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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA

MOTOR CC SEM
ESCOVAS
BRUSHLESS DC MOTOR - BLDC

Joaquim Eloir Rocha 1


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Introdução
Um motor de corrente contínua com escovas
ou “brush DC motor” apresenta algumas
desvantagens como a manutenção.

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Introdução
Uma alternativa é realizar a comutação
de forma eletrônica e não de forma
mecânica como o motor cc convencional.
Para isso é necessário mudar a
construção do motor e introduzir um
conversor eletrônico, sensor de posição e
controle adequados.
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Introdução
A comutação no “brushless dc motor” é
realizada através de chaves eletrônicas.

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Configurações básicas do motor c.c.


convencional e “brushless dc motor”.

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Introdução
O motor c.c. convencional pode ser
alimentado através de uma ponte
retificadora controlada a tiristores ou,
em uma topologia a quatro quadrantes,
pode ser alimentado por uma ponte H
com transistores.

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O motor c.c. convencional alimentado


através de uma ponte retificadora controlada
a tiristores e através de uma ponte H com
transistores.

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Introdução
Um “brushless DC motor - BLDC”, tem
um estator com três fases e o rotor
possui ímãs permanentes que produzem
um fluxo magnético retangular no
entreferro. Os enrolamentos no estator
costumam ser concentrados.

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Os BLDC são alimentados através da


aplicação de ondas retangulares de
tensão. Existe um sincronismo entre a
posição do rotor e a aplicação de
tensão. O ângulo entre o fluxo do
estator e o fluxo do rotor é mantido
próximo de 90° para conseguir o
máximo torque.
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Motor “brushless DC” com 4 polos no rotor e


com três fases em enrolamentos concentrados.

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Um brushless DC motor pode apresentar


uma construção não convencional, pois o
estator pode ficar interno ao rotor.

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O motor “brushless DC” foi desenvolvido


para ter um melhor desempenho do que
um motor c.c. convencional sem os
problemas associados com as escovas.

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O motor “brushless DC” não apresenta


faiscamento e é mais eficiente do que o
motor c.c. convencional. Também, tem
maior velocidade e maior densidade de
potência. Por outro lado, exige sensores
de posição ou outros métodos
“sensorless” para estimar a posição.

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Em um BLDC, a aplicação da corrente


nas bobinas é feita através de chaves
eletrônicas e não através de um
comutador mecânico. Utiliza-se uma
ponte inversora para fornecer um fluxo
de corrente bidirecional nas bobinas da
armadura, ou seja, utilizam-se duas
chaves semicondutoras por bobina.
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Não é possível ter um grande número de


bobinas na armadura como no motor c.c.
convencional, pois isso exigiria um
grande número de chaves impactando
no custo. Um compromisso aceitável é
ter três bobinas na armadura e,
portanto, seis chaves de potência.

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O número pequeno de bobinas na


armadura significa maior oscilação no
torque. De qualquer forma, a oscilação
no torque é inevitável porque o fluxo
concatenado na fase e a corrente no
enrolamento do estator não são
senoidais.

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Forma de onda da corrente em uma


bobina (fase). Abaixo a modulação.

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Envelope de torque - velocidade

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As principais vantagens do BLDC são:


Alta eficiência;
Operação em altas velocidades;
Confiabilidade e durabilidade;
Resposta dinâmica elevada na
configuração de rotor interno.

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A oscilação no torque do BLDC é sua


maior desvantagem e, por isso, este tipo
de motor é usado em aplicações de alta
velocidade e alta inércia, pois o sistema
mecânico filtra a oscilação do torque.

No domínio do tempo

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Exemplo de Motores do fabric. Minebea

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Novos materiais para ímãs permanentes


foram desenvolvidos e permitem maior
densidade de fluxo e coercitividade.
Assim, em condições de operação
normal, são resistentes a
desmagnetização. Entre esses materiais
chamados de “ímãs de terras raras” está
a combinação de neodímio, ferro e boro.

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Devido a grande densidade magnética


promovida pelos ímãs de terras raras, a
quantidade de material usado nos motores
é bastante reduzido. Isso tornou possível o
uso desses ímãs no rotor das máquinas. O
motor com rotor interno tem alta relação
entre torque e inércia e maior facilidade de
refrigeração do estator. A fixação dos ímãs
deve ser cuidadosa quando o motor é
submetido a altas rotações.
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Algumas possíveis disposições dos ímãs no rotor


na configuração de rotor interno (inner rotor).

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Nos motores com rotor externo (outer rotor),


o rotor consiste em uma estrutura com os
ímãs colados na superfície interna. O
balanceamento, nessa configuração, é crítico
devido à grande massa em rotação. Possui
a vantagem de ser possível utilizar apenas
um mancal para suportar o rotor. A inércia
alta do rotor é útil em aplicações como
em ventiladores.
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Exemplo de disposição dos ímãs no rotor na


configuração de rotor externo.

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Motor usado na unidade de disquete de 3,5 “.

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Elementos em um BLDC típico.

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Esquema de controle de em um BLDC

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Comparação entre um BLDC e um MI

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