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ESCOLA SECUNDÁRIA DE ALUSTREL

PROJECTO
EDUCATIVO
2010/2013
FORMAR PARA
A CIDADANIA

Aljustrel
2 Projecto Educativo

ESCOLA SECUNDÁRIA DE ALJUSTREL

“FORMAR PARA A CIDADANIA

UMA CULTURA DE RESPONSABILIDADE”

Pretende este projecto estabelecer as linhas orientadoras para uma escola que se quer
mais produtiva, sem contudo perder a matriz humanista que a caracteriza

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“Formar para a Cidadania – Uma Cultura de Responsabilidade” 3

A RAZÃO DE SER “PROJECTO”

Actualmente vivemos numa sociedade de projectos. A palavra projecto surge-nos diariamente


nas mais variadas informações, quer associada a uma certa filosofia de intervenção perseguindo
grandes metas nos domínios da investigação ou do desenvolvimento, quer associada a
realizações concretas com um elevado grau de complexidade. Na verdade, a razão de ser
projecto prende-se com a natureza dos problemas com que temos de nos defrontar, e com a
forma como nos organizamos para os enfrentar e resolver, isto é, sob proposta de atingir
determinadas metas a médio e longo prazo, precisamos de planear e desenvolver um conjunto
de estratégias e acções adequadas à nossa resposta a essa concretização. Segundo Jean-Pierre
Boutinet o projecto é uma figura emblemática da nossa modernidade. De facto, o
reconhecimento da complexidade dos grandes problemas e da necessidade de os abordarmos de
um modo intencional é uma forte característica do nosso tempo na ciência, na política, na
educação e em muitos outros campos de actividade.

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4 Projecto Educativo

1. INTRODUÇÃO

1.1. O PROJECTO EDUCATIVO

O projecto apresentado pelo Ministério da Educação relativo à autonomia e gestão das escolas
atribui ao Projecto Educativo da Escola (P.E.E.) e à sua relação com o Regulamento Interno da
Escola um papel determinante para os actuais modelos organizativos e de orientação escolar.

« 2. O projecto educativo, o regulamento interno (...) constituem instrumentos do processo de


autonomia das escolas nos seguintes termos:

a) Projecto Educativo - documento que consagra a orientação educativa da escola elaborado e


aprovado pelos seus órgãos de administração e gestão para um horizonte de três anos, no qual se
explicitam os princípios, os valores, as metas e as estratégias segundo as quais a escola se propõe
cumprir a sua função educativa.

b) Regulamento Interno - documento onde se define o regime de funcionamento da escola, de


cada um dos seus órgãos de administração e gestão e das estruturas de orientação educativa,
bem como os direitos e deveres dos membros da comunidade escolar.»

1.2. ENQUADRAMENTO LEGAL

A actual reforma do sistema educativo, nomeadamente na sua vertente da autonomia das


escolas, confere um papel fundamental ao projecto educativo, ao qual é atribuída uma dupla
função:

 A definição da identidade da escola;


 A concretização da sua autonomia.

“A autonomia da escola concretiza-se na elaboração de um projecto educativo, constituído e


executado de forma participada, dentro dos princípios de responsabilização dos vários
intervenientes na vida escolar e de adequação a características e recursos da escola a às
solicitações e apoios da comunidade em que se insere”

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1.3. PROJECTO EDUCATIVO DA ESCOLA SECUNDÁRIA DE ALJUSTREL,


“FORMAR PARA A CIDADANIA – UMA CULTURA DE RESPONSABILIDADE”

O Projecto Educativo da Escola é hoje, no terreno educativo, a evidência da actualidade de


conceitos que foram introduzidos pela reforma do sistema na intenção de modernizar e criar um
ambiente educativo vivo e capaz de envolver cada vez mais membros da comunidade escolar,
potencializando os interesses e saberes individuais e de os fazer convergir num todo comum, que
estabeleça uma séria relação de pertença que reclame de cada indivíduo a oportunidade de
participar na construção de uma escola melhor.

Esta necessidade de modernização faz-se sentir quando os avanços no plano educacional põem
em causa as metodologias tradicionais de ensino e obrigam a uma avaliação sistemática do
posicionamento pedagógico para dar respostas às necessidades e satisfação sociais tanto no
plano intelectual como ao nível da formação profissional.

Se um projecto pode partir da ideia de uma equipa de professores, não pode permanecer
somente num trabalho dessa equipa, sob pena de se desvirtuar a verdadeira natureza de um
projecto educativo. A designação do nosso P.E.E. “Formar para a Cidadania - Uma Cultura de
Responsabilidade” não quer dizer que se pretenda subordinar a este tema apenas um conjunto
de projectos e acções levados a cabo por alguns professores somente no interior do
estabelecimento de ensino e por um período de tempo determinado. Pretende ser uma
designação que reflicta a identidade da própria escola, especificada pelo seu público escolar e
pela comunidade onde se insere, fomentando a realização de uma política educativa local que
tem por base, obviamente, a política nacional de ensino consagrada na Lei de Bases do Sistema
Educativo.

Isto porque sabemos que a escola como instituição é capaz, para além de assegurar os grandes
objectivos nacionais para a educação, de criar a sua própria identidade através da organização
dos seus recursos financeiros e materiais, na gestão dos tempos e dos espaços escolares, na
estrutura e desenvolvimento curricular, na formação de pessoal, na circulação da informação e
nas formas de participação, e principalmente na orientação e acompanhamento dos alunos nos
domínios técnico e científico e na ligação à comunidade.

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A Meta do nosso sistema de ensino é a formação integral dos alunos nos domínios afectivo,
cívico e científico, a única que pode contribuir para a formação dos nossos jovens enquanto
pessoas e cidadãos responsáveis e interventores quer no mercado de trabalho quer na sociedade
democrática e global que caracteriza o nosso tempo.

Mas o cumprimento desta Meta em cada estabelecimento de ensino obriga aos necessários
ajustamentos em função da realidade socioeconómica em que se integram, dos
constrangimentos sentidos e aspirações manifestadas pelas suas comunidades educativas, as
quais terão expressão no Projecto Educativo que, conferindo identidade à escola, procurará
cumprir, de forma participada, os objectivos delineados em prol da formação integral dos alunos.

A escola não é um espaço meramente transmissor de conhecimentos científicos. É sobretudo um


espaço para a formação em cidadania e só nela os conhecimentos científicos fazem sentido, ou
seja, os conhecimentos científicos não se adquirem paralelamente à formação para a cidadania,
são parte integrante dela e estão ao seu serviço. A uma formação para a cidadania interessa tudo
o que possa contribuir para a formação de um jovem como cidadão: a aquisição e aplicação de
conhecimentos, o método e o gosto pelo trabalho, a sistematização de valores, a vivência
democrática, o respeito por nós próprios e pelos outros, o respeito pelo património e pelo
ambiente, a consciencialização dos nossos direitos e dos nossos deveres, o apreço pela cultura e
pela arte, o espírito crítico construtivo e o despertar para a idade adulta.

