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FACULDADE ESTÁCIO DO AMAZONAS

BACHARELADO EM NUTRIÇÃO

O PAPEL DO NUTRICIONISTA NOS CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES


ONCOLÓGICOS

ANA LETÍCIA CACAU PEDROSA


JOEDINA BARBOSA MARQUES
JOSÉ CARLOS PASSOS DE FREITAS
JULIANE LIRA MARTINS
MARINÊS DE OLIVEIRA DO NASCIMENTO
THAÍS MOREIRA CORRÊA

MANAUS – AM
2020
FACULDADE ESTÁCIO DO AMAZONAS
BACHARELADO EM NUTRIÇÃO

O PAPEL DO NUTRICIONISTA NOS CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES


ONCOLÓGICOS

Trabalho de conclusão de curso apresentado como


requisito para obtenção do título de Bacharel em
nutrição da Faculdade Estácio do Amazonas

Orientador: Prof. Ábner Souza Paz


Coorientador: Prof. Ronildo Oliveira Figueiredo

MANAUS – AM
2020
AGRADECIMENTOS

Primeiramente a DEUS, o verdadeiro retentor de toda sabedoria, que nos dotou


com capacidade e determinação para a conclusão desta importante empreitada.
A todos os professores que compartilharam seus conhecimentos e contribuíram de
forma significativa para nossa formação universitária.
À professora Ana Rita pela paciência, compreensão e incentivo durante as etapas
de aprendizado.
Ao professor Abner pelas orientações a nós providas durante a realização deste
trabalho.
Ao professor Ronildo por sua importante contribuição.
Aos nossos colegas de nutrição que estiveram conosco compartilhando e
superando todos os desafios propostos.
Aos nossos pais, que nos ensinaram os valores humanos e nos propuseram as
oportunidades de ingressar na vida escolar.
Aos nossos queridos irmãos que tanto torceram e nos incentivaram para que
chegássemos com sucesso ao final desta caminhada.
Nossas gratidões aos esposos e esposas pela total compreensão nas horas
difíceis e pelas imensas ternuras nos momentos afáveis, eles que foram nossos
maiores incentivadores para que pudéssemos vencer com eficácia esta importante
jornada de nossas vidas.
Aos nossos amados filhos por todo apoio e compreensão durante todo esse nosso
processo de formação.
Por fim, agradecemos a todos que no decorrer de todos estes momentos
estiveram aos nossos lados contribuindo e nos incentivando até a
complementação de toda esta etapa.
RESUMO

Nos últimos anos, o meio cientifico tem estudado a importância da qualidade de


vida em pacientes oncológico, incluindo os cuidados paliativos nutricionais,
trazendo para o meio acadêmico o debate sobre a importância do profissional
nutricionista no âmbito multiprofissional visando a qualidade de vida e bem estar
desses pacientes. Objetivos: Apresentar o papel do nutricionista nos cuidados
paliativos para a qualidade de vida dos pacientes oncológicos, assim como.
Metodologia: Este estudo constitui-se de uma revisão bibliográfica, na qual foram
realizadas consultas em artigos científicos publicado em períodos indexados,
selecionados através de buscas no banco de dados da Scielo, Google Acadêmico,
Pubmed, livros e manuais. Foram consultados trabalhos acadêmicos como teses,
e dissertações disponibilizadas em sites de outras faculdades na internet que
abordam o mesmo tema. Conclusão: Portanto é necessário o acompanhamento
multidisciplinar, visando a qualidade de vida do paciente, minimizando dores e
desconfortos causados pela patologia, por isso o nutricionista tem papel
fundamental na escolha de terapia nutricional mais adequada, analisando cada
variável do paciente, para determinar quais metabolitos são necessários de acordo
com cada caso, favorecendo a terapia, buscando assim sua eficácia.

