Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O Colapso do Populismo
no Brasil
2? edição, reyista
. .í.
crvrlrzacao
brasileira
I
colas. além de outras transformações institucionais importantes, po, desenvolveram-se contradições econômicàs, políticas e so-
foram a conseqüência e o cornponente cla ruptura político-eco- ciaisec.riaram-seorganizaçõespo1íticasdeesquerda
nômica ocorrida nessa éPoca. A liquidação do padrão getuliano
Os acontecimentos que assinalam etapas o desdobramen- "iniciou-seou populista de desen=,' \"
volvimentã ecónômico social no Govêrno de Jrí\)
Itos da ruptura das estruturas político-econômicas são: as crises celino Kutritschek de Oliveira (1956-60), que p-ssoc[ou de \. -
setores jovens das.fôrças
ida cafeicultura; a politizaçãó dostradicional; o aparecimento forma brilhante a política de massas e os compromissos cres- :..
iarmadas em direção diferente da centes com o capital exterlg.. Em conseqüência, instaurou-se,
ide reivindicaçõesãe operários e setores sociais rnédios; q agra- cle modo agudo, o anlagonismo entre o pq{rãq getuliano e
iva*.nto dos antagonismos nas camadas dorninantes; a Guerra também nacionalista de desenvoLvimento, .-Po{ QI4 -lado, e - o -
iMundial de 1914:18;l[ crise do capitalisrno mundial iniciada padrão de desenvolvimento associado e dependente, por ou-
lcom o crack de 1929; a Guerra UundiA de 1939-45; a substi- tro. Portanto, é na época do Govêrno de Juscelino'Kubitschek
8
§;ç
de Otiveira que se criam as cgn{ições mais imp-oriantes para xqÍvimpaÍg:- .9wg!@g..§uh§-fiÍaiçãa, s'ssoçiado-g-so-çiçli-stq*-.o"*5
grpl!rs@-ç=§ug9§slv*4s ü' t
três primeiros *
a futura liquidação do desenvolvimqnto nacionalista'
O desenvolvimento econômico-social no Brasil, baseado
no nacionalismo econômico, na luta por uma política externa
independente, na política de massas e, ao mesmo tempo, em
tural
O rnodêlo
r:ffiân
brasil
icais
de-s{pgÃ&çeQ=i§-Brodutos tloprcals e
mQtel
maté-
ã
v\
10 11
no Brasil engendrou alguns padrões político-econômicos singu-
lares.
nte coÍn a socl mês_ ilter-
m, temos: a g. _. .nqç ig_n alislq_o1ef o_r1q1q14, çon:
I
br?sileirq]'. As flutuações entlq. êsses 46is padrões sáo atirne-n-
ta{as., p-gr urn la4c._pqlas lutas dp__Wqgqldg',g*por outro;
felas
II
.p-,r_óprias contradições i[g]rentg§---a9, *nac!ôãq.iismo 1e_fogrni6la.
iI Aliás, a_.combinação engenhósa da demô,craôià pôpúiÀii óom
uma política de internacionalização da economia-biasileira exi-
be claramente aquelas contradições.
Tensões e Conflitos
14 15
A partir do final da Segunda Guerra Mundial, êsse qua-
Em diversos casos, êsses acontecimentos políticos e mili- clro se modifica, tornando-se mais cornplexo, Jâ sstavam for-
I
madas, então, as condições institucionais, ecoÍrôrnicas e polí-
i
ticas para o desenvolvimento do setor industrial . A própria
derrubada do Govêrno de Getúlio D'ornelles Vargas reflete os
conflitos de interêsses e _a! .lutas que transcendám o âmbito o:*##&
I
de
. .( nacional. Eutre 1945 e 1964 e arn em cena'slq-esc-41ê-!gt1Â*
I
q_
-o .p-o.:d-eL -p:qliticq -ç-çç9- aipJ--!-ucitqlgs-is Ín asso assa ana&s-elq*gsral. A parti r
-m
I
.ficgment
ffifrãciffi; asleivindicações dos trabalhadores agricolas,
*.$ em várias regiões do país. É ainda nesse período que se mul-
*."*]^,,*t'
tiplicarn os grupos políticos de esquerda; e a juventude uni-
., versitária impõe-se ainda mais, corno fôrça política'ativa e or-
i'[tgt"
,Qr's:-
lcro ganizada.
Essas são as linhas gerais das crises que assinalam as dife-
ffi]art", o tenentism:o simboliza essa etapa da vida
rentes manifestações da ruptura político-econômica que aoom-
nacional. No que êle tem de explícito, bern como no que apÍe- panha a formação do capitalismo indpstrial no Brasil. Os con-
senta de caótico e contraditório, êsse movimento político e ideo- teúdos mais inrportantes dêsses acon,tecimcntos reaparecem nós
lógico exprime alguns aspectos importantes da época .91ry9:
fl'^
,.,.r- lràur formou-§g com base nas'seguintes
tismo ltuLp§ condiçóes e fatÔreql
,;:i_;:_-_"*=l:ê;___
uwtrurvup
"revotução nas ex-
capítulos posteriores.
Entretanto, êss e*qu 4d-r-q de a c ont ecim enÍos p olítlçg§ J}fo*-
_.Jgà''
-&'I
médÍa;
iãêãil-r-?êvom
qla[- se .çor+pleta + .qãq sgr qqand.o a.corylp+nhaJfros g*d_essnrolar dos
.-pectativas" da classe média. P?rÚ:la ao seu cresc-iúento
t @tta,Erlt.* qpropensão a consu4lr fêtos políticos interr.racionais.*Êles aJetam dire,ta e indiretamen-
ltpL..r e os rendimentos eXíCuoSl contradiCões entre a§ estruturas nas-
.
te a história nacional . Correspondem às manifestações c1a-l
-[ar^rv. :.j=: e
^:^as_ ruptuÍa político-econôrnica ocoriida externaÍnente. É i-porP
c6iõs. resultantcs trás transformaÇõcs econÔnticÓ-sociais
t
+ç,;oRe!
& ' vFe- pr
ffi4g.i$-g;6;-qae.rg1ne1q;l§;q;
pratlca=r;;úttd
--e
tlaulÇturlal ut, rllrrrt4rláaltdY llê§ uvurrvw§ w
naoltual IJfãêü"tr4i-É-úÍituri,aç'íõ-dãi"deCisõe-s
tante considerar, neste ponto, que a.sgç.isdqdg bJpsilgi
-sçffr.dq=d.ç
rnápio\ ãiôili-p_trilc^;'impíota;aó-.de os gov"rnà'ú.s o sllpos do- .
o de Go- {
rnan
também (R *t'
ex,ter- \^ ,t
d
õfi6raTGinõ
"io
r mãfTnffi fe-ãlElii ocrããã [ât ligr q@]-s!s dente s t(à
ttl -r.