O P.E.E. vai permitir a implementação de uma política da escola enquanto estabelece contactos
entre os diferentes parceiros da comunidade educativa, na criação de um plano de convergência
assistido por todos visando metas educacionais e objectivos comuns a atingir a médio e longo
prazo. A escolha das metas e dos objectivos só pode ser realmente estabelecida depois de
ouvidos todos os parceiros, depois de seleccionados os intervenientes, depois de um
conhecimento geral do meio em que a escola se insere, dos seus problemas, expectativas,
constrangimentos, dos recursos existentes ou mobilizáveis, e dos planos regionais de
desenvolvimento que prevejam profundas alterações de carácter social a médio prazo.

Pensamos que só assim conseguiremos efectivamente estabelecer princípios e valores


educativos partilhados pela comunidade educativa e social que permitam a operacionalização do
P.E.E.

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Não esquecemos, porém, que a elaboração do projecto parte da estrutura organizativa interna
da escola, realçando neste aspecto o carácter essencial do Regulamento Interno. Este constitui o
suporte desta estrutura organizativa, consagrando os direitos e deveres de todos os membros da
comunidade escolar, e consequentemente articula-se ao P.E.E. orientando a sua elaboração e
realização ao nível organizativo e disciplinar, de forma que o processo de identificação a que este
conduz não assuma contornos que de forma alguma se venham a sobrepor às próprias regras de
funcionamento interno do estabelecimento de ensino.

2. BREVE CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

2.1. CONTEXTO FÍSICO E SOCIAL

A organização escola tem vindo a absorver os problemas da sociedade global, as alterações das
relações familiares, a crise e instabilidade económica e o decorrente encerramento de empresas,
o desemprego, os consequentes problemas sociais e de cariz psiquiátrico, que daí advêm, em
suma, a complexidade da vida das sociedades modernas.

A escola não está pois isolada, como numa torre de marfim, e o conhecimento e compreensão do
contexto em que esta se insere, assume um papel bastante importante para saber observar e
compreender o clima da escola.

No que ao concelho de Aljustrel diz respeito, não podemos deixar de ter presente, as
especificidades económicas, sociais, culturais e, até mesmo, climáticas que determinam, em
parte, a nossa forma de ser e de agir.

A abordagem económica e social do concelho de Aljustrel impõe uma referência à volatilidade e


instabilidade que, um dos seus principais sectores, o mineiro e, em particular a empresa Pirites
Alentejanas, tem sofrido nos últimos anos, assim como as repercussões que esta instabilidade
tem noutros sectores económicos como o comércio. Estes aspectos pesam, pois, nas
expectativas dos alunos, na sua auto estima, no seu crescimento e desenvolvimento
equilibrados.

Refira-se, no entanto, que o sector mineiro continua a ser um importante empregador das
gentes deste concelho nas Minas de Neves Corvo - SOMINCOR, empresa que tem apresentado

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uma estabilidade e solidez significativas, o que se repercute no poder de compra e estabilidade


dos agregados familiares que dela dependem.

A agricultura associada à criação de animais e exploração silvícola, é outra actividade importante


em todo o concelho, à qual se associa uma rede de comércio, tanto retalhista como grossista
(restauração, vestuário e calçado, equipamento informático e de telecomunicações) serviços
(imobiliários e de construção civil, contabilidade e auditoria, assistência técnica, limpezas, saúde
e bem-estar).

2.2. DIMENSÕES E CONDIÇÕES FÍSICAS DA ESCOLA

As instalações e os espaços da escola são adequados ao número de alunos da escola e ao número


de alunos por turma. A escola dispõe de um pavilhão desportivo, campo de jogos exterior, de
uma biblioteca e centro de recursos áudio visual e multimédia equipado com computadores com
ligação à Internet de livre acesso a alunos e professores, uma vasta gama de DVDs e CDs,
laboratórios de Química e Física, quatro salas de informática equipadas por forma a leccionar as
disciplinas desta área técnica, numa proporção de dois alunos por computador
aproximadamente, duas salas de Biologia e Geologia que não configurando as características de
laboratório, possuem infra-estruturas e equipamento laboratorial para a realização de
actividades experimentais com os alunos, de uma sala/oficina equipada com mobiliário e
material adequado à leccionação da disciplina de Educação Tecnológica, sala de Educação Visual,
uma sala para onde são encaminhados os alunos que, convidados a sair da sala de aula, são
acompanhados por outro docente na realização de tarefas indicadas pelo professor titular da
disciplina.

As instalações são adequadas à prática lectiva, bem como à diversidade de níveis de educação e
ensino ministrados. Existe também preocupação com a segurança e salubridade das mesmas.
Os recursos, espaços e equipamentos estão acessíveis e bem organizados, na medida em que os
docentes têm acesso fácil aos recursos audiovisuais e aos recursos informáticos, o sistema de
requisição de materiais na biblioteca é adequado e os seus responsáveis são normalmente
ouvidos para a aquisição de novos recursos materiais e/ou equipamentos. Quanto ao
funcionamento do refeitório, o espaço está organizado de acordo com as regras de higiene e
segurança alimentar.

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2.3. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO DISCENTE - PERFIL DO ALUNO

Os discentes da nossa escola distribuem-se, em termos de oferta educativa proporcionada pela


escola na actualidade, em quatro grupos: alunos do terceiro ciclo do ensino básico, alunos do
ensino secundário, alunos dos cursos profissionais e alunos dos cursos de educação e formação.

2009-2010
3.º Ciclo Ensino Básico Ensino Secundário
7.º 8.º 9.º CEF 10.º 11.º 12.º C.Profissionais
N.º de Turmas (T) 2 2 2 2 2 1 2
N.º de Alunos (A)

Com base nos dados decorrentes do inquérito realizado junto de todos os discentes que
frequentam a nossa escola, é possível concluir que a esmagadora maioria dos nossos alunos
demonstra empatia em relação à escola e aos seus professores; reconhecendo na escola um
espaço para a aprendizagem e para o desenvolvimento de laços de amizade e reconhecendo
profissionalismo aos seus professores, nomeadamente no que diz respeito aos critérios de
avaliação que seguem, à preocupação que revelam pela educação dos alunos para a vida social e
afirmando ainda que sentem disponibilidade da parte dos seus professores para os ajudar. No
entanto, esta visão muda no que concerne aos alunos dos cursos CEF: continuam, como a
maioria dos seus colegas, a demonstrar empatia pelos seus professores, reconhecendo neles as
características atrás referidas, mas um número significativo destes alunos afirma não gostar da
escola nem nela se sentir bem e, à parte o convívio com os amigos que esta proporciona,
afirmam vir à escola porque a isso são obrigados.

