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Verena Wiggers
Conforme cunhado por Paraskeva (2000) trata-se da medula do processo educativo; é a face
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Este primeiro manual foi produzido por Dalilla C. Sperb. No mesmo ano foi publicado
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também um segundo manual, de autoria de Marina Couto. Ambos os escritos seguem a vertente
americana, na medida em que seguem o paradigma de Tyler.
Este foi escrito por Lady Lina Traldi com um resumo das ideias veiculadas por Tyler e Taba.
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Uma das ideias centrais pregadas por esses autores é a de que o currículo é um artefato neutro.
Portanto, não exerce nenhum caráter ideológico.
Nessas discussões, Paulo Freire foi um dos grandes colaboradores, não apenas no Brasil, mas
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Zabalza, Landsheere, Pacheco, Grundy, Gimeno Sacristán, Pagano, Pinar, Schubert, Posner,
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[...] nos países europeus, termos similares a currículo – tais como programa
e planos de estudos – passaram também por alterações de significados.
Programa deixou de ser um receituário de conteúdos para tornar-se um
programa de atividades escolares; plano de estudos, que era definido como
[...] projeto traz em seu bojo a ideia de plano, expresso através de linhas
que sugerem uma organização, com determinada finalidade, a partir das
concepções, dos sonhos e das intenções daquele(s) que projeta(m). Por
sua vez, projeto implica tomar posição, decidir a escolha, levando-se em
conta as limitações e possibilidades do real [...] o termo projeto sugere
também a ideia de esboço, de incompletude a ser traduzidas em realidade,
permanentemente transformada pelo inédito presente na dinâmica do
cotidiano; dosa com equilíbrio a definição/indefinição que deve permear o
plano cuja intenção é servir de guia à ação dos profissionais nas instituições
de educação infantil. (BRASIL, 1996, p. 16).
[...] restituir por meio do combate sistemático às causas da miséria, para ter
‘o mundo sonhado pelos grandes idealistas’. Tudo deveria estar ao alcance
de todos [...] Em nome da ciência, nega-se a razão e apela-se ao destino, ao
perigo de desestabilização e às fantasias de uma degeneração racial e moral
que exigiriam o controle social. Em nome da liberdade individual, nega-
se a mesma para submeter a alegria e a realização pessoal dos indivíduos
à aceitação da sua condição social e à obediência aos ditames morais
(KUHLMANN JUNIOR, 2002, p. 493).
Para maiores detalhes conferir Brasil (1996, 2009); Kramer (1994); Wiggers (2000, 2002,
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2007).
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