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EDNA REGINA DE PONTE DALLA COSTA

EMERSON MILTON FERREIRA

EVERTON LUIS CASSIANO DE OLIVEIRA

GESTÃO DE CUSTOS NAS EMPRESAS DE PEQUENO E


MÉDIO PORTE DO COMÉRCIO VAREJISTA

Leme
2016
1

EDNA REGINA DE PONTE DALLA COSTA

EMERSON MILTON FERREIRA

EVERTON LUIS CASSIANO DE OLIVEIRA

GESTÃO DE CUSTOS NAS EMPRESAS DE PEQUENO E MÉDIO


PORTE DO COMÉRCIO VAREJISTA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Anhanguera Educacional, como requisito
parcial para a obtenção do título de graduado
em Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador: Prof. Antônio Ricardo Catânio

NOME DO(S) AUTOR(ES) EM ORDEM ALFABÉTICA


Leme

2016
2

GESTÃO DE CUSTOS NAS EMPRESAS DE PEQUENO E


MÉDIO PORTE DO COMÉRCIO VAREJISTA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Anhanguera Educacional, como requisito
parcial para a obtenção do título de graduado
em Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovado em: __/__/____

BANCA EXAMINADORA

Prof(ª).

Prof(ª).

Prof(ª).
3

RESUMO

Elemento obrigatório, consiste em texto condensado do trabalho de forma clara e


precisa, enfatizando os pontos mais relevantes como natureza do problema
estudado; objetivo geral; metodologia utilizada; resultados mais significativos;
principais conclusões, de forma que o leitor tenha ideia de todo o trabalho. Deverá
conter no máximo 500 palavras, é escrito em parágrafo único, sem citações,
ilustrações ou símbolos.

Palavras-chave: Palavra 1; Palavra 2; Palavra 3; Palavra 4; Palavra 5.


(Obs.: São palavras ou termos que identificam o conteúdo do trabalho. Deixe o
espaço entre o resumo e as palavras-chave. Escreva de três a cinco palavras chave,
com a primeira letra em maiúscula e separada por um ponto-e-vírgula.)
4

ABSTRACT

Deve ser feita a tradução do resumo para a língua estrangeira.

Key-words: Word 1; Word 2; Word 3; Word 4; Word 5.

(Obs.: Siga as mesmas considerações do Resumo)


5

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Título da figura.........................................................................................00


Figura 2 – Título da figura.........................................................................................00
Figura 3 – Título da figura.........................................................................................00
Figura 4 – Título da figura.........................................................................................00
Figura 5 – Título da figura.........................................................................................00
6

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Título da tabela........................................................................................00


Tabela 2 – Título da tabela........................................................................................00
Tabela 3 – Título da tabela........................................................................................00
Tabela 4 – Título da tabela........................................................................................00
Tabela 5 – Título da tabela........................................................................................00
7

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 –...............................................................................................................16
8

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS (OPCIONAL)

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBICT Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
NBR Norma Brasileira
9

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................13
2 TÍTULO DO CAPÍTULO......................................................................................14
3 TÍTULO DO CAPÍTULO......................................................................................17
4 TÍTULO DO TERCEIRO CAPÍTULO...................................................................19
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................20
REFERÊNCIAS...........................................................................................................21
10

1. INTRODUÇÃO

Nos primórdios dos tempos, o homem não dispunha de uma moeda para
a troca mercadorias ou serviços, então a prática do denominado comércio que
hoje conhecemos, se fazia através da troca voluntária de produtos, onde as
partes interessadas em adquirir outros bens entravam e um acordo e
realizavam a troca dos mesmos. Com o passar dos anos essa técnica foi se
aprimorando, surgindo então um mecanismo de troca padrão, o dinheiro. Ele
também serviu de instrumento para auferir o valor monetário dos bens, que por
sua vez estava intimamente ligado ao dispêndio de trabalho empregado na
produção ou confecção do mesmo. Então, surge a necessidade de controlar e
medir tais valores. Nasce então a contabilidade, com a finalidade de auferir o
valor monetário dos bens de seus proprietários e controlar seu patrimônio.