Palavra-chave: Cuidados paliativos, Terapia nutricional e Oncologia.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 6
2. OBJETIVOS ..................................................................................................... 9
2.1 Objetivo geral..................................................................................................... 9
2.2 Objetivos específicos: ....................................................................................... 9
3. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................... 10
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 11
4.1 Promoção de bem-estar aos pacientes oncológicos sob cuidados paliativos
através da terapia nutricional. .................................................................................. 15
5. CONCLUSÃO ................................................................................................. 20
6. REFERÊNCIAS .............................................................................................. 21
6

1. INTRODUÇÃO

De acordo com o manual de cuidados paliativos (ANCP), 2019, podemos


considerar o cuidado paliativo como a Arte do Cuidar, em conjunto com o
conhecimento científico, em que a associação da ciência e a arte proporcionam o
alívio dos sofrimentos decorrentes da doença. Por fazer parte da prática clínica,
acaba ocorrendo de forma conjunta às terapias destinadas à cura e ao
prolongamento da vida (BARBOSA, 2019).
Os Cuidados Paliativos são reconhecidos pelas áreas que trabalham e
estudam a saúde como uma abordagem, que tem como objetivo auxiliar o
indivíduo que recebeu diagnóstico de uma doença crônica ou crônico-
degenerativa e que ameace a continuidade da vida, a exemplo do câncer, dentre
tantas patologias que ameacem essa continuidade, independente do estágio da
doença e do prognóstico reservado (SILVA, 2020).
A incidência de doenças crônicas tem aumentado significativamente nos
últimos anos, dentre elas, o câncer tem apresentado um dos maiores índices de
incidência e prevalência elevadas no mundo (Magalhães et al., 2018). Assim
houve um grande progresso na ciência médica como um todo, em consequência
tem uma sobrevida de pacientes com doenças crônicas e limitantes de vida cada
vez maior. Mas, nem sempre a sobrevivência implica na qualidade de vida.
O câncer é uma doença em que ocorre o crescimento de células de forma
desordenadas, podendo espalhar para outros tecidos ou órgãos, o que acaba
resultando em metástase e transtornos funcionais (Magalhães et al., 2018).
O papel do nutricionista com o aparecimento e/ou evolução do câncer no
individuo, a desnutrição pode acabar sendo desenvolvida também. De acordo com
Pinho (2011), a desnutrição em pacientes com câncer é recorrente, devido a
diversos fatores, sejam eles a redução de apetite, dificuldade mecânica para
mastigar e até mesmo deglutir alimentos.
Ainda segundo Pinho et al., (2011, p. 3):
A prevalência de desnutrição pode variar entre 30% e
80%, dependendo do tipo do tumor, sendo grave (em geral
quando há perda de peso habitual maior do que 10% em seis
7

meses) em 15% dos doentes. Frequentemente, a perda de


peso não intencional é o primeiro sintoma e precede o
diagnóstico.
No entanto o papel do nutricionista na aplicabilidade da terapia nutricional
(TN) em paciente oncológico está ligado a vários aspectos, tendo em vista que o
objetivo é avaliar o estado nutricional do paciente, para assim destinar a TN
adequada, tendo em vista que cada caso carrega consigo sua peculiaridade
(OTTOSSON, et al., 2013).
Segundo Planas et al., (2011), existe provas claras de que a triagem
nutricional com ferramentas de verificação adequadas, tem possibilidade de
identificar precocemente o risco da desnutrição, logo ferramentas estão sendo
desenvolvidas, e as mais utilizadas são a ASG-PPP, a ASG e a TRN-2002.
De acordo com Pinto e Campos (2016), os estudos sobre os cuidados
paliativos vêm aumentando, no entanto parecem estar lentamente postos em
prática, de forma episódica e sequencial, porém os cuidados paliativos vão muito
além do período terminal do paciente.
A atuação do nutricionista é importante nestes casos, pois ele é um dos
profissionais que irá auxiliar na evolução da saúde do paciente, não podendo, no
entanto, restabelecer a sua saúde em busca da cura da doença (MAGALHÃES et
al., 2018).
No entanto, já estão sendo desenvolvidos métodos para promover a
qualidade de vida para pacientes oncológicos.
A natureza metabólica da doença oncológica, a toxicidade e
as alterações fisiológicas decorrentes dos tratamentos
oncológicos e a evolução da própria doença provocam nos
pacientes uma miríade de sintomas. São exemplo: dor,
astenia, anorexia, saciedade precoce, náusea, vômito,
disfagia, mucosite, alteração do paladar e cheiro, xerostomia,
obstipação, diarreia, alteração da absorção de nutrientes e
aversão a alimentos específicos, entre outros (TONG et al.,
2009, p. 314).

