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Assim que o referido documento foi colocado nas livrarias católicas, apressei-me em adquiri-lo,
motivada por tanta polêmica, mas sobretudo pelo desejo de aprender e basear a minha fé na
verdade. Foi com surpresa e emoção que li e estudei cada página, escrita com lucidez e sabedoria,
apresentando a Eucaristia como o Sacramento do Amor e da Unidade: Mistério revelado e
acreditado (Palavra de Deus), celebrado (Liturgia) e vivido (vida e missão). “Graças à
Eucaristia, a Igreja renasce sempre de novo!” - repete o Papa, relendo e analisando todos os
sacramentos, a vida e a missão da Igreja, à luz deste Mistério central da nossa fé.
Assim, citando documentos anteriores, o Santo Padre nada mais faz do que reafirmar as
orientações da Igreja na Constituição Sacrosanctum Concilium, na Instrução Geral do Missal
Romano e em outros documentos, valorizando este que sempre foi o canto por excelência da
Igreja, na liturgia romana, sobretudo a partir do Papa Gregório Magno, no século V. Ele
escolheu e coordenou os cantos a serem entoados no culto, fundando mesmo uma escola de
canto, a “Schola Cantorum” . Cantos com rítmica livre, melodia simples e pura, modelada pela
palavra, valorizando o texto, guardando admirável unidade de sentimento e caráter.
Não foi sem razão que Rubem Alves escreveu belíssimo artigo sobre O canto gregoriano na
“Folha de São Paulo”, a 15 de maio de 2007, por ocasião da visita de Bento XVI ao Brasil.
Entre outros elogios: “Eterna e imutavelmente o canto gregoriano se repete, como convém a
uma obra de Deus. O que é completo e perfeito não admite novidades... O canto gregoriano é
música do tempo perfeito, tempo que já encontrou o que buscava... A missão da igreja não
pode ser outra que a de eliminar os ruídos humanos, para que apenas a música divina se faça
ouvir...” Quanta música deveria ser eliminada das nossas Celebrações! Quanto barulho deveria
ser silenciado, para fazer-se ouvir o puro e divino canto!...
Que em certas ocasiões, em Celebrações especiais, se ouça de novo o canto gregoriano, será
o céu, porque é um canto carregado de eternidade!
Ir. Miria T. Kolling