Uma das ramificações da contabilidade é a contabilidade de custos, que


cresce cada vez mais. Existem várias áreas dentro de uma organização
empresarial como contabilidade geral ou financeira, que mostra informações
consolidadas tanto para o fisco como para os Stakeholders1 e a área de custos,
que ao contrário da anterior é analítica, ou seja, gera informações de custos,
receitas e resultados, voltando seu foco para fins gerenciais e fiscais. O tema
custos vem se tornando interesse de empresas pela influência significativa que
ele exerce sobre a formação do preço de venda e na forma como gera e
impacta os resultados. No mercado existem vários tipos de empresas, de
diversos tamanhos pequenas, médias, grandes, entre outras. Muitas delas não
se preocupam com o custo de seus produtos, principalmente empresas de
pequeno porte, pelo fato de seus gestores entenderem que somente empresas
de grande porte devem analisar seus custos. Desse modo “em mercados
competitivos, o conhecimento dos custos e uma adequada estratégia de preços
são essenciais à sobrevivência de qualquer empresa”. (PASSARELLI, João;
BOMFIM, Eunir de Amorim, 2011, pág.9)

1
Stakeholders: “é uma pessoa ou grupo que possui participação, investimento ou ações e que
possui interesse em uma determinada empresa ou negócio”.
11

O controle de custos se faz necessário a qualquer porte de empresa e


segregar, o que é custo, gastos, desembolsos, investimentos, despesas e
perdas se torna importante quando se deseja calcular e atribuir o custo da
mercadoria vendida e identificar o custo de um produto. Compreender como o
custo é calculado, quais métodos podem ser utilizados, quais os valores que o
compõem, quais seus reflexos sobre o preço de venda, e nos resultados, se
torna um processo que exige das empresas controle e conhecimento. Saber
identificar qual o método mais adequado de custeio para um determinado
segmento, requer know-how2 de profissionais que muitas vezes pelo porte e
pela estrutura, as empresas não dispõem. O volume no mix de produtos3
também se torna outro agravante, visto que em tal segmento o referido volume
geralmente é vasto, sendo assim aumenta ainda mais o problema do controle,
dificultando a vida do empresário.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O maior obstáculo das empresas atualmente é definir qual o custo dos


seus produtos, qual método de custeio a ser utilizado, qual a composição do
custo e o que é necessário para obter um controle sobre ele.

Sendo assim, as empresas que não voltarem sua atenção aos custos,
deixam de obter lucratividade pelo fato de apurar incorretamente os custos de
seus produtos, praticando preços errôneos e ainda onerando os mesmos com
dispêndios desnecessários, somente por não adotarem uma apuração de
custos eficaz e eficiente em suas empresas. Segundo Passarelli e Bomfim
(2011, pág.7), “a grande maioria desses administradores obstinam-se em
determinar os seus preços custeando sem qualquer rigor os seus produtos ou
serviços e acrescentando a esses custos ‘aproximados’ um percentual de lucro
absolutamente arbitrário”.

2
Know-how: “[...] é o conhecimento prático de como executar uma tarefa.”
3
Mix de produtos: “[..] é a mistura de todos os produtos e serviços que sua empresa oferece.”
12

O presente trabalho busca compreender como o custo é elaborado em


empresas de pequeno e médio porte no segmento de comércio varejista,
discorrendo de forma sucinta, objetiva e clara sobre as abordagens de custos,
citando como base os renomados autores de tal literatura, compreendendo os
efeitos da gestão dos custos sobre a formação do preço de venda e ainda
apresentar os reflexos dos custos dos produtos utilizando as abordagens
existentes. Almeja-se também demonstrar as vantagens e desvantagens das
diferentes apurações de custos na rentabilidade econômica das organizações e
nas demonstrações financeiras.

3. PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS: CARACTERIZAÇÃO DO SETOR

Há várias formas de se classificar uma empresa, seja pela atividade


(industrial, comercial, rural ou serviços), pela forma jurídica (empresa individual,
sociedade comercial, sociedade civil ou sociedade anônima), ou ainda pelo
porte da empresa (microempresa, empresa de pequeno porte, empresa de
médio porte e empresa de grande porte). Neste trabalho será tratado
especificamente as empresas comerciais de pequeno e médio porte.