Interrogados sobre o que, na sua óptica, é necessário melhorar na escola, muitos referem a
segurança no espaço escolar, a higiene e a limpeza da escola, o conforto nas salas de aula e, em
termos de serviços, consideram ser necessárias melhorias ao nível do bar, sala de convívio e
espaços Internet.

Todos os alunos valorizam as actividades extra-curriculares, nomeadamente a desenvolver em


clubes nas áreas das Artes e do Desporto, sendo ainda apresentados como temas de maior
agrado a Educação Sexual, a Higiene e Segurança no Trabalho e Primeiros Socorros.

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Quanto aos aspectos fundamentais para os progressos na formação académica, são valorizados o
reforço dos apoios educativos, as actividades extra-curriculares e mais tempo livre disponível
para estudar. Os alunos dos cursos CEF e do ensino secundário apontam ainda como
fundamentais, um ensino mais rigoroso e um reforço das medidas disciplinares.

De uma forma geral, os nossos alunos apresentam hábitos pouco regulares de estudo,
particularmente ao nível do ensino básico, cursos CEF e cursos profissionais que afirmam
raramente estudar ou estudar antes das fichas de avaliação. Só um número significativo de
alunos do ensino secundário afirma estudar com regularidade mas não todos os dias. A mãe, ao
nível do acompanhamento familiar, apresenta-se, em todos os grupos de alunos, como a
principal acompanhante do processo de aprendizagem dos nossos discentes. Por outro lado,
alguns alunos dos cursos profissionais consideram mesmo que ninguém, nas suas famílias, se
preocupa com o seu percurso escolar.

Em termos de perspectivas futuras, um número significativo dos nossos alunos pretende um


emprego, sendo ainda muito significativo o número daqueles que pretendem ingressar num
curso superior quer ao nível dos alunos que frequentam o ensino secundário quer ao nível dos
que frequentam os cursos profissionais e o ensino básico. Só os alunos dos cursos CEF afirmam
maioritariamente pretender apenas concluir o 12º ano de escolaridade e, como a maioria dos
seus colegas, procurar um emprego.

Relativamente às áreas alternativas ao prosseguimento de estudos, é apontada a área do


Desporto pela generalidade dos alunos dos cursos CEF e Profissionais, sendo ainda referidas
pelos primeiros a área da Mecânica e pelos segundos as áreas do Turismo, Informática e Artes.

Numa perspectiva geral, é notória a relação existente entre o nível socioeconómico das famílias e
o impacto positivo que a estabilidade desse factor tem num percurso escolar de sucesso desses
alunos e posterior ingresso no ensino superior.
No nosso concelho, assistimos ainda à realidade de alguns alunos que, por negligência ou
abandono parental, assumido ou não, vivem com familiares – os avós - idosos e com fracos
recursos e que muito dificilmente conseguem acompanhar e dar resposta às solicitações, de vária
ordem, que caracteriza o conturbado e complexo período que é a adolescência. Também este
grupo merece toda a atenção dos nossos serviços de apoio socioeducativo.

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2.4. CORPO DOCENTE

A escola possui já um quadro de pessoal docente em que um número significativo de docentes,


de Quadro de Escola e ainda alguns casos de Quadro de Zona Pedagógica, constituem um corpo
estável (vinte e oito docentes), e se tem mantido na escola nos últimos anos. Uns porque são
naturais desta região, outros aqui se fixaram. O que constitui uma mais-valia para a escola e, em
particular para os alunos. A par deste grupo, foram colocados este ano, nesta escola, alguns
docentes contratados e com uma reduzida experiência de leccionação (entre 0 e cinco anos de
serviço) doze docentes.

CATEGORIA NÚMERO
Quadro de escola
PESSOAL DOCENTE Quadro. Z. Pedagógica
Contratados
TOTAL

2.5. PESSOAL NÃO DOCENTE

A escola possui um total de vinte e quatro funcionários não docentes. Destes, oito integram os
serviços administrativos, cujo funcionamento não apresenta qualquer problema, garantindo-se
mesmo o atendimento ao público, durante o período de almoço. Sublinhe-se que todos estes
funcionários administrativos têm vínculo à função pública.

Relativamente ao pessoal operacional, em número de dezasseis, refira-se que não são suficientes
para um serviço de vigilância adequado às necessidades da escola. Assim, se equacionarmos que,
destes funcionários, apenas cinco podem exercer as funções de vigilância, por excelência, ao
nível dos corredores de dois pisos, torna-se evidente que para uma população escolar de
trezentos e cinquenta alunos, de faixas etárias dos doze aos dezoito anos, esse número não é
suficiente.

Os restantes funcionários estão afectos aos serviços, que exigem a sua total permanência e
dedicação para garantir o bom funcionamento dos mesmos, conclusão que também é
evidenciada nas conclusões da análise dos inquéritos, aplicados aos utentes dos vários serviços
da escola, pela equipa de auto avaliação. Referimo-nos pois a sectores fulcrais na vida da escola
como o Refeitório, o Bufete, a Papelaria, a Biblioteca, a Reprografia, o PBX, a Portaria, o Pavilhão

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Desportivo. Para fazer face à insuficiência de funcionários para os serviços de vigilância, nos
corredores como durante alguns períodos na portaria, a escola recorre a recursos humanos
disponibilizados pelo centro de emprego.

CATEGORIA NÚMERO
Téc. Administrativos
Assistentes
PESSOAL NÃO DOCENTE
operacionais
Contratados
TOTAL

2.6. CLIMA E AMBIENTE EDUCATIVOS

A escola pretende formar e preparar os alunos para uma cidadania responsável como se pode
verificar no seu projecto educativo, cujas linhas orientadoras apontam para que sejam esses os
valores que os docentes lhes devam transmitir.

Na formação integral do aluno, a par da transmissão dos conhecimentos científicos, a escola


deve assumir-se como um espaço para a formação em cidadania. Neste âmbito valoriza-se o
respeito pelos valores éticos, a vivência democrática, o respeito por nós próprios e pelos outros,
o respeito pelo património e pelo ambiente, a consciencialização dos nossos direitos e dos
nossos deveres, o espírito crítico construtivo e o despertar para a idade adulta.

Um dos problemas com que a escola se tem deparado são os comportamentos desadequados e
falta de códigos de conduta, dentro e fora da sala de aula, por parte sobretudo dos alunos do 3º
ciclo do ensino básico. A escola responde a estes comportamentos desadequados, numa
primeira fase com as medidas correctivas previstas no regulamento interno, de forma a aplicar
castigos sempre com fins pedagógicos e, perante situações de maior gravidade ou reincidências
com a instauração de procedimentos disciplinares, de forma a punir e tentar passar a mensagem
de total reprovação de tais comportamentos.

