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INTRODUÇÃO
TIPOS DE ANEURISMAS
LOCALIZAÇÃO
LOCALIZAÇÃO-DOENÇA ANEURISMÁTICA DA AORTA:
Aorta abdominal (65%); Sacular Fusiforme Dissecante
Aorto-ilíaco (13%); Sacular: Dilatação afeta apenas uma parte da
Artéria ilíaca (1%); circunferência da artéria.
Aorta torácica (19%); Fusiforme: Mais comuns, dilatação simétrica
Aorta toracoabdominal (2%). envolvendo toda a circunferência da artéria.
Dissecante: Dilatação devido ao rompimento da
EPIDEMIOLOGIA camada interna, com o sangue circulando entre a
EPIDEMIOLOGIA: O aneurisma de aorta é o mais camada interna e a externa.
frequente aneurisma verdadeiro.
15 mil mortes por ano nos EUA. ETIOLOGIA
Maioria são homens (4:1); Degenerativos: Mais comuns, por degeneração da
Início aos 50 anos, pico aos 80 anos (até 9% > 65 anos); parede arterial, mediados por inflamação, estresse
Em mulheres, o início é mais tardio. oxidativo, proteólise e estresse biomecânico, que
Localização infrarrenal é a mais comum. degradam colágeno e elastina, alterando a força tênsil
da aorta.
FATORES DE RISCO Micóticos/Infecciosos: 2ª causa mais comum,
geralmente ocasionado por germes estafilococos.
FATORES DE RISCO:
Congênitos: O enfraquecimento da parede já é pré-
Tabagismo: 5 vezes o risco;
determinado na vida embrionária, com o aneurisma se
Sexo masculino; manifestando em jovens. NÃO está presente no
Idade: 1,7 vezes a cada 7 anos; nascimento. O mais comum é o aneurisma cerebral.
Brancos: 2 vezes; Pós-estenóticos: Ocorrem após uma estenose arterial,
História familiar: 2 vezes; por aumento do fluxo/velocidade arterial e maior
Diabetes: o risco em 50% (não se sabe o motivo). impacto na parede, podendo dilatar.
Inflamatórios: Com reação inflamatória (avá), mas sem
a presença de agentes infecciosos.
CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
I: Infrarrenais
II: Justarrenais
III: Pararrenais
IV:Toracoabdominais
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
DIAGNÓSTICO: Geralmente os pacientes são
assintomáticos e o aneurisma é descoberto
acidentalmente durante a realização de exame físico. Radiografia simples: Diagnostica até 70% dos casos,
por visualizar calcificação da parede do aneurisma ao
EXAME FÍSICO longo da cadeia vertebral. Não é uma técnica muito
boa porque nem todos os aneurismas são calcificados.
EXAME FÍSICO:
Palpação: Massa pulsátil e fusiforme notada acima da
cicatriz umbilical ou dilatação difusa ou tortuosa que se
estende do abdome superior até abaixo da cicatriz
umbilical.
Sensibilidade de 52% (3-3,9 cm = 29%; 4-4,9 cm =
50%; > 5 cm = 76% dos casos).
Sinal de DeBakey:
Negativo: Coloca-se a mão espalmada em posição
transversal sobre a borda superior do aneurisma de Ultrassonografia, eco-doppler: Exame de triagem por
aorta abdominal, separando o mesmo do rebordo excelência, que demonstra o perímetro da lesão e a luz
costal, denotando que o aneurisma é infrarrenal. residual, além de trombos murais. É o exame
Positivo: Quando a mão espalmada não consegue confirmatório quando se tem apenas as queixas clínicas
separar o aneurisma do rebordo costal, sugerindo do paciente, mas não permite o planejamento da
acometimento provável das artérias viscerais cirurgia. Principal limitação: não diagnostica ruptura
(esplâncnicas). em até 50%. Melhor exame Triagem e vigilância!
QUADRO CLÍNICO
ACOMPANHAMENTO CLÍNICO
CLÍNI
ACOMPANHAMENTO CLÍNICO: Indicado para
aneurismas de aorta abdominal assintomáticos e
menores que 5 cm em homens e 4,5 cm em mulheres.
Aconselhar abandono do tabagismo;
Controle rigoroso da HAS;
Controle do colesterol e triglícerídeos;
Orientar o paciente sobre sinais e sintomas de ruptura;
Ultrassom a cada 5 anos: entre
e 2,6 a 2,9 cm.
Ultrassom a cada 3 anos: entre 3,0 e 3,4.
Ultrassom a cada 12 meses: entre 3,5 e 4,4.
Ultrassom a cada 6 meses: entre
e 4,4 e 5,4 cm.
INDICAÇÃO CIRÚRGICA
INDICAÇÃO CIRÚRGICA: Quando há um risco muito
grande de ruptura do aneurisma, para prevení-la.
prevení
Tomografia computadorizada: Fundamental para a Deve-se
se levar em consideração as comorbidades, o
avaliação pré-operatória e planejamento da cirurgia
cirurgia, risco da cirurgia e a expectativa/qualidade
expectativa/ de vida.
deve ser reservada para aqueles pacientes que já Assintomáticos: Homens: 5 cm (diâmetro transverso)
tiveram diagnóstico pela eco de um aneurisma grande Mulheres: 4,5 cm
e se está planejando o tratamento. Evidencia
videncia o anel de Sintomáticos:
calcificação ao redor da aorta, o trombo mural e a luz Risco de expansão (0,5 cm em 6 meses)
residual, além de anomalias vasculares, lesões em Trombose
outras artérias e sua relação com estruturas ao redor Embolização
(medida de distância entre os ramos visce viscerais). Aneurisma inflamatório
nflamatório ou sacular
Permite, ainda, determinar a medida do aneurisma,
informação útil na cirurgia endovascular. TIPOS DE CIRURGIA
CIRURGIA CONVENCIONAL/ABERTA:
CONVENCIONAL Laparotomia, do
apêndice xifóide até o púbis, pinçamento do aneurisma
Arteriografia/Angiografia
Angiografia com subtração digital digital: acima da lesão, logo abaixo das renais e ilíacas,
Consiste na angiografia comum, com uso de radiografia abertura do aneurisma e interposição de uma prótese
+ contraste iodado, e posterior subtração de partes com sutura interna terminal, entre a aorta e as ilíacas.
moles e ósseas através de recursos digitais digitais,
objetivando melhor visualização ao ressaltar apenas os
vasos sanguíneos. É um exame muito invasivo.
