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BOLETIM | ABR-MAI-JUN/2016 Artigos 3

Artigo principal

Uso não terapêutico de esteroides


anabólico-androgênicos:
caracterização e riscos de danos

Rogério Hoefler
Isabel Cristina Reinheimer
Natália Helena de Azevedo Oliveira

Introdução logos à testosterona, que é o hormônio


esteroide sexual masculino, proveniente
Uma das facetas que caracterizam a so‑ do metabolismo do colesterol, secretado
ciedade de consumo contemporânea é predominantemente pelos testículos. Os
a crescente importância atribuída à apa‑ EAAs são responsáveis por propriedades
rência corporal. Alguns estudos mostram masculinizantes e pela maturação sexual
que, paralelo ao culto ao corpo, aumenta masculina3-5.
a insatisfação das pessoas com sua ima‑
A testosterona e seus análogos agem em
gem, assim como o consumo das chama‑
diversas partes do organismo, como ossos,
das “drogas da imagem corporal”, entre as
tecido adiposo, músculo esquelético, cére‑
quais se incluem os esteroides anabólico‑
bro, próstata, fígado, rins, entre outros. As
androgênicos (EAAs) 1, 2.
ações dos EAAs podem ser divididas em
O aumento do uso não terapêutico de EAAs, duas categorias principais: efeitos andro‑
especialmente entre jovens, é crescente gênicos - relacionados especificamente
problema de saúde pública em todo o mun‑ com a função reprodutora e com as ca‑
do. O elevado consumo dessas substâncias racterísticas sexuais secundárias e efeitos
entre os jovens, para fins estéticos, aponta anabólicos, que dizem respeito, de manei‑
para uma mudança no perfil dos usuários, ra geral, à estimulação do crescimento e à
antes restrito aos atletas e fisiculturistas1. maturação dos tecidos não reprodutores5.
Nesta revisão narrativa, são discutidos al‑ Em razão de seus efeitos metabólicos, os
guns dos principais fatores promotores do EAAs são empregados no tratamento de
uso não terapêutico dos EAAs, bem como pacientes com hipogonadismo, tumores
os danos associados a esta prática e pos‑ metastáticos de mama (mulheres) e ca‑
síveis medidas de controle. quexia associada à aids6, entre outros.

