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V Seminário Internacional de Defesa Civil - DEFENCIL

São Paulo – 18, 19 e 20 de Novembro de 2009


ANAIS ELETRÔNICOS - ARTIGOS

Computação Ubíqua, Cloud Computing e PLC para Continuidade


Comunicacional diante de Desastres

Evandro Paulo Bolsoni1


Carla Cardoso2
Carlos Henrique Medeiros de Souza3

Resumo

Há uma discussão na sociedade científica sobre como indivíduos e empresas, no que


diz respeito aos serviços por eles executados, a continuidade de serviços e a guarda de suas
informações podem permanecer imunes a desastres, protegendo seus dados e efetivamente
garantindo o funcionamento de serviços básicos para atendimento à população. Busca-se
neste momento um avanço tecnológico e uma mudança cultural para uso das novas
tecnologias da informação, enfim, busca-se quebra de paradigma. Temos neste momento da
atualidade uma nova concepção do uso de dispositivos eletrônicos, a forma de como devemos
trabalhar e armazenar as informações e quais meios físicos são utilizados para garantir a
continuidade de funcionamento, de serviços, de negócios e de comunicação.
Palavras-chave: ubíqua; cloud computing; plc; ntic´s.

Abstract

There is a discussion in the scientific society about how people and companies, with
respect to services they performed, the continuity of services and the keeping of their
information may remain immune to disasters, protecting their data and ensuring the effective
basic services functioning to attend the population. We search for a technological
improvement and a cultural changing to use the new information technologies. In short, we

1
Mestrando em Cognição e Linguagem, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro – UENF,
MBA em Gestão Empresarial e Graduado em Sistemas de Informação, Centro Universitário São Camilo-
Espírito Santo
e-mail: ebolsoni@uenf.br
2
Mestranda em Cognição e Linguagem, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF)
e-mail: carlacardos@gmail.com
3
Doutor em Comunicação (UFRJ), coordenador do mestrado em Cognição e Linguagem da Universidade
Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF)
e-mail: chmsouza@uenf.br
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seek for breaking the paradigm. We now present a new concept of using electronic devices,
the way we should work and store the information and which physical means are used to
ensure the operation continuity, services, business and communication.
Key-words: ubiquitous; cloud computing; plc; ntic´s

Recentemente, por meio de pesquisadores renomados, houve inicio de discussões


sobre o futuro da tecnologia em relação à sociedade, ao individuo, a identidade, como
também a identidade coletiva, termos como computação nas nuvens (Cloud Computing),
Computação Ubíqua, Computação Pervasiva vem sendo objeto de pesquisa de diversos
centros e seus filósofos, cientistas sociais e cientistas tecnológicos e também antropólogos.
Cada vez mais há um distanciamento da centralização de enormes computadores e de
computadores isolados para uma tecnologia identidária, conectada de forma visível e invisível
independente de local e tempo, seja por computadores pessoais em redes distribuídas, por
dispositivos móveis, seja esta conexão estabelecida através de sensores implantados em seres
humanos, podemos assim, compartilhar adiante alguns itens relevantes ao entendimento dos
termos na atualidade.

Computação Ubíqua
O termo Computação Ubíqua foi explicitado primeiramente pelo professor Mark
Weiser, cientista chefe do Centro de Pesquisa Xerox PARC, por meio de um artigo chamado
“O Computador do Século 21 (The Computer for the 21st Century), a questão abordada por
Mark Weiser é que no futuro o usuário comum estará centralizado na tarefa e não mais
relacionado prioritariamente para com a ferramenta utilizada, a tecnologia estará enraizada
implicitamente no contexto, para WEISER (1991, p. 19) “as tecnologias mais profundas são
aquelas que desaparecem. Elas se entrelaçam com o cotidiano até que se tornem
indistinguíveis dele”.
Vejamos a figura abaixo em que percebemos a evolução da computação:
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Figura 01 – Evolução Computacional

