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Número 33
BOLETIM OFICIAL
SUMÁRIO
Decreto-Lei nº 30/2009:
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Esta situação é agravada pelo facto de não haver uma Para garantir a qualidade do cadastro e o cumprimento das
adequada articulação entre os diversos serviços públicos, normas legais, o presente diploma estatui que as activi-
seja no que tange à troca de informações que permite a dades no domínio do cadastro exercidas pelos Municípios
obtenção de dados actualizados e seguros sobre os direi- ou outras entidades públicas ou privadas devidamente
tos, ónus e encargos que incidem sobre um dado prédio, autorizadas podem ser inspeccionadas, a qualquer mo-
seja no tocante às reformas institucionais. mento, pelo serviço central do cadastro ou outra entidade
pública designada pelo Governo.
O presente diploma do cadastro tem como objectivo
Assim,
equacionar e resolver o principal problema actualmente
existente nesse domínio: inexistência de um quadro No uso da faculdade conferida pela alínea a), do n.º 2, do
normativo claro e completo que permita dar início aos artigo 203º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
trabalhos de execução do cadastro e pôr fim, gradual-
mente, a todos os citados inconvenientes. CAPÍTULO I
Disposições gerais
Os trabalhos de execução, renovação e conservação
do cadastro são considerados de natureza permanente Artigo 1.º
e de elevado interesse público e este princípio acarreta Objecto
especiais responsabilidades para as entidades públicas,
pois é a partir da qualidade dos trabalhos realizados que O presente diploma estabelece o regime jurídico do
se obtém segurança e confiança no comércio jurídico e cadastro predial.
se garante que as políticas públicas são concebidas com Artigo 2.º
base em informações correctas sobre o território, devendo
Conceitos
o Estado criar e manter actualizado um registo informa-
tizado do qual constam todos os prédios cadastrados no 1. Para efeitos da presente lei entende-se por:
território nacional.
a) Cadastro predial, adiante designado abreviada-
Assim, a caracterização de um prédio é dada através da mente por cadastro: registo administrativo
sua localização administrativa e geográfica, configuração e o conjunto dos dados que caracterizam e
geométrica e área, acrescida da exigência de cada prédio identificam os prédios existentes no território
ser identificado através de um código numérico unívoco, nacional;
designado por número de identificação de prédio (NIP),
cuja utilização é obrigatória em todos os documentos b) Prédio: parte delimitada do solo juridicamente
públicos. autónoma, abrangendo as águas, plantações,
edifícios, e construções de qualquer natureza
Por cada prédio cadastrado é emitida uma cédula ca- nela existentes ou assentes com carácter de
dastral, que deve conter o respectivo NIP, a identificação permanência, e, bem assim, cada fracção autó-
do titular cadastral, a sua representação gráfica e os noma no regime de propriedade horizontal;
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3. Os modelos de requerimentos de inscrição e alteração 2. A configuração do NIP é fixada por Portaria conjunta
de dados dos prédios no cadastro são definidos por Por- dos Ministros responsáveis pelo Cadastro, Finanças e
taria do membro do Governo responsável pela área do Justiça.
cadastro.
3. A utilização do NIP é obrigatória em todos os docu-
CAPÍTULO II mentos públicos como forma de identificação de prédios
cadastrados.
Caracterização e identificação dos prédios
Artigo 14.º
Artigo 8.º
Para efeitos do cadastro, a caracterização de um prédio 1. O valor cadastral dos prédios é determinado de forma
é dada através da sua localização administrativa e geo- objectiva a partir das informações constantes da base de
gráfica, configuração geométrica e área. dados do cadastro integrando o valor cadastral do solo e
o valor cadastral das construções.
Artigo 9.º
A área de um prédio é determinada pela diferença entre 3. A apresentação da cédula cadastral é obrigatória em
as áreas das figuras geométricas resultantes da aplicação todos os actos notariais e demais actos praticados perante
do disposto no número 1 do artigo anterior. a Administração Pública relativos a prédios localizados
em área cadastrada, não podendo nenhum acto ser pra-
Artigo 13.º ticado sem a exibição da respectiva cédula cadastral.
Identificação
4. Compete ao serviço central responsável do cadastro,
1. Cada prédio cadastrado é identificado através de salvo delegação nos Municípios ou outras entidades pú-
um código numérico unívoco, designado por número de blicas, emitir a cédula cadastral, nos termos do presente
identificação de prédio (NIP). diploma e respectiva regulamentação.
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1. Para efeitos da presente lei, o serviço central do ca- 1. Por cada área geográfica, objecto da operação de
dastro é o departamento governamental que, nos termos execução do cadastro, deve ser criada uma equipa de
da orgânica do Governo, é responsável pelo cadastro ou apoio técnico.
outra entidade pública dotada de autonomia que vier
2. A equipa de apoio técnico é composta por represen-
a ser especialmente criada pelo Governo para assumir
tantes do serviço central responsável pelo cadastro, das
aquelas atribuições.
conservatórias do registo predial, das repartições de
2. Incumbe ao serviço central do cadastro, designa- finanças e das Câmaras Municipais da área abrangida
damente: pela operação de execução do cadastro, sem prejuízo da
inclusão de representantes de outras entidades ou ser-
a) Estabelecer as directrizes técnicas que garantem viços em função das especificidades da área abrangida
a qualidade e homogeneidade da informação pela operação de execução do cadastro.
contida no cadastro predial;
3. Os técnicos que integram a equipa de apoio técnico
b) Realizar os processos de fiscalização necessários são designados pelas entidades e serviços que representam
para garantir o cumprimento adequado das no prazo de 15 (quinze) dias a contar da data de publicitação
leis e dos regulamentos, bem como as direc- da operação de execução do cadastro, sem prejuízo de
trizes referidas na alínea anterior; posterior alteração da composição da equipa, nos termos
c) Assumir, directamente ou através de contratos do número anterior.
celebrados com entidades privadas, a realiza- 4. A composição e o local de funcionamento da equipa
ção dos trabalhos cadastrais, nos termos da de apoio técnico são divulgados através de editais afixados
presente lei e respectiva regulamentação; nos locais de estilo, designadamente nas instalações
dos serviços referidos no número 2, localizados na área
d) Emitir a cédula cadastral, nos termos do número
abrangida pela operação de execução do cadastro, bem
4 do artigo 15º.
como no sítio da Internet do Governo e do serviço central
e) Garantir o bom funcionamento, a qualidade e a responsável pelo cadastro.
permanente actualização do Registo Informa-
5. A coordenação da equipa de apoio técnico compete
tizado contendo informações sobre todos os
a um dos representantes do serviço central responsável
prédios cadastrados no território nacional.
pelo cadastro ou quem for indicado por este, a quem cabe
3. As directrizes técnicas a que se refere a alínea a) do requerer a intervenção dos restantes elementos da equipa
número anterior são aprovadas por Portaria do membro em função das necessidades de cada uma das fases de
do Governo responsável pela área de cadastro. desenvolvimento da operação de execução cadastral.
