retificação;
 Desidratação;
 Recuperação do desidratante.

40
 Destilação propriamente dita - A destilação é processada em
três colunas superpostas: A, A1 e D. O etanol é separado do vinho
(inicialmente com 7º a 10°GL) e sai com a flegma (vapores com 40º
a 50°GL). O tronco de destilação elimina ainda impurezas (ésteres
e aldeídos).

 O vinho é alimentado no topo da coluna A1 → epuração → flegma


retirada no fundo desta (bandeja A16) e enviada à coluna B.

 Os voláteis, principalmente ésteres e aldeídos, são concentrados


na coluna D e retirados no seu topo, sendo condensados em dois
condensadores R e R1, onde uma fração deste líquido (90% a 95%)
retorna ao topo da coluna D e a outra é retirada como álcool de 2ª,
com graduação de aproximadamente 92°GL, ou retornado à dorna
volante.

41
 Uma coluna tem por finalidade esgotar a maior
quantidade possível de álcool do seu produto de fundo,
que é denominado vinhaça. É utilizada na lavoura
como fertilizante e sua graduação alcoólica não deve
ser superior a 0,03°GL.

 O aquecimento da segunda coluna (coluna B) é


realizado pela injeção de vapor (escape ou vegetal) no
fundo dessa coluna, ou indiretamente através do
trocador-evaporador. A finalidade da coluna B é
concentrar a flegma a uma graduação de
aproximadamente 96ºGL e proceder a sua purificação
com a retirada das impurezas que a acompanha

42
 A flegma é alimentada nessa coluna, onde é concentrada e
purificada, sendo retirada, sob a forma de álcool hidratado,
duas bandejas abaixo do topo da coluna.

 Os voláteis retirados no topo da segunda coluna passam por


uma seqüência de condensadores onde parte do calor é
recuperado pelo vinho, uma fração do condensado é
reciclada e outra retirada como álcool de 2ª.

 Do fundo da coluna B é retirada uma solução aquosa


chamada flegmaça, que foi esgotada e que pode ser
reciclada no processo ou eliminada.

43
 Osálcoois homólogos superiores, denominados
óleos fúsel e alto, são retirados de bandejas
próximas à entrada da flegma.

O óleo alto retorna à dorna volante e o óleo


fúsel é resfriado, lavado, decantado e
armazenado para posterior comercialização.

O aquecimento da coluna é realizado pela


injeção de vapor, como na epuração.

44
 Desidratação - O álcool hidratado, produto
final dos processos de epuração (destilação) e
retificação, é uma mistura binária álcool-água
que atinge um teor da ordem de 96°GL.

 Esteálcool hidratado pode ser comercializado


desta forma ou passar por um dos três
processos de desidratação descritos a seguir.

45
 Destilação Azeotrópica, utilizando
Ciclohexano - Este processo utiliza uma
coluna de desidratação, sendo o ciclohexano
alimentado no topo da coluna e o álcool a ser
desidratado alimentado a um terço abaixo do
topo da coluna.

 Nesteprocesso, o ciclohexano tem a


característica de formar com o álcool e a água
uma mistura ternária (azeótropo) com um
ponto de ebulição de 63ºC.

 Este menor ponto de ebulição da mistura em


relação ao do álcool (78ºC), faz com que a água
seja retirada no topo da coluna.
46
 Destilação Extrativa, utilizando Mono Etileno Glicol
- Similarmente ao processo anterior.

 O mono etileno glicol (MEG) é alimentado no topo desta


coluna e o álcool a ser desidratado também a um terço
abaixo do topo da coluna. Inversamente ao processo do
ciclohexano, o MEG absorve e arrasta a água para o fundo
da coluna e os vapores de álcool anidro saem pelo topo da
coluna, de onde o álcool é condensado e enviado para
armazenamento nos tanques.

 A mistura contendo água, MEG e uma pequena quantidade


de álcool, é enviada para uma coluna de recuperação do
MEG, o qual retorna ao processo de desidratação.

 Como o MEG concentra as impurezas retiradas do álcool e


se torna mais corrosivo, é necessária a sua purificação pela
passagem através de uma coluna de resinas de troca iônica,
que retém os sais e reduz a acidez. 47
 Desidratação por Adsorção, utilizando Peneira
Molecular - O álcool a ser desidratado é inicialmente
vaporizado e superaquecido antes de ser enviado para
as colunas de desidratação, que contém em seu interior
um material constituído basicamente por hidrosilicato
de alumínio contendo micro-poros, denominado zeolita,
mais popularmente conhecido como peneira molecular.

 Esta rede de micro-poros absorve a água e deixa


passar os vapores de álcool que são posteriormente
condensados na forma de álcool anidro.

48
 Armazenamento do Álcool - Os álcoois
produzidos, hidratado e anidro, são
quantificados através de medidores de vazão
ou tanques calibrados e enviados para
armazenagem em tanques de grande volume,
situados em parques de tanques, onde
aguardam sua comercialização e posterior
remoção por caminhões.

49
MAPA DE 50
PRODUÇÃO DE
CANA-DE-AÇÚCAR
PRODUÇÃO DE AÇÚCAR BRASILEIRO

51
O mercado de açúcar apesar de estar totalmente consolidado
tem um consumo mundial que aumenta em 2% ao ano.
PRODUÇÃO MUNDIAL DE
CANA-DE-AÇÚCAR

52
O MERCADO DE ÁLCOOL COMO
BIOCOMBUSTÍVEL

53
GENOMA DA CANA-DE AÇÚCAR

54
POTENCIALIDAD
E BRASILEIRA
PARA CONSUMO
E PRODUÇÃO
DE
COMBUSTÍVEIS
VEGETAIS 55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA
 [01]http://www.embrapa.br/imprensa/noticias/2007/maio/foldernoticia.
2007-05-11.5628368136/noticia.2007-05-11.2772698649/

 [02] http://www.usinaester.com.br/Produtos/produtos.html

 [03] http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cana-de
acucar/arvore/CONTAG01_102_22122006154841.html

 [04] http://www.copersucar.com.br/default.asp

 [05] www.jornaldacana.com.br

 [06] http://www.revistabiodiesel.com.br/por-dentro-do-
biodiesel/10.html
56
 [07] http://www.pitaa.com.br/galimages.html
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIA
 [08] http://www.cosan.com.br/cosan2009/index_pti.html

 [09] http://www.biodieselbr.com/proalcool/pro-alcool.htm

 [10]http://www.cepa.if.usp.br/energia/energia1999/Grupo1B/palcooll.html

 [11] http://www.projetobr.com.br/Content.aspx?SectionID=143&Id=1034

 [12] museu.mct.gov.mz/acucar/

 [13] PROGRAMA MULTIMÍDIA PARA FABRICAÇÃO DO AÇÚCAR


CRISTAL DE CANA-DE-AÇÚCAR. Tadeu Alcides Marques1*; Gil Eduardo
Serra. Faculdade de Agronomia/UNOESTE, Rod. Raposo Tavares km 572,
CEP: 19067-175 - Presidente Prudente, SP.Depto. de Tecnologia de Alimentos
- FEA/UNICAMP, C.P. 6121 - CEP: 13081-970 - Campinas, SP.

 [14] Apostila Curso Analista de Produção Sucroalcooleira. SENAI-Catalão.

 [15] Shereve, R.N. & Brink, J.A., Indústrias De Processos Químicos, 4a


Edição, Guanabara Dois, 1980. 57

Você também pode gostar