2.7. RESULTADOS ACADÉMICOS

A análise que se apresenta, em seguida, é relativa aos últimos três anos lectivos, referente ao
ensino regular, e é da responsabilidade da equipa de auto avaliação da escola.

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No Ensino Básico a análise estatística dos resultados nos últimos 3 anos (com base nas disciplinas
sujeitas a exame nacional Português e Matemática de 2006 a 2008) permite-nos observar que
houve alguma progressão. Com efeito, a diminuição entre o afastamento dos resultados obtidos
no binómio classificação interna e classificação externa tem vindo a diminuir ao mesmo tempo
que progride positivamente para o valor da média nacional nestas disciplinas.

No Ensino Secundário, no domínio das disciplinas da vertente científica existe decididamente


algum trabalho a fazer para a melhoria dos resultados. Com efeito, a análise estatística dos
resultados académicos do último triénio, nas disciplinas sujeitas a exame nacional, aponta para
um afastamento médio (diferença entre a Classificação Interna de Frequência – CIF e a
Classificação no Exame Nacional - CE) de 8% nas disciplinas de Português B e Matemática e de
25% nas disciplinas de Biologia/ Geologia e Física/ Química. No que diz respeito às disciplinas de
vertente humanística tomámos como exemplo a disciplina de História nos últimos dois anos,
onde o afastamento médio é de 22%.

No Ensino Básico foram observados progressos cuja repercussão se fez sentir nos resultados
escolares com particular ênfase na disciplina de Matemática para o qual contribuiu o Plano da
Matemática (diminuição progressiva do afastamento entre o CI e a CE assim como aumento da
média dos resultados obtidos na CE).

No Ensino Secundário, nas disciplinas da vertente científica observa-se alguma estabilidade nos
resultados académicos dos alunos (CI e CE) nas disciplinas de Português e Matemática uma vez
que se têm mantido com classificações acima dos 9.5 valores. Nas disciplinas de opção (Biologia/
Geologia e Física/ Química) sujeitas a exame nacional os resultados no último triénio apontam
uma média próxima de 8.5 valores. No que diz respeito às disciplinas da vertente humanística
tomámos também como exemplo a disciplina de História onde se tem atingido uma média
próxima de 8.6 valores. Nesta última pôde-se verificar uma melhoria significativa nos resultados
dos exames nacionais.

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SUCESSO ESCOLAR

Ano lectivo 2007-2008 Ano lectivo 2008-2009 Ano lectivo 2009-2010


Alunos Transição Taxa Alunos Transição Taxa Alunos Transição Taxa
7.º
8.º
3.ª ciclo
9.º
CEF
TOTAL
10.º
Ensino 11.º
Secundário 12.º
C.Prof.
TOTAL

ABANDONO ESCOLAR

Ano lectivo 2007-2008 Ano lectivo 2008-2009 Ano lectivo 2009-2010


Alunos Aband. Taxa Alunos Aband. Taxa Alunos Aband. Taxa
7.º
8.º
3.ª ciclo
9.º
CEF
TOTAL
10.º
Ensino 11.º
Secundário 12.º
C.Prof.
TOTAL

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3. ORGANIZAÇÃO DA OFERTA EDUCATIVA

3.1. DEPARTAMENTOS CURRICULARES

Para a definição da sua composição, a escola tem em consideração os cursos leccionados, a


afinidade entre as disciplinas e as áreas curriculares, as dinâmicas a desenvolver e os projectos a
realizar, bem como a integração dos docentes nas respectivas áreas disciplinares/agrupamento
de disciplinas.
Ficaram então definidos:
1. Departamento de Matemática e Ciências Experimentais que engloba:
a) O Grupo de Biologia e Geologia;
b) O Grupo de Física-Química;
c) O Grupo de Matemática.
d) O Grupo de Informática
2. Departamento de Técnicas de Expressão:
a) O Grupo de Artes Visuais;
b) O Grupo de Educação Física.
c) Educação Tecnológica e Artística;
3. Departamento de Línguas e Literaturas:
a) O Grupo de Português/Francês;
b) O Grupo de Inglês;
c) O Grupo de Português.
4. Departamento de Ciências Sociais e Humanas:
a) O Grupo de Filosofia/Psicologia;
b) O Grupo de História;
c) O Grupo de Geografia;
d) O Grupo de Economia e Gestão.

3.2. REDE ESCOLAR


Lecciona-se na escola:
3.º Ciclo do Ensino Básico
Ensino Secundário nas Áreas de Estudo:

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Cursos de Educação e Formação de Jovens, níveis

Cursos Profissionais de

4. PROBLEMAS IDENTIFICADOS E ESTRATÉGIAS A APLICAR

4.1. IDENTIFICAÇÃO DE PROBLEMAS

A partir da experiência dos últimos anos e das avaliações interna e externa da escola é possível
identificar os pontos fracos e fortes desta organização.

Apresentam-se então, a par dos problemas relacionados com o contexto socioeconómico onde
se insere este estabelecimento de ensino, outros mais ligados à dinâmica interna da sua
organização:

PONTOS FRACOS
• Omissão de metas quantificáveis nos documentos estruturantes, o que dificulta a
identificação de situações de sucesso, ao nível de processos e de resultados.
• Baixos resultados escolares no 3.º ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário.
• Pouca adesão dos alunos às aulas de apoio pedagógico, de algumas disciplinas, a
funcionar na escola, em horários compatíveis com os horários das turmas.
• Situações de abandono escolar.
• Comportamentos desadequados e falta de códigos de conduta, dentro e fora da sala de
aula, por parte de alguns alunos do 3.º CEB e dos cursos CEF.
• Fraco envolvimento do corpo não docente e dos pais e encarregados de educação na
construção dos documentos orientadores da escola e no processo de auto-avaliação, o
que limita a possibilidade de participação da comunidade educativa.
• Pouco envolvimento/participação dos pais e encarregados de educação na vida escolar.
• Página electrónica da escola passível de ser enriquecida/ampliada em termos de
conteúdos e informações da vida da escola.
• Insuficiente comunicação entre os vários órgãos de gestão e gestão intermédia da escola.
• Falta de uma acção concertada com vista à calibragem de testes, comprometendo a
confiança na avaliação interna.

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• Ausência de uma cultura de auto-avaliação, consistente e sistemática, que permita o


desenvolvimento sustentado da escola.

CONSTRANGIMENTOS
• Insuficiente número de assistentes operacionais, dificultando o bom funcionamento da
portaria e a acção de vigilância dos espaços escolares.
• Falta do Serviço de Psicologia e Orientação, com reflexos no apoio a alunos com
comportamentos desajustados e na orientação escolar e vocacional dos alunos.
• Diminuição do número de alunos na escola.