Pinto e Campos (2016, s/p), descrevem exatamente o que envolve a


assistência alimentar e nutricional no âmbito da oncologia:
8

A assistência alimentar e nutricional promotora de bem-estar


psicossocial poderão ser interpretados como uma das
práticas norteadoras dos Nutricionistas que trabalham em
cuidados paliativos oncológicos. A exígua literatura existente
sobre este tema identifica como exemplos desta atividade: o
fornecimento de informação e aconselhamento
personalizado, o diálogo aberto em torno de tópicos como,
perda de peso, alterações alimentares, presença e efeito
destrutivo dos mecanismos de suporte alimentar/nutricional,
o apoio na descoberta de novos mecanismos de controle e
realização da ingestão alimentar, e a modificação das rotinas
assistenciais relacionadas com a alimentação institucional,
entre muitas outras.
9

2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral

Apresentar o papel do nutricionista nos cuidados paliativos para a qualidade


de vida dos pacientes oncológicos.

2.2 Objetivos específicos:

1) Compreender os cuidados paliativos em pacientes oncológicos.

2) Descrever métodos de promoção de bem-estar aos pacientes oncológicos sob


cuidados paliativos através da terapia nutricional.
10

3. MATERIAL E MÉTODOS

Este estudo constitui-se de uma revisão bibliográfica, na qual foram


realizadas consultas em artigos científicos publicado em períodos indexados,
selecionados através de buscas no banco de dados da Scielo, Google Acadêmico,
Pubmed, livros e manuais. Foram consultados trabalhos acadêmicos como teses,
e dissertações disponibilizadas em sites de outras faculdades na internet que
abordam os mesmos temas.

Este tipo de pesquisa tem como finalidade colocar o pesquisador em


contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado
assunto ou problema (MARCONI & LAKATOS, 2007).

Os fatores que levaram para escolha do tema a ser estudado foram o


aumento de pacientes oncológicos em fase terminal em cuidados paliativos e a
importância do profissional nutricionista na melhoria da qualidade de vida dos
pacientes.

Para a busca do material foram utilizados como palavras-chave: Cuidados


paliativos, Terapia nutricional e Oncologia.
11

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nos últimos anos, o meio cientifico tem estudado a importância da


qualidade de vida em pacientes oncológico, incluindo os cuidados paliativos
nutricionais, trazendo para o meio acadêmico debate sobre a importância do
profissional nutricionista no âmbito multiprofissional visando a qualidade de vida e
bem estar desses pacientes (Tabela 1) assim como aspectos éticos e técnicas
nutricionais indicadas pelo profissional.
Para muitos profissionais que atuam em Cuidados Paliativos, há um
verdadeiro dilema em relação ao emprego da dieta via oral (VO), terapia
nutricional enteral (TNE) e/ou nutrição parenteral (NP) como alternativas de
tratamento. Entretanto, nestes pacientes a nutrição possui diferentes significados,
pois depende do indivíduo, dos hábitos alimentares, da procedência e da religião.
Dentre outros fatores, a alimentação pode envolver afeto, carinho e vida, acima do
atendimento das necessidades energéticas (BUETO, 2011).
Existe um forte estigma associado aos cuidados paliativos, que pode
persistir mesmo após experiências positivas com uma intervenção precoce em
cuidados paliativos. A educação do público, pacientes e prestadores de cuidados
de saúde é fundamental para que a integração precoce dos cuidados paliativos
seja bem-sucedida (PAIVA, 2018).
As decisões sobre o uso de suporte nutricional e hidratação devem ser
baseadas nos mesmos princípios que norteiam outros tratamentos médicos.
Muitos acreditam que a nutrição deve ser oferecida sempre, assim como são os
cuidados pessoais básicos de higiene e controle da dor. Esta visão está
profundamente arraigada a crenças religiosas, conceitos culturalmente adquiridos
e experiências pessoais (CUNHA, 2012).