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Artigo 23.º 2. Se as actividades desenvolvidas nos termos da alínea b)
Dever de sigilo do número anterior causarem danos na propriedade,
o proprietário será indemnizado pela entidade pública
As entidades detentoras de autorização e os técnicos competente, nos termos gerais.
acreditados estão obrigados a guardar sigilo sobre a
informação que obtenham no decurso da sua actividade 3. Sempre que os proprietários ou usufrutuários dos
no domínio do cadastro. prédios se oponham ao exercício do disposto na alínea b) do
n.º 1 do presente preceito, aplica-se ao respectivo prédio
Artigo 24.º
o disposto no artigo seguinte.
Homologação
Artigo 28.º
Os trabalhos de execução e renovação do cadastro são Áreas de cadastro diferido
homologados pelos serviços centrais do cadastro.
1. Mostrando-se infrutíferas, no todo ou em parte, as dili-
CAPÍITULO V gências relativas à execução do cadastro numa determinada
Execução, renovação e conservação do cadastro zona é considerada como área de cadastro diferido.
Secção I 2. Consideram-se igualmente áreas de cadastro diferi-
Execução do Cadastro do os casos em que há desacordo entre proprietários de
prédios contíguos quanto às respectivas estremas.
Artigo 25.º
Artigo 29.º
Publicitação
Responsabilidade por erros na demarcação
O início dos trabalhos de execução do cadastro é anun-
ciado pelo serviço competente, com pelo menos 2 (dois) 1. Todas as consequências de erros introduzidos no
meses de antecedência, por meio de editais a afixar nos cadastro como resultado da demarcação incorrecta de
locais de estilo, nas sedes dos Municípios e das Fregue- prédios são da responsabilidade dos respectivos proprie-
sias abrangidos e contíguos, e de anúncios a publicar em tários e usufrutuários.
dois dos jornais mais lidos, sem prejuízo da utilização de 2. Os responsáveis pelos erros referidos no número an-
outros meios de informação. terior suportam os custos das rectificações a que o serviço
Artigo 26.º competente tenha de proceder por tal motivo.
Demarcação dos prédios Artigo 30.º
Caracterização dos prédios e emissão da cédula cadastral
Os proprietários ou usufrutuários de prédios localizados
em zonas abrangidas por uma operação de execução do 1. Com base nos elementos recolhidos em trabalhos de
cadastro devem proceder, no prazo indicado nos editais campo procede-se à caracterização provisória dos prédios,
mencionados no artigo anterior, à sua demarcação, bem que antecede a fase de consulta pública e reclamação
como participar no período de exposição e consulta pú- seguida da caracterização definitiva e a emissão da res-
blica a fim de validar a informação recolhida. pectiva cédula cadastral.
Artigo 27.º 2. A fase de exposição, consulta pública e reclamação refe-
Trabalhos de campo rente à caracterização provisória dos prédios, com base nos
dados recolhidos no âmbito de uma operação de execução
1. O pessoal responsável pela elaboração dos trabalhos do cadastro, é regulada por Decreto-Regulamentar.
cadastrais, quando no exercício das suas actividades,
Secção II
tem direito a:
Renovação do Cadastro
a) Recorrer ao auxílio de qualquer entidade pú-
blica ou privada, incluindo as autoridades Artigo 31.º
policiais; Oportunidade
b) Aceder às áreas não edificadas de prédios e de Quando, em termos de cadastro, se conclua ter havido
serventia das edificações e instalar os seus alterações significativas nas características de uma deter-
equipamentos e demais instrumentos de tra- minada área cadastrada ou quando os padrões de precisão
balho, pelo tempo estritamente necessário ao dos dados do cadastro se revelem insuficientes, o serviço
desempenho da sua missão; competente determina a realização de uma operação de
renovação do cadastro abrangendo essa área.
c) Solicitar e recolher de quaisquer entidades,
públicas ou privadas, as informações de que Secção III
careça; Conservação do Cadastro
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Artigo 33.º 2. Para efeitos do disposto no número anterior, os
Substituição do NIP trabalhos topográfico-cadastrais utilizam as técnicas
1. Nos casos de correcções ou precisões introduzidas adequadas para assegurar o enlace das redes topográficas
nas características de prédios cadastrados, cabe ao ser- cadastrais com a rede geodésica nacional.
viço competente decidir se há lugar ou não à substituição 3. A cartografia básica elaborada pelo serviço central
do NIP. de cartografia para a obtenção da cartografia temática
2. Não há lugar à substituição do NIP quando as al- é objecto de inscrição obrigatória no registo central de
terações que modifiquem o posicionamento da estremas cartografia.
de prédios cadastrados correspondem exclusivamente a Artigo 37.º
acerto ou rectificação de estremas ou a alteração da área
Meios auxiliares da cartografia cadastral
social do prédio.
3. No caso de quaisquer outras alterações que modifi- A cartografia cadastral inclui, como meios auxiliares,
quem o posicionamento de estremas, incluindo a divisão designadamente, os seguintes elementos:
ou a reunião de prédios ou de partes de prédios, consi- a) Ortofotomapas e fotografias aéreas;
deram-se os primitivos prédios como extintos, havendo
lugar à atribuição, aos prédios deles resultantes, de nú- b) Os planos urbanísticos de cada território municipal
meros de identificação predial e à consequente emissão com as linhas dos seus limites;
de cartões de identificação predial. c) Os polígonos existentes assim como quaisquer
4. As cédulas cadastrais dos prédios extintos nos outros aspectos susceptíveis de representação
termos do número anterior são entregues no serviço gráfica que sejam necessários para efeitos da
competente pelos respectivos proprietários, no momento presente lei.
de recebimento dos cartões correspondentes aos novos CAPÍTULO VII
prédios, para destruição.
