Você está na página 1de 88

Curso Preparatório TI

VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46


Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

FÍSICA

Módulo-I

Física

Equilíbrio de corpos

Massa é uma propriedade física dos corpos e partículas, por isso, seu conceito está sujeito à forma como é medida.
Uma de suas definições é a inércia, que mede sua resistência à aceleração, que surge a partir da aplicação de
uma força. A massa dos corpos também determina quão intensa é a atração gravitacional existente entre eles.

Também podemos entender a massa de um corpo como uma expressão da quantidade de matéria nele
contida: prótons, nêutrons, elétrons e outras partículas menores. Apesar de existirem ainda outras diversas
interpretações para essa grandeza física, todas elas têm-se mostrado equivalentes, mesmo nas mais precisas medidas
realizadas em laboratório.

Confira abaixo algumas interpretações fenomenológicas da massa:

- Massa inercial: A massa inercial é definida pela primeira lei de Newton. Quanto maior for a massa inercial de um
corpo, menor será a aceleração por ele adquirida quando estiver sofrendo a ação de uma força. Em outras palavras, a
massa inercial mede a resistência que um corpo apresenta ao sofrer a aplicação de uma força

- Massa gravitacional: De acordo com a lei da gravitação universal, todos os corpos que têm massa atraem-se
mutuamente graças à força gravitacional. Caso um corpo ou uma partícula não tenha massa, não será atraído na
direção de um campo gravitacional. Quanto maiores forem as massas interagentes, maior será a força de atração entre
elas.

Energia de repouso: De acordo com a teoria da relatividade espacial, de Albert Einstein, a relação entre massa e
energia é dada pela expressão E = mc² (c = 3,0.108 m/s). Essa energia, chamada de energia de repouso (E), mede a
equivalência energética de uma porção de massa m.

Comprimento de onda Compton: É uma propriedade quântica utilizada para determinar o comprimento de onda de
partículas, como elétrons, prótons e nêutrons. De acordo com a dualidade da matéria, que ora pode apresentar-se como
partícula, ora como onda, cada partícula apresenta um comprimento de onda, que pode ser calculado por meio da
expressão: λ = h/mc, sendo h a constante de Planck (6,62607004 × 10-34 m² kg/s) e m a massa da partícula.

Medidas de massa

A massa é uma das grandezas fundamentais da Física, assim como o tempo e a distância. A medida oficial de massa,
de acordo com o Sistema Internacional de Unidades, é o quilograma, cujo símbolo é kg.

Peso

Quando falamos em movimento vertical, introduzimos um conceito de aceleração da gravidade, que sempre atua no
sentido a aproximar os corpos em relação à superficie.

Relacionando com a 2ª Lei de Newton, se um corpo de massa m, sofre a aceleração da gravidade, quando aplicada a
ele o principio fundamental da dinâmica poderemos dizer que:

1
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

A esta força, chamamos Força Peso, e podemos expressá-la como:

ou em módulo:

O Peso de um corpo é a força com que a Terra o atrai, podendo ser váriável, quando a gravidade variar, ou seja,
quando não estamos nas proximidades da Terra.

A massa de um corpo, por sua vez, é constante, ou seja, não varia.

Existe uma unidade muito utilizada pela indústria, principalmente quando tratamos de força peso, que é o kilograma-
força, que por definição é:

1kgf é o peso de um corpo de massa 1kg submetido a aceleração da gravidade de 9,8m/s².

A sua relação com o newton é:

Centros de massa e de Gravidade

O centro de massa é também o centro de gravidade de um corpo. O que queremos dizer com isso é o seguinte: como a
aceleração da gravidade é praticamente constante, a resultante da força da gravidade sobre cada parte do corpo é, em
regiões de pequenas dimensões, equivalente à força peso do corpo como um todo se aplicada no centro de massa.

Isso simplifica muito a análise quando a força peso estiver envolvida. Todo o efeito da força peso pode ser simulado
pela aplicação do peso do corpo como um todo no centro de massa (ou centro de gravidade).

O centro de gravidade desempenha um papel importante na análise do equilíbrio de corpos sólidos. Sua posição
relativa pode determinar o tipo de equilíbrio (estável, instável ou indiferente). As figuras abaixo ilustram isso.

2
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Legenda: O pontilhado mostra o movimento do centro de massa quando o corpo é movimentado sob a ação da força
indicada na figura.

Arquimedes, há cerca de 2300 anos, já havia observado a relevância do centro de gravidade. Enunciou algumas
proposições a respeito. Dentre elas destacamos uma a título de ilustração:

"Em qualquer figura côncava, o centro de gravidade deve estar dentro da figura."

Vê-se, nesse exemplo, que nem sempre o centro de gravidade pertence ao corpo rígido. Ele pode estar fora do mesmo.

Atrito

Até agora, para calcularmos a força, ou aceleração de um corpo, consideramos que as superfícies por onde este se
deslocava, não exercia nenhuma força contra o movimento, ou seja, quando aplicada uma força, este se deslocaria sem
parar.

Mas sabemos que este é um caso idealizado. Por mais lisa que uma superfície seja, ela nunca será totalmente livre
de atrito.

Sempre que aplicarmos uma força a um corpo, sobre uma superfície, este acabará parando.

É isto que caracteriza a força de atrito:

Se opõe ao movimento;

Depende da natureza e da rugosidade da superfície (coeficiente de atrito);

É proporcional à força normal de cada corpo;

Transforma a energia cinética do corpo em outro tipo de energia que é liberada ao meio.