AUTORES TEMA RESULTADOS

Para tomada de decisão no


BARBOSA, 2019 The Decision-Making Suporte Nutricional em
Process For Nutritional pacientes em Cuidados
Support in Palliative Care Paliativos, o foco deve ser o
12

According to Bioethics cuidado centrado no


paciente sob os pilares da
autonomia, beneficência,
não maleficência e justiça.
DIETOTERAPIA E Dificilmente a alimentação
MENEZES, 2019 CUIDADOS PALIATIVOS será capaz de exercer sua
EM PACIENTES função de restaurar uma
ONCOLÓGICOS. condição nutricional
adequada. Nesse estágio, a
intercessão da equipe
multidisciplinar e em
especial o nutricionista é
ponderar sobre as
necessidades e desejos do
paciente e família,
essenciais para que se
controlem sintomas
indesejáveis e assegurar
prazer e alívio.
ESPEN guideline on A terapia nutricional não
VOLKERT, 2019 clinical nutrition and tem benefício e não é bem-
hydration in geriatrics sucedida em pacientes que
estado final da vida, e
geralmente não conseguem
comer normalmente.
MACFIE, 2019 The ethics of artificial Decisões difíceis exigem
nutrition deliberação, considerável,
equilibrando os julgamentos
e os valores dos pacientes,
suas famílias e prestadores
de cuidados e até as
crenças culturais da
sociedade em geral.
Comparação da Para a população
13

SANTOS, 2019 especificidade e oncológica, a Avaliação


sensibilidade entre os Subjetiva Global Produzida
métodos de triagem pelo Próprio Paciente (ASG-
nutricional Nutritional PPP) é padrão ouro,
Risk Screening 2002 e contudo outros métodos,
Graz Malnutrition como a Nutritional Risk
Screening em pacientes Screening 2002 (NRS 2002)
oncológicos hospitalizado e a Graz Malnutrition
Screening (GMS), parecem
ser úteis.
Avaliação do Risco O diagnóstico precoce do
RODRIGUES, 2019 Nutricional em Pacientes risco nutricional pode
Onco-Hematológicos melhorar o prognóstico dos
Hospitalizados pacientes oncológico.
CHOW, 2016 Enteral and parenteral Além do aumento da
nutrition in cancer incidência de infecção, a
patients: a systematic Nutrição parenteral não
review and meta- resultou no prolongamento
analysis. da sobrevida, no aumento
das complicações do
suporte nutricional ou nas
principais complicações
quando comparada à NE
em pacientes com câncer.
Immunonutrition vs A imunonutrição
YU, 2019 Standard Nutrition for perioperatória reduziu a
Cancer Patients taxa de infecção da ferida.
Para pacientes desnutridos,
a imunonutrição diminuiu o
tempo de internação.
The Effectiveness of A terapia de hidratação
NAKAJIMA, 2019 Artificial Hydration apropriada pode aliviar os
Therapy for Patients With sintomas relacionados à
Terminal Cancer Having hiperidratação e melhorar a
14

Overhydration Symptoms qualidade de vida, a


Based on the Japanese satisfação do paciente e o
Clinical Guidelines A Pilot sentimento de benefício.
Study.