.
tibeTatisffi'ó
rlDclal[5lllu êrqivg*
cltrLrYU" E*
Lll iuma, aí lúiái
5ulll4' 4) políticas lravadas a par-
ruLqJ HUrrr ica externa uncl0na itivamente no ê(r.
tns"rt's§- titir-ãTffi;relacionadas
de 1922 estão relacionadas corn a necessldade necessidade r^ consll-
^:J^r^ cle
de
de ^^-^r.:
consti- ê1r
2É
I .§-
y' ,tuir-se
,tulr-se sistema cultural e
.,Qt - ---ffi um srsrcma institucional
lnslltuurorlal adequado
aotrquilLrL às exigên- 3Ã.
í«§ §§'cias
CTE
I
(í' -o=] da civilização urbano-industrial em formação' \ -ix
6v)
\o "i16
, \9' 17
ô'
'p
l
k
l
rQn) tomadas.."T
As crises do capitalismo internacional, tomadas
p]*
em pranu
*r
Lq" poritico, ;;tã"
'i-bgib*?.l3
d"u: oy:ti:iiiillSls $ o:,rr&&
éltrq_as ryçõeq "/t--.. #}.\
as na- faço das_ puirnt. _'*toí'']
',I+ád'i n{.
i;ê- é que com re ía au l,igtãterii
é questioíada de fato pela Alemanha, a França e, depois, os
Ilstados Unidos da América do Norte. E é êsts país que, ao
I
QUADRO II í\q
la
;§ q\
>\^
Feros HISTóRICOS RELEVÀNTES rÀ E(
1910-67 lffl
>ê
transição para uma
«\
clinamizada a partir da Primeira Guerra Mundial, dependeu .t§
Áno Aconleclmento Paises envolvídos bastante das contradições o crises havidas no âmbito interna- 7
cional. Em perspectiva histórica, essa tendência foi examinada
cuidadosamento por Alan K. Manchester, nos seguintes têr-
1910 Revolução PoPular México
China
mog:
lgll Revolução Burguesa
ÃtáÀant a, Inglaterra, França, Itália
1914-18 Gucrra Mundial
e outros,
lglT Rcvoluçáo Socialista Rússia
lg}g-33 Grande DePressão Mundial A Alemanha fol a primeira rival a ameaçar sàriamento a
1930 Revolução siurii. fru-bém revoluçóes e gol' poeição da Inglaterra. Iá em 1873 a tonelagem transportada pcla
p"r outros Países da Àmérica .A,lemanha estava ameaçando deslocar os Estados Unidos, que
"-
I-âtina). mantinham o terceiro lugar entre as nações que comerciavam com
Ãí.*uít u, França, Inglaterra, URSS, o Brasil, Ao mesmo tempo, o cônsul inglês em Santos (uma base
1939-45 Guerra Mundial dos inglêses) lamentava que as tripulações alemãs fôssem melhor
Japão, Estados Unidos e outros'
Índia treinadas e fizessem melhor figura, além de ser muito mais só-
lg47 IndePendência brias que as suas rivais inglêsas. Para seu aborrecimento, os arma-
1949 Revólução Socialista China
dores começavam a preferir navios alemães e noruegueses, pois
1952 IndePendência Egito
Bolívia que corriam rumôres de que êles cuidavam melhor dos carrega-
1952 Revoluçáo PoPular õoréiu, China, Estados Unidos mentos e cobravam menores fretes. Em 1885 a tonelagem alemã
1952-3 Guerra para o Brasil rivalizava com a francesa; e aí por 1912 era a se'
1958 Guerra de Libertação Vietnã e França
gunda depois da inglêsa.
1959 Revolução Socialista Cuba
1962 IndePendência Areélia O cataclismo de 1914 eliminou a Alemanha como rival, na
1964 Guerra* Vielcong e Estados Unidos república sul-americana; e preparou o caminho para outro com'
petidor, que venceria onde outros falharam. Até 1914, os Estados
Unidos nunca haviam sido um competidor pelo predomínio eco'
t Em 1971 essa guerra continua'
19
L8
nônrico nos ntercados, nos transportes ou investimentos
brasi- risf,ras ç sliyelelpiryllSe{o;*qs-Plgp[* -Bpy"glus {q-dq 3 QJs:-
(...)
'---Á'lretâterra,
lciros. a sua ,gy1,lg_I,gslLyis*q1_@@t p*or J otd1q-M, Y*opng-
lodavia. nunca fêz questão de nranter
,,,pt"r#iã'ãr;;;;t ;; brasileiras' Ela esta-
.área das exportações. rno dos Estados Unidos entrou no cenári,o-militar
va fundamentalmente rntáressaCa no Biasil como
um mercado
e não como país fornecedor de ma-
áj:;.
r\#
;;."'";;;;T;ilài-loÉrcio.,
térias-primas. (...)
Á.i-, a despeito dos alarmes ocasionais formulados pelos
como um com-
cônsules britânicos, os Estados Unidos figuravam
priu a até a Guerra Mundial' Nesta
;;;id* *";., Inglaterra,
fornecedor para Outros aspectos clo andarnento posterior dêste desloca-
ã;;;;" ,.rptuntoi, a Grã-Bretanha como principal
da Inglaterra para rncnto do Brasil no sisterna mundial serão focalizados nos capi-
a iepúUfica sul-americana' A incapacidade posteriores a 1914' tulos posteriores, conforme as exigências da análise. Por ora,
*uni"t a sua posição tradicional, nos anos
gueira' c()nvém mencionar mais uma informação: ..,1+*,p
era sin-rplesmente o resultado natural das condições da + ,q1*.!$
P;;" "; britânicos, êsse eclipse temporário seria retificado
em
21
20
Drolrranras cconômicos brasileiros. Assim, a estalitiÉade{ilAS
irclra a participação de capitais eslrangeiros na economla na-
.