4.2 DEFINIÇÃO DE ESTRATÉGIAS A ADOPTAR

Identificados os problemas, pretende a actual Direcção Executiva ao longo do seu mandato


tentar encontrar as respostas adequadas à sua resolução pelo que se comprometeu com a
aplicação das seguintes estratégias:

Definição de metas quantificáveis


• Criar mecanismos conducentes a uma cultura de auto-avaliação interna da escola e à
definição de metas quantificáveis que permitam identificar os casos de sucesso, ao nível
dos processos e dos resultados, nomeadamente na reestruturação do Regulamento
Interno e do Projecto Educativo.

Resultados académicos
• Garantir a candidatura da escola ao Plano de Acção da Matemática II (triénio 2009-2012),
de modo a dar continuidade aos objectivos, estratégias e actividades de melhoria
definidos, pelos docentes, nestes três anos de vigência da primeira parte do plano. Poder
assim continuar a afectar recursos físicos e humanos aos planos de melhoria desta
disciplina.

• Efectuar a inscrição da escola para os testes intermédios, das várias disciplinas, nos
diferentes anos de escolaridade e comunicar os resultados dos mesmos a toda a
comunidade educativa. Estes resultados deverão ainda ser considerados pelos docentes
das disciplinas para análise e implementação de planos de melhoria dos pontos fracos
detectados e reforço dos pontos fortes.

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• Promover e incentivar uma maior participação e envolvimento de docentes e discentes,


em actividades no âmbito do Plano Nacional de Leitura.

• Reorganizar os apoios pedagógicos das disciplinas com fraca adesão através da criação de
salas de estudo de línguas estrangeiras/língua portuguesa, com actividades e materiais
atractivos, recorrendo-se à utilização do quadro interactivo/visionamento de filmes/idas à
biblioteca para actividades de pesquisa e leitura orientadas/produção de textos em
contacto com a natureza, em espaços exteriores, transformando as aulas de apoio
pedagógico da língua materna e línguas estrangeiras em espaços de ensino aprendizagem
cativantes.

Combate ao abandono escolar


• Planear a rede escolar, de acordo, tanto quanto possível, com as preferências dos alunos,
auscultando previamente as suas opções, através de inquéritos a passar no 9º ano de
escolaridade. As hipóteses de empregabilidade dos cursos profissionais, no âmbito do
tecido empresarial da região, deverão ser igualmente factores a ter em conta na definição
da rede escolar.
• Manter a oferta dos cursos Científico – Humanísticos já existentes, a par dos cursos
profissionais e CEF, de modo a criar ofertas formativas atractivas que vão ao encontro das
expectativas dos alunos e os motivem a matricular-se na nossa escola.

Combate à indisciplina

• A escola responde aos comportamentos desadequados, numa primeira fase, com as


medidas correctivas previstas no regulamento interno, de forma a aplicar castigos sempre
com fins pedagógicos. Perante situações de maior gravidade ou reincidências, com a
instauração de procedimentos disciplinares como meio de punir e fazer passar a
mensagem de total reprovação de tais comportamentos.

• Considerar em futuras candidaturas, no âmbito do POPH, a contratação de um psicólogo


Tem-se constatado, nos últimos tempos, a necessidade dos serviços de um profissional da
área da psicologia que esteja capacitado para dar resposta ou encaminhe alunos que
evidenciam comportamentos desajustados e desadequados, com disfunções do foro
psicológico, ligadas a problemas de hiperactividade, bipolaridade e depressões.

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Corpo não docente

• Providenciar junto do poder central no sentido de garantir a continuidade da adjudicação


dos serviços de limpeza a uma empresa privada, de modo a afectar o reduzido número de
pessoal assistente operacional aos serviços de vigilância nos corredores e portaria, pois
mais de 50% destes funcionários está afecto a serviços fixos como o bufete, a papelaria o
PBX, a biblioteca, a reprografia, a portaria, o refeitório, o pavilhão.

• Estabelecer protocolos com o centro de emprego no sentido de recrutar pessoal em


situação de desemprego e a usufruir de subsídio, para reforçar a equipa de assistentes
operacionais da escola e colmatar os problemas de carência nos vários sectores.

• Gerir de forma flexível os recursos humanos disponíveis afectando-os aos serviços mais
necessitados sempre que possível.

Participação e envolvimento da comunidade na vida escolar

• Promover e incentivar o envolvimento/participação dos pais e encarregados de educação


na vida escolar.
• Envolver os alunos e funcionários da escola na elaboração dos documentos estruturantes
da escola.

Página electrónica

• Manter actualizada a página electrónica da escola, incentivando os coordenadores de


departamento e coordenadores adjuntos das várias disciplinas e áreas não disciplinares a
criar links, ampliando e enriquecendo assim, este importante meio de informação que
poderá funcionar como forma de divulgação da vida escolar no seu todo.

Comunicação interna

• Agilizar procedimentos e meios de comunicação entre os vários órgãos de gestão e gestão


intermédia da escola de forma a possibilitar o acesso, em tempo útil, de toda a
informação e documentação relativa aos assuntos em discussão, bem como às
informações e deliberações de vária ordem, das quais todos devem tomar conhecimento
para uma actuação consciente e harmonizada de todos os agentes educativos desta
escola.

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20 Projecto Educativo

Avaliação interna da escola

• Proceder a uma autoavaliação, no final do ano lectivo, identificando os aspectos


benéficos, bem como os que carecem de eventuais ajustamentos, devendo abordar-se
esta questão com seriedade, nas reuniões de departamento, nas reuniões das áreas
disciplinares específicas e conselho de directores de turma e, de acordo com o espírito da
lei e das orientações emanadas da Direcção Regional, bem como da Secretaria de Estado
da Educação, serem apresentadas sugestões no conselho pedagógico, e assim este órgão
deliberar eventuais ajustamentos no que a esta matéria diz respeito.

• Impulsionar dinâmicas para reforçar a autonomia da escola, numa cultura de partilha,


participação e rigor, por parte dos agentes educativos, desenvolvendo toda uma acção de
avaliação interna para que, em face dos resultados, se desenvolvam estratégias de
desenvolvimento organizacional, em suma, delinear planos de melhoria para os pontos
fracos e dar continuidade e fortalecer os pontos fortes.
• Perspectivar os mecanismos de avaliação interna ou autoavaliação e avaliação externa
como instrumentos preciosos para a gestão estratégica da escola, tendo como base os
indicadores recolhidos pois, permitem um melhor conhecimento da organização escola
em vários domínios:
• Resultados
• Prestação do serviço educativo
• Organização e gestão escolares
• Liderança
• Capacidade de auto – regulação e progresso da escola

4.3. IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS FORTES

Recorrendo aos mesmos mecanismos de análise utilizados na detecção dos pontos fracos da
escola, é possível também encontrar os respectivos pontos fortes, a assinalar:

PONTOS FORTES
• Existência de projectos e de iniciativas inovadoras que favorecem a aplicação de
conhecimentos científicos.