Disposições finais e transitórias
CAPÍTULO VI
Artigo 38.º
Cartografia cadastral
Artigo 34.º Experiências-piloto
Conceito O Governo pode realizar experiências-piloto de execução
1. A representação gráfica dos prédios compreende a do cadastro num ou mais Municípios, visando adequar a
sua descrição cartográfica, nos termos estabelecidos nos melhor metodologia a ser adoptada em todo o país.
artigos seguintes. Artigo 39.º
2. A base geométrica do cadastro predial é constituída Desenvolvimento e regulamentação
pela cartografia básica elaborada pelo serviço central de
cartografia. O Governo desenvolve e regulamenta o presente diploma
por Decreto-Regulamentar.
3. Aplica-se à cartografia cadastral o disposto na lei
Artigo 40.º
relativa à produção cartográfica.
Artigo 35.º Revogação
Conteúdo da cartografia cadastral Fica revogado o Decreto-Legislativo n.º 3/2008, de 13
1. A cartografia cadastral define, entre outras caracte- de Outubro, e toda a disposição legal ou regulamentar
rísticas relevantes, a forma, a dimensão e a situação dos que disponha em contrário da presente lei.
diferentes prédios susceptíveis de inscrição no cadastro Artigo 41.º
predial, qualquer que seja o uso ou actividade a que
Entrada em vigor
estejam afectos, constituindo no seu conjunto o suporte
gráfico destes. A presente lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias
2. A cartografia cadastral contém, designadamente: após a sua publicação.
a) Os polígonos cadastrais, determinados pelas li- Visto e aprovado em Conselho de Ministros.
nhas permanentes de terrenos e seus acidentes José Maria Pereira Neves - Manuel Inocêncio Sousa
mais importantes, designadamente, vales, ri- - Maria Cristina Lopes Almeida Fontes Lima - Cristina
beiras, montanhas, vias de comunicação, limi- Isabel Lopes da Silva Monteiro Duarte - Lívio Fernandes
tes do território municipal e classe de solos; Lopes - Marisa Helena do Nascimento Morais - José Ma-
b) As parcelas do solo que delimitam os prédios, as- ria Fernandes da Veiga - Sara Maria Duarte Lopes
sim como as construções nelas implantadas.
Promulgado em 12 de Agosto de 2009
Artigo 36.º
Carácter temático da cartografia cadastral Publique-se.
1. A cartografia cadastral tem carácter temático por O Presidente da República, PEDRO VERONA RO-
incorporar informação adicional específica e por ser ela- DRIGUES PIRES
borada a partir da cartografia básica realizada de acordo
Referendado em 13 de Agosto de 2009
com as normas legais aplicáveis e mediante processos de
medição e observação da superfície terrestre. O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves
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m) “Modificação”, a reconstrução, ampliação, alte- 1. As vistorias a que se refere o artigo 4.º devem ser
ração ou expansão da área de venda de um solicitadas pela entidade responsável pela exploração do
estabelecimento, bem como qualquer mudança estabelecimento, através de requerimento.
de localização e ramo do comércio;
2. O requerimento é feito conforme o modelo em Anexo II
s) “Área de venda do estabelecimento”, toda a área ao presente diploma e, será entregue na:
destinada a venda onde os compradores têm
acesso ou os produtos se encontram expostos ou a) Direcção Geral responsável pela área de comércio,
são preparados para entrega imediata, nela se ou em caso de delegação de competência na
incluindo a zona ocupada pelas caixas de saída associação empresarial do respectivo
e as zonas de circulação dos consumidores in-
b) Sector ou área geográfica, em caso de estabele-
ternas ao estabelecimento, nomeadamente as
cimentos de comércio por grosso e por grosso
escadas de ligação entre os vários pisos;
em livre;
t) “Área bruta locável (ABL)”, a área que produz ren-
c) Câmara Municipal do concelho onde se situa o
dimento no conjunto comercial, quer seja uma
estabelecimento, em caso de estabelecimentos
área arrendada ou vendida, e que inclui a área
de comércio a retalho.
de venda, os espaços de armazenagem e escri-
tórios afectos a todos os estabelecimentos. 3. Do requerimento devem constar o seguinte:
2. São equiparados a comércio a retalho as lojas, as mer- a) A identificação da entidade requerente, com a
cearias, as pastelarias, os bares, os botequins e similares. indicação do seu número de identificação fiscal
Secção II e do cadastro comercial;
Âmbito e Abrangência b) A identificação do estabelecimento a vistoriar;
Artigo 3º
c) A identificação do tipo de comércio (grosso ou a
Âmbito retalho) dos géneros a serem comercializados
no estabelecimento; e
1. Estão abrangidos pelo presente diploma os seguintes
estabelecimentos de comércio de produtos alimentares e d) A identificação do tipo de vistoria.
não alimentar e conjuntos comerciais:
4. O pedido de realização de vistoria deve ser acom-
a) Estabelecimentos de comércio a retalho; panhado dos elementos referidos no anexo I ao presente
b) Estabelecimentos de comércio a grosso e a grosso diploma.
em livre serviço; Artigo 6º
2. O disposto no presente diploma não é aplicável aos 1. Compete ao Presidente da Comissão a que alude o
estabelecimentos especializados de comércio a retalho artigo 13.º do presente diploma, a convocação dos restan-
de medicamentos. tes departamentos e serviços envolvidos indicando a data
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c) Consulta de todos os documentos relativos às ins- 2. Caso as situações das alíneas a) e b) do número ante-
talações, designadamente desenhos, planta e rior tenham ocorrido por razões imprevisíveis, desde que
planos de implantação, autorizações de obras devidamente justificadas ao requerente, pode a entidade
e instruções técnicas relativas às principais responsável marcar nova data para vistoria, num período
máquinas, equipamentos e instalações, os nunca superior a 5 (cinco) dias úteis.
quais deverão estar disponíveis no estabele-
3. Em caso de incumprimento do nº 2, a vistoria realiza-se
cimento; e
nos 5 (cinco) dias úteis subsequentes e fica reduzida
d) Todos os esclarecimentos relativos à instalação e para metade a taxa devida pelo requerente para a sua
ao funcionamento das instalações. realização.