#' ffiA
,l' &, "#ffi Ornid,'i p o rt ant ê s nSqJ_êg
"i fsiffi
gÍ-nen d aç O es ;tf iêsen t ad a s
-a@s Brasil-Estado; Uni-
':ffii.#ib.ã, ; -ãffiffií-
iifr*aiT-Aasffi
--rso, os norte-america-
f'- .li' irmá poÍítica de negócios destinada a con-
o?*' "ã'?ffiAanàm
;;# r'"*ionufitÀo eôonômico floreicentedeem alguns países
i^iú*"*Éiicanos. Bm tg:s, o Govêrno Cárdenas haviq
nacioruf izuao a indústria petrolífera mexicana ' E no mesmo m
anà o Covêr,no cle Vargas criara o Conselho Nacional do
Pe-
tróleo, oom óbvia inclinação nacionalisia'a
Fases da Industrializaçáo
;;tr;
-À**iii,''úlumbia
;d-üfü e]n ingtes ã-a" ísar. 40 mesmo tgqp§_a*hisióua das _rçlagõss, ç_oltl o§--pqlsq_q=qqo_
University Press.-New York,.19^45- Sôbrc o na- Em verdade, os progressos\
cionalismo brasileiro no setor petrolífero: Gabriel C'o}l.n' fetroleo
e
N;';i;;;íit*r, Difusão Europóia- do Livro, São Faulo, 1968' da produção fabril colocam em confronto e em encadeamento
22 23
\
ahistórianacionaleahistóriauniversal.Ahistóriabr,asileira, mcsnto), produzindo uma diminuição brusca
funde-se çe lluururtL-§v
mâl§ uma vez, Iullclg-s(i mina-se !4
ilumi na história dc caPita-
lisrno. Ern boa parte, aquela é função desta'
Nesse sentido é que se pode rsconstmir as etapas da
for
*uçaoão ,ãl'ii"a"utii11, c9m9 nrlcleo qinâmÍ? 9: g::f^"*- &t rocober
vimento econômico nacicnal. .A§ de ev
a caoacid
to custo relativo do câmbio. Ert crlam-se es-
ÍÍniüIó§ Íovos o inciplente qelo{ js€!l!!§lul_o
,á'1I.io 'rls-trãirsIomã da economia brasileira.
. p1- do País.
1o industrial
A prlugllr.-sÍa& da formação do setor inCuslrial no Bra O fato de que a produção de café tenha continuado a ex-
dffiwolw-se lgJtglor d"e-=upg 9oggo. {Ua de trpo^coronlar,"
iq--4--qp-q:qg91rr;fl
e» sil
sildesenvorvo-seroráterlog-úe-=rrry=sq,qilqgq-!-e.'.tjP-q:qg9f pandir-se depois da crise e a circunstância de que os cafeiculto-
Àte tq:0, a vidã-ãônôrnica- em funcioname-nto.no Pais,estâ ies se tivessem habituado aos planos de defesa dirigidos pelo go-
\13P orsanizada segundo o modêlo "exportador"' A cafeicultura vêrno, respondem em boa parte pela manutenção da renda rno-
)'íá
;,!il"il;r'" ias atividades produtivas.nacionais e definindo netária do setor exportador" Ao proclutor de café pouco the in-
brasileira como uma funçã<: teressava que a acumulação tle estoques fôsse finançiada com
, f"ição da esll:utura econôníca empréstimoi externos ou com cxpansão de crédito. A decisão de
ãol rüiú exportador, simboliza ! Fadrão de desenvolvimento
nácionat nejse estágio. São as çris€üi flUtuaÇões do sgto':ç.- .
r ,as aiv"isas à econornia do País,
c.»<a
recursos prodúzidos no setor caf icientes para
sufici
atenaei ápo*rtu de manufaturas tradicionalmente imporia-
ãur, u*nidrd"t artesanais e fabris.instaladas dinamizam+e'
pãiâ ut""A"r ao menos parcialmente àquela procura' Emcon-
ieqüência, gcupam-se molhqr 4§ emprê§?s
çam ajriar-se. ngvas.
i
l'
.'--Et*
época excepcionalmente crucial pTa. a-fo1naglo.do
rlru#p'i'tl*:"l#'l'
1J
xi"';J;
Políticos' TraÍa*q 9e
L Celso Furtado, Formação Econômicu do Brasil, Editôra Fundo tle
()ultura, Rio rle Janeiro, 1959, págs. 207-250; citação das págs. 234-5.
() problema eÍas relações dinâmicas entÍe o setor colonial, ou externo,
d,;*e-grt condlções e efei'tos do mecanismo de socía' c r diferenciação das estruturas econômicas e sociais (regionais ou na-
i,; -
cionais) tern, sido objeto de estudos recentes. Quaoto ao aparecimento
,|l'zaaid d4s Pe.da, o expansão industriais em diferentes regiões do Brasil'
ffiêsse proÇrltãE <iinumizaçáo e,por em loa parte, de cria^ -como dos núcleos
ben-r sôbre o caráter das relações entre â cidade e o campo' con'
;il áo setor'industriai foi forrnulada Çelso Furtq4o, sultar: Inácio Rangel, Introdução ao Estudo do Desenvolvimento Eco-
Ern síntese, o processo funciona .do seguinte . modo'. A nôrn.íco Brasileito, Livraria Progresso Editôra, Salvador, 1957; Gilberto
Paim, Industíalização e Economia NaÍural, Instituto Superior de Estu-
I t*1#'t crise a cafeiculiura ia de 1929, por ex') como as crises típicas dos Érasileiros, Rio de laneiro, 1957; Paul Singer, Dzseavolvímento
'EvolttÇdo
nas economias coloriais, vem cle fora' Aparece como-uma Econônúco e Urbana, Companhia Editôra Nacional, Sáo
uo4[ queda r,r;s lucros dos cafeicultores. surge como uma Ieduçao oo Paulo, 1968, Ainda sôbre os movimentos do mercado interno, as flu'
$n)
;;;*;";;-uma uaixa nos preços ãxternos (o que dá no i"áçOác das importações e o aparecimento do setor industrial brasi-
i'
I
24 25
'.\
..( .,Ís4'
Z6
27
de im- enl váric)s tempos. Por um lado, o seu teor econômico, que já
É óbvio que as aplicações do moclêlo "substituição
"mJ*;i ne1 vinha sendo forçado antes, entra em execução plena com o
,'a"= t" *ii[útà,n segundo uma dire.triz
'.nic1', Í'rograma de Metas. Por outro, o seu üeor p'olítico, que
tnmlórn vinha sendo forçado anteriormente, entra em comple-
tn cxecução com o Gov&no do Marechal Humberto de Alen-
cur Castello Branco. -E!n seu nível econômioo (que nos rI}-
Xçs
rasii
as-
tar valiosa
iiico,
^tl:'qi :f-
comunlcações' produeão. dq
setores de transpcntes,
etc'@-1-2'i9*ueuu-ggfrq+laqlenlq Éato de grande importância ocorrido em 1956 foi o renas-
".ir*ração
nrÁsrimos externos .ru@ cimênto do i,nte-rôsse dqs capitalistas estlaggqiros pelo {esenvol-
r.-QtÇQ.r_nctr.-
clas crisos vimento indt
ffiâ-qüc o nôvo Covêrno conseguiu esta-
helecer no lixÍerittr, A verrJntle é qrrc hoie se transformott inteira-
;;d; füffiÃent* ô invesrimentos cada vez mais freqüente_s.
perspectivas de
nlento o qonceito enr rclnçflo uo Brosi!, -c--I9!§9-bͧ es!t..qçPpan-
Todavia' a etapa em que as condiçõÔs e rlo o nrinrailo -luf,rr somo-nrercado nuâ. c8!.Úú-e§trÂug§u'p-"s4-
passam a depender am- Qucr pttra sttprir tts divisus neccssárias ao financiamento dos
desenvolvimãLtt ãtti"otito^no Brasil e disfarçada
visívol projetos governâmentais, qqer para pr.estar apoig à-§rnPBl§ê-S:i:-
;iil;;1; "f'"i'Jiü oi"tu e indirêta'
ã;;;;ilào 'vada nacional na obtenÇão de empréstimos ext§4lo§' pJQg[Qyer!!1U..