Para se identificar a classificação de uma empresa quanto ao seu


tamanho, uma das formas geralmente aceita, é a análise da receita bruta
anual. No comércio varejista não é diferente, visto que nesse segmento
existem empresas de vários portes. Uma dessas classificações é a do
BNDES4,conforme tabela abaixo:

4
BNDES: Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social
13

Classificação Receita operacional bruta anual ou renda anual

Microempresa Menor ou igual a R$ 2,4 milhões

Pequena empresa Maior que R$ 2,4 milhões e menor ou igual a R$ 16 milhões

Média empresa Maior que R$ 16 milhões e menor ou igual a R$ 90 milhões

Média-grande empresa Maior que R$ 90 milhões e menor ou igual a R$ 300 milhões


Tabela 1. Banco Nacional do Desenvolvimento Social. “Quem pode ser cliente”

Levando em consideração o foco em empresas de pequeno e médio


porte, estará sendo tratado nesse trabalho, aquelas cuja Receita Operacional
Bruta Anual ou Renda Anual atinja em média até 90 (noventa) milhões de reais.

Quanto ao ramo de atividade, por ser direcionado ao comércio, trata-se


de uma forma de troca de bens ou mercadorias que se pratica desde os
primórdios dos tempos, quando ocorria uma produção de algum produto em
maior quantidade que ele seria usado, podendo assim ser trocado por outro
produto mesmo quando não havia a moeda como padrão monetário, conforme
citado anteriormente.

Podemos entender como comércio varejista, a venda de bens a


consumidores finais, diferenciando-se do comércio por atacado que vendem à
seus clientes esperando que estes venham a revender o produto. O varejo é
considerado o comércio popular onde se está habituado a comprar. Esse tipo
de empresa, atualmente representa 38,42% (trinta e oito vírgula quarenta e
dois por cento), conforme pesquisa realizada pelo site Empresômetro 5, uma
parcela considerável na economia do país, pois são inúmeras inseridas em tal
segmento. (Disponível em: < http://empresometro.com.br/Site/EstatisticasPdf?
ambito=br&tipo=Todas&informacao=QuantidadePorSetor >. Acesso: 11 de
outubro de 2016.

5
Empresômetro: “O Empresômetro é uma ferramenta tecnológica idealizada pelo IBPT –
Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação. É um verdadeiro censo das empresas,
entidades privadas e públicas em atividade no Brasil, portadoras de Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica (CNPJ). “
14

4. ABORDAGENS DE CUSTO

Para o entendimento de como se formam os custos, faz-se necessário a


definição de alguns termos como: gasto, desembolso, investimento, custo,
despesa e perda, como define Martins:

Gasto – Compra de um produto ou serviço qualquer, que gera


sacrifício financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse
representado por entrega ou promessa de entrega de ativos
(normalmente dinheiro).
Desembolso – Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço.
Investimento – Gasto ativado em função de sua vida útil ou de
benefícios atribuíveis a futuro (s) período (s).
Custo – Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de
outros bens e serviços.
Despesa – Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para
obtenção de receitas.
Perda – Bem ou serviços consumidos de forma anormal e
involuntária. (MARTINS,2010, págs. 24, 25 e 26)

5. DEFINIÇÕES: CUSTOS DIRETOS, INDIRETOS, FIXOS E VARIÁVEIS

No que tange a classificação dos custos para fins gerenciais, devemos


compreender os conceitos abaixo:

6.1. CUSTOS DIRETOS

Entende-se por custos diretos aqueles que são facilmente identificáveis


a esse ou àquele item vendido. São exemplos de custos diretos: fretes,
seguros, custo da compra, etc. Não exigem necessariamente rateio ou divisão.
(WERNKE, 2011, pág. 36)

6.2. CUSTOS INDIRETOS


15

Nessa ramificação dos custos há dificuldade em atribui-los aos produtos.


Para isso é necessário o rateio, sendo a divisão do montante gasto pelas
mercadorias desejadas. (WERNKE, 2011, pág. 37)

6.3. CUSTOS FIXOS

Para Wernke (2011, pág. 33), “[...] são aqueles gastos cujos valores
totais tendem a permanecer constantes (‘fixos’), mesmo havendo alterações no
nível de faturamento do período”.

6.4. CUSTOS VARIÁVEIS

Nessa classificação estão os gastos que variam de acordo com o


volume de vendas da empresa, quanto maior o volume maior serão seus
custos variáveis. Inserido nesse contexto está o custo de compra das
mercadorias. (WERNKE, 2011 pág. 32)

A seguir observamos um adendo sobre o custeio no comércio varejista:

[...] no comércio geralmente não é necessário utilizar métodos de


custeio para apurar o custo unitário das mercadorias. Este valor pode
ser calculado considerando somente os itens relacionados com a
compra da mercadoria para revenda”. (WERNKE, 2012, pág. 26)

Ainda segundo Wernke, os custos serão classificados com valores


relacionados a aquisição da mercadoria para revenda, acrescentados os
valores que estejam intrinsecamente vinculados a compra daquela mercadoria,
como fretes, seguros pagos no transporte, além dos impostos não recuperáveis
e outros fatores.