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Secção III g) A existência de material de stockagem dos produtos
Da Realização da Vistoria (expositores, prateleiras, estantes, paletes)
contempladas de acordo com a utilização de
Artigo 11º produtos de categorias diferentes.
Realização da vistoria a estabelecimentos 4. Na análise das condições de segurança contra incêndio
de produtos não alimentares
deve a comissão ter em conta:
1. A comissão de vistoria e representantes da entidade a) A existência de portas de evacuação com sinali-
que explora o estabelecimento visitam conjuntamente zação das saídas de emergência e dispositivo
todas as instalações e dependências anexas do mesmo, de iluminação de emergência;
devendo analisar designadamente, o aspecto físico
b) A existência de meios de alarme;
das instalações, a sua funcionalidade, as condições de
segurança contra incêndio e as condições de higiene e c) A existência de um plano de actuação em caso de
segurança no trabalho. incêndio;
d) A existência de extintores e bocas-de-incêndio em
2. Na análise dos aspectos físicos das instalações, a número suficiente, correctamente localizados
comissão deve ter em conta: e dentro do prazo de validade.
a) A conformidade com as disposições legais aplicá- 5. Na análise das condições de higiene e segurança no
veis, com os planos e projectos de implemen- trabalho deve a comissão ter em conta:
tação do estabelecimento, designadamente no a) A existência de boletim de sanidade emitido pela
que se refere a localização e dimensão e às ins- Delegacia de Saúde para todos os funcionários
talações eléctricas adequadas às necessidades do estabelecimento inclusive o responsável do
dos produtos a serem comercializados; mesmo;
b) A existência de condições de iluminação e de venti- b) A existência de equipamentos individuais de protecção,
lação adequadas à natureza das actividades; tais como capacetes, máscaras, óculos, luvas,
calçado e vestuário especiais, quando a natureza
c) A existência de instalações sanitárias em número das actividades aconselhem o seu uso;
suficiente e devidamente equipadas com esgoto
sifonado e abastecimento de água corrente, c) A existência de instalações e de materiais de
assim como dispositivos adequados à limpeza primeiros socorros adequados à natureza das
e higienização das instalações; actividades;
d) A existência de dispositivos adequados à limpeza
d) A existência de paredes completamente rebocadas e higienização do estabelecimento;
e pintadas;
e) Os contentores devem ser de fabrico adequado,
e) A existência de pavimentos cimentados e conser- possuir tampa protectora, mantida em boas
vados permanentemente limpos. condições e permitir a fácil limpeza e desin-
fecção;
3. Na análise da funcionalidade, a comissão deve ter
em conta: f) A existência de dispositivos de sinalização, de
protecção e de resguardo das áreas de trabalho
a) As áreas de armazenamento e de venda devem potencialmente perigosas, designadamente
estar perfeitamente delimitadas e ter uma quando situadas em locais elevados, em áre-
área de amostragem dos produtos. A presente as onde existem riscos de explosão ou onde
disposição não se aplica aos estabelecimentos sejam manuseados ou processados materiais
a grosso em livre serviço; inflamáveis, tóxicos ou perigosos, ou ainda
na proximidade de zonas de circulação de
b) A separação dos produtos em função da sua na- equipamentos de carga e transporte ou de
tureza; instalações, máquinas e equipamentos com
c) A criação de condições de conservação para aqueles partes móveis ou funcionando a temperaturas
produtos que exigem tal cuidado; e pressões elevadas, que possam causar danos
físicos às pessoas que com eles trabalham ou
d) A utilização de estrados para o armazenamento que circulem na sua vizinhança;
dos produtos; g) A existência de dispositivos e meios adequados
e) A disponibilização de espaço suficiente para cir- que, atendendo à natureza das actividades,
culação do pessoal encarregue de arrumação possam ser razoavelmente exigidos para
dos produtos; garantir a segurança e integridade física do
pessoal do estabelecimento e de terceiros,
f) A existência de duas áreas bem distintas, com tanto para o homem como para o ambiente,
nítida separação física, devendo esta última designadamente quando haja produção de
observar os requisitos de infra estrutural ruídos intensos ou de efluentes e resíduos po-
comercial retalhista, caso tiver a acumulação luentes, caso em que deverá ser dada particular
de dois tipos de actividades (Grossista e Re- atenção aos sistemas de evacuação, deposição
talhista); e tratamento.
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Artigo 12º zonas contaminadas para zonas limpas, em
Realização da vistoria a estabelecimentos
especial para zonas onde sejam manuseados
de produtos alimentares alimentos susceptíveis de apresentarem um
elevado risco para o consumidor final;
1. A comissão de vistoria e representantes da entidade
que explora o estabelecimento visitam conjuntamente h) As instalações alimentares permanentes devem,
todas as instalações e dependências anexas do mesmo, sempre que necessário, dispor de vestiários
devendo analisar designadamente, o aspecto físico adequados para o pessoal;
das instalações, a sua funcionalidade, as condições de
i) Os produtos de limpeza e os desinfectantes não
segurança contra incêndio, e as condições de higiene e
devem ser armazenados em áreas onde são
segurança no trabalho.
