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As Figuras de Som são aqueles recursos associados aos sons das

palavras. Podem ser classificados em aliteração, assonância,


onomatopeia e paronomásia.
Aliteração
A aliteração ocorre quando há repetição de sons consonantais.
Exemplo

• O rato roeu a roupa do rei de Roma.


A repetição da consoante “r” é essencial para a constituição do
ritmo desse trava-língua.
Outros exemplos

• Quem com ferro fere com ferro será ferido.


• “Chove chuva, chove sem parar” (Jorge Bem Jor)
ATENÇÃO: muitos trava-línguas e ditos populares se baseiam em
aliterações.
Assonância
A assonância corre quando há repetição de sons vocálicos.
Exemplo

• Tinha o coração na mão.


Há aqui a repetição do som “ão” como elemento que constitui a
sonoridade da expressão.
Outros exemplos

• O Museu Galileu pereceu.


• “Juro que não acreditei eu te estranhei / Me debrucei sobre
teu corpo e duvidei” (Chico Buarque)
Onomatopeia
Entre as Figuras do Som, a onomatopeia ocorre quando há a o
emprego de palavras que imitam sons ou ruídos.
Exemplo

• O tic-tac do relógio o incomodava.


A expressão “tic-tac” imita o som dos ponteiros do relógio.
Outros exemplos

• Acordei com o cocoricó do galo.


• “Oi, tum, tum, bate coração” (Elba Ramalho)
ATENÇÃO: As histórias em quadrinhos e tirinhas são os locais
onde mais se encontram onomatopeias.
Paronomásia
Ocorre quando há repetição de palavras com sons parecidos.
Exemplo

• O cavaleiro é um cavalheiro.
Apesar de possuírem sons parecidos, as palavras “cavaleiro” e
“cavalheiro” possuem significados diferentes: “cavaleiro” é quem
cavalga e “cavalheiro” é um homem gentil.
Outros exemplos

• Os discentes conversaram com o docente.


• O peão jogava pião com o filho.
ATENÇÃO: é fácil cometer equívocos com palavras parecidas.
Cuidado para não confundir palavras que tenham semelhança no
som e na escrita!

• Comemos fora todos os dias! A gente até dispensa a despensa.


• Você tem que ler muito, sobretudo se quiser escrever sobre tudo.

Exemplos de paronomásia na literatura:

• “Com tais premissas, ele sem dúvida leva-nos às primícias.” (Padre Antônio
Vieira)
• “Exportar é o que importa.” (Delfim Netto)
• “Sagres sagrou então a Descoberta/E partiu encoberto a descobrir.” (Miguel
Torga)

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