O que são esteroides anabólico-androgê- Usos não terapêuticos


nicos?
A prevalência mundial do uso de EAAs não
Esteroides anabólico-androgênicos (EAAs) está bem estabelecida. Porém, alguns es‑
são compostos naturais ou sintéticos aná‑ tudos permitem estimar as seguintes pre‑
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valências regionais: Oriente Médio (21,7%), que a prática de treinamento resistivo se
América do Sul (4,8%), Europa (3,8%), torna sacrificante quando destituída da
América do Norte (3%), Oceania (2,6%), ajuda dessas substâncias. Este fato, so‑
África (2,4%) e Ásia (0,2%)7. mado à rápida perda de massa muscular
Em um estudo transversal sobre o uso quando se interrompe o uso dos EAAs, faz
de drogas psicotrópicas e de outras dro‑ com que muitos indivíduos prolonguem
gas entre estudantes com idade de 10 a sua utilização, o que pode levar à depen‑
19 anos (N = 50.890), realizado nas 26 ca‑ dência1.
pitais brasileiras e no Distrito Federal, ob‑ O uso ilícito de EAAs ocorre entre atletas,
servou-se que 1,4% dos jovens havia usado por exemplo, com o intuito de aumentar a
EAA ao menos uma vez na vida8. Em fase massa muscular, a força física e a agressi‑
complementar desse estudo, na qual se vidade em competições, e diminuir o tem‑
analisou a prevalência do uso de drogas po de recuperação entre exercícios inten‑
entre estudantes adolescentes e adultos, sos. Também é descrito seu uso para tratar
observou-se que os principais consumido‑ ou prevenir lesões decorrentes da prática
res de EAAs eram do sexo masculino, com de esportes12.
idade entre 18 e 34 anos9.
Entre os não atletas, um importante fator
Johnston e colaboradores (2005)10 realiza‑ é o imediatismo na obtenção do corpo
ram um estudo, nos EUA, com o objetivo desejado1,12, com rápido aumento e defi‑
de monitorar o uso de drogas por adoles‑ nição de massa muscular1. Outros fatores
centes do 8°, 10° e 12° anos de escolarida‑ possivelmente associados ao uso dessas
de. Foram observadas as seguintes taxas substâncias incluem insatisfação com a
de prevalência quanto ao uso de EAAs: es‑ aparência física, baixa autoestima, pressão
tudantes do 8º ano (1,2% entre os meninos social, valorização do culto ao corpo pela
e 0,9% entre as meninas); 10º ano (1,8% e sociedade, a falsa aparência saudável e a
0,7%, respectivamente) e 12º ano (2,6% e perspectiva de se tornar símbolo sexual 2.
0,4%, respectivamente).
Para os jovens, pertencer a um grupo é as‑
Souza e colaboradores11 conduziram um pecto fundamental na construção de sua
estudo transversal, com entrevistas a 56 identidade, por isso, o assédio de amigos,
indivíduos, de ambos os sexos, com mais namorados(as) e colegas de academia
de 18 anos, que praticavam treinamento re‑ pode favorecer o uso de anabolizantes1. É
sistivo (“musculação”) há pelo menos três particularmente perturbador o aumento
meses em academias localizadas na cida‑ da prevalência do uso indiscriminado de
de de Gurupi - TO, Brasil, todas em situa‑ EAAs entre adolescentes12, sobretudo pelo
ção regular perante o Conselho Regional risco de morte.
de Educação Física local. Vinte e quatro
(42,9%) dos entrevistados eram usuários Medicalização da vida: fator a ser consi-
de EAAs. Entre os 32 não usuários, 72,2% derado
não pretendiam fazê-lo, mas admitiram já
ter recebido oferta de amigo ou de instru‑ Um conceito a ser entendido nesse con‑
tor. Ainda entre os não usuários de EAAs, texto é o do fenômeno da medicalização,
50% conheciam os possíveis efeitos adver‑ que ocorre quando processos biológicos e
sos e 40,9% disseram que não utilizaram
comportamentos outrora “normais” pas‑
por receio desses efeitos.
sam a ser considerados “problemas de
Muitos usuários referem não ter energia saúde” e, consequentemente, requerem
para “malhar” sem a utilização de EAAs e uma política de tratamento13. Outro con‑
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ceito para este fenômeno foi proposto no I ocupar certas posições19. Segundo Costa
Seminário Internacional A educação medi- e Venâncio (2006)20, o corpo ideal está
calizada: dislexia, transtorno do déficit de inserido numa lógica de busca por poder
atenção e hiperatividade e outros supos- e status. Uma boa aparência física rende
tos transtornos, realizado em dezembro controle político, econômico e social, ten‑
de 2010, em São Paulo: “a medicalização do em vista que, muitas vezes, ter um cor‑
se dá quando há o uso abusivo da medica- po saudável é condição para ser aceito em
ção em fatos da vida que são de natureza determinados grupos.
social”(sic)14.
Entre os exemplos incluem-se a medicali‑ Danos associados ao uso indiscriminado
zação da queda de fecundidade, do enve‑ de esteroides anabólico-androgênicos:
lhecimento, da obesidade e do sofrimento um problema de saúde pública
associado à menopausa ou à tensão pré‑