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“Formar para a Cidadania – Uma Cultura de Responsabilidade” 21

• Alargamento da oferta educativa aos cursos profissionais e de educação e formação de


jovens, com impacto no absentismo e do abandono escolares.
• Apoios aos alunos, nas disciplinas em que revelam maiores dificuldades (Matemática,
Física e Química e Línguas), ou quando pretendam melhorar o seu desempenho.
• Relevância do papel da Associação de Estudantes pela postura assumida, estimulando os
pares através de debates e de práticas saudáveis de vida, e pelo incentivo à adopção de
comportamentos disciplinados.

4.4. MEDIDAS DE APOIO À MANUTENÇÃO DOS PONTOS FORTES


Apesar dos tempos algo conturbados que se tem vivido nas escolas, muito trabalho de qualidade
se produz. Assim deverá dar-se continuidade às acções até aqui desenvolvidas, de forma a
promover a transversalidade do saber, um ambiente em que o ensino aprendizagem seja
concretizado com a motivação de alunos e professores, visando a formação integral dos alunos
como cidadãos activos na sociedade.

• Continuar a desenvolver a Biblioteca Escolar e o Espaço Internet.

• Continuar a apoiar a implementação do Plano da Matemática II e os Novos Programas da


Matemática, destinados aos alunos do 3.º CEB.

• Dar continuidade aos projectos inovadores da escola tais como a “Turma Mais Sucesso
Escolar” destinado a promover o sucesso nas disciplinas de Matemática, Ciências e Inglês.

• Dar continuidade ao projecto “Parlamento dos Jovens” para os alunos do ensino básico e
secundário, incentivando o seu interesse pela participação cívica e política, bem como as
suas capacidades de argumentação na defesa das ideias, respeitando os valores da
tolerância e da vontade da maioria.

• Incentivar a prossecução das actividades, no âmbito da “Promoção para a Saúde em Meio


Escolar”, nomeadamente as acções de esclarecimento/sensibilização sobre sida, efeitos
nefastos do consumo de substâncias psicoactivas, alimentação equilibrada, higiene oral e
prevenção das doenças orais, bulling.

• Garantir a continuidade do “Projecto do Desporto Escolar” no sentido de que cada vez


mais alunos adiram à prática desportiva como forma de vida saudável, fomentando-se
igualmente o espírito de equipa e fraternização.

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22 Projecto Educativo

• Continuar a promover o trabalho em parceria com a Câmara Municipal de Aljustrel, tanto


ao nível da utilização das infra-estruturas desportivas, por parte da escola como nos
vários apoios concedidos pela autarquia à realização de várias actividades e visitas de
estudo previstas no nosso plano de actividades. Este trabalho de parceria permite ainda o
envolvimento dos alunos nas actividades culturais e pedagógicas levadas a cabo por esta
autarquia, designadamente as oficinas da Câmara, em que , no âmbito das Jornadas da
juventude a escola é sempre escolhida para espaço de realização de algumas actividades
direccionadas para os jovens (representações teatrais, workshops, debates).

• Ao nível do “Projecto da Segurança em Meio Escolar”, a escola também estabeleceu


parcerias com os Bombeiros Voluntários de Aljustrel e com a Guarda Nacional
Republicana, sobretudo para implementar os planos de evacuação que são de carácter
obrigatório.
• O projecto de “Secção Europeia da Língua Francesa” insere-se no contexto das directivas
europeias e, nomeadamente, no plano de acção para promover a aprendizagem das
línguas e da diversidade linguística da Comissão Europeia sendo no caso da escola a
Matemática como disciplina não linguística (DNL).
• Refira-se ainda o “Projecto Escola Clube”, projecto de articulação e cooperação concebido
por um docente de educação física, em que se pretende contribuir para melhorar os
resultados escolares dos alunos que, simultaneamente são praticantes desportivos,
músicos e bombeiros.
• Relativamente ao delinear do Plano de Formação da Escola, parte-se de uma auscultação
sobre as necessidades de formação, que é feita em sede de departamento e grupo
disciplinar, pelos respectivos coordenadores.

Continuar a promoção e realização de actividades já com alguma tradição na escola como:


• Envolvimento de alunos, professores e pessoal não docente na Festa das Mesas de Natal,
alargando a outras actividades alusivas a esta quadra.
• A Feira do Livro, no sentido de estimular o gosto pelo livro e pela leitura;
• A Feira dos Minerais, proporcionando aos alunos o contacto com diferentes rochas,
minerais e fósseis e motivando assim para o estudo das geociências.

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“Formar para a Cidadania – Uma Cultura de Responsabilidade” 23

• A Semana da Ciência e da Tecnologia, com o objectivo de desenvolver o espírito e


curiosidade científica, bem como reconhecer a importância das ciências (química,
matemática, física e biologia) no quotidiano.
• No domínio das novas tecnologias, fomentar o interesse e o gosto pelas TIC e promover
com as mesmas um contacto mais aprofundado, valorizando ainda a livre iniciativa e
autonomia dos alunos nesta área.
• A Semana das Línguas, continuando a afectar as verbas necessárias para a realização de
ementas alusivas à gastronomia tradicional portuguesa/alentejana, inglesa e francesa, no
refeitório escolar como forma de divulgação da gastronomia sob o ponto de vista
civilizacional e cultural de um pais ou região.
• Continuar a apoiar e incentivar as visitas de estudo, contribuindo a escola com averba
possível, realizadas de acordo com os objectivos das várias disciplinas, bem como da
orientação vocacional, a locais de manifesto interesse pedagógico cultural, para os
alunos, designadamente:
• Instituições do ensino superior;
• Centros de ciência e investigação como a Fundação Calouste Gulbenkian;
• Feiras de profissões – Futurália;
• Museus, exposições, roteiros em cidades ligados a obras literárias estudadas, igrejas,
monumentos;
• Empresas e instituições (bibliotecas, arquivos históricos, laboratórios, redacções de
jornais, estúdios de televisão e rádio
• Idas ao teatro, dando especial relevo a representações de textos/autores estudados
pelos alunos nas disciplinas de português ou literatura portuguesa.

5. METAS E OBJECTIVOS

5.1. POSICIONAMENTO PEDAGÓGICO

“Em escola se tornou a vida e à vida vai a escola buscar o sentido da


educação permanente.”

Construímos para o futuro uma escola que, para além do cuidado permanente em fornecer uma
competente formação técnica e científica aos nossos alunos, se preocupa com o

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24 Projecto Educativo

desenvolvimento da sua personalidade integral não descurando a relação humana como modelo
da relação pedagógica.

O Projecto Educativo, dinâmica e estruturalmente implantado e em interligação com os restantes


instrumentos reguladores do acto pedagógico, será o garante do sucesso, da autonomia e da
liberdade dos nossos alunos.