Os doentes nos últimos dias de vida podem apresentar sofrimento físico de


difícil alívio, assim como stress emocional, espiritual e social significativos.
Reconhecer a fase terminal de uma doença é essencial para implementar um
plano de cuidados adequado, privilegiando cuidados de conforto (BAILEY, 2018).
Cuidados paliativos é uma abordagem para melhorar a qualidade de vida
dos pacientes e suas famílias. Isto é feito através de abordagem multidimensional
no cuidado de pacientes críticos, prevenindo e aliviando o sofrimento através da
detecção precoce, avaliação cuidadosa e tratamento da dor, bem como de outras
questões físicas, psicossociais e espirituais. Mesmo que o foco esteja no paciente,
o cuidado paliativo visa o acompanhamento de todo o sistema em sofrimento:
paciente e familiares (MIGLANI, 2016).
Conhecimentos e habilidades básicas sobre controle de sintomas e
cuidados paliativos são importantes para apoiar os pacientes nessa fase
ameaçadora de sua vida. Os cuidados paliativos não devem ser fornecidos
apenas no final da vida. O conceito de integração precoce dos cuidados paliativos
está cada vez mais em foco. No entanto, no final da vida, existem alguns fatos e
questões importantes que devem ser levados em consideração (KREYE, 2020).
É de grande relevância a interação entre as equipes, no âmbito
multidisciplinar, nessa fase de vida do paciente, visando estabelecer os
procedimentos mais adequados de acordo com tais necessidades, respeitando
sempre a opinião do paciente , esclarecendo os benefícios de tal terapia e
exemplificando também suas causas adversas, quando a impossibilidade do
paciente responder, o mesmo método deve ser esclarecido aos familiares.
A organização do cuidado nutricional e da provisão de alimentos,
dependendo dos cuidados, carece de consideração pelos valores, necessidades e
preferências do indivíduo. As necessidades e preferências dos pacientes e de
seus familiares devem orientar como o atendimento nutricional é prestado
(HESTEVIK, 2020).
15

A terapia nutricional em CP tem que considerar a incapacidade do paciente


em deglutir, digerir e absorver nutrientes, promover conforto, prazer, melhor QV e
controlar os sintomas nutricionais relacionados à progressão da doença (exemplo:
anorexia, náuseas, obstipação, xerostomia, caquexia, diarréia, inapetência e
outros). Espera-se assim prolongar a perda da auto-suficiência garantindo uma
sobrevida com dignidade ao indivíduo. Quando possível, deve-se favorecer
alimentação por via oral (VO), devendo ser ofertados alimentos preferidos do
paciente, caso a alimentação e a hidratação por VO sejam impossíveis ou
insuficientes para atingir as necessidades nutricionais, deve-se então considerar
via enteral ou via parenteral, desde que não sejam medidas fúteis,
desconfortáveis, respeitem os princípios éticos e decisão do paciente e família,
contribua com uma melhor qualidade de vida e maior sobrevida (MENEZES,
2019).
COMIN (2017), em seu estudo aborda que a maioria dos pacientes nunca
pensou encontrar-se em situação na qual a cura não seja mais possível. Isso
revela a tendência de pouca reflexão sobre o final de vida entre a população, salvo
quando a doença se agrava, como ocorreu em relação à presença de metástases.
Essa observação é corroborada pela constatação de que a maioria dos pacientes
– daqueles que nunca ouviram falar em cuidados paliativos – optaria por recebê-
los caso se encontrasse na terminalidade de vida, depois de o significado do
termo ter sido esclarecido.
A percepção dos cuidados paliativos realizado aleatoriamente com
indivíduos entre 18 e 74 anos mostrou que nesta população o conhecimento do
tema é inadequado, sendo que menos de 60% dos participantes já tinham ouvido
falar sobre cuidados paliativos, enquanto que apenas 7% destes acreditavam ter
uma ideia precisa sobre o que realmente são os cuidados (ALBANESI, 2020).

4.1 Promoção de bem-estar aos pacientes oncológicos sob cuidados


paliativos através da terapia nutricional.