menstrual, os quais, geralmente, são pro‑ A configuração da utilização desse tipo de
cessos naturais15, 16. substância como um problema de saúde
pública está relacionada, principalmente,
Essa lógica se estabelece quando a pes‑ às reações adversas, sobretudo quando
soa, ao ser classificada como doente, au‑ as doses administradas estão acima das
tomaticamente torna-se paciente e consu‑ terapêuticas e quando não há uma carên‑
midora de terapias farmacológicas. Muitas cia que justifique seu emprego. A utiliza‑
vezes, essa prática oculta as verdadeiras
ção concomitante com outras substâncias,
causas dos problemas, que podem ser um
como hormônio do crescimento, medica‑
“simples desconforto” ou violências físicas
mentos que evitam a ginecomastia, anal‑
e psicológicas14.
gésicos para dores musculares e diuré‑
Definições de normas de beleza e o dese‑ ticos também pode ser danosa. É ainda
jo de alcançar objetivos físicos de forma preocupante o risco sanitário provocado
imediatista fomentam práticas ilícitas ou pelo compartilhamento de seringas pelos
inadequadas, como também respaldam usuários e também a existência de indícios
técnicas que proporcionam um maior en‑ de abuso crescente por jovens2, 21, 22.
quadramento social do corpo. Diante des‑
Os efeitos negativos decorrentes do mau
se cenário, a utilização de medicamentos
uso destas substâncias são bastante cla‑
pode desencadear o processo de medica‑
ros e podem ser evidenciados pelo maior
lização do corpo17,18.
índice de mortalidade (4,6 vezes maior)
O corpo é um dos instrumentos de impo‑ entre usuários, do que entre não usuários9.
sição pessoal perante a sociedade. Com
No comércio irregular (mercado paralelo)
o objetivo de moldá-lo aos padrões esta‑
e nos estabelecimentos veterinários, essas
belecidos, muitos optam por fazer uso de
substâncias são de procedência duvidosa
meios que prometem resultados rápidos
ou não têm qualidade apropriada para uso
com pouco esforço, como é o caso do uso
em humanos; como agravante, em geral,
de anabolizantes esteroides. O emprego
são manipuladas sem cuidados adequa‑
destas substâncias para fins não terapêuti‑
dos de higiene, constituindo-se muitas ve‑
cos pode ser explicado pelo fato de muitos
zes em vetores de agentes causadores de
as considerarem uma forma válida para se
doenças infectocontagiosas12.
alcançar o corpo dito ideal pelos padrões
sociais, obter ganho de força e aumentar Em estudo realizado em uma academia de
o marketing profissional, pois os atributos bairro popular de Salvador, foi constatado
físicos podem ser determinantes para se que os próprios praticantes aplicavam, uns
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nos outros, injeções de anabolizantes an‑ Em adolescentes, o uso de EAAs acelera
tes de iniciar a “malhação”1. a puberdade e a maturação esquelética,
promovendo o fechamento prematuro das
A falta de assepsia adequada na aplicação
epífises ósseas, com crescimento raquítico
desses medicamentos aumenta o risco de
e consequente baixa estatura5.
infecções, que podem evoluir para absces‑
sos cutâneos, fasceíte necrotizante, pio‑ Os EAAs, particularmente quando utiliza‑
miosite e quadros mais graves de necrose dos em doses elevadas, podem causar va‑
muscular e sepse21. A transmissão dos ví‑ riação de humor, incluindo agressividade
rus HIV e das hepatites B e C, entre ou‑ e ira incontroláveis, levando a episódios
tros, pode ocorrer pelo reuso de seringas violentos como suicídios5 e homicídios. Há
não estéreis e pelo uso compartilhado das associação entre o uso de anabolizantes e
mesmas; os traumas locais estão relacio‑ a ocorrência de personalidade antissocial
nados à aplicação com técnica incorreta e e narcisismo patológico12. Os usuários ain‑
à contaminação3. da podem experimentar ciúme patológico,
crises esquizofrênicas, distração, confusão
Reações adversas associadas aos anabo- mental e esquecimentos2.
lizantes
Por fim, há indícios de que o uso de EAAs
possa induzir um quadro de dismorfia
Os efeitos adversos mais comuns associa‑
muscular (homens com grande massa
dos ao uso de EAAs são hirsutismo, acne,
muscular que se consideram pequenos e
alteração da voz, aumento do pênis e atro‑
fracos), sugerindo que possam alterar a
fia testicular, redução da contagem de es‑
percepção da imagem corporal 24.
permatozoides, disfunção erétil, aumento
da libido, infertilidade, retenção de sódio e A seleção e o uso de qualquer medicamen‑
fluido, edema, alterações do humor e gine‑ to dependem de decisão que considere se
comastia. Alguns compostos podem cau‑ os benefícios terapêuticos compensam os
sar problemas hepáticos, incluindo icterí‑ possíveis efeitos adversos. Em doses tera‑
cia e tumor. Além desses efeitos, podem pêuticas, os anabolizantes causam poucos
ocorrer calvície, apneia do sono, dificulda‑ efeitos adversos. Por outro lado, o uso por
