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CELULAS

ESTAMINAIS

ANDRÉ SILVA

TURMA N2
CELULAS ESTAMINAIS

Como Nasceu
Esta iniciativa da comunidade científica nasceu de diversos contactos, muitos entre pessoas
que nem se conheciam, que se iniciaram em meados de 2004. Como resultado cerca de 70
investigadores portugueses decidiram fundar a Sociedade Portuguesa de Células
Estaminais e Terapia Celular .A SPCE-TC tem como principais dirigentes os Professores Rui
L. Reis da U. Minho (Presidente), Mário Sousa da U. Porto (Vice-Presidente), Francisco
Ambrósio da U. Coimbra (Secretário), José Belo do Instituto Gulbenkian de Ciência e U.
Algarve (Presidente da Mesa da Assembleia Geral) e Nuno Neves da U. Minho (Presidente do
Conselho Fiscal)

Âmbito
A SPCE-TC congrega a maioria dos investigadores portugueses que efectuam investigação de
excelência em células estaminais, adultas, do cordão umbilical e embrionárias, e/ou procurem
desenvolver novas terapias celulares com base no uso de qualquer desses tipos de células.
A Sociedade Portuguesa de Células Estaminais e Terapia Celular , associa cientistas das
mais diversas Instituições científicas, e de empresas, situadas desde o Minho ao Algarve. A
rede de investigadores, tal como uma unidade clássica de investigação e desenvolvimento
(I&D) com presença física num dado local, permitirá a partilha do conhecimento, dos espaços e
do equipamento, de forma a proporcionar uma massa crítica adequada à criação de uma
unidade de I&D “virtual”, a funcionar em rede, focada nas células estaminais. Desse modo, a
rede tem possibilidade de unir esforços, permitindo reforçar a competitividade dos
investigadores em concursos internacionais e nacionais de I&D. A Sociedade é ainda a
promotora da criação de um Programa Doutoral Nacional em Células Estaminais e Terapias
Celulares, e contribui mais eficazmente para o desenvolvimento desta área do conhecimento.
Os investigadores estarão também sempre que possível abertos a uma transferência dinâmica
das descobertas para o Sector Empresarial português da área biotecnológica, seja ele o já
existente ou o a criar como resultado das actividades dos investigadores que constituem esta
Sociedade.

Células Estaminais
As células estaminais foram reconhecidas desde que a histologia e a embriologia,
desvendaram o segredo da vida, dos tecidos e dos órgãos. Porém, só desde há cerca de cinco
anos se conseguiram desenvolver métodos eficazes para a sua caracterização e purificação
com vista ao seu uso em programas de regeneração e transplante de tecidos. As células
estaminais são células com um extraordinário potencial cujo destino ainda não foi determinado.
Assim elas podem transformar-se em vários tipos de células diferentes, através de um
processo de diferenciação. Idealmente as células estaminais têm a capacidade de poder vir a
substituir qualquer célula doente que tenhamos no corpo e, se utilizadas adequadamente em
terapias celulares ou engenharia de tecidos, podem regenerar qualquer tipo de tecido ou órgão
danificado. É assim fácil de imaginar que avanços científicos e tecnológicos nesta área podem
levar à criação de soluções clínicas actualmente inexistentes para problemas tão graves como
diabetes, Parkinson, Alzheimer, artrite, osteoporose, acidentes vasculares cerebrais, doenças
cardíacas e até mesmo a paralisia, entre muitas outras patologias.
RESUMO
A investigação com células estaminais em Portugal está entre as mais avançadas no mundo,
nomeadamente em engenharia de tecidos e medicina regenerativa, e há cada vez mais
empresas a oferecer serviços, segundo especialistas nesta área, noticia a agência Lusa.
«Estamos bastante à frente na expansão celular, temos um trabalho de muita qualidade na
regeneração de osso, cartilagem e pele, por exemplo, e há muito trabalho ligado às células
estaminais em neurociências», disse Luís Reis, presidente da Sociedade Portuguesa de
Células Estaminais e Terapia Celular.
As células estaminais têm a capacidade de se diferenciar em vários tipos celulares e de se
renovar e dividir indefinidamente. No caso das que se encontram no sangue do cordão
umbilical, o seu isolamento e crio preservação (conservação através de congelação)
proporciona aos recém-nascidos e familiares a sua eventual utilização no tratamento de
doenças que venham a contrair ao longo da vida.
Segundo Luís Reis, que dirige o Grupo 3B's (Biomateriais, Materiais Biodegradáveis e
Biomiméticos) da Universidade do Minho, este serviço «é bem oferecido e há eventualmente
mais negócio nesta área em Portugal do que noutros países».

