Diversos modelos de acoplamentos utilizados no cotidiano industrial
são equipados com um elemento elástico, conhecido como elastômero, elemento flexível, amortecedor, pastilha, borracha ou pneu.
Uma das principais funções desse elemento é absorver torques
excessivos, no entanto para que ele opere corretamente é essencial que ele esteja em bom estado de conservação.
Você sabe quando o elemento elástico de um acoplamento deve ser
substituído?
Levando em consideração a importância dessa questão,
desenvolvemos um conteúdo com informações importantes para te auxiliar a manter o acoplamento e outros equipamentos em seu pleno estado de funcionamento.
Mas antes, vale citar características importantes dos elementos
elásticos.
Elementos elásticos
Elastômeros são elementos fabricados em polímero (poliuretano ou
borracha) de diferentes formatos, durezas e níveis de resistência à vibração, temperatura, poeira óleo e outras intempéries. Eles são instalados, normalmente, entre cubos simétricos e preservam física e estruturalmente os acoplamentos. Essa proteção evita quebras e trincas causadas pelo atrito e fricção entre os componentes mecânicos do sistema.
Além de absorver vibrações e desalinhamentos, os elastômeros
aumentam a vida útil do acoplamento e das máquinas acionadas, como bombas hidráulicas e motores elétricos, por exemplo.
Vantagens do acoplamento com elemento elástico
Acoplamentos equipados com um elemento elástico apresentam
vantagens quando comparados a acoplamentos que não contam com eles. Dentre os benefícios, podemos citar:
Possibilidade de operar nas posições horizontal e vertical,
quando fixados corretamente Capacidade de absorver carga de torção Promove isolamento elétrico e redução de ruídos durante a operação Não necessitam de lubrificação Tolera o desalinhamento radial, axial e angular Fácil instalação
É importante lembrar que, embora acoplamentos de elastômero
possam tolerar desalinhamento, os rolamentos e as vedações não são e, por esse motivo, é necessário realizar o alinhamento de precisão.
Obviamente, ainda que devidamente instalado, após determinado
tempo de operação absorvendo cargas excessivas, o elastômero precisará ser substituído.
Então, quando o elemento elástico deve ser
trocado?
Não é possível estabelecer a vida útil de um elemento elástico, uma
vez que isso varia de acordo com as características e condições de cada operação, como por exemplo, quantidade de torque e existência de sobrecarga.
As condições citadas acima podem fazer com que o elemento elástico
precise ser substituído com mais frequência. Listamos três sinais importantes de que é o momento de adquirir um novo elastômero para seu acoplamento:
Sinais de desgaste
Vale ressaltar que um dos motivos mais comum de desgaste em
acoplamentos, rolamentos e outros componentes mecânicos é o desalinhamento.
Observe as faces do elemento e verifique a existência de rachaduras,
folgas, desgaste excessivo nos dentes ou material pulverizado acumulado no cubo do acoplamento.
Caso essas alterações tenham ocorrido significa que há um desgaste
considerável que irá impactar na transmissão de torque.
Danos na torção
Se no ponto de contato de um acoplamento de duas peças (ou na
área vulcanizada quando a peça é formada por duas partes) é possível notar uma torção na costura entre as duas metades, a operação do acoplamento deve ser interrompida e o elemento elástico trocado. Quando essa torção acontece, a largura do acoplamento diminui, o que resulta em perda de contato dos dentes nos cubos.
Dano ao elemento elástico
Quando alguns acoplamentos com elemento elástico ultrapassam a
capacidade de transmitir energia, é possível ver algumas das unidades, as “pernas” do elastômero desaparecerem ou as garras de metal do acoplamento fazendo contato direto.
Nesse caso, excepcionalmente, todo o acoplamento deve ser
substituído. O que fazer para minimizar esses danos?
A existência de qualquer um dos pontos citados acima torna a
operação insegura e diminui consideravelmente a capacidade de trabalho do elemento elástico.
Dessa forma é essencial manter atenção aos detalhes do
acoplamento, máquina acionadora e acionada para identificar a existência de anormalidades, minimizá-las, quando possível e realizar a substituição do elastômero sempre que necessário.
Para minimizar a frequência dessas ocorrências, confiras as
instruções abaixo:
Assegure que o elemento elástico utilizado seja o adequado
para o modelo do acoplamento e aplicação e esteja devidamente instalado A montagem desse tipo de acoplamento é simples, mas devida atenção deve ser despendida na análise do espaçamento necessário entre os elementos, considerando a possibilidade de expansão Realize o alinhamento de precisão sempre que necessário Desenvolva um plano de manutenção que contemple as várias frentes desse serviço, mas priorize as ações preditivas Substitua o elemento elástico sempre que necessário. Em casos como os acoplamentos elásticos, essa ação pode ser realizada até mesmo sem a necessidade da sua remoção do motor ou máquina acionada. Fique atento, pois o que pode parecer uma economia, ao prolongar a utilização de uma peça imprópria, impacta diretamente no desempenho e segurança da operação.