Com os avanços da medicina moderna e do conhecimento tecnológico,


aumentou o número de pessoas com doenças crônicas e progressivas. Também
as opções de tratar se diversificaram e, assim, adiar a morte tornou-se possível.
Quando é necessário proceder à tomada de decisão sobre nutrição e hidratação
16

artificiais, em pessoas doentes em cuidados paliativos, estas mesmas decisões


apresentam dilemas éticos complexos que envolvem os princípios de
beneficência, e não maleficência (PINHO, 2019).
A nutrição é considerada um ícone associado à saúde e ao bem-estar,
essencial à sobrevivência humana, tornando-se importante no câncer avançado
(SILVA, 2019).
E continua sendo uma questão relevante até o final da vida, tanto para os
pacientes quanto para seus familiares. Isto é particularmente verdadeiro
para pacientes paliativos com câncer avançado. Além dos problemas locais
causados pela doença e seu tratamento, os pacientes sofrem de aspectos sociais
como isolamento, diminuição da força e mobilidade reduzida. É necessário
aconselhamento nutricional e terapia eficazes para manter a qualidade de vida e
o autocuidado pelo maior tempo possível. Diálogo entre os cuidados paliativos,
equipe e os oncologistas devem servir de base para o desenvolvimento de um
plano individual para cada paciente nessa situação difícil (BÜNTZEL, 2020).
Os problemas alimentares frequentemente afetam a qualidade de vida e a
função física, psicológica e social em pacientes tratados por câncer
(KRISTENSEN, 2020).
Devido os impactos da doença e os efeitos colaterais dos tratamentos, o
paciente oncológico apresenta risco elevado de desnutrição. A desnutrição
progressiva, leva à perda de massa e função muscular, mau funcionamento de
órgãos e sistemas, está associada ao aumento da ocorrência e gravidade de
complicações, e é um grande fator de risco para a mortalidade. A avaliação
nutricional deve ser realizada por meio de técnica simples e rápida, para que
possa ser inserida 4 na rotina da avaliação dos pacientes (BARNABE, 2020).
Apesar de ser reconhecido que a intervenção nutricional é essencial, o
suporte nutricional não é amplamente acessível a todos os pacientes. Dada a
incidência de risco nutricional e desperdício nutricional, e como o gerenciamento
da caquexia continua sendo um desafio na prática clínica, uma abordagem
multidisciplinar com nutrição direcionada é vital para melhorar a qualidade do
atendimento em oncologia (RAVASCO, 2019).
Pacientes com câncer metastático devem receber uma dieta quantitativa e
qualitativamente adequada e, em caso de tolerância reduzida aos alimentos, é
indicada nutrição artificial. Mais importante, o cuidado nutricional deve ter como
alvo os mecanismos subjacentes da ingestão alimentar reduzida / resposta
17

anabólica prejudicada, e deve minimizar o impacto da crise catabólica, para


maximizar a fase de recuperação (CASTRO, 2019).
A perda de peso em pacientes com câncer é uma mudança constitucional
preocupante que prevê a progressão da doença e o tempo de sobrevida reduzido.
Uma abordagem lógica para combater parte da perda de peso é fornecer suporte
nutricional, administrado por meio de nutrição enteral (EN) ou nutrição parenteral
(PN), de acordo com as diretrizes atuais da Sociedade Europeia de Nutrição
Clínica e Metabolismo, recomendando nutrição enteral sobre parenteral, quando a
nutrição oral é inadequada, em pacientes adultos. (CHOW, 2019).
O paciente em estágio final não consegue realizar a terapia nutricional
convencional, por receber estímulos diferente de uma pessoa saudável, logo é
escolhido outro tipo de terapia, visando a nutrição do mesmo.

