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ÍNDICE

ÍNDICE.........................................................................................................................................................2

OBJETIVOS DO CURSO............................................................................................................................3

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS.............................................................................................................4

INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................5

BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO DA EXPRESSÃO PLÁSTICA……………………………………….……..6


ATIVIDADES DE EXPRESSÃO PLÁSTICA ADEQUADAS AO CONTEXTO DOMICILIÁRIO E
INSTITUIÇÃO………………………………………………………………………………………..……….…….7
SELEÇÃO E PREPARAÇÃO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS ÀS ATIVIDADES
DE EXPRESSÃO PLÁSTICA ....................................................................................................................8
ESTRATÉGIAS DE MOTIVAÇÃO E INCENTIVO PARA A PRÁTICA DA EXPRESSÃO
PLÁSTICA…………………………………………………………………………………………………...…….10
TÉCNICAS DE EXPRESSÃO PLÁSTICA…………………………………………….……………………….12
CONCLUSÃO……………………………………………………………………………………………………..15

BIBLIOGRAFIA……………………………………………………………………………………………………16
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CAPÍTULO I

Breve contextualização/caracterização da expressão plástica

A arte é uma linguagem que tem acompanhado a humanidade ao longo dos tempos, desde a pré-história até aos dias de
hoje, e tem espelhado diferentes interesses, assim como saberes.
A arte permite ao homem a “alfabetização”, em termos de sentido estético. Oferece a crianças e adultos (com ou sem NEE)
uma abordagem ao processo artístico na sua globalidade, possibilitando a compreensão e a participação. Assim sendo
considera-se que a arte é um bom meio de inclusão.
Face ao exposto a arte desperta a expressividade, a comunicação, e a sensibilidade estética. Não se trata de querer formar
artistas, mas sim de despertar o interesse pela criação/produção de atividades plásticas que satisfaçam na sua plenitude a
necessidade da pessoa que as produz.
Relembremos que já em tempos mais remotos, na Pré-História, os nossos antepassados sentiram necessidade de
exprimirem o que sentiam, o que faziam, e engrandecer as suas divindades, através das pinturas rupestres, recorrendo a
pigmentos naturais da altura (carvão, sangue, gordura animal, plantas, etc).
Com o decorrer do tempo, e com a introdução de novos modelos educativos/terapêuticos, a expressão plástica foi-se
ampliando, tendo assim como objetivo a exploração da criatividade e da imaginação, através de um conjunto de técnicas, e
de materiais. Neste sentido, há uma nova perspetiva, na qual a arte se associa à cognição.
Em suma, a expressão plástica contribui claramente para a expressão da personalidade, para a estruturação do
pensamento, e para a formação do carater, potenciando assim o domínio sensorial e cognitivo.

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CAPÍTULO II

Atividades de expressão plástica adequadas ao contexto domiciliário e instituição

Todas as atividades, seja em contexto domiciliário e/ou institucional, são sempre direcionadas para as realidades concretas
existentes em cada um dos espaços físicos referidos, tendo sempre em especial atenção os fatores, idade e autonomia dos
destinatários.
De acordo com os fatores anteriormente referidos a animação através da expressão plástica visa manter e/ou melhorar a
motricidade manual, promover a criatividade, aumentar a autoestima, desenvolver o gosto estético, e proporcionar ao
destinatário a possibilidade de se exprimir através das artes plásticas e dos trabalhos manuais que produz.
Através das atividades de expressão plástica, sejam elas realizadas em contexto domiciliário e/ou institucional, os
destinatários têm a oportunidade de dar asas à imaginação, assim como à criatividade, através de diversas atividades,
como a pintura, a colagem, a dobragem, a escultura (trabalho com gesso/barro/pasta de modelar), desenhos, recortes,
entre outros. A expressão plástica tem como vantagem o desenvolvimento da motricidade, da precisão manual, o
desenvolvimento da criatividade, e ainda da coordenação motora.

