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A IMPORTÂNCIA DO CULTO DOMÉSTICO

E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar,


e de anunciar a Jesus

Cristo. Atos 5:42

Os primeiros cristãos, conforme nos mostra o livro de Atos dos


Apóstolos, prestavam seu

culto a Deus em casas de irmãos, além do Templo, com louvor,


orações e leitura e

explanação da Palavra de Deus. Paulo fala sobre a igreja que se


reunia em casa de Áquila e

Priscila (Rom. 16:3-5). O culto era parte integrante da vida dos


primeiros cristãos, para

quem era natural se reunir em uma casa que tivesse condições de


receber os crentes.

No Velho Testamento, o culto oficial em Israel era constituído dos


serviços diários no

Templo. Para participar, o povo necessitava dos sacerdotes e


levitas e tinha de cumprir

todo o cerimonial determinado por Deus em sua palavra. Embora as


pessoas comuns não

estivessem todos os dias envolvidas com o culto formal, tinham


responsabilidades a

cumprir diariamente, onde estivessem, especialmente o ensino e a


vivência da palavra de

Deus. Se cumprissem a determinação divina expressa em


Deuteronômio cap. 6, estariam

vivenciando a palavra de Deus em seu dia a dia e assim, aptos a


ensinar aos seus filhos

todas as coisas determinadas por Deus.


As Escrituras mostram que a família é responsável pelo ensino
moral e prático das

crianças, conforme determina o texto de Deuteronômio (cap. 6:6-7).


Outros exemplos da

necessidade de ensinar os filhos a andar nos caminhos do Senhor


estão no Salmo 78:1-8;

Deut. 6:20-25; Prov. 13:24 e 22:15. Os israelitas utilizavam a


transmissão oral, falando

principalmente dos feitos históricos e da Torá (os cinco primeiros


livros da Bíblia). Para

alcançar o resultado necessário, o ensino tinha que ser diário,


repetitivo e voltado para o

comportamento das pessoas, para que aquilo que foi ensinado se


transformasse em ações

(Deut. 11:18-21). No contexto familiar as mulheres são citadas na


Bíblia como tendo um

papel muito importante no ensino dos filhos (2 Tim. 1:5) e também


das mulheres mais

jovens (Tito 2:3-5).

Nos dias atuais, muitas famílias deixaram de fazer o culto


doméstico ou simplesmente

nunca o fizeram. A sociedade está sofrendo uma transformação


constante ao longo dos

últimos anos, puxada pelas mídias de massa, que tem contribuído


para a implantação de

uma mentalidade mundana, em que até mesmo a palavra de Deus


tem sido secularizada.

Como conseqüência, muitas pessoas, mesmo sendo crentes


sinceros, vivem distanciadas
daquilo que Deus preparou para o seu povo, envolvidos pelas
mídias de massa. Trata-se de

uma geração que se mostra muito alegre mas não desfruta da


comunhão mais profunda,

sendo, com isso, frágil e despreparada para os embates da vida.

Muitas igrejas não ensinam seus membros a fazerem o culto


doméstico. Este é um assunto

que normalmente não é mencionado pelos seus pastores e demais


líderes, levando as

pessoas a se acostumarem com o comodismo, vivendo em suas


zonas de conforto, sem

fazerem a leitura diária da Bíblia e tendo como ensino bíblico


apenas aquilo que ouvem nas

mensagens de domingo, normalmente voltadas para a


evangelização.

Aqueles que praticam o culto doméstico estão dando honra a Deus


nos seus lares. Aqueles

que honram a Deus serão honrados por Ele, que é fiel. As pessoas
que passaram a fazer o

culto doméstico têm experimentado grandes bênçãos nas suas


vidas e nos seus lares.

Assuntos complicados têm sido resolvidos, filhos têm voltado para a


igreja, vidas têm sido

transformadas e muitas outras bênçãos recebidas, como resultado


da prática do culto

doméstico. Casamentos têm se tornado mais sólidos e as famílias


mais preparadas para

resistir ao maligno e realizar o propósito do Senhor.

Não existe formato nem tempo determinado para o culto doméstico,


que deve ser realizado
num momento em que toda a família possa participar. Nossa
recomendação é que não seja

longo, para ser bem absorvido por todos, inclusive as crianças.