1i
§u"
6ov(o ;!$Hffi li,,.l1â:;,s i$ffiffifTt"ii
éntretanto, ô moctêlo destinodo
.
a.
clo nosso
a
*.àno*inu,u'il"i'u;rr_§9-Iav'sir.rrplantadoalgrrnsanosantes'
, npn--s--ear;;*'ii-A'tã,çlo cdvêrno Juscêl:no Kubitschek
êsse padrão entra em execução
ã-clês de ação consistiu qfg-ú3[- i9-
A[ ffiT;ti;r,
í*.F$^^s
rt.póti,. da presença crêscenrc tloBraiil:-J',^Pa'{li^,::lÍ*llt;
capital financeiro estrângei-
t-\
ro J*piii3'l;i ""
nas finanças púbricaf'
'i Tàt,)ià""fii,:râii;'à"" r"'à'ii,- ó"*panhia
ãt'isiol;
Mitôra Nacionar' são
Carlos Inslez de Sou-
Paulo, 1960 (1? edição ã*ltãtJet, Editôra Monteiro 4 Juscelino Kubitschek de oliveira, Mensagcm ao congresso Nacional,
za. A Ánarquio wton,tàiio-;*';;;; õonieatibicias' Rio de Janeiro, 1957, págs' 246-7 e 248.
Lobato. São Patrlo, I924.
ZY
28
QLrÂDRO lV
Bank of
Ilt ctttt's!ttrçiro c l)escnvolvim-enlo' qr Export-lnlpolt
"
n':"*1il"1' ff ',i:cafeeiro'
lf #,:fiT#t* ::::"nutlonut' i[i]:,ô.?;
Neste'
çiada em vários planos. A inflaçã
no conjunto da econom'i
é o do setor
e po§-
oJ t,#il;rÀ formulaclos pelos órgáos dos caÍeicultores
tos em prática pelos go'"'n"lttt {ã'u* t" refinando continua-
xooo ruraJ-
setor parâ a preservaçáo dos
mente, dada a âltâ impol'tância do
e tenda também para a economia nacional c<r-
níveis de emprêgo
Se observarmos o Quadro V, teremos uma idéia da evo-
casos dos
I'
QUADRO Y 1,,, .r.,, n;rr) , orrscÊuilanl diminuir os efeitos regressivos ineren_
Distribrrição 1;ercentual
Rio Crande r,lo Sul l -1.9 1Lo 10,7 7.7 í, A llp-tqrq pq.lcial q A qgcompqsição (sucossiva c alre{:
l{io cle Janeiro 6.7 7.4 5,0 6,6 nadamente) das relações políticas e econômicas com a
l'n rnn li .i,g 1) i,8 sociedacle tradicional e com os sistemas externos.
[\l in,r s ( lt't it ir .+,8 5.5 1 1,3 5,6 b. AJfUqtr-4çgS_dêS tenrativas de implantação de um Áo-
l'c rrt; r rr r lrt t cr r 4,{) (r,8 4,2 2,8 clêlo de desenv. olv_iqrento econômico aútônomo.
1R r,. a- cõin6iíúão Oos modelos exportador, substituiçao
llrr h i:r .l 1.7 t,5
I';r r ii ?,7 I.t 0,7 0,6
.e associado, ou internacionalista, num sistema eio-
), trômico heterogêneo e contraditório.
/onas
z\ rrt;r 2,o 0.1 0,2 0'3
Slinlit ('atat inir 2.0 1,9 t,8 2,r tl . A participação" crescente do Estado no conlanclo do
0,7 0.5
Alagoas 1.0 1.6 Pr()ccss() ccottôlttic().
I!Í ara nhão 0.7 0,7 0.3 0,2 A. lnrnslirrnraçao tla rcgiii() ('e:ntro-Sul (conr ccntros
Serglpc 0,6 1,2 0,6 0.2 nas ci(la(lcs rlc Suo Paulo, Rio tlr.:.funcir.o c llclo Ho-
Mrto Grosso 0,-5 0,2 0,2 0,3 rizontc) cnl núclco hcgemônico nil oconornia nacional.
(lúrrá 0.4 0.8 0rg 0,6
Í. -4. formação dos movimentos de trlassa, como estrutu-
l):r rir íb;r 0.4 I,l 0,8 0,6 rgS_pelÍlicaS 9 ideológicas de sustentação do poder po_
( ioi;is o,l o,I 0,2 0.3
_lúm- qqç!!4do para o desenvolvimento industrial.
l'i:r rrÍ
o,I o,l 0, l 0,1
llorrÍc'. .1. Jobinr, Brazil in the Mukin.q' The MacMillan Co', New York'
l94l; IBCE, Produçãct Industtiül Brasileira, 1958' Quadro orga-
rrizajo por Juarez Rubens Brandão Lopes, Dcsanvolvi-mento-^c
Mrtdonço.§ocial, Companhia Eriitôra Nácional, S' Paulo' 1968'
phg. 10.
31 35
VIII
do Desenvff,il:?,1ifl'j
Populista
117
i
n!yrt,', i',1() t', tlltcluclcs grupos que exerciam o poder direla e
cla Prirncira Guerra Mundial, o processo civilizatório no Brasil
r. t,tlltt' tt lt'.