de ou dor para urinar, hiperplasia benig‑ razão estética ou frívola, sempre em doses
na ou carcinoma da próstata, policitemia, elevadas, traz consequências graves2. Do‑
exacerbação de hipertensão arterial, tre‑ ses elevadas de EAAs comumente empre‑
mores, dores nas articulações, estrias, ce‑ gadas, 10 a 100 vezes maiores que a dose
lulites, ruptura de tendão, resistência à in‑ terapêutica, explicam seus efeitos tóxicos12.
sulina, alterações nas lipoproteínas séricas Além disso, alguns estudos demonstra‑
e aumento do risco de doença cardiovas‑ ram que os resultados benéficos no de‑
cular. A gravidade desses efeitos depende sempenho, como a hipertrofia muscular
da dose e do tempo de uso, entre outros e o aumento da força física, podem estar
fatores do próprio indivíduo2, 5, 12, 22, 23. relacionados à retenção de fluidos corpo‑
Em mulheres, o uso de EAAs produz mas‑ rais, a efeitos comportamentais e ao efeito
culinização, evidenciada pelo engrossa‑ placebo25.
mento da voz, crescimento de pelos no
corpo com o padrão de distribuição mas‑ Controle da utilização dos esteroides
culino (hirsutismo), irregularidade ou au‑ anabólico-androgênicos
sência de ciclo menstrual, aumento do
clitóris e diminuição de seios (atrofia do No Brasil, os EAAs são considerados agen‑
tecido mamário) 2,5. tes dopantes, desde 198526. A partir de
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1999, os EAAs foram incluídos na Portaria Parágrafo único. A receita de que trata
SVS/MS n° 34427, em sua lista C5, estando este artigo deverá conter a identificação
sujeitos a receita de controle especial, em do profissional, o número de registro no
duas vias para a dispensação: “o controle respectivo conselho profissional (CRM ou
e fiscalização da produção, comércio, ma- CRO), o número do Cadastro da Pessoa
nipulação ou uso das substâncias anaboli- Física (CPF), o endereço e telefone profis-
zantes serão executadas em conjunto com sionais, além do nome, do endereço do pa-
as autoridades Sanitárias do Ministério da ciente e do número do Código Internacio-
Saúde, Ministério da Fazenda, Ministério nal de Doenças (CID), devendo a mesma
da Justiça e seus congêneres nos estados, ficar retida no estabelecimento farmacêu-
municípios e Distrito Federal. Para serem tico por cinco anos.(grifo nosso)
dispensadas em farmácias as drogas ana-
Art. 2° A inobservância do disposto nesta
bolizantes necessitam de receituário bran-
Lei configurará infração sanitária, estando
co em duas vias”.
o infrator sujeito ao processo e penalida-
Atualmente, as substâncias anabolizantes des previstos na Lei no 6.437, de 20 de
que compõem a lista C5 da Portaria 344, agosto de 1977, sem prejuízo das demais
são28: androstanolona, bolasterona, bol‑ sanções civis ou penais.
denona, cloroxomesterona, clostebol, dei‑
droclormetiltestosterona, drostanolona, Art. 3° A União, os Estados, o Distrito Fe-
estanolona, estanozolol, etilestrenol, fluo‑ deral e os Municípios poderão celebrar
ximesterona ou fluoximetiltestosterona, convênios para a fiscalização e o controle
formebolona, mesterolona, metandienona, da observância desta Lei.
metandranona, metandriol, metenolona, [...]
metiltestosterona, mibolerona, nandrolo‑
na, noretandrolona, oxandrolona, oximes‑ Considerações finais
terona, oximetolona, prasterona (deidroe‑
piandrosterona - dhea), somatropina (hor‑ O acesso aos anabolizantes por vias irre‑
mônio do crescimento humano), testoste‑ gulares, associado a comportamentos in‑
rona e trembolona. dividuais e coletivos, corroboram para o
Segundo a Lei n° 9.965, de 27 de abril de uso não terapêutico dessas substâncias,
2.00229, em seu Artigo 1°, parágrafo único, em especial entre jovens e praticantes de
o código da Classificação Internacional atividades físicas.
de Doenças (CID) e o número do CPF do O emprego dessas substâncias está as‑
prescritor são obrigatórios para a prescri‑ sociado a aumento do risco de danos aos
ção de substâncias anabolizantes no Bra‑ usuários, especialmente quando utilizadas
sil. A seguir, são transcritos excertos da de forma indiscriminada e sem indicação
referida Lei: terapêutica. Por isso, o uso deve ser res‑
[...] trito aos pacientes que possam se bene‑
ficiar do tratamento, como aqueles com
Art. 1° A dispensação ou a venda de medi-
hipogonadismo, tumores metastáticos de
camentos do grupo terapêutico dos este-
mama (mulheres) ou caquexia associada à
roides ou peptídeos anabolizantes para uso
Aids, entre outros.
humano estarão restritas à apresentação e
retenção, pela farmácia ou drogaria, da có- As campanhas de prevenção voltadas aos
pia carbonada de receita emitida por mé- jovens devem fornecer informações qua‑
dico ou dentista devidamente registrados lificadas e imparciais sobre os potenciais
nos respectivos conselhos profissionais. danos do uso indiscriminado de anabo‑
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