Além de se cantar um ou

mais louvores, será lida a Bíblia, pelo pai ou quem estiver dirigindo
o culto. Essa é a maior

oportunidade, com toda a família reunida, para o ensino prático da


palavra de Deus,

quando todos são atingidos, todos ouvem e acabam aprendendo


aquilo que é necessário

para nunca se desviar dos caminhos do Senhor. É necessário que


todos façam o culto

doméstico e desfrutem dos resultados de uma vida na presença do


Senhor. Quem assim o

fizer estará preparado para as tribulações que virão sobre a Terra


antes da volta de Jesus

e estará de pé diante do Senhor. Que Deus nos abençoe.

“Culto doméstico” é o momento especialmente separado para


adoração a Deus no ambiente familiar. Também chamado de “culto
em família” ou “devocional no lar” esse evento consiste na prática
diária de leitura bíblica, orações e cânticos em família. Essa prática
corrige o erro religioso de se lembrar de Deus apenas nos
momentos de crise ou aos domingos. Um dos efeitos do culto
doméstico é celebrar a realidade da presença de Deus nos
momentos comuns da família.

Conquanto importante, o fato é que o culto doméstico tem sido “um


tesouro perdido da maioria do povo de Deus”.[1] A correria diária,
os problemas da vida e, sobretudo, as prioridades invertidas dos
cristãos tornaram essa prática algo quase esquecido entre as
famílias crentes.
Diferente do que algumas pessoas pensam, o culto doméstico não
precisa ser um momento “maçante” e “chato”, mas pode ser uma
excelente ocasião para edificação espiritual e comunhão familiar. O
escritor David Merk, em seu livro, 101 ideias criativas para culto
doméstico,[2] sugere alternativas criativas para a integração da fé
ao convívio diário da família cristã. Uma das principais teses do
autor é que essa atividade não deve ser um “peso ou empecilho” ao
convívio familiar. Também, não precisa ser longa e nem necessita
ser um momento debate teológico. No momento agradável do culto
familiar, Deus é adorado, agradecido e invocado em relação às
necessidades diárias dos seus filhos. Nesse sentido, uma criança
pode apresentar o nome de um colega da escola por quem ela pede
orações, o pai, compartilhar suas dificuldades no trabalho e a mãe,
agradecer pelas bênçãos recebidas.

Para aqueles que não têm o costume de realizar o culto doméstico,


gostaria de compartilhar algumas razões para começarem a fazê-lo
o mais rápido possível. Espero, com isso, persuadi-los a esse
respeito.

1. Deus é digno de ser adorado no contexto familiar. Este é o


ensinamento da Bíblia. Embora não haja nenhum comando
direto sobre o culto familiar, está implícito nas páginas das
Escrituras que os servos de Deus o adoravam primeiramente
no ambiente familiar. Por exemplo, quando Isaque perguntou
ao seu pai: “Onde está o cordeiro para holocausto?” (Gn
22.7), ele sabia que algo estava faltando na adoração, porque
Abraão já havia instruído o filho naquela prática cúltica.
Também, Jó conduzia seus filhos à realização de sacrifícios
logo após qualquer um deles organizar um banquete e isso
ele o fez “continuamente” (Jó 1.5). Ainda é possível se
lembrar do mandamento de Deus aos pais para inculcar sua
Palavra aos seus filhos em toda oportunidade de convívio
famliar (cf. Dt 6.6-9). No Novo Testamento, encontramos o
apóstolo Pedro exortando os maridos a tratarem suas
esposas “com dignidade”, a razão por ele apresentada foi
“para que não se interrompam as vossas orações” (1Pe 3.7).
Nesse sentido, ele não se referia apenas à oração do marido,
mas à oração mútua do casal. Aparentemente, o apóstolo
assumiu que os casais oravam juntos em casa. A verdade é
que as Escrituras indicam que os servos de Deus o adoravam
no ambiente familiar desde os tempos mais remotos. Assim,
essa prática deve fazer parte do cotidiano daqueles que
professam temer o Senhor.

2. Esse é um excelente momento para comunicar o


evangelho diariamente aos membros da família. Todos
temos a necessidade de “pregar o evangelho uns aos outros”.
O culto doméstico nos oferece uma excelente oportunidade
de fazer isso. Se você tem filhos, você está seguro de que
eles compreendem claramente a mensagem do evangelho?
Ainda que eles já tenham realizado sua pública profissão de
fé, você tem certeza de que eles conseguem integrar a fé
cristã às suas atividades diárias? Por outro lado, todos
sabemos que dependemos uns dos outros e das orações uns
pelos outros. Que melhor momento você poderia pedir para
alguém de sua família orar por você? Que melhor ocasião
poderia perguntar a alguém quais são suas necessidades de
intercessão? Não presuma que outras pessoas de sua família
irão facilmente, e em todo o momento, compartilhar suas lutas
e necessidades com você se elas não tiverem o ambiente e
liberdade para isso. O culto doméstico auxilia nesse sentido.