aparccc numa das suas configurações singulares- e_ Çriadoras, r
"""|",,'
l!rlll
trulto plano, mas na mesma direção, as lideranças
óesdc a Semana de Arte l,{oderna, realtzada em L922, em São
c,rnrprometidas tàticamente com a esquerda apelavam
Paulo, até à criação da Universidade de Brasília, em 1960, I rr r r 1, r rr',,:r.r *trabalhado-
lrr,lrrr'rrlt'rucntg para o "povo", L! "q-alsls", os
sucedem-se as manifestações artísticas, científicas e políticas, as
quais exprimem essa busca de novos horizontes para a cultttra r,,.'1, rrs "classes laboriosâs", os "humildes", etc. &Sglhçcqnt
r,il,. (, Drtricto de desenvolvimentO eCOnômicO naCional, asSOCia-
e a consciência nacionais. ,1,, ,,,,,1 uilra floiítica externa independente como seu coro-
No interior dêsse processo histórico cstír a transformaçãttr pode realizar-se a -
não ser com o apÍo-
l.,rr,, irrevitírve1 não
clos cluaclros clc rcferôrlciit sociais c llolíticos' Acl ltlngo tlc cêrca -
I rrntl;rrncnto clas rupturâs estruturais internas e externas-.:M#s-
tlc cinr;iicnta Altos, () l)ovo brltsilt:iro cxplortltt clo vírrias for- isto é,
nras, àrs vôzcs positivanlcntc, as criscs intcruaciottais, os Lcccs- 1, ll',,,,, §r:.!ur§ I lo*admitem os rompimcntos.parciais,
,,,,,,,,irr,iciilã-lrcTóIfriiirli. F.ssc ,-' o scrttido histórico e estrtl-
sos da cafeicultura, o dirigismo estatal, o processo inflacionário,
o desenvolvimento nacionalista, as experiências de planificação, i,,,'il .1,-, á-ôão ilôlicsitlt'rrlc Jtritrr crrttlrtrl, eln l96l' e do
a politização crescente das classes assalariadas, a democracia I\lirristro clâ Fa2encla San Tiago Dittltas, crrr 1963:
populista. NesSg--eo-n-t-9é!o, 4 esquerda brasileira teve um papel
impqrtqntç- q -plladgr, -ablindo o debate pítblico em tôrno de
próblemas que as outras correntes políticas interessadas não João GoularÍ: Na verdade, um povo se tornâ adulto quando
tinham concliçõrcs ou aur-lÍcia para forrnr.rlar. A política externa pxssa a pensar em têrmos próprios, condicionando a elaboração
que lh-e
i4clcpcrtdcntc, llor cxt:ntpltt, l'orlttLtlatla c ltosta cnl prática por
l, .", 'pensamento às imposições -na do próprio destino
c'unrpre iorjar, sem xenofoüia, cc'nviiêniia com o universal'
Vargas o clcscnvolvirla pol Jânio Qtrlttlt'os, Satt 'l iago Dantas nras^igualmâni", ,e- a pusilanimidacle dos exageros do mimetis-
e Joiro Goulart-b,e-n-e-[-rçio-tr-sÇ anlplutpcntc clir aluaçãg cle van- ,,,u o.i du subserviência para com o alienígena' Por isso mesmo, o."-
.tUr,r:t_-ú-c. ça:pçala-r-:§9 na formaçío de eqttipes
brasileiras, com".
guarda e {o lespaldo popular garantidos pela esquercla. Segun-
do uma observação de Fernando Pedreira, lúiimento brasileiro, qne se hncenr it ttreia dc arrancar o nos-
so Páiô-ãô é§tátlio do Àubdescnvolvimcnto. Dc nada nos adian-
ruria dispor de bom esquema operacional se nÍo contat'mos com
lronrcns capazes de executáJo.
A "g_s,qg91dal],
-no fint de contas, certa ou errada, forte .ou
.fraca, marxista oq não-marxistg, católica ou simplesmente "libe-
-ral",
representa o fermento ãã-renovaÇão social e política, o im-
pulso inconfornraclo cla juventttcle e da elite intelectual descom-
plorttclirll ('()nl ()s ittlt'tôssts cstabclccitlosl,
119
118
1ado, requer esfôrço de poupança sÔmente
Sun Tiago Dantas: Há países e épocas em que elites êscla- '"uni por seu
nrrnl()s, o c1ual,
,,',,,,1,,,tiu"1 ,- alto nível dé atividade produtiva' -Vgg:SÁS
'nl rtcmanda externa já não acarreta, necessàriamente, con-
recidas se avanlajam, às vêzes, i)s intuições do povo, e conseguem L,r(,
levá-lo a novas etapas de desenvolvimento social, que êle só mais i,,,ç:i,,'íet'il1ã-ãii-vidade econômica, pois pode. ser compensad4
tarde materializa. Há outros, onde o povo parece "empurrar" a so- ,,rrã expansão monetária, defendendo-se o nível de renda e a
.Õ -inêvitável
ciedade, talvez sem um roteiro de nlarcha definido, mas com um ',,,,1
1,,r,,-J" iní;-stimirnids" a,mento da pressão inflacio-
sentido inequívoco de renovação. Creio que êste é hoje o caso do ,,'ir:ia."podelíãÊTài*a eficiência dos investimentos durânte certo
Brasil, e muitas de nossas decepções e críticas são saldadas pelos
i,"'iàaô, ã"t á efeito ú1timo sôbre a taxa de crescimento
será
testemunhos diários, que à m:rrgem de incertezas e desacertos, ncccssàriamente reduzido.
'---
todos recolhemos da pujança da Naçiro3. sôbre as modificações estrutu-
Sirrt"tiruttdo-se as observações
riris ôcorridas na economia brasileira no período recente, tem-se:
a) o comportamenlo do s91o.r. exteino. já -não é o principai
r"tor*óo,iíiclõnài,1" aô níuei àa*ãiividade econômica e a simples
Ern concontitância com its trattslorttraçtios políticas, sociais i"à".rtãiiãa: aãÍã ét"+oaó nível de atividade produtiva engendra
e culturais, verifica-se uma profunda transformação econômica. ffi^;;i;ffi áe investimentos capaz clc manter a esonomia cres-
@i7izaçáo industrial. Acumulam-se ex- cendo a taxa razoàvelmcnte alta;
periências e técnicas de manipulação das fôrças produtivas g b) o processo de strbstituiçiro de importaçõe§ - necessá-
