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O ciclo econômico brasileiro nesta etapa inicial se dá muito à extração do pau brasil, o
qual era realizado em sua grande parte pelos nativos em troca de diversos utensílios, como
machados e outros objetos. Outro elemento implantado neste período colonial é o cultivo da
cana de açúcar, realizado nas capitanias hereditárias, que mais eram uma forma de terceirização
da colonização por parte da coroa portuguesa, sendo que apenas as capitanias de São Vicente e
Pernambuco conseguiram obter algum retorno significativo. É nessa época que começa no Brasil
a inserção de escravos africanos para trabalharem nos engenhos de açúcar, o que acabou
gerando inúmeras fugas e a formação dos quilombos.
Com o retorno de Dom João VI para Portugal, seu filho Dom Pedro I assumiu como
Regente e posteriormente declarou a independência do Brasil em 1822, porém, o país continuou
sendo de regime monárquico. Após algum tempo, Dom Pedro I também voltou para Europa e
seu filho Dom Pedro II assumiu o trono mesmo sendo menor de idade, pois entre o período que
Dom Pedro I ausentou-se até a posse de seu filho, o país foi administrado por uma Regência que
mantinha o poder de certa forma mais descentralizado.
No governo de Dom Pedro II ocorreram vários avanços relacionados a industrialização,
construção de portos e estradas de ferro, abertura de bancos e a produção do café continuava
sendo a principal atividade econômica da nação. Porém, nesta época ocorreram eventos que
acabaram afetando vigorosamente a economia, os quais foram, a Guerra do Paraguai e a
pressão sobre o Império para abolir a escravidão estava aumentando cada vez mais, e foi o que
aconteceu. Em 1888, Princesa Isabel assinou a Lei Áurea com objetivo de extinguir a escravidão
no Brasil que já durava aproximados três séculos. Com o fim da escravidão e a necessidade de
mão de obra nas fazendas de café, houve o surgimento dos imigrantes europeus com o intuito
de “fazer a América”, como comenta o historiador Bóris Fausto no documentário “A história do
Brasil”.
A partir daí, o poder do governo foi alternando de modo geral entre os estados de São
Paulo e Minas Gerais, o que ficou conhecido como a República do café com leite, já que o voto
não era secreto e essa manipulação das eleições era facilitada com o apoio de grandes
fazendeiros do interior, os coronéis, que segundo Fausto, “Do ponto de vista eleitoral, o
“coronel” controlava os votantes em sua área de influências. Trocava votos, em candidatos por
ele indicados, por favores tão variados como um par de sapatos, uma vaga no hospital ou um
emprego de professora.” (FAUSTO, 1999).
O próximo presidente com destaque a assumir o governo foi Juscelino Kubitschek, o qual
implantou uma grande industrialização no país e a construção da nova capital, Brasília. Apesar
do avanço da indústria, a inflação na economia também aumentou ocasionando em uma
enorme crise que acarretou na renuncia do presidente seguinte, Jânio Quadros, deixando a vaga
da presidência para seu vice João Goulart, que acabou sofrendo um golpe de estado por parte
dos militares em 1964 por querer implementar as reformas de base, entre as quais estava a
reforma agrária, o que na época era temido pela elite, classe média e militares, devido ao medo
do fantasma do comunismo presente na época durante a Guerra Fria.
Lula assume a presidência anos depois e com uma situação favorável junto a economia
mundial e consegue ótimos resultados econômicos em seu governo, com vários programas
sociais de inclusão das classes mais pobres. Após o término de seu segundo mandato, quem
assume a presidência é Dilma Rousseff, porém não obteve o mesmo sucesso econômico de seu
antecessor e durante seu segundo mandato acabou sofrendo impeachment, por vários motivos,
entre eles as chamadas pedaladas fiscais.
Não é absurdo dizer que hoje em dia o coronelismo ainda exista em nosso país,
principalmente nas cidades menores, que ainda exista discriminação com os negros e pobres,
pois a marginalização dos escravos no pós abolição está representada nos dias atuais, pois
mesmo tendo sua liberdade concedida na época, os governantes não adotaram medidas de
inclusão aos ex escravos. A escravidão acaba sendo a maior cicatriz na história do Brasil, e a
educação a chave para que o país obtenha produtividade, discernimento e tolerância.
REFERÊNCIAS
https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/acervo/geral/audio/2017-01/na-
trilha-da-historia-confira-principais-diferencas-da-colonizacao-nos-eua-e-
no/#:~:text=E%20a%C3%AD%20n%C3%B3s%20temos%20uma,Estados%20Europeus%20Portu
gal%20e%20Espanha.&text=J%C3%A1%20nos%20Estados%20Unidos%2C%20a%20coloniza%C
3%A7%C3%A3o%20foi%20principalmente%20de%20povoamento.