A força de atrito é calculada pela seguinte relação:

Onde:

μ: coeficiente de atrito (adimensional)

N: Força normal (N)

Atrito Estático e Dinâmico

Quando empurramos um carro, é fácil observar que até o carro entrar em movimento é necessário que se aplique uma
força maior do que a força necessária quando o carro já está se movimentando.

Isto acontece pois existem dois tipo de atrito: o estático e o dinâmico.

Atrito Estático

É aquele que atua quando não há deslizamento dos corpos.


3
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

A força de atrito estático máxima é igual a força mínima necessária para iniciar o movimento de um corpo.

Quando um corpo não está em movimento a força da atrito deve ser maior que a força aplicada, neste caso, é usado no
cálculo um coeficiente de atrito estático: .

Então:

Atrito Dinâmico

É aquele que atua quando há deslizamento dos corpos.

Quando a força de atrito estático for ultrapassada pela força aplicada ao corpo, este entrará em movimento, e
passaremos a considerar sua força de atrito dinâmico.

A força de atrito dinâmico é sempre menor que a força aplicada, no seu cálculo é utilizado o coeficiente de atrito
cinético:

Então:

Física

Torque ou momento de força

A experiência mostra que o efeito de rotação produzido por uma força não depende só do seu valor, mas também do
ponto em que a força é aplicada. Suponha que tenhamos um cilindro pesado de raio R, veja figura ao lado, que pode
girar sobre um eixo. Em quais dos pontos será mais fácil girá-lo aplicando a mesma força F, o da figura A, B, C ou D?
Evidentemente, no caso da figura A não haverá rotação, pois a força F está aplicada sobre o eixo; no caso da figura B a
força F provocará uma rotação e haverá uma aceleração angular αb; no caso da figura C, a força aplicada na extremidade
do raio R, haverá rotação com aceleração αC onde αC > αb , pois neste ponto de aplicação a mesma força F terá menos
esforço para produzir a rotação, pois o ponto de aplicação está mais distante do eixo e, portanto, conseguirá produzir uma
aceleração maior.

Concluímos que o ponto de aplicação é importante. Quanto mais distante do eixo de rotação for aplicada a mesma força,
mais fácil será para provocar uma rotação. Dizemos que o momento da força ou torque foi maior.
No caso da figura d, embora o ponto de aplicação seja o mesmo da figura c, a aceleração é menor, αd < αC , pois a força
não é perpendicular ao raio. Neste caso, a força que está provocando a rotação é uma componente de F, que chamaremos
de F⊥(força perpendicular ao raio) e que é dada por F⊥= F.senθ. Denominaremos momento de uma força F (M) ou
torque (τ) , ao produto que é dado por:

Momento de uma força ou Torque é uma grandeza Vetorial


O torque ou momento é uma grandeza vetorial e, por isto, possui módulo, direção e sentido. A direção é a do eixo de
rotação, o sentido é dado pela regra da mão direita, isto é, com os dedos curvados da mão direita giramos de r para F ao
longo do menor ângulo entre r e F. Veja figura abaixo.
O polegar estendido apontará o sentido do momento da força M (torque). As ilustrações estão nas figuras acima (A, B,
C, D); o torque em (A) é nulo, pois a força não provoca rotação .

4
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Encontraremos,também, a nomenclatura usada para torque como sendo τ =r x F, onde τé uma letra grega chamada de
Tau.
De uma maneira simplificada podemos dizer que, o momento de uma força ou torque é o produto desta força pleo braço,
onde o braço é a distância do ponto de aplicação da força até o eixo de rotação. Lembrando,ainda, que a força tem que
ser perpendicular ao braço.
Exercício/Exemplos
Dados F1 = 50 N, F2 = 10 N e F3 = 40 N, determine os torques, momentos de cada força F, em relação ao ponto P, ou
seja, em relação a um eixo que passa por P.

SOLUÇÃO

τ1P = rxF1 =r1.F1 sen30°= 2m.50N.0,5=50N.m


τ2P = rxF2 =r2.F2 sen0°= 2m.50N.0=0
(A força F2 não produz torque, pois está na mesma direção de r)
τ3P = rxF3 =r3.F3 sen90°=- 2m.40N.1=-80N.m
Este torque terá sinal negativo, pois a rotação provocada pela força é no sentido horário, por convenção, daí o módulo do
torque provocado por uma força será dado por : τ = ± r. F.senθ. Lembrando, novamente, que esta grandeza
física poderá ser representada pela letra M, quando a chamamos de momento de uma força ou ser representada pela
leta τ (Tau) , quando a chamamos de Torque de uma força.
Quando F é perpendicular a r escreveremos, simplesmente, M = ± r. F. , onde r é a distância do ponto de aplicação da
força até o eixo de rotação.
Como vimos podemos representar, também, assim:
τ = r.F ou τ= F.d

Condições de equilíbrio
Para que um corpo rígido esteja em equilíbrio, além de não se mover, este corpo não pode girar. Por isso precisa
satisfazer duas condições:
O resultante das forças aplicadas sobre seu centro de massa deve ser nulo (não se move ou se move com velocidade
constante).
O resultante dos Momentos da Força aplicadas ao corpo deve ser nulo (não gira ou gira com velocidade angular
constante).
Tendo as duas condições satisfeitas, qualquer corpo pode ficar em equilíbrio, como esta caneta:

5
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Exemplo:
(1) Em um circo, um acrobata de 65kg se encontra em um trampolim uniforme de 1,2m, a massa do trampolim é 10kg. A
distância entre a base e o acrobata é 1m. Um outro integrante do circo puxa uma corda presa à outra extremidade do
trampolim, que está a 10cm da base. Qual a força que ele tem de fazer para que o sistema esteja em equilíbrio.