manuseados géneros alimentícios;
2. Na análise dos aspectos físicos das instalações, a j) Os pavimentos das instalações devem ser construídos
comissão deve ter em conta: com materiais impermeáveis, antiderrapantes,
a) A conformidade com as disposições legais aplicáveis, laváveis e não tóxicos, de forma a permitir o
com os planos e projectos de implementação escoamento adequado das superfícies, para
do estabelecimento, designadamente no que assegurar a segurança e salubridade dos gé-
se refere a localização e dimensão e às insta- neros alimentícios;
lações eléctricas adequadas às necessidades k) As paredes das referidas instalações devem ser
dos produtos a serem comercializados; construídas com materiais impermeáveis, la-
váveis e não tóxicos, e ser lisas até uma altura
b) Instalações sanitárias em número suficiente,
adequada às operações de limpeza;
munidas de autoclismo e com um sistema
de esgoto eficaz e equipadas com ventilação l) Os tectos, tectos falsos e outros equipamentos
natural ou mecânica, não podendo as mesmas neles suspensos devem ser concebidos, cons-
comunicar directamente com as salas onde se truídos e acabados de modo a evitar a acu-
manipulam os alimentos; mulação de sujidade, reduzir a condensação
e o desenvolvimento de bolores indesejáveis e
c) Um número adequado de lavatórios devidamente
evitar o desprendimento de partículas, outras
localizados e indicados para a lavagem das
substâncias ou objectos nocivos;
mãos, equipados com água limpa, accionadas
por pedal ou sensor, materiais de limpeza das m) As janelas e outras aberturas devem ser construídas
mãos e dispositivos de secagem higiénica e, de modo a evitar a acumulação de sujidade,
sempre que necessário para assegurar a segu- estar equipadas, sempre que necessário para
rança e salubridade dos géneros alimentícios, assegurar a segurança e salubridade dos géne-
devidamente separados dos que se destinam ros alimentícios, com redes de protecção contra
à lavagem de alimentos; insectos, facilmente removíveis para limpeza,
e permanecer fechadas durante a laboração,
d) Ventilação natural ou mecânica adequada e sufi- quando da sua abertura puder resultar a
ciente, de modo a ser evitado o fluxo mecânico contaminação dos géneros alimentícios pelo
de ar de uma área contaminada para uma ambiente exterior;
limpa, devendo os sistemas de ventilação ser
construídos de forma a proporcionar um acesso n) As portas devem ser superfícies lisas e não ab-
fácil aos filtros e a outras partes que necessi- sorventes;
tem de limpeza ou de substituição;
o) As superfícies em contacto com os géneros alimen-
e) As instalações alimentares permanentes devem tícios, incluindo as dos equipamentos, devem
dispor de luz natural e/ou artificial adequada; ser construídas em materiais lisos, laváveis e
não tóxicos.
f) O estabelecimento deve dispor de um sistema de
abastecimento de água potável, ligado à rede 2. Na análise do aspecto da funcionalidade é ainda
de abastecimento público ou a sistema privado exigível, além do estipulado no n.º 3 do artigo 11º, aos
com as características de qualidade da água estabelecimentos de produtos alimentares, os requisitos
para consumo humano constantes da lei. A abaixo apresentados:
água utilizada no abastecimento deve ser sufi-
ciente e permitir uma utilização que garanta a a) Os meios frigoríficos (câmaras, armários ou
não contaminação dos géneros alimentícios; expositores) devem ser instalados de modo a
permitir a saída fácil para o exterior do ar que
g) Os sistemas de esgoto devem ser adequados ao fim atravessa o condensador, possuir indicadores
a que se destinam e projectados e construídos de temperatura, possuir alarme ou lâmpada
de forma a evitar o risco de contaminação. Se indicadora, colocada no exterior, para alertar
os canais de evacuação forem total ou parcial- sempre que a porta não fique completamente
mente abertos, devem ser concebidos de forma fechada e de accionamento interior para aber-
a assegurar que não haja fluxos de resíduos de tura em situação de emergência;
D2P6V4A8-233TAGHH-5Z7L7W9M-17180S90-3A6P6A0J-29S3UERE-4G9Y4G9C-0M6T1G1W
724 I SÉRIE — NO 33 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 17 DE AGOSTO DE 2009
3. Na análise das condições de segurança contra in- 5. Sempre que a dimensão ou complexidade das insta-
cêndio deve a comissão ter em conta o estipulado no n.º 4 lações a vistoriar justificar, pode a comissão requisitar a
do artigo 11º. intervenção de outros técnicos ou peritos para integrar
a comissão.
4. Na análise das condições de higiene e segurança no
trabalho é ainda exigível, além do estipulado no n.º 5 do 6. O valor das taxas inclui as despesas com deslocação, in-
artigo 11º, aos estabelecimentos de produtos alimentares, cluindo seguro viagem e estadia da comissão de vistoria.
que os locais de armazenagem dos resíduos sejam conce-
Artigo 14º
bidos e utilizados de modo a permitir boas condições de
limpeza e impedir o acesso de animais e a contaminação Do poder discricionário da Comissão
dos alimentos, da água potável, dos equipamentos e das
instalações. 1. A comissão de vistoria zela para que não sejam
feitas exigências excessivas ou desproporcionadas que
CAPITULO II prejudiquem o bom andamento dos trabalhos ou normal
desenrolar das actividades do estabelecimento, tendo
Da comissão e respectiva competência devidamente em conta a natureza dessas actividades, a
legislação aplicável e as condições reais do país.
Secção I
2. Salvo casos excepcionais, devidamente justificados,
Da Comissão a duração da vistoria não deve ultrapassar 1 (um) dia
útil de trabalho.
Artigo 13º
Secção II
Comissão de vistoria
Do auto de Vistoria
1. A vistoria é efectuada por uma comissão composta por: Artigo 15º
D2P6V4A8-233TAGHH-5Z7L7W9M-17180S90-3A6P6A0J-29S3UERE-4G9Y4G9C-0M6T1G1W
I SÉRIE — NO 33 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 17 DE AGOSTO DE 2009 725
Secção III sector do comércio e às entidades nos casos em que haja
delegação de competências, e ou a Câmara Municipal
Da Comunicação dos Resultados, Verificação
do Cumprimento e do Recurso onde se situa o estabelecimento.
Secção IV Da Fiscalização
D2P6V4A8-233TAGHH-5Z7L7W9M-17180S90-3A6P6A0J-29S3UERE-4G9Y4G9C-0M6T1G1W
726 I SÉRIE — NO 33 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 17 DE AGOSTO DE 2009
Secção III Artigo 27º
Artigo 22º
O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao
Falsas Declarações da sua publicação.
Quem, com intenção de obter vantagens, para si ou Visto e aprovado em Conselho de Ministros.
para terceiros, prestar falsas declarações relativas à
última parte do nº 1 do artigo 20.º, comete contra-orde- José Maria Pereira Neves - Cristina Isabel Lopes da Silva
nação, sem prejuízo da responsabilidade civil e criminal, Monteiro Duarte - Fátima Maria Carvalho Fialho
punidos nos termos da Lei geral.
Promulgado em 12 de Agosto de 2009
Artigo 23º
1. Aplica-se às infracções ao presente diploma as dispo- O Presidente da República, PEDRO VERONA RO-
sições do Decreto-Legislativo n.º 2/2009, de 15 de Junho, DRIGUES PIRES
que regula as infracções contra a economia e saúde pú-
blica, e todas as demais legislações que regulam o sector Referendado em 13 de Agosto de 2009
económico e alimentar.