As últimas duas décadas foram testemunhas de considerável progresso na


administração de nutrição e hidratação artificial (ANH). Isso pode ser usado para
sustentar a vida em vários grupos de pacientes que anteriormente teriam
sucumbido aos efeitos da desnutrição (MACFIE, 2019).
Seria necessário um tubo gástrico ou gastroduodenal nasal, causando
desconforto e risco de causar aspiração e tosse. A maioria dos pacientes que
estão em estágio final, não tem fome ou sede e a hipotensão normal, hipóxia e
hipercapnia, que geralmente estão subjacentes ao curso natural da morte, pode
ser prolongado quando os pacientes recebem fluidos de reidratação. A retirada ou
retenção do tratamento é considerada uma medida de natureza idêntica, porque
se baseia no julgamento de que o tratamento não é benéfico. No entanto, é
necessária uma terapia de conforto para tratar outras queixas que um paciente
possa ter devido a boca seca e com crostas, úlceras decubitais (VOLKERT, 2019).
O estado nutricional do paciente interfere diretamente na recuperação do
paciente oncológico submetido a procedimento cirúrgico, sendo capaz de
acometer de forma relevante o resultado da intervenção. A terapia nutricional
enteral é a estratégia mais comum empregada para prevenir ou tratar a
desnutrição por ingestão oral diminuída e/ou pelo aumento das necessidades
calórico-proteicas, ocasionada pela ingestão insuficiente que ocorre de forma
comum no pós-operatório, contribuindo para a manutenção ou recuperação do
estado nutricional do paciente (ISIDRO, 2012)
18

As opções terapêuticas incluem aconselhamento, alimentos enriquecendo,


orais nutricionais suplementos, nutrição enteral e parenteral, modulação
metabólica, o treinamento físico, cuidados de suporte para ativar e melhorar a
ingestão de quantidades adequadas de alimentos, bem como psico- oncologia e
apoio social. Finalmente, para permitir esse novo nível de nutrição e atendimento
metabólico ao paciente, parece necessário estabelecer definições e sistemas
comuns de classificação, permitindo não apenas um tratamento eficiente, mas
alocando recursos médicos adequados para atingir esse objetivo (ARENDS,
2018).
A nutrição enteral é uma técnica terapêutica amplamente utilizada para
aportar nutrientes de forma efetiva aos pacientes que têm incapacidade de
receber seus requerimentos nutricionais por via oral. Porém, sua indicação não é
simples e exige uma reflexão profunda, não só do ponto de vista clínico, mas
também bioético. Decisões relacionadas à terapia nutricional em cuidados
paliativos não são normalmente alcançadas de forma isolada; é necessário
considerar o quadro clínico, os desejos dos pacientes e familiares, prognóstico,
opiniões de tratamento disponíveis e seus riscos-benefícios. É fundamental
estabelecer um plano de cuidado envolvendo o paciente, familiares e profissionais
(AGUIAR, 2019).
A nutrição garante suporte durante o tratamento do câncer. O conhecimento
é embasado através de produções científicas. Quanto mais se produz
conhecimento escrito, mais o conhecimento é disseminado à sociedade (SUZUKI,
2020).
Segundo Castro, Frangelha e Amada (2017) outro dilema bioético é a
questão da “continuidade ou não do suporte nutricional” em fase terminal de vida
por meio de terapia nutricional enteral (TNE) com uso de sonda ou gastrostomia. A
vontade do paciente deve ser respeitada quando ele recusar esse meio de
nutrição e hidratação artificiais, que priva a sensação de paladar e diminui
a sua autoestima e autonomia. Quando seu desejo não é acolhido, tal situação
ocasiona agitação, incômodo e necessidade de sedação.
A grande maioria dos pacientes com câncer no final da vida recebe
hidratação parenteral em hospitais (HUI, 2019). Efetivamente, a hidratação
medicamente assistida deve ser considerada uma intervenção médica, sendo o
seu uso um tópico complexo, emotivo e, por vezes, controverso. As decisões
referentes ao seu início são, muitas vezes, baseadas em evidência anedótica e
19