Como o trampolim é uniforme, seu centro de massa é exatamente no seu meio, que está localizado a uma distância de
0,5m da base. Então, considerando cada força:

Pela segunda condição de equilíbrio:

Descrição do movimento
6
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

O movimento uniforme ocorre quando um móvel desloca-se em linha reta e com velocidade constante. No movimento
uniforme, o móvel percorre espaços iguais em intervalos de tempo iguais.
Fórmulas do movimento uniforme
Confira algumas fórmulas utilizadas para descrever o movimento uniforme e entenda o significado de cada uma de suas
variáveis:

S — posição final do móvel


S0 — posição inicial do móvel
v — velocidade do móvel
t — intervalo de tempo

v — velocidade média
ΔS — deslocamento
Δt — intervalo de tempo
Referenciais e classificação do movimento
Para definirmos corretamente o movimento de um corpo, é necessário escolher um referencial. Na Física, entendemos
que referencial é a posição em que o observador se encontra. A figura abaixo mostra alguns veículos que se movem em
diferentes sentidos ao longo da direção horizontal.
O referencial adotado na figura (marcado pelo ponto 0) é onde o observador se encontra. Segundo esse referencial, os
carros, à esquerda, encontram-se em posições negativas, enquanto os carros, à direita, encontram-se
em posições positivas.

O referencial indica o sentido dos movimentos.


É importante perceber que a escolha de outro referencial implicaria a mudança das posições iniciais de cada veículo e
também a classificação dos seus movimentos. A figura abaixo mostra o que o referencial escolhido percebe: para ele, o
carro laranja e o carro prata, à esquerda, afastam-se, enquanto o carro prata, à direita, aproxima-se dele.

Dizemos que, quando um móvel aproxima-se do seu referencial, seu movimento é regressivo. Caso o móvel afaste-se do
seu referencial, seu movimento é progressivo. Além disso, atribuímos ao movimento progressivo o sinal positivo para a
7
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
velocidade. Para o movimento regressivo,utilizamos o sinal negativo, indicando que a distância entre o móvel e seu
referencial diminuicom o tempo.

Velocidade média
A velocidade média de um móvel é dada pela razão do deslocamento (ΔS) no intervalo de tempo em que o movimento
ocorreu. O deslocamento (ΔS), por sua vez, é dado pela diferença entre as posições final e inicial do móvel.

v — velocidade média
ΔS — deslocamento
Δt — intervalo de tempo
Na fórmula da velocidade média, chamamos ΔS de deslocamento. O deslocamento de um móvel pode ser facilmente
calculado se soubermos de onde ele saiu (S0 — posição inicial) eonde ele chegou (Sf —posição final) ao término do
movimento, que é delimitado por um intervalode tempo (Δt), calculado pela diferença de tempo entre
os instantes final e inicial (Δt = tf – t0). Confira essa fórmula, de forma mais detalhada, a seguir:

Unidades de medida da velocidade


A unidade de medida da velocidade, de acordo com o Sistema Internacinal (SI), é o metro porsegundo (m/s). Porém,
existem outras unidades comuns, como o quilômetro por hora (km/h). É fácil convertermos metros por segundo em
quilômetros por hora. Para fazê-lo, basta multiplicarmos ou dividirmos o módulo da velocidade pelo fator 3,6, como
mostra a figura a seguir:

Exemplos:
72 km/h / 3,6 = 20 m/s
108 km/h /3,6 = 30 m/s

Movimento uniformemente variado (MUV)

ambém conhecido como movimento acelerado, consiste em um movimento onde há variação de velocidade, ou seja, o
móvel sofre aceleração à medida que o tempo passa.
Mas se essa variação de velocidade for sempre igual em intervalos de tempo iguais, então dizemos que este é um
Movimento Uniformemente Variado (também chamado de Movimento Uniformemente Acelerado), ou seja, que tem
aceleração constante e diferente de zero.
O conceito físico de aceleração, difere um pouco do conceito que se tem no cotidiano. Na física, acelerar significa
basicamente mudar de velocidade, tanto tornando-a maior, como também menor. Já no cotidiano, quando pensamos em
acelerar algo, estamos nos referindo a um aumento na velocidade.
O conceito formal de aceleração é: a taxa de variação de velocidade numa unidade de tempo, então como unidade
teremos:

Aceleração
Assim como para a velocidade, podemos definir uma aceleração média se considerarmos a variação de velocidade

8
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
em um intervalo de tempo , e esta média será dada pela razão:

Velocidade em função do tempo


No entanto, quando este intervalo de tempo for infinitamente pequeno, ou seja, , tem-se a aceleração
instantânea do móvel.

Isolando-se o :

Mas sabemos que:

Então:

Entretanto, se considerarmos , teremos a função horária da velocidade do Movimento Uniformemente Variado,


que descreve a velocidade em função do tempo [v=f(t)]:

Posição em função do tempo


A melhor forma de demonstrar esta função é através do diagrama velocidade versustempo (v x t) no movimento
uniformemente variado.

O deslocamento será dado pela área sob a reta da velocidade, ou seja, a área do trapézio.

