La vie en rose A ensolarada região da Provença é a pátria francesa do (hoje redimido e aclamado) vinho rosé Por Bruna Cabral
O forte aroma de um vinho e Bouches-du-Rhône, a Provença No Chateau de Pourcieux, outro
tinto e o frescor de um branco não abarca diversos rótulos e vinícolas expressivo e antigo vinhedo da Pro- são inconciliáveis. Os vinhos rosé, que com denominação de origem vença, com mais de 30 hectares es- estão voltando às gôndolas e adegas controlada. A mais importante delas palhados entre os montes Auréliens do Brasil, após anos de ostracismo, é a Côtes-de-Provence, produzida e a montanha Sainte Victoire, as ce- têm como trunfo seu caráter conci- entre Toulon, a oeste, e Fréjus, pas syrah e cinsaut também são usa- liatório. Eles conseguem reunir numa ao leste. Para se ter uma idéia da das para compor os vinhos rosados, só garrafa o sabor frutado e às vezes importância da produção de rosés definidos como o “essencial” da pro- floral dos tintos com a acidez e leveza na Provença, duas de cada três dução local. O melhor rosé da viní- dos brancos. Filhos pródigos de uma garrafas de Côtes-de-Provence são cola, eleito também o melhor de sua das mais extensas regiões vinícolas da de rosados, que respondem por categoria no Top Ten Expovinis 2007, França, os rosés são quase sinônimo nada menos que 60% dos rótulos é o rótulo que leva o nome da viní- da Provença, onde o sol é generoso, que saem de lá. Os tintos totalizam cola, Chateau de Pourcieux. Imóvel as chuvas, assíduas no inverno, e o 35%. As cepas mais utilizadas para os secular, a casa-sede do vinhedo é um solo, variado. rosés nessas vinícolas são a grenache belíssimo exemplar das suntuosas e Dividida entre as regiões de Var e a carignan. antiquíssimas construções que com- ENGENHO 19 57 para beber
IMAGENS DIVULGAÇÃO VINS DE PROVENCE
põem a paisagem da Provença. Cor- Com tecnologias de produção te de ganache (50%), cinsault e syrah, e transporte melhoradas, os vinhos o Domaine Real d´Or, de cor rosa rosés estão voltando à cena e derru- Imóvel secular, a casa-sede do pálida e reflexos violáceos, apresenta frutas vermelhas e notas ligeiramente bando os preconceitos que os baniu um dia das gôndolas e taças nacio- vinhedo Chateau de Pourcieux mentoladas no nariz. Eleito o melhor rosé da Top Ten Expovinis São Pau- nais. Versáteis, são vinhos que com- binam com o clima e temperamento é um belíssimo exemplar das lo este ano, o Chateau de Pourcieux do País, acompanhando com a mes- apresenta uma gama de aromas que ma harmonia desde um frugal sanduí- suntuosas e antiquíssimas vão de framboesa e groselha a pêra e che de queijo de cabra com presunto abacaxi branco. Refrescante, é ótimo de Parma até uma bem servida paellla construções que compõem a como aperitivo ou para acompanhar valenciana, uma pizza ou mesmo so- carnes brancas. bremesa, como mousse de frutas ver- paisagem da Provença. As características comuns a qual- melhas. quer bom rótulo rosado, principal- Além dos franceses, italianos, ar- mente a suavidade e jovialidade, fize- gentinos, espanhóis e até brasileiros ram desses vinhos uma febre há cerca produzem rosados honestos. Alguns de 15 ou 20 anos em várias partes do rótulos recomendados são o Regale- mundo, especialmente no Brasil. Mas ali Le Rosé (da Tasca D’ Almerita), o a dificuldade que o vinho tinha, à épo- Álamos Malbec Rosé (de Catena Za- ca, para viajar foi determinante para a pata), o Gran Feudo Rosé (de Julian decadência dos rosés no País. O fres- Chivite), Quinta do Perdigão Rosado, cor dos rosados era roubado pelo Escalabrone Bolgheri, Viña Aliaga Gar- translado entre produtores e consu- nacha Rosado, E nati Rosado, além do midores. “tupiniquim” Rio Sol Rosé. E
Para se ter uma idéia da importância da produção de rosés na Provença,
duas de cada três garrafas de Côtes-de-Provence são de rosados para beber
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põem a paisagem da Provença. Cor- Com tecnologias de produção te de ganache (50%), cinsault e syrah, e transporte melhoradas, os vinhos o Domaine Real d´Or, de cor rosa rosés estão voltando à cena e derru- Imóvel secular, a casa-sede do pálida e reflexos violáceos, apresenta frutas vermelhas e notas ligeiramente bando os preconceitos que os baniu um dia das gôndolas e taças nacio- vinhedo Chateau de Pourcieux mentoladas no nariz. Eleito o melhor rosé da Top Ten Expovinis São Pau- nais. Versáteis, são vinhos que com- binam com o clima e temperamento é um belíssimo exemplar das lo este ano, o Chateau de Pourcieux do País, acompanhando com a mes- apresenta uma gama de aromas que ma harmonia desde um frugal sanduí- suntuosas e antiquíssimas vão de framboesa e groselha a pêra e che de queijo de cabra com presunto abacaxi branco. Refrescante, é ótimo de Parma até uma bem servida paellla construções que compõem a como aperitivo ou para acompanhar valenciana, uma pizza ou mesmo so- carnes brancas. bremesa, como mousse de frutas ver- paisagem da Provença. As características comuns a qual- melhas. quer bom rótulo rosado, principal- Além dos franceses, italianos, ar- mente a suavidade e jovialidade, fize- gentinos, espanhóis e até brasileiros ram desses vinhos uma febre há cerca produzem rosados honestos. Alguns de 15 ou 20 anos em várias partes do rótulos recomendados são o Regale- mundo, especialmente no Brasil. Mas ali Le Rosé (da Tasca D’ Almerita), o a dificuldade que o vinho tinha, à épo- Álamos Malbec Rosé (de Catena Za- ca, para viajar foi determinante para a pata), o Gran Feudo Rosé (de Julian decadência dos rosés no País. O fres- Chivite), Quinta do Perdigão Rosado, cor dos rosados era roubado pelo Escalabrone Bolgheri, Viña Aliaga Gar- translado entre produtores e consu- nacha Rosado, E nati Rosado, além do midores. “tupiniquim” Rio Sol Rosé. E
Para se ter uma idéia da importância da produção de rosés na Provença,
duas de cada três garrafas de Côtes-de-Provence são de rosados