Orientado a Maquina Orientado a Tarefa Orientado a Usuário Orientado a Usuário

Um Computador Um Computador Muitos Dispositivos Dispositivos Tecn. Invísiveis

Muitas Pessoas Uma Pessoa Uma Pessoa Muitas Pessoas

Computação Centralizada Pessoal Portátil Pervasiva/Ubíqua

Fonte: (adaptado de Weiser)

Para outro pesquisador sobre o assunto computação ubíqua, ARAÚJO (2003), a


computação ubíqua surge da necessidade da unidade da mobilidade com as funcionalidades
tecnológicas da computação pervasiva para dar a um dispositivo computacional que está em
movimento à habilidade de, dinamicamente, configurar seus serviços de acordo com a
necessidade ou com o ambiente em que nos movemos. Diversos pesquisadores elegeram a
computação ubíqua como um dos maiores desafios na atualidade.
Para o melhor entendimento da definição de computação Ubíqua devemos também
explorar os conceitos da Computação Pervasiva que se define por possuir os meios de
computação distribuídos no ambiente de trabalho dos usuários de forma perceptível ou
imperceptível. Por esta definição o computador seria capaz de detectar e extrair dados e
variações do ambiente, gerando automaticamente modelos computacionais controlando,
configurando e ajustando aplicações conforme as necessidades dos usuários e dos demais
dispositivos.
Mas há uma distinção sobre computação pervasiva e ubíqua, que se referem a
segmentos distintos de pesquisa e desenvolvimento cientifico, sendo a computação ubíqua
integradora de avanços da computação móvel e da computação pervasiva, já com a
computação móvel busca-se adicionar possibilidades de mobilidade de serviços entre
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ambientes, e por fim, a computação pervasiva é relacionada à capacidade de dispositivos a


serem embutidos no universo físico para a obtenção de informações do meio para a
construção dinâmica de novos modelos computacionais. A questão é que a computação
pervasiva é o que integra a computação e o ambiente físico no qual ela está imersa.
Figura 02 – Grau de Imersão Computacional

Fonte: WEISER (1991)

Cloud Computing (Computação nas Nuvens)


O termo Cloud Computing ou a nuvem computacional ou ainda Computação nas
Nuvens consiste no compartilhamento de dispositivos e ferramentas computacionais através
da interligação dos sistemas, sempre disponíveis, em que não mais há ferramentas e softwares
locais, mas nas nuvens, tal possibilidade quebra as barreiras até hoje impossíveis.
Com o aparecimento dos microcomputadores, rompeu-se a barreira de
deslumbramento que cercava as grandes máquinas e seu seleto pessoal que as
manipulava, e surgiu a possibilidade da transferência do controle do
computador para milhares de pessoas, assistindo-se à sua transformação em um
bem de consumo (FONSECA FILHO, 1999, p.139).

Diante da exposição de um problema informado através de boletins científicos


grandes empresas como AT&T, IBM, Google entre outras, relatam que estas mesmas
organizações gastam 80% de seu tempo com a manutenção de sistemas, não sendo este o foco
e objetivo principal de seus negócios.
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Figura 03 – Rede Local com Acesso ao Servidor e Internet (desenho nosso)

Figura 04 – Computação nas Nuvens (infreemation.net)

No contexto da figura 04, servidores de aplicações, o computador pessoal,


dispositivo portátil , são apenas conectados à internet, a grande nuvem, em que há serviços
disponíveis a serem utilizados, diante desta modalidade não há necessidade de instalação de
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programas, serviços e periféricos de armazenamento de dados locais, mas apenas dispositivos


a serem utilizados por seus usuários.
Os dispositivos, como um computador ou um celular, apenas solicitam os serviços,
sem que nada esteja em seu local de execução (GRUMAN e KNORR, 2008).
Certamente a arquitetura de nuvem computacional é muito mais do que apenas um
conjunto de computadores conectados a internet, há sim, uma disposição de infra-estrutura
tecnologica que propicie um monitoramento, aprovisionamento de recursos, equilibrio e
desempenho em todas as esferas da estrutura.
Empresas como Google e IBM trabalham para o crescimento constante desta nova
era digital, uma nova fronteira a ser explorada, a Google desde 2002 explora esta tendencia
com software de produção em texto, planilhas, correio eletrônico e agendas, que são
utilizados hoje via internet sem a necessidade de nenhum download ou de instalação de
qualquer tipo de software para o equipamento local, sendo totalmente gratuitos a sua
usabilidade, disponiveis a qualquer tempo e livre de direitos autorais.