Onde sabemos que:

logo:

9
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

ou

Interpretando esta função, podemos dizer que seu gráfico será uma parábola, pois é resultado de uma função do segundo
grau.
Equação de Torricelli
Até agora, conhecemos duas equações do movimento uniformemente variado, que nos permitem associar velocidade ou
deslocamento com o tempo gasto.
Torna-se prático encontrar uma função na qual seja possível conhecer a velocidade de um móvel sem que o tempo seja
conhecido.
Para isso, usaremos as duas funções horárias que já conhecemos:
(1)

(2)
Isolando-se t em (1):

Substituindo t em (2) teremos:

Reduzindo-se a um denominador comum:

Exemplo:
(UFPE) Uma bala que se move a uma velocidade escalar de 200m/s, ao penetrar em um bloco de madeira fixo sobre um
muro, é desacelerada até parar. Qual o tempo que a bala levou em movimento dentro do bloco, se a distância total
percorrida em seu interior foi igual a 10cm?
Apesar de o problema pedir o tempo que a bala levou, para qualquer uma das funções horárias, precisamos ter a
aceleração, para calculá-la usa-se a Equação de Torricelli.

10
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
Observe que as unidades foram passadas para o SI (10cm=0,1m)

A partir daí, é possível calcular o tempo gasto:

Se largarmos uma pena e uma pedra de uma mesma altura, observamos que a pedra chegará antes ao chão.
Por isso, pensamos que quanto mais pesado for o corpo, mais rápido ele cairá. Porém, se colocarmos a pedra e
a pena em um tubo sem ar (vácuo), observaremos que ambos os objetos levam o mesmo tempo para cair.
Assim, concluímos que, se desprezarmos a resistência do ar, todos os corpos, independente de massa ou
formato, cairão com uma aceleração constante: a aceleração da Gravidade.
Quando um corpo é lançado nas proximidades da Terra, fica então, sujeito à gravidade, que é orientada sempre
na vertical, em direção ao centro do planeta.
O valor da gravidade (g) varia de acordo com a latitude e a altitude do local, mas durante fenômenos de curta duração, é
tomado como constante e seu valor médio no nível do mar é:

g=9,80665m/s²

No entanto, como um bom arredondamento, podemos usar sem muita perda nos valores:

g=10m/s²

Lançamento Vertical

Um arremesso de um corpo, com velocidade inicial na direção vertical, recebe o nome de Lançamento Vertical.
Sua trajetória é retilínea e vertical, e, devido à gravidade, o movimento classifica-se com Uniformemente Variado.
As funções que regem o lançamento vertical, portanto, são as mesmas do movimento uniformemente variado, revistas
com o referencial vertical (h), onde antes era horizontal (S) e com aceleração da gravidade (g).

Sendo que g é positivo ou negativo, dependendo da direção do movimento:

Lançamento Vertical para Cima

g é negativo

Como a gravidade aponta sempre para baixo, quando jogamos algo para cima, o movimento será acelerado
negativamente, até parar em um ponto, o qual chamamos Altura Máxima.

11
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Lançamento Vertical para Baixo


g é positivo
No lançamento vertical para baixo, tanto a gravidade como o deslocamento apontam para baixo. Logo, o movimento é
acelerado positivamente. Recebe também o nome de queda livre.

Exemplo
Uma bola de futebol é chutada para cima com velocidade igual a 20m/s.
(a) Calcule quanto tempo a bola vai demorar para retornar ao solo.
(b) Qual a altura máxima atingida pela bola? Dado g=10m/s².
(a)
Neste exemplo, o movimento é uma combinação de um lançamento vertical para cima + um lançamento vertical para
baixo (que neste caso também pode ser chamado de queda livre). Então, o mais indicado é calcularmos por partes:
Movimento para cima:

Movimento para baixo:

Como não estamos considerando a resistência do ar, a velocidade final será igual à velocidade com que a bola foi
lançada.

12
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Observamos, então, que nesta situação, onde a resistência do ar é desprezada, o tempo de subida é igual ao de decida.

(b)
Sabendo o tempo da subida e a velocidade de lançamento, podemos utilizar a função horária do deslocamento, ou então
utilizar a Equação de Torricelli.

Lembre-se de que estamos considerando apenas a subida, então t=2s

ou

Física

As Leis de Newton são os princípios fundamentais usados para analisar o movimento dos corpos. Juntas, elas formam a
base da fundamentação da mecânica clássica.
As três leis de Newton foram publicadas pela primeira vez em 1687 por Isaac Newton (1643-1727) na obra de três
volumes "Princípios Matemáticos da Filosofia Natural" (Philosophiae Naturalis Principia Mathematica).
Isaac Newton foi um dos mais importantes cientista da história, tendo deixado importantes contribuições, principalmente
na física e na matemática.
Primeira Lei de Newton
A Primeira Lei de Newton é também chamada de "Lei da Inércia" ou "Princípio da Inércia". Inércia é a tendência dos
corpos de permanecerem em repouso ou em movimento retilíneo uniforme (MRU).
Assim, para um corpo sair do seu estado de repouso ou de movimento retilíneo uniforme é necessário que uma força
passe a atuar sobre ele.
Portanto, se a soma vetorial das forças for nula, resultará no equilíbrio das partículas. Por outro lado, se houver forças
resultantes, produzirá variação na sua velocidade.
Quanto maior for a massa de um corpo maior será sua inércia, ou seja, maior será sua tendência de permanecer em
repouso ou em movimento retilíneo uniforme .
Para exemplificar pensemos num ônibus em que o motorista, que está numa determinada velocidade, se depara com um
cão e rapidamente, freia o veículo.
Nesta situação a tendência dos passageiros é continuar o movimento, ou seja são jogados para frente.

13
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Como o cavalo parou bruscamente, por inércia, o cavaleiro foi arremessado.