frequentemente influenciadas pelas atitudes dos envolvidos na tomada de decisão


(ALVES, 2019).
O uso de HA em doentes em fim de vida é ainda objeto de discussão, com
questões éticas, potenciais benefícios e consequências, no centro do debate. A
melhor prática permanece indefinida pela falta de evidência científica rigorosa e,
em consequência, existe grande variação na gestão da HA em doentes em fim de
vida. A maioria dos estudos que avaliaram o impacto do uso desta terapêutica em
fim de vida no controlo de sintomas, conforto e qualidade de vida demonstrou a
falta de benefício global desta intervenção (MELO, 2019).
A Sociedade Alemã de Nutrição Médica recomenda uma alimentação
artificial através da gastrostomia, somente quando uma extensão de vida de 2-3
meses para o paciente é previsível. Neste caso, uma dieta balanceada com
ingestão de energia adequada deve ser personalizada para cada paciente
(BÜNTZEL, 2014).
Logo, verifica-se a importância do profissional nutricionista, dentro da
equipe multidisciplinar, pois esse profissional estará capacitado para exemplificar
ao paciente em situação terminal, os estágios de nutrição, seus mecanismos e
importância para a qualidade de vida do mesmo.
20

5. CONCLUSÃO

Portanto o profissional nutricionista é essencial no processo de cuidados


paliativo, visto que nessa fase, a terapia nutricional irá auxiliar na redução de
efeitos colaterais relacionados aos pacientes oncológicos, pois esses pacientes
passam por diversos procedimentos durante o tratamento, sendo assim esses
indivíduos possuem efeitos colaterais, realizando essa orientação nutricional
esses efeitos podem ser diminuídos.
Outro fator importante no estágio terminal de pacientes com câncer, é o
manejo da terapia, visando a qualidade de vida, dessa forma buscando a melhor
terapia nutricional, visto que nesse estágio o paciente possui vários fatores
relacionados a doença que o impossibilitam de manter uma alimentação
adequada, os canceres com mais celeridade em relação ao tipo de terapia
nutricional é o câncer gastro-intestinal.
Contudo nessa etapa, é necessário o acompanhamento multidisciplinar,
visando a qualidade de vida do paciente, minimizando dores e desconfortos
causados pela patologia, por isso o nutricionista tem papel fundamental na
escolha de terapia nutricional mais adequada, analisando cada variável do
paciente, para determinar quais metabolitos são necessários de acordo com cada
caso, favorecendo a terapia, buscando assim sua eficácia. Vale ressaltar que a
autonomia do paciente e o direito de tomar decisões sobre o seu cuidado devem
ser plenamente respeitados, exigindo uma comunicação honesta com informações
sobre prognóstico, alternativas de tratamento. Diante da negação ou da
impossibilidade do paciente de participar da discussão o fato deve ser
documentado e discutido com os cuidadores. Tanto paciente quanto a família
precisa estar preparada para o evento primordial, por isso deve-se ter
conhecimento das mudanças físicas que precedem a morte e todas as medidas
que podem ser utilizadas para que o paciente permaneça confortável até o fim.
21

6. REFERÊNCIAS

ALVES, Catarina Falcão. Hidratação artificial em fim de vida em cuidados


paliativos. Revisão bibliográfica. 2019.

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ARENDS, J. Struggling with nutrition in patients with advanced cancer: nutrition


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BAILEY,FA, Harman SM. Palliative care: The last hours and days of life.
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BARBOSA, Janine Maciel, et al. The Decision-Making Process For Nutritional


Support in Palliative Care According to Bioethics: An Integrative Literature
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CASTRO, Carolina Quintana. Caracterização, regime terapêutico e principais


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cabeça e pescoço. 2019.
22

CHOW, Ronald, et al. Enteral and parenteral nutrition in cancer patients: a


systematic review and meta-analysis. Ann Palliat Med, 2016, 5.1: 30-41.

CHOW, Ronald, et al. Enteral and parenteral nutrition in cancer patients, a


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