das condições institucionais, em acôrdo com as exigências do rio à manutinção de elevada taxa de crescimento em condições
cle estagnação àa capacidade para importar' .-.exige esfôrço cres-
I desenvolvimento industrial. O pl:ogresso alcança tal grau, que cente d-e poupança por unidade de investimento. A simples m-a-
alg$ns estudiogçrs chegam a afirmar que o Brasil já atingira (ou nirtenção àa tã*J a" crescimento implica, assimJ crescente press.ão
,^, , estava prestes a atingir) a etapa cla autonomia. É o que afir- inflacionária, clue, por suâ vez, tende a reduzir a eficiência dos
nam Cclso Fnrtad«r, Llcnry Rijkcn van Olst e Antônio Dias investimentos q conseqüentemente, a taxa de crescimento' mesmo
na hipótese -r.àde que sê realize o crescente esfôrço de po.upança
Lcitc, aprcscntartdo uma intagot't.l uova clas lterspcctivas nacio- iãqrãiiãã. iendência sômente poderia ser contrabalançada
nais arrtcs de 1964. iáÂi o cla capacidade para-importar e/ou com a eleva-
.ti",rn"ipántío
cl:iciôtrcia tltrs invcslillrcitos, tnctliantc planificaçiro dêstes
"",,, [,,nçir', tl;t sttlrsliltti\:trr tlt' itttpotl:tçõcsÍ'
Celso Furtado: Ae-SIS1rlçgL11Ea fase de desenvolvinlênto em Iltrtrt, lliilitrt t'rttr ()ltt" () llllr:il ntrtlt scr c()llsitlcrlt(lo cotno
,que o pro,lesso_dg_{q1ryaçao Qe capital ss apqlQ principalmente o ptís,1rti, tltrti'i;tvitttr;il rtlr Ârrrút1en I lttittrl. l.'!l&11 cl1:rr:i clll oon-
nq própria plpdqgã1r i_nterna de equipamentos, o desenvolvimento l[ctnis-
rliçi,a, ..ia itjtttlttt ittrr rltlll()'i pili:,(s 111111115 1lçrstitvoÍvirlos tlo
"dê-§so4alsta por
brasileira paq§_qq 4_qer resultante de sua dinâmica f'Cii" t-lci,tú,rtul. l,sic,litl.iierrrrrL:rrlc, eslii r:ttt tttclltorcs condiçõcs
interna. Assim, mais importantes que ainda sejam os fatôres Piu lr tle scrnl:crtltitt ['ssc llaPcl tlttc os paíscs europeus e Írorte-ame-
externos,*o. ritm_o-__dç -slg_§q1qe-n-to_ 9§tá priaçipalmente detsrminado ii.,,ir.,r, dc cujos motivos às vêzes se desconfia' O Brasil é o elo
pglo ç(uirnao rlc dçcisõçs (onratlas com vistas ao próprio rnerca- r.i" unlão natúral entre a Europa e a AfÍiça, dado não possuir
r.lo intcrno. Atlctrrlis, hlvcntlo lr ptorlttçÍio intcrna tlc bens de ;;"r*d; colonialista".. Em tôda a América Latina iâ se- acom-
capital alcançado urrr dcIcnninirtlo gtart tlc closonvolvitnento, a pãnha de perto, com muita atençáo, a atuação do Brasil, crrjas
manutenção do nível de atividadc ncsse setot sõmente é possível ã;;t.qüê..i;; podem repercurtir em muitos países da regiãor'
se o conjunto da economia se mantiver crescendo. Para evitar
desemprêgo em grande escala nas indústrias produtoras de bens
de capital, torna-se indispensável, independentemente do que
ocorre no setor externo, manter um adequado nível de investi- 4. presidência da República, Plano Trienal de Desent;olvimento Eco-
síntese, Departamento de Imprensa .Na'
)ra,iiià--i-iiíioí Qias-ruas)',
;;;;i; úo:, paeà. 32-3. Airibuído a célso Furtado, então Ministro
3. San Tiago Dantas, Idéias e Runros para a Revolução Brasileira, E-rtraordinário de Planejamento.
Iosé Olympio Editôra, Rio de Janeiro, 1963, págs. 14-5. Ainda sôbre a í.^-rrãr.v riilten van oú, "D"t".tollo lconómico y-Cooperació3 ep
Ã-;ti;iltii;;;, ,pê"al.. publicado na obra^de Jan Tinbergen' H-acig
tentativa de afirmação de uma política externa independente: Iânio 'ü; E;r;;^íà- iwiiau, ttàd. d" Anna M' cabré, Ediciones de occi-
Quadros, "Brazil's New Foreign Policy", foreign Allairs, Vol, 40, n9 I, -sa..tlôna,
ã"ítq 1965, pâgs. 213'226; citação da pâg' 211 '
New York, October. 1961, págs. 19-27.
121
120
ÁnÍôtict Dias Leite: Não-sendo o Brasil um país
tÍo que viva rlrrr rl1 (,,lirvirrrr
pois que ê.t. ..pÃs.nã'up.nu, pequena par._
ct.mru:rcio exte_rno,
c.ela tla sua produçâo total,
f
llrttru Ill,r',
llutr,r
.,ll(
l,r', l;rrtrlr,:rrr l'ltt:rrn parte
i11sc1,q!4q
-i.ltç.rua$e-$_tç*J1_p_- Dadfãp sotU_
nrrfp dos
l;rrrtlr,:lrt t'lrziarn-pàrtô rín" elementos
çq çrs,'em ràla-tiva tiüei_
^prrnilpio, -to,-^-r^^ que entravilm
uedg ge esco.the r o m.érodo qüe*se coad u nã ;.*" ; ; bÉiirà"rrro"á- ,rl r rilrr, r.rzrrq:ro rlo contôrno e da substância dêsse modêlo.
4g$el-dS-dsssnvolv imento econômico ,,,r
- in ternou. ,1
u ir
,,'llru I tIrolIticlL-![c_
II
", rr - (tLt^4!-g$
r II I (r.
|Ileuz3ç-re jçaE
indu.str.ialização reali ou:§-g_çsn_ba§g_ n u-m
l'|.llr)
.
orteiIiitÇões
rl(' rt ,ne
't1,, rt{' com -.!Lç;tli!êlI!JBr
rtursoc_s.-c-ol]r ilL",.,^iÀ."i- A@_
o canitali.rr-*'jÍr_!§U-açiSlaL ^-l,l^- \_
fortaglg#+Eocrlrçia populista tinha diante de si uma : :,,, 1,, ",,',, :, 1,.u.
redjçt-u@+-e
t r_*t@
U slrc
1; 1,,,.f ç1. r,,,uiulisiaãõ
I I
gq a g qn a t s
_Unrca_epçao: contlnuar.. a revolução brasileira, Íealizar nova
q,l,q+
ltt !#S
|,r l,çu l t r, _!g.utq_,_posstbü.d39es. E tornararn-Ç ?m
i
ãffiâs
QhJra dtr motli'kr gcluliano. -'l'ririlrva-se do ífiltrar_r.. o.fo ,r, ir,,ro('r\, lllílrs ou menos viáveis. No momento a'
em que õ pró_ i',i.. .l "
.a ll].lj.tlutttlarrrcrrlo _tlus ruP[ut-ns cstr.utril.lris irrtcrrril5
r ornava-se necessarl' e urgente entrar em nova "
a*farhar.