Conforme TAURION (2009) Cloud Computing está separada em três áreas:


 IaaS (Infrastructure as a Service - infra-estrutura como serviço) Onde utiliza-se
de uma porcentagem de um servidor, geralmente com configuração que adeque a sua
necessidade.
 PaaS (Plataform as a Service - Plataforma como serviço) Onde utiliza-se
apenas uma plataforma como um banco de dados, um web-service, etc.
 SaaS (Software as a Service - Software como serviço) Onde utiliza-se de um
software em regime de utilizaçao web (ex: Google docs)

Já vimos acima algumas das possibilidades da computação nas nuvens, mas podemos
elencar mais algumas: não há necessidade de sistemas operacionais, nem de programas de
autoria instalados em seu computador ou dispositivo móvel; acessível a qualquer tempo;
possibilidade de trabalho colaborativo, compartilhado; diminuição do custo operacional com
aplicativos e também não há necessidade ainda de licenciamento

Conforme relatado por TAURION (2009) não se pode ignorar este tipo de
tecnologia.
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Uma nova tecnologia se desenvolve e é impulsionada quando determinados


problemas não podem mais ser resolvidos pelas tecnologias existentes. Em termos
de Computação em Nuvem, podemos pensar em impulsionadores extremamente
poderosos, que não podem ser ignorados. ( p. 9)

Power Line Communications


Também chamado de Broadband Over Power Lines ou simplesmente de PLC
(Power Line Communications) é discutido desde 1991, quando o Dr. Paul Brown da Norweb
Communications (Norweb é a empresa de Energia Elétrica da cidade de Manchester deu
inicio aos testes de comunicação digital por meios da rede eletrica, mas somente em outubro
de 1997, as empresas Nortel e Norweb anunciaram que problemas associados ao ruído e
interferência das linhas de energia estavam solucionados, assim, em apenas dois meses as
empresas anunciaram testes de acesso a internet em uma escola da região de Manchester, em
que as empresas chamaram de Digital Powerline.
Já no Brasil em setembro de 1999, teve seu primeiro seminário sobre o assunto, com
o tema Tecnologia PLC, criado pelo subcomitê de comunicações do GCOI (Grupo de
Controle, Otimização e Inteligência Computacional Aplicados a Sistemas de Energia Elétrica)
e a APTEL (Associação de Empresas Proprietárias de Infraestrutura e de Sistemas Privados
de Telecomunicações).
A comissão FCC (Federal Communications Commission) atesta a viabilidade da
tecnologia. No Brasil a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) regulamentou através
de uma resolução em agosto de 2008, o uso da rede de distribuição de energia elétrica para a
comunicação de sinais digitais, conforme a tecnologia PLC, em que relatam que o emprego da
tecnologia possibilita novos usos para as redes de distribuição de energia elétrica, sem que
haja necessidade de expansão ou adequação da infra-estrutura já existente. A economia
representa a redução de custos aos consumidores que serão beneficiados com a apropriação de
parte dos lucros adicionais obtidos por meio da cessão das instalações de distribuição, em
benefício da modicidade das tarifas.
Conforme alguns especialistas há vantagens e desvantagens para implementação,
vejamos algumas delas:

Vantagens: Abrangência: a internet via rede elétrica chega a quase todas as residências do
país, onde há energia; Facilidade de implementação; Reduz os gastos com instalação de infra-
estrutura independente, enfim, é ligar e funcionar; Alta taxa de transmissão podendo chegar a
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até 40Mbps; Segurança em questão de criptografia; Compartilhamento de acesso, em que


eletrodomésticos podem também usar uma rede doméstica, com dispositivos ethernet, USB e
wireless.