Luminografia: só mostra a luz arterial, não mostrando
onde tem trombos, assim subestima o tamanho do
aneurisma.
urisma. É muito caro, muita radiação, pouca
acurácia, por isso não é exame para diagnóstico
diagnóstico.
Imagem transoperatória da cirurgia convencional
Arteriografia: Útil para determinar o envolvimento de Anastomose proximal com prótese bifurcada. Após a
outras artérias, mas não identifica bem o lúmen aórtico cirurgia, aproxima-se a carapaça do aneurisma para
pela presença de trombos e há risco de nefrotoxicida
nefrotoxicidade separar a prótese de Dacron das vísceras. Caso
(contraste), lesão arterial e embolização. Mostra contrário, as vísceras podem aderir ao intestino e
apenas a luz remanescente, não fornecendo produzir uma fístula aortoentérica, condição com
informações de diâmetro e comprimentos e, por isso, elevada taxa de mortalidade (80%).
não é recomendada.
Endoleak tipo II: Ocorrem de forma retrógrada pela
mesentérica inferior ou por ramos lombares. Por ser
retrógrado, pode evoluir para fechamento, geralmente não
é tratado, apenas se acompanha com tomografia.
Endoleak tipo III: Mais raro, ocorre devido à falha da
endoprótese por ruptura da malha metálica ou do tecido,
com pressurização do aneurisma ou por desconexão entre
a perna curta da endoprótese e o ramo ilíaco.
Endoleak tipo IV: Quando não se encontra nenhum
vazamento, mas o aneurisma continua crescendo
transitoriamente. O vazamento, nesse caso, é transparede
(por porosidades), e costuma se resolver em 24h.
Endoleak tipo V: Endotensão, quando não se encontra
CIRURGIA ENDOVASCULAR: Consiste na dissecção ou nenhum vazamento, mas o aneurisma continua crescendo.
punção da artéria femoral com a colocação de um
introdutor com um grande stent, de malha metálica CIRURGIA HÍBRIDA: Utilizada raramente, no intuito de
recoberta com tecido (para deixá-la impermeável). O diminuir a morbidade e mortalidade em relação à
fluxo passa a ser realizado por dentro da endoprótese, cirurgia aberta.
tirando a pressão da parede do aneurisma, que ao ficar
Apresenta um risco intermediário entre endovascular e
não pressurizado e excluído da circulação, murcha.
aberta, mas é utilizada em situações especiais, como:
Exemplo: Aneurisma da aorta com oclusão completa de
uma das ilíacas. Neste caso, se utiliza uma endoprótese
tubular para a ilíaca sadia e o outro membro inferior é
revascularizado com uma derivação fêmoro-femoral
cruzada.
FATORES DE RISCO
FATORES DE RISCO:
Tabagismo;
Hipertensão arterial;
Complicações do uso de endopróteses: Ocorrem em 5% Sexo feminino (diâmetro médio de ruptura 1 cm < que
das vezes, sendo que a principal complicação é o sexo masculino);
vazamento, quando a fixação da endoprótese não é DPOC;
adequada e permite o vazamento de fluxo para dentro do História familiar;
aneurisma (endoleak), voltando a pressurizar o saco Expansão.
aneurismático.
Recomenda-se acompanhamento com TC em até 3 meses
após a cirurgia. Se não aparecer, volta a acompanhar
QUADRO CLÍNICO
apenas com ecografia. Se aparecer, segue acompanhando QUADRO CLÍNICO:
com TC para possível planejamento de reintervenção. Dor em flanco ou na região média do abdômen;
Endoleak tipo I: Ocorrem nas zonas de fixação. Fluxo Hipotensão e choque (sudorese, palidez);
anterógrado, caso a fixação inadequada seja nas renais, e Massa abdominal pulsátil;
retrógrado quando a fixação inadequada é nas ilíacas. É o Palidez;
tipo mais perigoso de todos, com alto risco de ruptura. Sudorese.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Comparação de Mortalidade (rEVAR x Cx Aberta):
Intra-operatória: 0% x 9%;
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Peri-operatória (até 30 dias): 23% x 54.5% ->
Cólica renal esquerda (não costuma ter choque); Redução absoluta de mortalidade de 31%;
Pancreatite; Follow-up (> 12 meses): mortalidade de 33.3%
Trombose mesentérica; com rEVAR.
Infarto do miocárdio;
Apendicite;
Diverticulite. ALGORITMO – AAAr
rEVAR – 1ª escolha de tratamento
DIAGNÓSTICO
Pacientes com suspeita clínica de AAAr
(Unidade Vascular)
TRATAMENTO
TRATAMENTO: Cirurgia imediata!!!
Não pode administrar volume no paciente hipotenso
por aneurisma porque caso recebam líquido, podem
fazer pico hipertensivo e entrar em choque por
precipitar sangramento maior.
Deve-se manter a pressão baixa, entre 70 e 80 mmHg.