\ J I'rr,, rrrrtlôlo getuliano esgotou uma das suas etapas, .e_ ôorr- 't,:
fase cre reali- ,r'r'rrr rrgressar na,seguinte, torna-se premente uma alternativa. "r ::., ! *-
zação das suas "virtualidadls,,. fApunla*L erE!i";-r-prli,i.;
I
ex$lte_ injef endenre., apre,ssar a-iõAãruãaão aa ,r,,,r- ..r up!L{9_.ag-Í)+go3_pcLq parrc mcls_auclaciosa_e
roàieOaOô
ag$.Ii$ §4999r novos,contingentes da populaçao Urasii.ira 113ls-.c-onq_ " ,
nn ' r( ntr:a (tq qlassq -dollillantei r_: ,
pr:^...,:r,9 ,q"lrrrco, tavorecer.o deb-ate científico e político sôbrc
-y rir sc clc modonos
D-c fato, anos de 1961 _64 o povo brasileiro defron-
1 :elldadi
nacioral, esrimular tlói.i.lr*nto dos movimenros cada-vez_mais premente com a necessidade de
arrlstrcos tnsprraclos na sociedade " nacicnal, etc. ;rtl.lar uma opção drástica. por lado, o modêlo góiufiuoà
.Ém vcrrlacle, o nroclôlo gcÍuliano ,eó foi nunca -um
jcto globul..Nao chcgt,lr ir ser- for.lrrulutlo tlc rnotlo um pro-
t':,l!otava um ciclo crucial de realizações. Impunha_r" ""*u O"_
s;stcmúiicá. .istr. corâjola, no sentido de aprofundar as rupturas
Lon,o ,rodolo politrco clc clcscnv.lvi,rc.to, singularizado irrtlispcnsáveis à consecução dãs alvos inerenies
estruturais
no à sua lóÀca
p.opulisrno, estrutura-se ao acaso clos aconteôi-.ítor, irrte'rra. Em certo senridó, as experiênci", à;
rias e dos obstáculos. Alguns g'.lpos -tiO.rr, ãu, ,iià: ;"1íti;;-.;;.?;;
suas virtualidades, mas não coíseguiram " formulàr t.;;;ü;;";, irrdcpendc,tc, com Jânio euaclros c San fiogã-fiu.,tr;;^'ú;;;
gloDarrzador. tra umA mescla__de empirismo
,; ;;;1.t" ,.,],].r!r_
Ir cxigôrrcirrs p.lílicas i.crcrrlcs .o" plano Íri.nàl
e inteligênc'ia,'au_ ( 1963-.5) clclrotarrr il c()ntl)rr.on\lro tlo
dácia e,^manôbã.@resültaao nirtáii.o das tlilclnil (.nt cptc a stxie_
ações e inre_ tlltrkr sc cncolllritvit. Neslc r;rurtlr.o, lr lrrtrlriliz,U q ,f
. c.lrrít'i,r rl. A_ul1111o+afu(_
tt
:ltii§glqrqntes .gupos e classes sociais. Êt. i" produziu 11i,1. l.l tlç,r;irçt-r tlr... l()(r.1 f,.f,,r-".i,,*;;1;'.-
no logo oos-anÍagonismos internos e externos que sc_g_rp11151ç;
,-r i essa etapa cla história nacional.
singulaizam I3r r
i1Llrrffi
l u irs I t. r r çiç11çil
t[r-c',11g1ç55u N*cirrrirl ] ..
-'
Ilnllctlurtrr. () nl(xlôlo gctuliirnrt yti prxlcr.iu
(, l-ql r.teg$*g-§qb Prrlíric;rs l),r'ir u,ra ruptura"iru.ffi
qr" ,*T. *rlir"*õ*õ;?fi. "
+§iml§tüiçnrlilrçitú
o m undi
u ç
"
ii usuciiüst;r*-,, r r ir rç i, t cgra
o çã
c,r (ruc se reuniram o presidente da Répública, Ministros-à; -
3*+q-q4q.trq,T al. õ.lrrr;;
a .icrnocraci p oputis t a ltstado e líderes nacionalistas e de esqueiOu, é'o
nao lor capaz de formular e. implantar uma interpr"tuçã;-;; fu-+olúqa rnassas : "iãà*iã =-
conjunto, relativamente às_ exigênãi*- i".rÀt.,
à sua dinâmica 'Ln político e-de
poder colne
-çomo-Iéerr.içu,ís*ffiffiffi-á
.ryr.ssao,iffià
interna, colocaram-se as alternãil""r. populista.
É isi"as allernltiya, urr"_
§,Ek&m:se-eotng ogle-ssá{Las s ilevffi Pof-gulto ]4do, nq bôjo do próprio modêlo getuliano _
9m decorrência do
3Y 49ÚLp1êso a êsle -::- constiiuírã-se o modêio ro"iàÍrtu.
l,te esrava presente. nas_ organizações políticas, nos estilos de
noerança e nas técnicas de ação que promoveram
Dias as camoanhas
9._-._A:lô"1" .Leite,. Camínhos do Desenvolvinrertto, Contribuicão do perróreo, petas reformur"à. üái.l ã;;;;""1#.ffil#;
hrasiteiro, zahar Editôres, il;
;;'"i";;";','"i:;{í, ;;1,;
í{; ifi.proieto na"ç-!o-na-t$ta e atuaram na
pe:Lderte--nÀ-§indicatizaçáo
fqÍmulação ãa políti.a e*terna inãà_
rural*ai çstãu-itizaçãô ;;;d;te ;;
í22
123
c-c_o!omja, ,o, ,::jl..ntos dc opinião pública,
curturar' etc' Entretanto, no florescimento
como ã"esi"ueraa se prencre Ir 1,r,.,rr,.rlo lllrsil
cada vez
lqi-;";;;;'"a"u'H.*o.ruciapopurista,não ,1,. ,, r,.,t,r1,p1y t'r c()nl Cul)a Socialistir,
-ir,i.ir.,,,f.,,tc:
corrro porrto lttisico
,olt1lçn cxtc,tri as tcntativas
"r*r.À=**í'#i*11:rif rlr 1"rl'1' 111' l srlrtro.c
ffi.;;;;;;üi",fi
lítica de massas. u.auu ü0,:;,,"[:"fl ?J"J;,áfr,i,",::]*{:-
poi-ínu.riãr'..,os
r.rrlr
,r
decrctaq.o'(ra'.1*i,,,r,,
rrtr. l,,;;11 lioLrlart; o
-.o-ôlo1à"Ai,,"i I
trc sír irl, Jrcro prc-
tlc rnlrrç.t.r dc 1964:
tratégia, ideologia e fins, tática e cs_ l,r(,.r'n(-;l c: l'ala do presiclentc loari C;,,ii1,,:i"rrL"*i,rráil"
golBç:
' -'"b'r . ,.àtiAaA.. .--
il;,;
- -sso abislnou-se com o
I nr .,r:r lrotr1s11i1og111, promovida
pela'Associação rÍos Sargcn_
r,', r' Srrlroliciais da. Folícia fr4lli[ur,
Dc outro laclo, aincla, ,o .,,,..ro an(): a prc_
!o intcrior do pr.óprio modôlo lctu_ ',( nr,;r {.rr'st:Lrnte da esquerda
na vida polítrca nacional.
iii,rffi #T ffi?: :*ffi;,mmi.
f,.;sc co,texto de p.ossibilidades
ll, d,
"f,,. l,*t I r :r "r :
aüertas torna_se ainda mais
' 'trrr'r'er() quando focalizamos a situaçào econômic,a.