Crio estaminal e Stemmater: casos de sucesso económico e científico

Numa das cinco empresas portuguesas dedicadas à crio preservação das células estaminais
do sangue do cordão umbilical - a Crio estaminal, com sede em Cantanhede (Coimbra) - são já
quase 25 mil os pais que decidiram guardar as células dos filhos por 20 anos.

Os pais pagam actualmente 1.200 euros por este serviço à Crioestaminal, da Universidade de
Coimbra criada em 2003, que ultrapassará este ano os seis milhões de euros em volume de
negócios.

Em termos do desenvolvimento da investigação, Luís Reis destacou a abertura recente, no


Avepark, nas Taipas (Guimarães), da sede do novo Instituto Europeu de Excelência em
Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa, de que é também director, e que «irá
polarizar muito todas as actividades nesta área em Portugal».

«Fomos seleccionados por todos os outros membros do Instituto para assumirmos essa
liderança, com critérios científicos, por sermos os mais produtivos e mais activos nessa área, e
temos já pessoas de 25 países a trabalhar nele», acrescentou.

As células estaminais são células extraordinárias cujo destino ainda não foi


"decidido". Podem transformar-se em vários tipos de células diferentes, através de
um processo denominado "diferenciação".

Nas fases iniciais do desenvolvimento humano, as células estaminais do


embrião "diferenciam-se" em todos os tipos de células existentes no organismo -
cérebro, ossos, coração, músculos, pele, etc. Os cientistas estão entusiasmados com
a possibilidade de controlar o espectacular poder natural destas células para curar
vários tipos de doenças. Por exemplo, as doenças de Parkinson
e Alzheimer resultam de lesões em grupos de determinadas células no cérebro. Ao
fazer um transplante das células estaminais de um embrião para a parte do cérebro
com lesões, os cientistas esperam substituir o tecido do cérebro que se perdeu.

Num futuro próximo, a investigação das células estaminais poderá revolucionar a


forma de tratamento de muitas "doenças mortais" como, por exemplo, acidentes
vasculares cerebrais, a diabetes, doenças cardíacas e até mesmo a paralisia.

As atitudes relativamente à utilização de células estaminais embrionárias para fins de


investigação e tratamentos médicos variam de país para país. Na Alemanha, por
exemplo, a remoção de células estaminais de um embrião humano é considerada
ilegal.

Na Grã-Bretanha é legal mas, de acordo com regulamentos rigorosos, os cientistas


britânicos podem utilizar embriões humanos para investigação até 14 dias após
a fertilização. Nesta altura, o embrião é uma bola de células com cerca de um quarto
do tamanho de uma cabeça de alfinete (0,2 mm).
Muitos países ainda não possuem leis claras que regulem a investigação de células
estaminais humanas.

Uma vez que a utilização de embriões é uma questão controversa eticamente, os


cientistas em todo o mundo estão à procura de outras fontes de células estaminais.
As células estaminais encontradas na medula óssea dos adultos são uma
possibilidade. Estas células têm o potencial para se "diferenciarem" em diferentes
glóbulos vermelhos ao longo do ciclo da vida.

No futuro, os cientistas esperam manipular estas células estaminais adultas para


que, em vez de produzirem apenas glóbulos vermelhos possam produzir células do
cérebro, fígado, coração e células nervosas.

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