Wernke também faz menção a respeito de embalagens a serem


consideradas ou não no custo das mercadorias: “Eventualmente, o valor da
16

embalagem utilizada para vender a mercadoria também pode ser considerado


como custo da mesma. WERNKE, Rodney (2012, pág.28)”.

Com relação ao custo contábil segundo a teoria de BOMFIM, Eunir de


Amorim; PASSARELLI João (2011, pág.161), ”é composto do custo de compra
das mercadorias, acrescido de algumas despesas gerais que recaem sobre as
mercadorias armazenadas, tais como armazenamento, seguros de estocagem,
ordenados do pessoal armazém etc.”

E que também diz:

O custo comercial é composto dos custo contábil acrescido dos


denominados custos complementares (despesas administrativas, de vendas e
financeiras). Na prática, os custos complementares não são levados ao custo
da mercadoria para efeito de avaliação do estoque”. BONFIM, Eunir de
Amorim; PASSARELLI, João (2011, pág. 161)

Segundo WERNKE, Rodney, (2012, pág. 28), “os demais gastos que
normalmente ocorrem nas atividades operacionais da loja não devem ser
considerados “custos”. É mais adequado classificar esses gastos como
despesas”.

Com relação ao conceito de Perdas, serão abrangidas algumas


ocorrências do tipo fortuitas, ocasionais, indesejadas ou involuntárias, que
segundo a teoria de WERNKE:

Defende-se que estes tipos de gastos não devem ser considerados


como integrantes dos custos das mercadorias comercializadas porque são
fatores oriundos de ineficiência interna da empresa.

A palavra despesa representa os gastos ligados ás atividades


operacionais da loja nas áreas de administração, finanças e vendas.
WERNKE, Rodney, (2012, pág. 28)

Outro ponto que deve ser tratado nas empresas comerciais varejistas
são as bonificações.
17

Deve-se entender que existe a bonificação recebida juntamente ou de


forma vinculada a uma operação de compra, podendo ser tratada como a
chamada “dúzia de treze”, onde o valor da bonificação acaba por diminuir o
custo unitário de cada produto recebido, não gerando receita para quem recebe
os produtos. Ainda, pode ser considera como desconto incondicional, desde
que constem da nota fiscal e não dependam de evento posterior à emissão do
documento (IN nº 51/78), nessa hipótese, também não há que se falar de
incidência das contribuições. (JUSBRASIL, 2016.)

Para que possam vender e operar nesse mercado que a cada dia se
torna mais competitivo, se torna importante compreender como é formado o
custo dos produtos no comércio varejista. Usada como uma ferramenta para
auxilio na tomada de decisões, a gestão de custos se torna uma área que
demanda controles, mensuração de gastos para munir seus gestores de
informações quando necessárias.

Quando se fala de custos é comum achar que todas as empresas


calculam o custo do mesmo modo, embora a ideia principal seja a mesma, por
exemplo no custo da indústria têm-se produtos transformados aos quais
passam por rateios diferentes para se chegar ao seu custo final do produto, já
no comércio, na maioria dos casos, não se tem tais processos, mas sim o custo
de aquisição da mercadoria para ser revendida segundo o conceito de
WERNKE, Rodney, (2012 pág.26).

No comércio a parte mais expressiva do custo é o custo variável, visto


que o fluxo de entradas e saídas é muito grande, sendo assim, quando se
compra em diferentes datas e de fornecedores distintos, pode ocorrer dos
valores serem alterados, podendo ser considerado para fins gerenciais o mais
recente e quanto mais produtos são adquiridos, maior será o custo variável, ao
qual varia de acordo com a quantidade comprada.

Conforme BERTÓ, Dalvio José; Beulke, Rolando (2006, pág. 43)

“O custo da mercadoria adquirida não é apenas o seu valor atualizado.


Sobre ele cabe ajustar a inclusão/exclusão de tributos, fretes de compras
18

pagos pela empresa compradora, seguros e taxas e demais despesas


diretamente incidentes sobre ela até a sua chegada do destino”.