Assim propõe-se:

1. Assumir a escola como elo do processo global de aprendizagem de cada indivíduo,


numa perspectiva de integração de experiências passadas e preparação de novas
vivências;

2. Pensar o aluno como razão de ser da comunidade escolar;

3. Organizar e integrar os saberes, a partir de situações de ensino/aprendizagem


sustentadas na experimentação e no trabalho de pesquisa;

4. Reflectir um novo conceito de currículo, onde a inovação e a intervenção dos membros


da comunidade educativa se possam manifestar em actividades e espaços plurais;

5. Eleger o trabalho como forma de atingir o conhecimento, reconhecendo a importância


da iniciativa do aluno na construção dos seus próprios saberes;

6. Desenvolver modelos pedagógicos inseridos numa ética humanista de tolerância e


respeito mútuo.

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“Formar para a Cidadania – Uma Cultura de Responsabilidade” 25

5.2. FUNDAMENTOS OPERACIONAIS – OBJECTIVOS

5.2.1. FUNDAMENTOS OPERACIONAIS

A formação para a cidadania como formação integral do aluno, é aquela que melhor se adequa à
sociedade dos nossos dias, caracterizada por uma forte concorrência e constante renovação do
saber, exigindo, consequentemente, uma permanente actualização de conhecimentos para a
qual o jovem apenas estará apto se, para além dos saberes, tiver adquirido métodos de trabalho
e espírito crítico, componentes de uma formação plena do aluno identificada com uma formação
para a cidadania.

A formação para a cidadania está em correspondência directa com a sociedade global em que
vivemos, na qual cada homem é um cidadão do mundo.

Por outro lado a sociedade exige cada vez mais da escola: O aumento da produtividade tendo em
conta os resultados escolares, a integração de regras e normas de conduta ao nível do
comportamento, a assunção de hábitos e de métodos de trabalho com autonomia para o
desenvolvimento de capacidades ao nível individual, e uma formação científica e tecnológica
sustentada em conhecimentos sólidos e actuais.

Pretende este projecto estabelecer as linhas orientadoras para uma escola que se quer mais
produtiva, sem contudo perder a matriz humanista que a caracteriza.

Para garantir uma melhoria da qualidade do ensino e dos serviços da escola tem de se
operacionalizar um conjunto de medidas no período de vida do projecto educativo. Saliente-se
que este período inicia-se no ano lectivo 2009-2010 e termina em 2012-2013, pelo que a
implementação das medidas a adoptar decorrerão neste espaço de tempo, de forma progressiva
mas persistente, sujeitas a uma avaliação periódica que permita perceber a sua eficácia, a saber:
- Dinamizar o processo formal de avaliação interna da escola de modo a preparar a avaliação
externa;
- Reforçar a autonomia da escola com a participação activa de todos os seus agentes;
- Promover o sucesso educativo, apostando na qualidade da prestação do serviço educativo;
- Promover uma cultura de rigor de forma a assegurar a qualidade, visando a melhoria das
aprendizagens escolares dos alunos, das taxas de sucesso e de abandono escolar;

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26 Projecto Educativo

- Optimizar os recursos tecnológicos existentes na escola, bem como os que a esta irão ser
afectos no âmbito do Projecto Tecnológico de Educação (PTE)
- Adequar a oferta formativa às expectativas e preferências dos alunos, bem como às
características do tecido económico da região;
- Promover a interacção da escola com o meio, num espírito de partilha de mais-valias, que
dinamize a consolidação das parcerias já existentes e a criação de outros protocolos,
acordos de cooperação e associação com outras escolas e instituições de formação,
autarquias e colectividades;
- Dinamizar o envolvimento e participação da comunidade educativa na vida da escola;
- Garantir a segurança e o bem-estar no espaço escola, a toda a comunidade educativa.

5.2.2. METAS E OBJECTIVOS

METAS:

 Assegurar a formação integral dos alunos.


 Desenvolver aptidões cívicas e afectivas dos alunos.
 Obter uma melhoria progressiva dos resultados escolares.
 Reduzir progressivamente o abandono escolar.
 Valorizar o desenvolvimento profissional do corpo docente.
 Promover a integração das TIC nos processos de ensino-aprendizagem.

 Objectivos para a formação integral dos alunos

Desenvolver nos alunos princípios de cidadania, responsabilidade e de vida democrática.

Itens:

• Responsabilizar os alunos pelos seus actos;


• Preservar o património da escola;
• Instrumentalizar mecanismos de disciplina;
• Fomentar o respeito pela relação permanente entre os direitos e deveres do cidadão;
• Promover o gosto pela leitura, o interesse pela informação e debate sobre os problemas
do mundo contemporâneo.

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“Formar para a Cidadania – Uma Cultura de Responsabilidade” 27

 Objectivos para o desenvolvimento de aptidões cívicas

Sensibilizar os alunos para o respeito pelos valores cívicos e democráticos

Itens:

• Promover a articulação escola-meio;


• Sensibilizar os encarregados de educação para a necessidade da sua participação na vida
escolar dos seus educandos;
• Estabelecer com os alunos regras que evidenciem o respeito pela cidadania;
• Fomentar o respeito pela relação permanente entre os direitos e deveres do cidadão.
• Desenvolver mecanismos de disciplina no trabalho dos alunos;
• Incentivar os alunos para a participação na vida democrática da escola;
• Fomentar o respeito mútuo por todos os elementos da comunidade educativa e da
sociedade civil em geral.

 Objectivos para uma maior produtividade

Perspectivar a obtenção de melhores resultados escolares

Itens:

• Diversificar os métodos e técnicas de aprendizagem que contribuam para a obtenção de


melhores resultados;
• Desenvolver mecanismos de apoio ao trabalho dos alunos, principalmente para os que
apresentam maiores dificuldades;
• Orientar as actividades extracurriculares para complemento dos conteúdos
programáticos;
• Valorizar o espaço da sala de aula;
• Valorizar a biblioteca escolar como espaço promotor de formação e do conhecimento;
• Desenvolver o ensino e a utilização das novas tecnologias;
• Fomentar os trabalhos de pesquisa;
• Valorizar a orientação escolar e profissional dos alunos.

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28 Projecto Educativo

Envolver os alunos e encarregados de educação no processo de ensino aprendizagem

Itens:

• Responsabilizar os encarregados de educação pelas atitudes dos seus educandos;


• Responsabilizar os alunos pelos seus resultados;
• Responsabilizar os encarregados de educação pelos resultados escolares dos seus
educandos;
• Concertar com os encarregados de educação mecanismos de apoio aos seus educandos;
• Concertar com os encarregados de educação mecanismos de disciplina aplicados aos seus
educandos;
• Apoiar projectos pedagógicos de iniciativa dos alunos.