Segunda Lei de Newton
A Segunda Lei de Newton é o "Princípio Fundamental da Dinâmica" . Nesse estudo, Newton constatou que a força
resultante (soma vetorial de todas as forças aplicadas) é diretamente proporcional ao produto da aceleração de um corpo
pela sua massa:

Onde:
: resultante das forças que agem sobre o corpo
: massa do corpo
: aceleração
No Sistema Internacional (SI) as unidades de medida são:F(força) é indicada em Newton(N); m(massa) em quilograma
(kg) e a (aceleração adquirida) em metros por segundo ao quadrado (m/s²).

Importante ressaltar que a força é um vetor, ou seja, possui módulo, direção e sentido.
Dessa forma, quando várias forças atuam sobre um corpo, elas se somam vetorialmente. O resultado desta soma vetorial
é a força resultante.
A seta acima das letras na fórmula representa que as grandezas força e aceleração são vetores. A direção e o sentido da
aceleração serão os mesmos da força resultante.
Terceira Lei de Newton
A Terceira Lei de Newton é chamada de "Lei da Ação e Reação" ou "Princípio da Ação e Reação" no qual toda força de
ação é correspondida por uma força de reação.
Dessa maneira, as forças de ação e reação, que atuam em pares, não se equilibram, uma vez que estão aplicadas em
corpos diferentes.
Lembrando que essas forças apresentam a mesma intensidade, mesma direção e sentidos opostos.
Para exemplificar, pensemos em dois patinadores parados um de frente para o outro. Se um deles der um empurrão no
outro, ambos irão se mover em sentidos opostos.

14
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

A reação a saída dos gases faz com que o foguete se movimente

Queda dos corpos com atrito e sem atrito

Quando não sabemos qual dos coeficientes de atrito aplicar num determinado problema, usa-se primeiro o coeficiente de
atrito estático para calcular a força de atrito estático máxima e compará-la com a força resultante aplicada no corpo pelo
conjunto das outras forças.
Se a força de atrito estático máxima for maior ou igual do que a força aplicada no corpo, este continua parado.
Se a força de atrito máxima for inferior à força aplicada no corpo, este desloca-se com um movimento acelerado,
conforme o corpo prossegue o seu percurso.
Se o corpo estiver em movimento, a força de atrito é uma força de atrito cinético, aproximadamente constante e pode ser
calculada usando o coeficiente de atrito cinético, do mesmo modo que foi calculada a força de atrito estático máxima.
No caso do movimento dum corpo num fluido (líquido ou gás), as forças de atrito já não são bem descritas por um termo
constante. São forças que dependem da velocidade do corpo (entre outros fatores). Falamos de atrito viscoso, ou de
forças de atrito com intensidade proporcional à velocidade (ou ao quadrado da velocidade, por exemplo). Nestes casos,
uma vez que a força de atrito aumenta de intensidade quando aumenta a velocidade, é de esperar que para uma
velocidade suficientemente elevada, a força de atrito iguala a força resultante aplicada no corpo pelo conjunto das outras
forças, anulado o seu efeito. Nesta situação limite, a aceleração do corpo tende para zero, e a velocidade do corpo tende
para um valor constante, a velocidade limite.
No tópico Transformações de Galileu, foram registradas as posições de uma gota de água da chuva e analisada a sua
trajetória, do ponto de vista do observador, quando este está a andar com movimento considerado retilíneo uniforme.
Um corpo em queda num líquido ou gás (ar, por exemplo), está sujeito também a forças de atrito dependentes da
velocidade, e pode alcançar uma velocidade limite que se mantém constante até o corpo chegar ao solo. O movimento
desse corpo em queda tende portanto a ser rectilíneo e uniforme, sendo verdade que o observador vê o percurso da gota
como sendo inclinado.
As forças de atrito dependentes da velocidade criam uma velocidade limite para cada corpo.
É natural que quando se lança uma barra de aço na vertical, o atrito não seja muito significativo face à aceleração da
gravidade (visto a massa da barra ser grande e a superfície onde actuam as forças de atrito ser pequena) e o movimento
será consequentemente rectilíneo uniformemente acelerado. Pelo contrário, no caso de cair a folha de uma árvore numa
posição horizontal, num dia sem vento, a massa da folha é pequena e a superfície sobre a qual agem as forças de atrito
corresponde a toda a superfície da folha. Logo, a folha atinge depressa a sua velocidade limite sendo então o seu
movimento rectilíneo uniforme.
Quando a velocidade limite é atingida, não existe aceleração e a soma das forças que atuam sobre o corpo é nula. Visto as
forças existentes, no caso da queda com atrito, serem o peso do corpo e a força de atrito, e sendo f o coeficiente de atrito,
vamos ter:
15
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Como se pode medir o peso do corpo e a velocidade limite (dividindo uma distância percorrida pelo corpo pelo tempo
que este leva a percorrê-la), a partir da última equação, pode-se calcular o coeficiente de atrito f:

Movimento de projéteis

Denominamos de movimento dos projéteis ao movimento livre de um corpo lançado num campo gravitacional uniforme,
onde a aceleração da gravidade é constante e vertical, sendo desprezível a resistência do ar.
Quando lançamos um projétil o seu movimento poderá ser sempre decomposto em dois movimentos, sendo um
horizontal e outro vertical.

A aceleração do projétil será apenas a da gravidade.


O movimento horizontal será uniforme uma vez que não existe aceleração com componente horizontal, ou seja
a componente horizontal da velocidade do projétil é constante.
O gráfico velocidade tempo é o mostrado na figura.

O movimento vertical será uniformemente variado com uma aceleração igual à da gravidade.
O gráfico velocidade tempo será o mostrado na figura.