3. Essa é uma boa ocasião para seus filhos verem o


exemplo espiritual positivo e contínuo de seus pais na
vida real. Geralmente, durante a vida diária em sua casa, os
filhos vêm os piores momentos de seus pais. Eles
testemunham até as ocasiões que seus pais não estão agindo
como cristãos, quando não estão descansando em Deus e
nem depositando sua esperança nele. Certifique-se de que
eles também tenham a oportunidade de testificar a devoção e
a fé dos mesmos quando estão contritos diante de Jesus e
desejosos de aprender da Palavra de Deus. O culto
doméstico pode ser uma oportunidade para isso. Em outras
palavras, ofereça a oportunidade de seus filhos observarem
como seus pais são homem e mulher que sabem que são
imperfeitos e pecadores, mas que estão dispostos a serem
corrigidos pelos ensinamentos bíblicos e terem um lar onde
Cristo é o centro. Deixe claro a eles que seus pais não são
hipócritas, que divorciam sua vida diária da fé dominical, mas
pessoas que regularmente recorrem ao Senhor em adoração,
tanto para obterem graça, quanto para receberem correção. O
culto doméstico é um momento onde pecadores redimidos se
humilham diante de Jesus e reconhecem sua dependência
dele. Dessa maneira, logo perceberemos que essa ocasião
também promove a confissão, o perdão e a restauração de
que toda família saudável necessita.

Concluindo, não deveria ser necessário tentar persuadir cristãos


quanto à importância do culto doméstico, mas como a prática se
tornou tão rara, é possível que alguns necessitem ser lembrados de
algumas razões em relação à essa prática. Se esse for o seu caso,
espero ter atingido meu propósito e que você comece a realizar
esse culto o mais rápido possível.

Os 22 inimigos do casamento

- Medo
- Insegurança
- Carências afetivas
- Conflitos internos que refletem na relação
- Falta de romantismo, carinho, atenção, cuidado com o outro
- Falta de confiança, diálogo, comunicação
- Falta constante de demonstração de amor
- Falta de desejo, atração
- Desinteresse pelo que o outro diz, faz ou sente
- Brigas crônicas (repetitiva e sem gerar mudança)
- Ciúme sem motivo e desproporcional
- Interferência familiar
- Agressividade
- Inveja
- Traição
- Desprezo
- Indiferença
- Rotina
- Mentira
- Egoísmo
- Crises financeiras
- Sem dúvida, falta de amor!

Diante dessa lista, é possível fazer muitas coisas. Primeiro é preciso identificar
as possíveis causas que estão corroendo seu relacionamento. Para isso você
poderá responder as seguintes perguntas:

- Se há brigas, quais são os motivos? São sempre os mesmos?

- Se não há brigas, mas há o silêncio, a indiferença, o que pode estar por trás
disso?

- Como você tem alimentado sua relação?


- O que você têm feito para a construção da relação?

- Você conversa com seu companheiro sobre seus sentimentos?

- Seu companheiro se interessa pelo que você faz, e principalmente pelo que
você sente?

- Você se interessa pelo que ele faz e pelo que ele sente?

- Seus sentimentos são respeitados e considerados importantes por ele? E


você, respeita os sentimentos dele?

- O que você sente quando está ao lado dele? E quando está longe?

- Pense em como você gostaria que fosse sua relação afetiva. Agora compare
como está atualmente. Há muita diferença entre o que gostaria e está hoje?

Responda essas perguntas com toda sinceridade e depois reflita sobre as


respostas. Pode ser que elas te ajudem a identificar as causas dos
desentendimentos e de sua tristeza.

Com tudo isso claro em sua mente, procure seu companheiro para uma
conversa franca e redefinam pontos importantes, onde os dois possam ouvir e
perceber as necessidades do outro, tanto como as suas próprias. É preciso
investir sempre, fazendo algo que surpreenda e deixe o outro feliz e isso só
você mesmo poderá saber por onde começar!

Lembre-se: "Há três possibilidades de mudança na relação: o eu, o outro, a


relação. A única que depende exclusivamente de você é o eu! O outro depende
dele. E a relação dos dois."

Esse texto é dirigido a homens e mulheres, embora esteja no masculino

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