O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves
2. O produto das coimas aplicadas no âmbito do presente
diploma reverte em 60% (sessenta por cento) para os cofres ANEXO I
do Estado, 20% (vinte por cento) para a Direcção Geral
responsável pelo sector do comércio e 20 % (vinte por cento) (A que alude o nº4 do artigo 5º)
para a Inspecção-Geral das Actividades Económicas.
Elementos que devem acompanhar o pedido de reali-
Artigo 24º zação de vistoria:
Sanções acessórias
a) Título de propriedade, contrato-promessa ou
1. Em função da gravidade das infracções e da culpa do qualquer outro documento bastante, de que
agente pode ser aplicada a sanção acessória de encerra- resulte ou possa vir a resultar a legitimidade
mento do estabelecimento por um período até 2 (dois) do requerente para construir o estabelecimento
anos. ou conjunto comercial em causa ou, caso estes
já existam, para os explorar comercialmente;
2. Pode ser determinada a publicidade da aplicação
da sanção por contra-ordenação mediante a afixação de b) Planta de localização do projecto emitida pelo
cópia da decisão no próprio estabelecimento e em lugar municipio da zona de instalação do estabele-
bem visível pelo período de 30 (trinta) dias.
cimento, com o uso a que se destina.
CAPÍTULO IV
c) A planta a que se refere a alínea anterior pode
Disposições finais e transitórias ser dispensada nos concelhos onde é possível
aceder informaticamente à mesma.
Artigo 25º
Processos pendentes
d) Planta do estabelecimento aprovado pelo Muni-
cípio da zona de instalação do estabelecimento
Os titulares dos processos de licenciamento dos esta- indicando a parte destinada ao comércio e a
belecimentos que à data de entrada em vigor do presente área de venda (identificando o ramo alimentar
diploma estejam a decorrer, podem optar pelo regime e não alimentar, se aplicável), as zonas de
previsto no artigo 20º do presente diploma, devendo o circulação de clientes, de sanitários, de arma-
titular da exploração proceder ao envio da declaração zenagem e de stocagem (prateleiras e estantes),
prévia a que se refere o referido artigo.
os sistemas de segurança, iluminação e ven-
Artigo 26º tilação, bem como, os serviços de apoio e de
escritórios. No caso de conjuntos comerciais
Revogação
indicação dos serviços a disponibilizar pela
1. Fica revogado o Decreto-Lei n.º 3/2006, de 16 de gestão comum do empreendimento.
Janeiro, bem como as Portarias n.º 47/2008, de 29 de
Dezembro e 41/2008, de 15 de Dezembro. e) A planta a que se refere a alinea anterior não é
exigivel, nos caso de estabelecimentos com
2. Fica também revogado o artigo 2º da Portaria 44/2008, área de venda até 100m2, onde será suficiente
de 22 de Dezembro. a apresentação de esbocete.
D2P6V4A8-233TAGHH-5Z7L7W9M-17180S90-3A6P6A0J-29S3UERE-4G9Y4G9C-0M6T1G1W
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ANEXO II
(A que alude o nº2 do artigo 5º)
PEDIDO DE VISTORIA
AOS
ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS
MINISTÉRIO DA ECONOMIA,
CRESCIMENTO E COMPETITIVIDADE
Antes de preencher leia bem todo o impresso
Decreto-Lei n º 30/2009
De 17 de Agosto
01 ESTE 14
PEDIDO DESTINA-SE A:
02 PARA A REALIZAÇÃO DE VISTORIA A ESTABELECIMENTOS DE COMÉRCIO POR GROSSO E POR GROSSO EM LIVRE SERVIÇO
COM A SEGUINTE DIMENSÃO, DA ÁREA BRUTA LOCÁVEL
1 Inferior a 50 m²
NOME / INSÍGNIA
9
ENDEREÇO
RUA / AV / PRAÇA / Nº E ANDAR
ILHA CONCELHO
LOCAL E-MAIL CAIXA POSTAL
Vem, nos termos do nº 1 do artigo 5º, do Decreto - Lei nº … / 2009 de de , solicitar a realização de vistoria
ás instalações.
O REQUERENTE __________________________________________________________
DATA
_____________________________________________________________
(ASSINATURA DO RESPONSÁVEL PELA RECEPÇÃO DO PEDIDO)
D2P6V4A8-233TAGHH-5Z7L7W9M-17180S90-3A6P6A0J-29S3UERE-4G9Y4G9C-0M6T1G1W
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Nome do Estabelecimento:
Denominação:
Actividade:
Ministério da Economia, Crescimento e Competitividade Representante Legal:
Endereço:
AUTO DE VISTORIA
Rua __________________________________________ Nº ________ C.P. _______
Antes de preencher leia bem todo o impresso
Ilha _____________________ Concelho _________________ Local _______________
Decreto-Lei nº 30/2009
De 17 de Agosto
Processo n.º:
Efectuada a vistoria, a Comissão constatou que as instalações que integram o estabelecimento comercial estão:
C NC NA
Observação
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Com deficiências e recomenda a sua superação no prazo de _____ dias a contar da presente data.