Desvantagens: Perda de sinal em longa distancia, devido à alta velocidade; Há possibilidade


de interferências, através de fios de cobre e outros aparelhos; Há possibilidade de corrupção
de dados, através de transformadores, T´s, emendas, "T"s e filtros de linha que ao serem
desligados e ligados ocasionam ecos do sinal.
Um exemplo pioneiro no País do uso da rede em Porto Alegre, RS, para fins de
inclusão social, com mais de 3,5 quilômetros de extensão, a Rede PLC da Restinga, rede
elétrica da CEEE.

Figura 05 – Modelo exemplo divulgado pela empresa Plexeon

Atualmente há muitos projetos executados aproveitando esta tecnologia, seja para


fins econômicos financeiros, seja para fins sociais, com fez em 2004 a APTEL, juntamente
com outros parceiros, implantando o projeto Barreirinhas, no Maranhão, projeto este voltado
para o acesso a informação. As empresas fornecedoras de eletricidade CEMIG, COPEL,
CEEE e a Eletropaulo também desenvolvem trabalhos neste seguimento.
Esta tecnologia evolui a cada dia e as desvantagens e problemas são superados com
avanços através da pesquisa, com o tempo o BPL/PLC será sem dúvida uma opção para suas
diversas aplicações, em um Brasil de oportunidades para as empresas do setor, onde 95% da
população utiliza energia elétrica.
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Integrando Computação Ubíqua, Cloud Computing e PLC


Não há intenção neste trabalho em trazer uma solução imediata para a comunicação
entre pessoas através de dispositivos fixos ou móveis utilizando-se de soluções tecnológicas
existentes, mas compartilha e propõe possibilidades de estudos interdisciplinares em conjunto,
ao qual devem atender e garantir a continuidade de serviços, seja para a necessidade
comunicacional, para a proteção e guarda de informações, retorno às atividades normais de
trabalho, diante da ocorrência de desastres.
Lembrando que a computação ubíqua propõe integração entre dispositivos, sendo a
computação pervasiva integra a computação no todo ao ambiente físico que está imerso, já na
computação nas nuvens estaríamos resguardados, em que todas as informações são
armazenadas “nas nuvens”, nenhum armazenamento local será necessário, e por fim, com o
advento tecnológico de acesso, através de PLC, todos os locais com recurso de energia
elétrica, mesmo diante de desastres, têm acesso aos diversos dispositivos através deste meio
de comunicação.
A integração de diversos tipos de dispositivos conectados, a realidade do uso da
computação descentralizada (accessível em qualquer tempo e lugar) e com o advento
tecnológico que se utiliza do mesmo meio físico da malha de rede elétrica para transmissão de
dados, que é realizada através tecnologia PLC, mostra claramente uma nova forma de pensar
e quebrar paradigmas e utilizar as novas formas de tecnologias de informação.

Referências

Araújo, R. B. (2003). Computação Ubíqua: Princípios, Tecnologias e Desafios. In: Simpósio


Brasileiro de Redes de Computadores. (Org.). Computação Ubíqua: Princípios, Tecnologias e
Desafios. 1 ed. Natal - RN: SBRC2003, p. 45 - 115.
Cafezeiro, I. L. et al. (2008) ONTOLOGIAS: Interoperabilidade, Contexto, Computação
Ubíqua. In: Seminário de Pesquisa em Ontologia no Brasil, Rio de Janeiro: Niterói.
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Souza, Carlos Henrique Medeiros e Gomes, Maria Lúcia Moreira (2009). Educação e
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<http://pt.wikipedia.org/wiki/Cloud_computing>. Acesso em 04 nov 2009.
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