O projétil é lançado de forma que a sua velocidade inicial é inclinada em relação à horizontal.
16
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
A velocidade inicial deverá ser decomposta nas direções horizontal e vertical, como mostra a figura.
vox = vo.cos a
voy = vo.sen a

Como a altura máxima é relativa ao movimento vertical.


A aceleração no movimento vertical é igual a aceleração da gravidade.
Na altura máxima a velocidade vertical é nula.
A altura máxima corresponde à variação de posição vertical ocorrida entre os instantes zero e t, podendo ser avaliada pela
área do triângulo amarelo da figura

Denominamos de alcance A à distância entre a posição de lançamento do projétil e a sua posição ao voltar ao mesmo
nível do lançamento.
O alcance corresponde à distância horizontal percorrida durante o tempo de realização do movimento, isto é, um tempo
igual ao dobro do tempo para atingir a altura máxima, podendo ser avaliado pela área do retângulo amarelo do gráfico v x
t relativo ao movimento horizontal.

17
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Sabemos que o alcance A é igual a A = vox x 2t, onde t = voy / g >>> A = 2.vox.voy / g
Como vox = vo.cos a e voy = vo.sen a o alcance será igual a >>>
A = 2. vo.cos a. vo.sen a / g >>> A = vo2 .2.cos a.sen a / g, como 2.cos a.sen a = sen 2a então
A = ( vo2 / g).sen 2a
O alcance A será máximo quando sen 2a = 1
Amax = vo2 / g
O alcance máximo ocorrerá quando 2a = 90o
a = 45o
Movimento horizontal
O gráfico v x t do movimento está mostrado na figura.

18
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Movimento vertical.
O gráfico v x t do movimento está mostrado na figura.

A ordenada y do projétil ao fim do tempo t após o lançamento é avaliada pela área do trapézio amarelo da figura. Esta
área será calculada pela diferença entre as áreas dos triângulos retângulos de catetos horizontais tmax e t.

Movimentos Circulares
19
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
Grandezas Angulares
As grandezas até agora utilizadas de deslocamento/espaço (s, h, x, y), de velocidade (v) e de aceleração (a), eram úteis
quando o objetivo era descrever movimentos lineares.
Na análise de movimentos circulares, devemos introduzir novas grandezas, que são chamadas grandezas angulares,
medidas sempre em radianos. São elas:
deslocamento/espaço angular: φ (phi)
velocidade angular: ω (ômega)
aceleração angular: α (alpha)
Espaço Angular (φ)
Chama-se espaço angular o espaço do arco formado, quando um móvel encontra-se a uma abertura de ângulo φ qualquer
em relação ao ponto denominado origem.

E é calculado por:
Deslocamento angular (Δφ)
Assim como para o deslocamento linear, temos um deslocamento angular se calcularmos a diferença entre a posição
angular final e a posição angular inicial:

Sendo:

Por convenção:
No sentido anti-horário o deslocamento angular é positivo.
No sentido horário o deslocamento angular é negativo.
Velocidade Angular (ω)
Análogo à velocidade linear, podemos definir a velocidade angular média, como a razão entre o deslocamento angular
pelo intervalo de tempo do movimento:

Sua unidade no Sistema Internacional é: rad/s


Sendo também encontradas: rpm, rev/min, rev/s.
Também é possível definir a velocidade angular instantânea como o limite da velocidade angular média quando o
intervalo de tempo tender a zero:

Aceleração Angular (α)


Seguindo a mesma analogia utilizada para a velocidade angular, definimos aceleração angular média como:

Algumas relações importantes

20
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
Através da definição de radiano dada anteriormente temos que:

mas se isolarmos S:

derivando esta igualdade em ambos os lados em função do tempo obteremos:

mas a derivada da Posição em função do tempo é igual a velocidade linear e a derivada da Posição Angular em função do
tempo é igual a velocidade angular, logo:

onde podemos novamente derivar a igualdade em função do tempo e obteremos:

mas a derivada da velocidade linear em função do tempo é igual a aceleração linear, que no movimento circular é
tangente à trajetória, e a derivada da velocidade angular em função do tempo é igual a aceleração angular, então:

Então:
Linear Angular
S = φR
v = ωR
a = αR
Período e Frequência
Período (T) é o intervalo de tempo mínimo para que um fenômeno ciclico se repita. Sua unidade é a unidade de tempo
(segundo, minuto, hora...)
Frequência(f) é o número de vezes que um fenômeno ocorre em certa unidade de tempo. Sua unidade mais comum é
Hertz (1Hz=1/s) sendo também encontradas kHz, MHz e rpm. No movimento circular a frequência equivale ao número
de rotações por segundo sendo equivalente a velocidade angular.
Para converter rotações por segundo para rad/s:

sabendo que 1rotação = 2πrad,

Movimento Circular Uniforme


Um corpo está em Movimento Curvilíneo Uniforme, se sua trajetória for descrita por um círculo com um "eixo de
rotação" a uma distância R, e sua velocidade for constante, ou seja, a mesma em todos os pontos do percurso.
No cotidiano, observamos muitos exemplos de MCU, como uma roda gigante, um carrossel ou as pás de um ventilador
girando.
Embora a velocidade linear seja constante, ela sofre mudança de direção e sentido, logo existe uma aceleração, mas como
esta aceleração não influencia no módulo da velocidade, chamamos de Aceleração Centrípeta.
Esta aceleração é relacionada com a velocidade angular da seguinte forma:

Sabendo que e que , pode-se converter a função horária do espaço linear para o espaço angular:

21
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

então:

Movimento Circular Uniformemente Variado


Quando um corpo, que descreve trajetória circular, e sofre mudança na sua velocidade angular, então este corpo tem
aceleração angular (α).
As formas angulares das equações do Movimento Curvilíneo Uniformemente Variado são obtidas quando divididas pelo
raio R da trajetória a que se movimenta o corpo.
Assim:
MUV MCUV
Grandezas lineares Grandezas angulares

E, aceleração resultante é dada pela soma vetorial da aceleração tangencial e da aceleração centípeta:

Exemplo:
Um volante circular como raio 0,4 metros gira, partindo do repouso, com aceleração angular igual a 2rad/s².
(a) Qual será a sua velocidade angular depois de 10 segundos?
(b) Qual será o ângulo descrito neste tempo?
(c) Qual será o vetor aceleração resultante?
(a) Pela função horária da velocidade angular:

(b) Pela função horária do deslocamento angular:

(c) Pelas relações estabelecidas de aceleração tangencial e centrípeta:

22
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Pêndulo simples

Um pêndulo é um sistema composto por uma massa acoplada a um pivô, que permite sua movimentação livremente. A
massa fica sujeita à força restauradora causada pela gravidade.
Existem inúmeros pêndulos estudados por físicos, já que estes descrevem-no como um objeto de fácil previsão de
movimentos e que possibilitou inúmeros avanços tecnológicos. Alguns deles são os pêndulos físicos, de torção, cônicos,
de Foucalt, duplos, espirais, de Karter e invertidos. Mas o modelo mais simples e que tem maior utilização é o pêndulo
simples.
Este pêndulo consiste em uma massa presa a um fio flexível e inextensível por uma de suas extremidades e livre por
outra, representado da seguinte forma:

Quando afastamos a massa da posição de repouso e a soltamos, o pêndulo realiza oscilações. Ao desconsiderarmos a
resistência do ar, as únicas forças que atuam sobre o pêndulo são a tensão com o fio e o peso da massa m. Desta forma:

23
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

A componente da força Peso que é dado por P.cosθ se anulará com a força de Tensão do fio, sendo assim, a única causa
do movimento oscilatório é a P.senθ. Então:

No entanto, o ângulo θ, expresso em radianos que por definição é dado pelo quociente do arco descrito pelo ângulo, que
no movimento oscilatório de um pêndulo é x e o raio de aplicação do mesmo, no caso, dado por ℓ, assim:

Onde ao substituirmos em F:

Assim é possível concluir que o movimento de um pêndulo simples não descreve um MHS, já que a força não é

proporcional à elongação e sim ao seno dela. No entanto, para ângulos pequenos, , o valor do seno do ângulo
é aproximadamente igual a este ângulo.
Então, ao considerarmos os caso de pequenos ângulos de oscilação:

Como P=mg, e m, g e ℓ são constantes neste sistema, podemos considerar que:

Então, reescrevemos a força restauradora do sistema como:

Sendo assim, a análise de um pêndulo simples nos mostra que, para pequenas oscilações, um pêndulo simples descreve
um MHS.
Como para qualquer MHS, o período é dado por:

e como

Então o período de um pêndulo simples pode ser expresso por:

24
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Movimento dos planetas

Os planetas estão muito mais próximos de nós do que as estrelas, de forma que eles parecem se mover, ao longo do ano,
entre as estrelas de fundo. Esse movimento se faz, geralmente, de oeste para leste (não confundir com o movimento
diurno, que é sempre de leste para oeste!), mas em certas épocas o movimento muda, passando a ser de leste para
oeste. Esse movimento retrógrado pode durar vários meses (dependendo do planeta), até que fica mais lento e o planeta
reverte novamente sua direção, retomando o movimento normal. O movimento observado de cada planeta é uma
combinação do movimento do planeta em torno do Sol com o movimento da Terra em torno do Sol, e é simples de
explicar quando sabemos que a Terra está em movimento, mas fica muito difícil de descrever num sistema em que a
Terra esteja parada.
Força gravitacional
Ao estudar o movimento da Lua, Newton concluiu que a força que faz com que ela esteja constantemente em órbita é do
mesmo tipo que a força que a Terra exerce sobre um corpo em suas proximidades. A partir daí criou a Lei da Gravitação
Universal.
Lei da Gravitação Universal de Newton:
"Dois corpos atraem-se com força proporcional às suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que
separa seus centros de gravidade."

Onde:
F=Força de atração gravitacional entre os dois corpos
G=Constante de gravitação universal

M e m = massa dos corpos


d=distância entre os centros de gravidade dos corpos.
Nas proximidades da Terra a aceleração da gravidade varia, mas em toda a Litosfera (camada em que há vida) esta pode
ser considerada constante, seus valores para algumas altitudes determinadas são:

Altitude (km) Aceleração da Gravidade (m/s²) Exemplo de altitude


0 9,83 nível do mar
8,8 9,80 cume do Monte Everest
36,6 9,71 maior altura atingida por balão tripulado
400 8,70 órbita de um ônibus espacial
35700 0,225 satélite de comunicação

Quando o ser humano iniciou a agricultura, ele necessitou de uma referência para identificar as épocas de plantio e
25
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
colheita.
Ao observar o céu, os nossos ancestrais perceberam que alguns astros descrevem um movimento regular, o que propiciou
a eles obter uma noção de tempo e de épocas do ano.
Primeiramente, foi concluído que o Sol e os demais planetas observados giravam em torno da Terra. Mas este modelo,
chamado de Modelo Geocêntrico, apresentava diversas falhas, que incentivaram o estudo deste sistema por milhares de
anos.
Por volta do século XVI, Nicolau Copérnico (1473-1543) apresentou um modelo Heliocêntrico, em que o Sol estava no
centro do universo, e os planetas descreviam órbitas circulares ao seu redor.
No século XVII, Johanes Kepler (1571-1630) enunciou as leis que regem o movimento planetário, utilizando anotações
do astrônomo Tycho Brahe (1546-1601).
Kepler formulou três leis que ficaram conhecidas como Leis de Kepler.