Segundo Wernke Rodney, págs. 48, o Cálculo do Custo Unitário de


Compra da Mercadoria se dá da seguinte forma:Todos os valores despendidos
na aquisição das mercadorias integram o custo de compra respectivo. Assim
compõem o custo de compra os citados na figura abaixo:

(+) Custo da Mercadoria na Fatura(valor constante na


nota fiscal).

(-) Descontos dados na fatura (incondicionais,


mencionados no corpo da nota compra.

(+) Despesas acessórias da compra (fretes, seguros,


despesas aduaneiras e outros itens vinculados à aquisição).

(+) Impostos não recuperáveis fiscalmente (conforme a


legislação tributária pertinente).

(-) Impostos recuperáveis fiscalmente (conforme a


legislação tributária especifica).

(=) Custo de aquisição da mercadoria.

Fonte: WERNKE, Rodney (2012 pág.48)

Quanto aos tributos recuperáveis e não recuperáveis na composição


do custo, trata-se de uma questão a ser discutida entre gestores e contadores
para que possam pontuar. Mesmo sendo empresas do comércio varejista
pode-se falar de regimes de tributação que podem mudar o custo dos produtos,
como imposto recuperável tem-se como exemplo no comércio varejista o ICMS
e não recuperável o IPI.
Nos casos de frete, seguro e despesas, quando destacado no
documento fiscal em um único valor com vários itens de mercadorias,
geralmente há a necessidade de se efetuar o rateio com base no valor total da
19

nota para cada mercadoria comprada para que cada item receba o percentual
proporcional.
Custeio significa apropriação de custos e assim existem Custeio por
Absorção, Custeio Variável, ABC, RKW, etc (MARTINS, Eliseu, 2010, pág.37).

6. CUSTEIO POR ABSORÇÃO

Custeio por Absorção é o método derivado da aplicação dos princípios


de contabilidade geralmente aceitos. Através desse método serão apropriados
todos os custos de produção ao produto elaborado (MARTINS, Eliseu, 2010,
pág.37).
Segundo o conceito deste mesmo autor, nascido com a própria
contabilidade de custos não trata apenas de um princípio contábil, porém de
uma metodologia decorrente deles que ainda vem sendo adotado pela
contabilidade financeira, sendo também válido para fins de balanço patrimonial
e demonstração de resultados, como também para balanço e lucros fiscais, na
maioria dos países. Usado pela auditoria externa como básico, apesar de não
ser totalmente lógico quando realiza rateios de forma arbitrária e de muitas
vezes falhar como instrumento gerencial.

7. CUSTEIO VARIÁVEL/DIRETO

Segundo PADOVEZE, Luís Clóvis, (2013, pág.350), o objetivo de


qualquer informação contábil é sua utilização gerencial e o processo de tomada
de decisão. Conforme Garrison,
“[...] temos que ter em mente claramente que o propósito essencial de qualquer
sistema de custo é acumular custos para utilização gerencial. Um sistema de custo não é um
fim em si mesmo. Em outras palavras, ele é uma ferramenta gerencial, que existe para fornecer
ao administrador dados de custos necessários para dirigir os assuntos de uma organização.”

Ao contrário do custeio por absorção, esse método leva em


consideração, apenas os gastos (custos e despesas) variáveis, eliminando
dessa forma a necessidade de rateios e consequentemente as distorções dele
proveniente segundo o conceito de PASSARELLI, João e BOMFIM, Eunir de
Amorim (2011, pág.61).
20

Esses mesmos autores discorrem sobre as vantagens que esse


método de custeio apresenta sobre o anterior, no sentido de respeitar à
apuração dos resultados financeiros gerados pelos diferentes produtos da
empresa, porém tendo suas limitações sendo que uma delas a de só poder ser
usado no Brasil para fins gerenciais e não para fins contábeis fiscais, que
nesse caso é obrigatório do custeio por absorção.

Segundo Padoveze, Clóvis Luís (2013, pág.350), o método de Custeio


Variável/Direto é conceitualmente adequado a gestão econômica da empresa
em se tratando de contabilidade de custos, enquanto que o método de Custeio
por Absorção não é o adequado à tomada de decisão.

8. ABC OU CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES

O Custeio Baseado em Atividades, conhecido também como ABC


(Activity-Based Costing), é um método que procura reduzir as distorções
ocasionadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos. MARTINS, Eliseu (2010,
pág. 87).