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CAPÍTULO III

Seleção e preparação de materiais e equipamentos necessários às atividades de expressão plástica

Não há instituições/espaços destinados à prática de atividades de expressão plástica que não possuam materiais
educativos adequados para a realização da mesma.
A escolha dos objetos, bem como dos materiais deve ser cuidadosa e adequada à idade de quem os vai utilizar, pois esta
área pode ser desenvolvida por todas as faixas etárias, assim como pode ter por destinatários vários públicos-alvo. Logo a
escolha dos materiais deve obedecer a alguns critérios, nomeadamente, serem variados, duráveis, atrativos, e adaptados a
quem os vai utilizar; devem ser também estimulantes, acessíveis, estar arrumados, bem como rotulados, e ainda serem de
fácil limpeza.
Importa frisar que a utilização de materiais naturais, ou reciclados tem um grande valor pedagógico, quando devidamente
preparados (limpos e seguros), estes materiais podem ser utilizados para adaptar ou para dar outro valor/forma, logo a
manipulação e experiência com os materiais, com as formas, e com as cores permitem a quem os utiliza fazer descobertas
sensoriais, que ajudam no desenvolvimento pessoal de forma a expressar o seu mundo interior, assim como representar a
realidade.
Ao encontro do referido anteriormente, podemos verificar que existe um vasto leque de materiais que podemos utilizar e
oferecer para desenvolver atividades plásticas, desde papel, tintas para pintar (com os dedos, com pincel, esponja),
guaches, lápis de cera, marcadores grossos, entre outros. Importa ainda referir que, as mãos são o melhor meio que
dispomos para nos expressarmos livremente.
Na tabela abaixo indicada podemos verificar uma lista de materiais assim como a finalidade da sua utilização.

Materiais Finalidade / técnica


Marcadores/ canetas de feltro São normalmente utilizados em trabalhos, em esboços, ou
contornos.
As canetas de feltro podem ser vantajosas para trabalhos
mais específicos, minuciosos.
Lápis de cera Material gorduroso utilizado para colorir grandes superfícies.

Lápis de cor Os de mina grossa e macia são resistentes à luz e água.


Os de mina fina e dura são usados para trabalhos com mais
detalhes e são resistentes à água.
Lápis de carvão Usa-se no desenho de linhas ou num trabalho de tons
claro/escuro.
É possível de apagar com miolo de pão ou borrachas
apropriadas.
Alguns artistas usam a própria mão para espalhar o carvão
no desenho.
No final o trabalho deve ser fixado com spray apropriado.
Lápis de pastel Aderem com facilidade ao papel e permitem misturas de
cores que se depositam numa camada mais grossa e

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pastosa.
Podemos retirar o excesso com um x-ato.
Também pode ser usado em tecido.
Aguarela É uma técnica de pintura que precisa de água para que os
pigmentos da cor sejam dissolvidos.
Deve ser usada num papel mais grosso.
Guache A sua cor é mais opaca.
Principalmente uma técnica de pintura utilizada para
desenhos ou ilustrações.
Tinta acrílica Carateriza-se pela rapidez de secagem e pode ser diluída
em água.

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CAPÍTULO IV

Estratégias de motivação e incentivo para a prática da expressão plástica

Existem várias estratégias de motivação e incentivo para a prática da expressão plástica, contudo importa referir que
independentemente da área de intervenção, qualquer pessoa necessita de incentivo e motivação, sendo que estes dois
fatores são fundamentais para obter bons resultados.
De forma geral, o ser humano não aprende apenas por aprender, mas sim para poder enfrentar de forma satisfatória as
suas necessidades, isto é, o ser humano procura aprender para desenvolver/melhorar as suas competências para que
estas possam adequadamente responder a desafios e problemas que enfrenta ao longo da vida, ou seja, a pessoa tem de
estar motivada para aprender. Uma estratégia crucial para a motivação é a clareza dos objetivos, estes devem ser sempre
bem definidos e claros, pois não saber quais são os objetivos de determinada tarefa ou conteúdo pode ser uma fonte de
frustração.
Todo o ser humano é movido para a obtenção de determinados objetivos, logo a motivação pode ser entendida como
motivo/ação, ou seja, aquilo que move o sujeito para determinada ação. Ela é a força geradora do nosso comportamento.
Como já referido anteriormente, a aprendizagem só é eficaz se existir motivação.
Quem desenvolve a prática da expressão plástica (Animador/Educador/Professor/Formador), ou outra área de intervenção,
deverá ter sempre uma atitude favorável, assim como estar desperto aos diferentes níveis de motivação, e para cada uma
das situações deverá encontrar estratégias de motivação.
Seguidamente serão apresentados itens que podem ajudar a encontrar o melhor caminho para estratégias de motivação e
incentivo:

 Para conseguir motivar é fundamental que o Animador/Educador/Professor/Formador esteja motivado, ou seja


este deve dominar os conteúdos;
 O Animador/Educador/Professor/Formador deve ser um bom comunicador;
 Saber identificar os motivos que levaram o/a formando/a a frequentar a ação de formação, e quais as suas
expectativas;
 O Animador/Educador/Professor/Formador deve apelar à participação dos formandos, ou seja deve integrar os
formandos no processo de aprendizagem, o que demonstra interesse em saber o que pensam, ou sabem sobre a
temática a abordar;
 Outro fator crucial é a linguagem, esta deve ser adaptada consoante os destinatários, se o grau de escolaridade
for baixo, a linguagem deve ser simples e devem evitar-se expressões muito técnicas, assim como
estrangeirismos; os termos técnicos chave devem ser explicados numa linguagem acessível. Se o grau de
escolaridade for elevado, pode e devem utilizar-se uma maior diversidade de termos técnicos;
 Permitir que o trabalho seja junto/em grupo, isto é, o trabalho em equipa traz maior movimento, interação e
dinâmica entre os intervenientes;
 Reconhecer os méritos, é importante reconhecer o esforço e dedicação, caso contrário esta falta de
reconhecimento pode levar à desmotivação;
 Devem ainda determinar-se metas, que sejam alcançáveis, ou seja, o formando deve sentir-se desafiado para que
assim consiga alcançar o objetivo com dedicação;

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 As tarefas/atividades devem ser divertidas, isto é, há momentos para tudo, incluindo para a diversão, esta pode
criar mais ânimo durante a prática das atividades proposta.

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CAPÍTULO V

Técnicas de expressão plástica

 Técnicas de desenho
Existem várias técnicas de desenho, assim como diferentes formas de fazê-lo. Pintar com lápis de carvão/ de cor é uma das
técnicas tradicionais mais antigas que existe, e que produz grandes efeitos. Contudo existem inúmeras técnicas para se
obter um bom resultado final
Aprender a desenhar pode ser uma experiência que transmite prazer, e que permite que a pessoa tenha um momento para
relaxar, pode criar desenhos que exprimam sentimentos, ou mesmo algo que goste. No entanto, desenhar pode não ser tão
fácil quanto parece, é necessário dedicação, estudo, e até mesmo dominar algumas técnicas de desenhos que permitam
criar formas interessantes.
As técnicas de desenhos podem variar de acordo com o que se pretende desenhar. Aprender as técnicas torna-se crucial
no processo de criação dos desenhos e até facilita colocar uma ideia em prática.
Em suma, técnica é a forma, ou maneira com a qual um artista desenvolve o seu trabalho artístico. Desenho, consiste na
retratação da imagem através do uso de pigmentos secos sobre um suporte. O desenho exige criatividade no
desenvolvimento da atividade, e pode se desenvolvida através de diferentes materiais. giz, carvão, tinta, lápis diversos,
suporte, fixador.

 Técnicas de pintura
Pintar é representar uma imagem gráfica por meio de formas e cores e a sua finalidade pode ser representativa, expressiva
e/ ou decorativa. A pintura refere-se genericamente à técnica de aplicar pigmentos, em forma líquida, numa superfície, a fim
de colori-la, atribuindo-lhe tonalidades e texturas.
A pintura e o desenho são processos criativos diferenciados e livre de emoções.
Atualmente são inúmeras e variadas as técnicas de pintura existentes, assim como os materiais que podem ser usados
nesta prática, o que torna difícil fazer uma classificação das técnicas de pintura, pois cada vez que um novo material de
pintura ou desenho é inventado, novas formas de pintar aparecem.
A criatividade e aparecimento de novos materiais, veio facilitar o aparecimento de novas técnicas artísticas de desenho, e
de pintura.
As técnicas estão associadas aos materiais que se utilizam para pintar e a forma como esses materiais são diluídos e
aplicados (o mesmo material pode ser aplicado de diferentes formas – por exemplo: podemos aplicar guache com pincel,
com esponja, com os dedos, com escova de dentes).
Em síntese, para além das técnicas tradicionais, sendo as mais conhecida a de desenho, a de pintura, podemos ainda
salientar o desenho artístico, a pintura com pastel, a pintura a óleo, a aguarela ou a pintura de acrílico, sem esquecer outras
técnicas, como a pintura a guache, a lápis de cor, com giz, tintas, “decoupage” – pintura com guardanapo, entre outras
técnicas.