-,ffio"1,[;}^J'íffi* ;êó:: .on.,zcm o prcsi-
"t ,.1,
.11111iur1u.1,^9T
,r 1r;rr'trL
A crise
qle a economta".ã?áiurçuoa, em particular
0",ã-,",tffi,#.üqí"üT,J31XJj,Xi::lJT:,;lf de 1962, é um clementn Liri*
clo todo. Ela vem
seqüência de faÍos_*. tais :*:;
como ,, u,iá,,r., e proposicões
"i
;r( r(.scontar_se à crise
cstrutural ;n...ri.'Í rorru-pàiu
nacio:ral, se csrava pro.r.onÀ ãiirr, ril
l\4issões. Cooke (1e42)
. AL;i;i óiâ das l::.:]],'l]ri1
,r|r;ilr() cxportador com a política concitiar o padrão
a. à"i.nurfu;n,.r,r.rí.iãrXl
ff#I; ff t:;%rg É'"r1r e' ô i,i í,li'o' riJili:t, 3" :I;: lr,,Írr c a associação
r'"iÁ-u]r"ãnfrà"'"o_ emprôsas e
;iú-;,;;e*',[X'i.l',("'fu]:'r:,,:#:l't'up,.iiàitu,i-n"*"u r,;r "ua"
ntzações internacionars. or_
í{ co,r, p.ríriôa dc cxpansã, .ro
..*,#:tt?.lil:Tf.Br*::? Sc é verdade oue.o desenvolvimento
-;';'li;;.;:il.r,o
econômico, as rcfor_
pclo gual l'oi criado rrrrrs instirucionais rãatizad^
o5ctgr aul.o,r,Lrilísri ràrir?i,",J;: Írr,at verificados até então porítico e cut_
i n d ica, ma a
t"racao l, ilrtu*;;i";; "; colocãr;^;;;ril na iminênçia
I
J;:lJ ;tssurnir a figura c os papóis de
;; ;i T h
;;;' *ãi à,:, l',, r vé s d o oi in X? O"-p"ià*ií mundial de scsunda
: ": i" t'krssc, é incgiivcl quc ô.rrõ.
r
;L:i".' r a
;;i;b'iü;:-
ser
uF ;; r*il "":ü'';:#?J:;,,t
?1, d us cst:Ígio' .l.1r.,,if i, dc opcraçõcs-polí_
p
". Êsse quadro o. posriúiia"á0.r"'.'ày1..,+ 3;;t* s. irrrl,rrír*rr,, ..',r,i ',,,r",c.r.
j'il'
.te nos -i;,rr:;"'ü,iiârort:l,li:ltT.ff l]iill Íi;li,i Xli;,,1;,
'i',,,1r,,;i,,:'1,,,',,;:i;l;j,]1,'i::l'1:;,:,';;,;,.1;; cxa{arncntc
anós rcer-ai _ i'.r,,,
plano dos acontecimentos ;';;i1';ii,tlll;,l.s,unJ"
gurntcs frt.s irnportartc.s: ,conclc;;.;il1.
potíticosl Àrrirn, verificam_se
os se_
It'rir c ('ornrirt'io rlc (,rrhn Minislro cla Inclús_ )
ii;,1,;lri:,..;:;,i ":,,.i;r"n;il1?*
( csgot:r.lrrcutofatôrcs que sustentaram o processo
1,ok, r,rcsi rtc,, .r,, n.1,,:irrr i.ri jl;i ;; intÍrrsrriulizaçào ocorreu.
-rj-o.s upor.rt.in.riJ. de
"
nacional provocada com
r
ôJ
a renúncia de-iàr,o
:i:;i:i, ..11:,i1":,f
1 necà.sáú-
;ntes que a formação
aui;;à,í; com.r-espeiÍo
tativa de impedir a p.ossc euaaros e a ten_ [.. i:?j,:tfj?- ao ie-
do enrãJ üi.ã_p..ria.nte João ve m tano. . ?T':::X,,:1ç:l- :u: aiiióiiiári.r" q",1-
lart;_a atuaçâo políiica .r.r.áni""aá'à" - Cou_
e n rren
dade do cue iniciar nieit; "rJ'.,:;:,,à;';:,,Ê,
^,'
de pesqu isai e e.tuoor. l.,T :l?jElj,:ffi?j
-.^r:d" t iirl lirii,r;l#"", #:li:Tj3
de_que a industrialização levou
srçao em que o desenvolvim.ento
o,Sru.il .i,to p.rto daquela po_
e ,r..piáã.rro circular cumula-
rivo que cria os nróprios
iiÉ",ʧ?",?:dÍi,Ll,rilgi,":'ff
cronal dos Estudantes. ,?iHtft ,x,lil re. No caso do Brasí|, meios à.i;;';i;.*rra para seguir adian_
êsso ponto.ser;r'ài.unçrao quando
f uNÉi, u-ôoniÍo.,ruçeo superada a bariêira rla fôsse
balhadores (ccT), .t..; u oiÍ,luã""pr'àtülÀ"oa Geral dos Tra_ ,:.t3:io.S
reria enlão atineido aquêle ..qãr".iàr9""r. A economia
da o,dourrina grau de diier;n;;;çao em que a orien_
fl.99u rcvolucionária da ração dos investimentos puriu
p
,- como se ela estivc
-;-r'ii
u i*
nômicas. sem as limitações riri.ur' ,ã'p.ãfrr.ma de opções eco-
uíIiqa+q i a q, ;id u br a s l ã ; rq ; ;1'êr;T#tlt?,, por racionada. pode. Oã"rírJ.capacidade para im-
", fl làtf .i* à, d* ;ê;;,* à."i;;:.,.?,i#
124 fr#lili :x"liír", i.,Ê,1,íi,.*í;.;
125
:rleirnçar ôsse ponto decisivo no correr dêste
decênio dos sessenta.
I',!ltl'çt4L1o._csg
.oportunidade de ingreisar no clube i;rt.i;;-'õ;
c 99+o: !ues-saúalj§19§_d§*
eaiS_t=dê4á c o- mo um sis" rem a Co"ãi
iuüô&ulo, -to i, ap a.rçntemla6 p.rOiOã. -8
"-;' ;
ram-se em movimenro outras fôrças, cújos efeitos ;;;,id;: ffi ::
; "à
.ã
cada yez mais. Assim, quebrado b i-potso O"-"irõir*rtã,"ãtiàl
i;;ã;' ;il.
rilizou-se o mecanismo que vinha senoà utilizad; ;;;^ã;ii;
autocontrolar o consumo e alimentar o processo acumulativo. ;;;;
conforme vimos. co-nseqüência, os problemas ,*irlr"i,àirã'rãil
.Enr
a ter uma nova dinrensào, cscapando aõ alcance O"i irrtir*.riá.,
t;uc vinhrrnr scnrlo usados coni rclativo êxitoz.
TERCEIRA PARTE
Os dados relativos à evolução clas atividacl,Js econômicas
confirmam aspectos importantes drrru iúg.m.
Isto é, os dile_
lulas com os quais se defronta a democracá
populista,r; B;;-
sil são o resultado do encerram.nto á.-um ól.io
do modêlo getuliano. O. upfi.rçà