Recomendações / Conclusões:
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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
E nada havendo a se tratar se encerra o presente Auto que depois de lido e achado conforme, vai ser assinado pelos seguintes
membros da Comissão presentes:
A Comissão de Vistoria,
D2P6V4A8-233TAGHH-5Z7L7W9M-17180S90-3A6P6A0J-29S3UERE-4G9Y4G9C-0M6T1G1W
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14
Uso exclusivo das Câmara s
ANEXO IV
Data ___/___/___
(A que alude o nº 2 do artigo 20º)
Nº do processo
01 TIPO DE DECLARAÇÃO
02 DATA PREVISTA
INSTALAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
RENOVAÇÃO DO ALVARÁ
TRESPASSE
NIF
9
ENDEREÇO DA SEDE
RUA / AV / PRAÇA / Nº E ANDAR
ILHA CONCELHO
LOCAL ZONA
D2P6V4A8-233TAGHH-5Z7L7W9M-17180S90-3A6P6A0J-29S3UERE-4G9Y4G9C-0M6T1G1W
I SÉRIE — NO 33 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 17 DE AGOSTO DE 2009 735
NOME 9/ INSÍGNIA
ENDEREÇO
RUA / AV / PRAÇA / Nº E ANDAR
ILHA CONCELHO
LOCAL ZONA
CONJUNTO COMERCIAL
D2P6V4A8-233TAGHH-5Z7L7W9M-17180S90-3A6P6A0J-29S3UERE-4G9Y4G9C-0M6T1G1W
736 I SÉRIE — NO 33 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 17 DE AGOSTO DE 2009
5.3. CLASSIFICAÇÃO DA ACTIVIDADE ECONÓMICA EXERCIDA NO ESTABELECIMENTO DE ACORDO COM A CAE EM VIGOR
O REQUERENTE __________________________________________________________
DATA
_____________________________________________________________
(ASSINATURA DO RESPONSÁVEL PELA RECEPÇÃO DO PEDIDO)
D2P6V4A8-233TAGHH-5Z7L7W9M-17180S90-3A6P6A0J-29S3UERE-4G9Y4G9C-0M6T1G1W
I SÉRIE — NO 33 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 17 DE AGOSTO DE 2009 737
DECLARAÇÃO
Data ___/___/______
Assinatura ________________________________________________________
(carimbo da empresa)
Junta:
- Fotocópia, do bilhete de identidade do empresário em nome individual, ou do declarante.
- Fotocópia da certidão da conservatória do Registo Comercial actualizada (menos de 1 ano) ou
declaração de início de actividade no caso de empresário em nome individual.
- Planta do estabelecimento com a indicação da localização dos equipamentos e dos espaços
destinados a secções.
D2P6V4A8-233TAGHH-5Z7L7W9M-17180S90-3A6P6A0J-29S3UERE-4G9Y4G9C-0M6T1G1W
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C NC NA
Observação
ASPECTO FISICO DAS INSTALAÇOES
Conformidade com as disposições legais aplicáveis, com os planos e
projectos de implementação do estabelecimento, designadamente no
que se refere a localização e dimensão e às instalações eléctricas
adequadas às necessidades dos produtos a serem comercializados;
D2P6V4A8-233TAGHH-5Z7L7W9M-17180S90-3A6P6A0J-29S3UERE-4G9Y4G9C-0M6T1G1W
I SÉRIE — NO 33 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 17 DE AGOSTO DE 2009 739
ASPECTO DA FUNCIONALIDADE
Possuir áreas de armazenamento e de venda, perfeitamente delimitadas
e ter uma área de amostragem dos produtos. A presente disposição não
se aplica aos estabelecimentos de grossista em livre serviço;
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740 I SÉRIE — NO 33 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 17 DE AGOSTO DE 2009
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742 I SÉRIE — NO 33 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 17 DE AGOSTO DE 2009
1. Para além dos incentivos aduaneiros previstos no 1. A Frescomar obriga-se a instalar na sua fábrica um
Estatuto de Empresa Franca aprovado pela Lei n.º 99/ laboratório de controlo de qualidade ou a contratar uma
IV/93, no Estatuto Industrial, no regime dos incentivos empresa certificada no ramo, para análise de todas as
aplicáveis às exportações, directamente aplicáveis, a matérias-primas utilizadas, garantindo, assim, o cum-
Frescomar goza ainda da isenção de direitos aduaneiros primento das exigências de qualidade dos organismos
e de IVA na importação dos seguintes bens, quando internacionais.
destinados à implementação do Acordo com o Estado e
funcionamento da empresa: 2. Todos os materiais, equipamentos e consumíveis
destinados à instalação e manutenção do laboratório de
a) Peças acessórias para as máquinas da fábrica; qualidade beneficiam dos incentivos previstos na cláusula
quarta desta Convenção.
b) Material de carga, de transporte de mercadorias,
incluindo viaturas frigoríficas para o transporte 3. Sempre que necessário, a Frescomar compromete-
de pescado; se a disponibilizar o laboratório e respectivos técnicos
para feitura de análise de produtos de pesca de outras
c) Materiais específicos e exclusivos para o uso do unidades nacionais, sem que com isso ponha em causa o
pessoal fabril da Frescomar, como sendo roupa, seu bom funcionamento, e mediante prévio acordo sobre
calçado, luvas, toucas, necessários para o cum- as condições dessa utilização.
primento das normas de higiene específicas
das indústrias alimentares, bem como para Oitava
segurança e protecção dos trabalhadores;
(Trabalhadores estrangeiros)
d) Produtos específicos para limpeza e desinfecção
Os técnicos especializados estrangeiros contratados
na indústria alimentar;
pela Frescomar (funcionários Ubago Group) terão direito
e) Combustível destinado às máquinas da fábrica, a vistos temporários de múltiplas entradas com validade
definido pelo Decreto-Lei n.º 153/87, de 26 de não inferior a um ano.
Dezembro, mais concretamente o fuel para a
Nona
caldeira a vapor.
(Colaboração e dever de audição)
2. A taxa pela prestação dos serviços de inspecção de
pescado com vista à certificação sanitária dos produtos 1. O Governo de Cabo Verde compromete-se a auscultar
importados para transformação e posterior exportação a Frescomar nas negociações com a União Europeia re-
dos produtos transformados é fixa e tem o valor de lativas a normativa que estabelece uma derrogação dos
1.500$00 por cada acto de inspecção e certificação, tanto produtos de origem deixar de ser aplicável a Cabo Verde
para importação como para exportação. a partir de 31 de Dezembro de 2010, e que o novo sistema
nessa matéria deve ser negociado no âmbito da parceria
Quinta especial entre Cabo Verde e a União Europeia.