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 Técnicas de modelagem
A técnica de modelagem existe desde a antiguidade (tempo dos primórdios). Nesta época já se moldava o barro, e já se o
transformava em peças utilitárias e representativas. Mesmo nas civilizações posteriores esta técnica manteve-se presente,
em vasos, máscaras, entre outros objetos.
A modelagem pode-se definir como o ato de moldar, ou ajustar a forma manualmente do material, seja ele o barro, a argila,
o gesso, ou outro material maleável, mesmo com a inovação e aparecimento de novas tecnologias esta prática anda é
bastante artesanal.
Diferente do desenho e da pintura, a modelagem proporciona-nos a visão de todos os ângulos e lados da estrutura e ainda
podemos perceber a sua textura.
Sendo considerada uma forma de expressão lúdica, o ato de manipular o barro para além de educativo, também é uma
forma de prazer (pelo contacto/sensação que proporciona).
Para além do barro, existem ainda outras técnicas de modelagem, como a argila, e massas de modelar. Mesmo nos tempos
remotos, a argila era bastante usada na criação de potes, de estatuas, e de urnas funerárias, estando sempre relacionada à
existência, e à vida.
As primeiras peças artesanais modeladas em argila eram simples e algumas possuíam desenhos geométricos como os
encontrados na Pré História. No decorrer do tempo, as técnicas foram-se aperfeiçoando, e começaram a ser usados
pigmentos coloridos às peças criadas.
Face ao exposto, esta técnica com o decorrer do tempo espalhou-se por todos os lugares e foi ganhando diferentes formas,
componentes, e utilidades. O que antes era puramente útil passou a ser também decorativo. Na modelagem de gesso,
também começaram a ser introduzidos outros materiais.
Em suma, a técnica de modelagem estimula a sensibilidade, e a criatividade, através da criação artística vivenciada na
transformação da matéria modelada.

 Outras técnicas de expressão plástica


Importa referir que existem inúmeras técnicas de expressão plástica, para além das referidas ao longo do manual. Existem
ainda técnicas de estampagem, de colagem, de impressão, tecelagem, entre outras.
Cada uma das técnicas acima referidas tem materiais específicos para a sua realização. Seguidamente será apresentada
uma descrição sucinta para cada técnica anteriormente referida.

Técnica de estampagem – é feita com tinta adequada, e é possível aplicar esta técnica em paredes, chão, vidro e/ou
tecidos. Salientemos a técnica de estampagem em tecido, antes de iniciar esta prática é importante lavar o tecido para que
saia toda a goma que ele contém, seguidamente deve colocar-se um papel absorvente por baixo do tecido enquanto se
procede à estampagem, pois a tinta infiltra-se através dele.
Técnica de colagem – esta técnica é considerada uma variada obra de arte, pois é caracterizada pelo uso de diferentes
tipos de materiais (papéis, tecidos, linhas, carimbos, recortes de revistas, plásticos, etiquetas, tampas, palitos, cortiças,
folhas de árvore, sementes, cascas de ovos, botões, entre muitas outras opções), sobre um fundo.

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Técnica de impressão – para obter um bom resultado é necessário ver qual a técnica de impressão mais adequada a
utilizar, pois, na atualidade, existem inúmeras técnicas de impressão, contudo vamos dar ênfase à técnica de transfer
digital.
A técnica de transfer (estampagem) consiste, na aplicação em diversos tecidos como chapéus, sacos de pano, t-shirts,
guarda-chuvas. Este processo consiste na ligação entre a impressão digital e o calor. A técnica de estampagem permite
imprimir inúmeras cores, não havendo limite. A impressão é feita sobre um papel especial (papel transfer), que é aplicada
sobre o tecido com a pressão do calor (ferro de engomar), resultando assim a impressão. É uma técnica que pode ser
usada e aplicada sempre que se pretender, criando assim peças originais.
Técnica de tecelagem - O ato de tecer a lã é uma prática muito antiga, desde o tempo das civilizações. Esta arte surgiu da
necessidade do homem de transformar a lã, e o algodão em agasalhos para se proteger do frio.
Esta arte permite a produção manual de mantas, tapetes, cachecóis…
Numa fase inicial, os instrumentos para tecer a lã eram rudimentares, o homem começou por entrelaçar os fios em si
mesmo, e nas árvores. Com o avançar do tempo, o tear foi ficando mais estruturado e evoluiu para o que conhecemos hoje
em dia. O tear pode ser de mesa, ou uma espécie de moldura com pregos que pode ser apoiada numa superfície (plana ou
inclinada),existindo diferentes tamanhos e níveis de complexidade dessa estrutura de madeira. Porém, é dessa forma que
ele funciona: cruzam-se fios verticais (teia), que estão presos entre os órgãos do tear com os fios horizontais (trama) que
são transportados pela lançadeira (ou agulha) que vai entrelaçando este fio com a teia.

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