Segundo a teoria de Padoveze, custo por atividade é um método que


identifica um conjunto de custos para cada evento ou transação (atividade) da
empresa e trabalha como um direcionador desses custos que são alocados na
base do número desses eventos ou transações, que o produto ou serviço tem
gerado ou consome tal recurso.
Para MARTINS, Eliseu (2010, págs.288 e 289), a Gestão Baseada em
Atividade tem por finalidade, execução e mensuração do custo das atividades
com o objetivo de se obter vantagens competitivas; utiliza o Custeio Baseado
em Atividade e caracteriza por decisões estratégicas como:
 Alterações no mix de produtos;
 Alterações no processo de formação de preços;
 Alterações nos processos;
 Redesenho de produtos;
21

 Eliminação ou redução de custos de atividades que não agregam


valor;
 Eliminação de desperdícios;
 Elaboração de orçamentos com base em atividades etc.

O ABC é, na realidade, uma ferramenta de gestão de custos, muito


mais do que de custeio de produtos. MARTINS, Eliseu (2010, pág.286).

9. GESTÃO DOS CUSTOS E FORMAÇÃO DO PREÇO DE


VENDA

Uma contabilidade de custos elaborada com qualidade, gera


transparência em processos, proporciona aos gestores da organização
segurança na tomada de decisões, na formação do preço de venda, tornando a
empresa mais competitiva em termos de mercado.
Crepaldi (2008) lembra que preços definidos exclusivamente pelo
mercado são um risco e que os custos devem ser baseados no valor que o
cliente está disposto a pagar pelo produto, ou seja, partir do preço para se
chegar ao custo.
Quanto a formação do preço de venda, caberá aos gestores, todas as
análises disponíveis, informações, usar sua experiência e feeling na tomada de
decisão, não deixando dessa forma que tal decisão seja de responsabilidade
exclusiva do setor de custos segundo conceito de MARTINS, Eliseu 2010.
22

FILHO, Franscisco de Assis Carlos; FILHO, Lucidalvo Lourenço da Silva;


LAGIOIA, Umbelina Cravo Teixeira; ARAÚJO, João Gabriel Nascimento;
ARAUJO, Juliana Golçalves, Gestão de custos e formação de preço de
venda, gestão de caixa e gestão de riscos: um estudo exploratório no
arranjo produtivo local gesseiro do estado de Pernambuco. Assosiação
Brasileira de Custos. V. 10, n.3 p. 107-142. Disponível em: <
https://abcustos.emnuvens.com.br/abcustos/article/view/335/172 >. Acesso
em: 09 de outubro de 2016.

BERTÓ, Dalvio José; Beulke, Rolando. Gestão de Custos. São Paulo.


Saraiva, 2006.

BOMFIM, Eunir de Amorim; João Passarelli. Custos e Formação de


Preços. 7ª edição São Paulo. IOB, 2011.

EMPRESÔMETRO. Disponível em: < http://empresometro.com.br/site/inicio


>. Acesso em: 11 de outubro de 2016.

JUSBRASIL, Bonificações concedidas em mercadorias - Reflexos


Tributários para irpj/csll/pis/cofins. Disponível em: <
http://studiofiscal.jusbrasil.com.br/artigos/201156498/bonificacoes-
concedidas-em-mercadorias-reflexos-tributarios-para-irpj-csll-pis-cofins >.
Acesso em: 20 de abril de 2016.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10ª Ed. São Paulo. Atlas,


2010.

MIX DE PRODUTOS. Disponível em:


<http://www.marceloortega.com.br/artigo-de-vendas/105/mix-de-produtos >
Acesso: 12 de outubro de 2016.
23

PADOVEZE, Clóvis Luís: Controladoria Estratégica e Operacional. 3ª


edição. CENGAGE Learning, 2013.

PASSARELLI, João; BOMFIM, Eunir de Amorim. Custos: Análise e


Controle. 7ª edição São Paulo. IOB, 2011.

PORTAL DA ADMINISTRAÇÃO. Stakeholders – do significado a


classificação. Disponível em: http://www.portal-
administracao.com/2014/07/stakeholders-significado-classificacao.html.
Acesso: 12 de outubro de 2016.

WERNKE, Rodney. Gestão de Custos no Comércio Varejista. 1ª edição.


Curitiba, JURUÁ, 2011.

WIKIPEDIA. Know-How. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Know-


how>. Acesso: 12 de outubro de 2016.

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