D2P6V4A8-233TAGHH-5Z7L7W9M-17180S90-3A6P6A0J-29S3UERE-4G9Y4G9C-0M6T1G1W
I SÉRIE — NO 33 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 17 DE AGOSTO DE 2009 743
Décima 2. O Tribunal Arbitral funcionará em Cabo-Verde, na
Cidade da Praia, e será constituído por três árbitros,
(Obrigações especiais da Frescomar)
indicando cada uma das partes um árbitro e sendo o
São obrigações especiais da Frescomar: terceiro árbitro – o qual presidirá ao Tribunal – escolhido
por ambas as partes.
a) Realizar os investimentos necessários para a
concretização do projecto de reestruturação e 3. Na falta de acordo, o Tribunal da Comarca da Praia
modernização da empresa; efectuará a escolha do terceiro árbitro, a partir de uma
lista de seis, indicando cada uma das partes três árbitros
b) Cumprir as demais obrigações previstas na lei ou, na falta de indicação de uma das partes, por escolha
aplicável às empresas em geral e em especial às do Tribunal a partir da lista indicada pela outra parte,
empresas francas e industriais, que não sejam e na falta desta lista por livre escolha, de entre juristas
incompatíveis com a presente Convenção; nacionais de reconhecido mérito.
c) Fornecer todas as informações que forem espe- 4. Os árbitros serão pessoas singulares, plenamente
cialmente requeridas pelo Governo; capazes, de qualquer nacionalidade, desde que dominem
a lei cabo verdiana e conheçam o seu respectivo ordena-
d) Manter, no mínimo, o nível de postos de trabalho mento jurídico, falem e escrevam correctamente a língua
existentes à data da assinatura da presente portuguesa.
Convenção, desde que não surjam constrangi-
mentos locais e/ou de natureza internacional 5. O Tribunal Arbitral julgará “ex aequo et bono” e da sua
que afectem a rentabilidade e capacidade pro- decisão caberá recurso, nos termos gerais, mesmo quanto ao
dutiva da Frescomar e a sua competitividade montante de indemnização eventualmente arbitrado.
no mercado internacional;
6. A petição será dirigida ao Tribunal por qualquer
e) Não alterar o objecto da sociedade sem prévia das partes, sendo as custas do processo e os honorários
autorização do Governo. dos árbitros suportados pela parte vencida, na proporção
Décima Primeira em que o for, sem prejuízo da obrigação de cada parte
pagar os preparos estabelecidos pelo Tribunal Arbitral,
(Interlocutor único) que aprovará o seu regulamento interno.
Todas as questões relacionadas com a actividade da 7. Em tudo que não estiver especialmente previsto na
Frescomar, que sejam da competência da Administração, presente Convenção será aplicável a lei de arbitragem
serão sempre tratadas e veiculadas através da Delegação em vigor em Cabo Verde.
do Ministério da Economia em S. Vicente.
Décima Quinta
Décima Segunda
(Validade)
(Relações comerciais com empresas do sector público)
O Governo auxiliará a Frescomar nas suas diligências 1. A presente convenção tem um prazo de validade de
junto das empresas do sector público fornecedoras de bens 10 (dez) anos, findo o qual um outro pode ser negociado
e serviços em regime de exclusividade, no sentido de se entre as partes, nos termos da legislação aplicável.
estabelecer preços adequados à quantidade de consumo
2. Este prazo, entretanto, pode ser antecipado a
e serviços necessários ao funcionamento da Frescomar,
qualquer momento, caso ocorram uma das seguintes
de forma a contribuir para que os produtos da Frescomar
situações:
sejam mais competitivos.
Décima Terceira a) Por interrupção do desenvolvimento do projecto,
por período superior a um ano;
(Regime mais favorável)
b) Pela cessação da actividade; ou
A interpretação da presente convenção de estabele-
cimento não afasta a aplicação de legislação nacional c) Pelo incumprimento das cláusulas da presente
mais favorável. Convenção de Estabelecimento.
Décima Quarta
Rubricada na Cidade da Praia aos ……… dias de
(Resolução de Conflitos) ……….…..… de 2009
1. As partes convencionam que qualquer conflito Em representação do Estado de Cabo Verde, Fátima Fialho,
eventualmente emergente da interpretação, integração e Ministra da Economia, Crescimento e Competitividade.
aplicação da presente Convenção ou de quaisquer outros
acordos, contratos, protocolos ou instrumentos que a re- Em representação da “FRESCOMAR” S.A., Andrés
vejam ou aditem ou com ela sejam conexos será resolvido Espinosa, Presidente do Conselho de Administração.
por diálogo entre as partes, ou por arbitragem, caso não
se chegue a um consenso. O Primeiro-Ministro, José Maria Pereira Neves
D2P6V4A8-233TAGHH-5Z7L7W9M-17180S90-3A6P6A0J-29S3UERE-4G9Y4G9C-0M6T1G1W
744 I SÉRIE — NO 33 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 17 DE AGOSTO DE 2009
B O L E T I M OFICIAL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001 Av. Amílcar Cabral/Calçada Diogo Gomes,cidade da Praia, República Cabo Verde.
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Para o país: Para países estrangeiros:
Por ordem superior e para constar, comunica-se que não serão aceites
quaisquer originais destinados ao Boletim Oficial desde que não tragam Ano Semestre Ano Semestre
aposta a competente ordem de publicação, assinada e autenticada com
selo branco. I Série ...................... 8.386$00 6.205$00 I Série ...................... 11.237$00 8.721$00
Sendo possível, a Administração da Imprensa Nacional agradece o II Série...................... 5.770$00 3.627$00 II Série...................... 7.913$00 6.265$00
envio dos originais sob a forma de suporte electrónico (Disquete, CD,
III Série ................... 4.731$00 3.154$00 III Série .................... 6.309$00 4.731$00
Zip, ou email).
Os prazos de reclamação de faltas do Boletim Oficial para o Concelho Os períodos de assinaturas contam-se por anos civis e seus semestres. Os números publicados antes
da Praia, demais concelhos e estrangeiro são, respectivamente, 10, 30 e de ser tomada a assinatura, são considerados venda avulsa.
60 dias contados da sua publicação.
AVULSO por cada página ............................................................................................. 15$00
Toda a correspondência quer oficial, quer relativa a anúncios e à
assinatura do Boletim Oficial deve ser enviada à Administração da PREÇO DOS AVISOS E ANÚNCIOS
Imprensa Nacional. 1 Página .......................................................................................................................... 8.386$00
A inserção nos Boletins Oficiais depende da ordem de publicação neles
1/2 Página ....................................................................................................................... 4.193$00
aposta, competentemente assinada e autenticada com o selo branco, ou,
na falta deste, com o carimbo a óleo dos serviços donde provenham. 1/4 Página ....................................................................................................................... 1.677$00
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importância precisa para garantir o seu custo. acrescentado de 50%.