 Objectivos para a redução do abandono escolar

Criar condições para a redução progressiva do abandono escolar

Itens:

• Sensibilizar os encarregados de educação para a necessidade da sua participação na vida


escolar dos seus educandos;
• Diversificar a oferta educativa da escola;
• Sensibilizar os alunos para a necessidade da aquisição de cultura e educação;
• Motivar os alunos valorizando sistematicamente os seus valores e ajudando-os nas suas
dificuldades;
• Concertar com os encarregados de educação mecanismos de permanência na escola ou
de transferência para subsistemas de ensino;
• Apoiar iniciativas dos encarregados de educação.

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“Formar para a Cidadania – Uma Cultura de Responsabilidade” 29

 Objectivos para a valorização profissional dos professores

Criar condições para a valorização profissional dos professores

Itens:

• Cumprir com rigor e empenho as funções inerentes aos cargos de gestão intermédia e de
orientação educativa atribuídos;
• Participar em acções de formação contínua adequadas ao cumprimento de um plano
individual de desenvolvimento profissional;
• Dinamizar e participar em actividades e projectos de escola;
• Colaborar com os colegas nas actividades escolares;
• Participar em iniciativas culturais com outras instituições;
• Divulgar e promover os produtos da escola;
• Contribuir com publicações, intervenções e acções que contribuam para a melhoria da
qualidade de ensino da escola.

 Objectivos para a integração transversal das TIC

Criar condições para a introdução gradual das TIC nos processos de ensino e de aprendizagem

Itens:

• Proporcionar formação à comunidade escolar;


• Utilizar a plataforma Moodle como complemento das actividades lectivas e como canal
de comunicação e interacção;
• Dinamizar o Plano Tecnológico da Educação;
• Promover o desenvolvimento de planos de aquisição, afectação, utilização e manutenção
de equipamentos que favoreçam o crescimento de actividades e projectos;
• Utilizar as TIC no sentido de criar produtos/portfólios digitais e efectuar a sua gestão;
• Utilizar as TIC no estabelecimento de permutas culturais.
• Contribuir com publicações, intervenções e acções que contribuam para a melhoria da
qualidade de ensino da escola.

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30 Projecto Educativo

5.2.3. INDICADORES DE MEDIDA

Devem observar-se os seguintes indicadores de medida relativamente aos progressos dos alunos
ao longo do seu percurso escolar:

Indicadores de Medida - Os indicadores de medida devem ser definidos por cada grupo
disciplinar, a quem cabe encontrar um modelo de avaliação interna que sirva de mecanismo de
regulação do processo de ensino e do sucesso escolar. É da responsabilidade do grupo definir
esse modelo, para o qual se apresenta um conjunto de parâmetros considerados úteis, e que
devem ser utilizados segundo critérios do próprio grupo, podendo inclusivamente ser
substituídos por outros considerados mais pertinentes. No entanto o modelo de avaliação
interna deve resultar sempre num compromisso escrito sobre objectivos quantificáveis para um
ciclo de três anos lectivos, e revisto anualmente.

Parâmetros:
• Média Aritmética dos resultados dos alunos calculada por disciplina tendo por referência
os últimos três anos de escolaridade.
• Descriminação do número de níveis/ classificações obtidas em cada disciplina por
período.
• Descriminação do número de níveis/ classificações obtidas no ciclo em cada disciplina.
• Média dos resultados de Exames Nacionais.
• Afastamento médio entre CI e CE nas disciplinas onde se realizam exames.
• Taxas de transição.
• Taxas de abandono escolar.
• Taxa de absentismo escolar.
• Taxa de permanência no ciclo.
• Percentagem de cumprimento das planificações por disciplina.
• Número de alunos com mérito académico.
• Impacto da escolaridade.

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“Formar para a Cidadania – Uma Cultura de Responsabilidade” 31

Com base nestes parâmetros deve-se:


– Estabelecer um quadro de competências essenciais, por disciplina e por ciclo, tendo por base
o perfil do aluno.
– Definir objectivos quantificáveis para o triénio 2010/2011 a 2012/2013.
– Criar um instrumento de avaliação globalizante criado no seio do grupo disciplinar de acordo
com o quadro de competências essenciais, a aplicar anualmente em cada disciplina com base
nos objectivos mínimos estabelecidos.
– Contemplar nos critérios de avaliação de cada disciplina os objectivos quantificáveis para o
triénio 2010/2011 a 2012/2013.

5.2.4 OBJECTIVOS GERAIS QUANTIFICÁVEIS

SUCESSO ESCOLAR

Ano lectivo 2009-2010 Ano lectivo 2012-2013 Ano lectivo 2012-2013


Taxa de Transição Taxa de Transição Taxa de Realização
3º Ciclo Ens. Básico
C. Ed. e Formação

Ensino Secundário
Cursos Profissionais

ABANDONO ESCOLAR

Ano lectivo 2007-2008 Ano lectivo 2012-2013 Ano lectivo 2012-2013


Taxa de Abandono Taxa de Abandono Taxa de Abandono
3º Ciclo Ens. Básico
C. Ed. e Formação

Ensino Secundário
Cursos Profissionais

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32 Projecto Educativo

6. AVALIAÇÃO DO PROJECTO
Cabe ao Conselho Geral e ao Conselho Pedagógico proceder à avaliação do Projecto Educativo.
.A metodologia a seguir para a avaliação intermédia do projecto deve ter em conta os objectivos
do projecto, entendendo que estes objectivos muitas vezes evoluem com o próprio decorrer do
projecto, tornando necessária a respectiva reformulação. Propõe-se também que sejam
considerados possíveis efeitos não previstos (positivos e/ou negativos) que se podem ter
desenvolvido na execução do projecto e que podem ter de algum modo influência na avaliação.
Nos momentos da avaliação devem ser levadas em conta as seguintes questões fundamentais
para a elaboração do relatório final da avaliação.
Quanto aos objectivos do projecto e aos resultados obtidos:
• Os objectivos do projecto focam situações concretas e claramente identificadas?
• O que foi efectivamente realizado?
• Quais os produtos do projecto?
• Que aprendizagens ou alterações proporcionou o projecto?
• Quais os efeitos nos intervenientes directos?
• Quais os efeitos no meio em que o projecto se desenvolve?
Quanto ao funcionamento do projecto:
• As estratégias definidas são boas e exequíveis?
• Tirou-se partido dos factores favoráveis?
• Os recursos usados foram adequados?
• As actividades foram bem programadas?
• O que se pode dizer do modo como se organizou e trabalhou a equipa?

A comunidade educativa terá a oportunidade de fazer um balanço do trabalho efectuado e de


propor as linhas de orientação e as iniciativas adequadas à plena consecução do projecto,
fazendo do processo de avaliação um momento de reflexão conjunta sobre a escola como
identidade própria e no seu papel de participação e intervenção social.

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