1ª Lei de Kepler - Lei das Órbitas


Os planetas descrevem órbitas elipticas em torno do Sol, que ocupa um dos focos da elipse.

2ª Lei de Kepler - Lei das Áreas


O segmento que une o sol a um planeta descreve áreas iguais em intervalos de tempo iguais.

26
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

3ª Lei de Kepler - Lei dos Períodos


O quociente dos quadrados dos períodos e o cubo de suas distâncias médias do sol é igual a uma constante k, igual a
todos os planetas.

Tendo em vista que o movimento de translação de um planeta é equivalente ao tempo que este demora para percorrer
uma volta em torno do Sol, é fácil concluirmos que, quanto mais longe o planeta estiver do Sol, mais longo será seu
período de translação e, em consequência disso, maior será o "seu ano".
No estudo de astronomia muitas vezes as unidades do Sistema Internacional (SI) são ineficientes pois as distâncias que
devem ser expressas são muito grandes.

Por exemplo: A distância da Terra até Marte é de cerca de 75 milhões de quilômetros, que no SI é expresso por 75 000
000 000 metros.

Devido à necessidade de unidades mais eficientes são utilizadas: Unidade Astronômica (UA), Anos-luz (AL) e Parsec
(Pc).
Unidade Astronômica (UA)
É a distância média entre a Terra e o Sol. É empregada principalmente para descrever órbitas e distâncias dentro do
Sistema Solar.

27
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

O tamanho médio da órbita dos planetas do Sistema Solar, ou seja, sua distância ao Sol é:
Planeta Distância ao Sol (UA)
Mercúrio 0,39
Vênus 0,72
Terra 1,00
Marte 1,52
Júpter 5,20
Saturno 9,53
Urano 19,10
Netuno 30,00
Ano-Luz (al)

É a distância percorrida pela luz, no vácuo, no tempo de 1 ano terrestre.


Sendo a velocidade da luz c = 299 792,458 km/s, temos que:
1 al = 9 460 536 207 068 016 m = 63241,07710 UA

A estrela mais próxima do Sol é chamada Próxima Centauri, localizada na constelação de Centauro. A sua distância ao
Sol é de 4,22 al
Parsec (Pc)
É a distância na qual 1 UA é representada por 1'' (1 segundo de arco), em uma medição por paralaxe.

Esta unidade é usada para distância muito grandes, como a distância entre estrelas, entre galáxias ou de objetos muito
distantes, como quasares.

Oscilador harmônico simples

O movimento harmônico simples é definido como aquele no qual a força que atua sobre a partícula tem a forma
F(x) = -k x .

Um exemplo simples desse tipo de força ocorre no caso em que procuramos deformar uma substância elástica. Enquanto
a deformação não for muito grande a força é proporcional ao deslocamento (ou à deformação imposta), mas atua sempre
no sentido contrário ao dele. É uma tendência ou reação natural, no sentido de buscar a restauração da forma original. Por
isso k é sempre referido como a constante elástica.
28
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
Podemos encontrar uma solução da equação acima pelo método da tentativa e erro. Sabemos que a função é tal
que

Portanto a expressão acima nos sugere buscar uma solução para da forma
.

Substituindo em constataremos que, de fato é uma solução se

.
A solução encontrada demonstra que o valor máximo do deslocamento (xm) é
xm = A .
A é portanto a amplitude do movimento. A constante é uma fase, por enquanto, arbitrária.

Note-se que o movimento nesse caso é periódico. O período é determinado a partir da condição:
x(t + T) = x(t) .
De segue que

Portanto, o período do movimento harmônico simples é .


A freqüência, sendo o inverso do período será dada por

As constantes A e podem ser determinadas a partir das condições iniciais. Isto é, a partir da posição e da velocidade
iniciais

X(0) = X0 e V0 = V0

Notemos primeiramente que a velocidade da partícula no movimento harmônico simples será dada por

29
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Portanto, a velocidade máxima (ou mínima) da partícula será dada pelo produto da amplitude pela freqüência angular:
.
A velocidade máxima (ou mínima) ocorre nos pontos onde x = 0.

A aceleração será, de

Como esperado, obtemos de e que

.
Estamos agora em condições de determinar a amplitude e a fase em função de v0 e x0. De
segue que
.

De segue que
.
Portanto, a amplitude pode ser determinada, por exemplo, a partir das condições iniciais. De
e segue que

.
e

30
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Conservação de Energia
A energia mecânica de um corpo é igual a soma das energias potenciais e cinética dele.
Então:

Qualquer movimento é realizado através de transformação de energia, por exemplo, quando você corre, transforma a
energia química de seu corpo em energia cinética. O mesmo acontece para a conservação de energia mecânica.
Podemos resolver vários problemas mecânicos conhecendo os princípios de conservação de energia.
Por exemplo, uma pedra que é abandonada de um penhasco. Em um primeiro momento, antes de ser abandonada, a pedra
tem energia cinética nula (já que não está em movimento) e energia potencial total. Quando a pedra chegar ao solo, sua
energia cinética sera total, e a energia potencial nula (já que a altura será zero).
Dizemos que a energia potencial se transformou, ou se converteu, em energia cinética.
Quando não são consideradas as forças dissipativas (atrito, força de arraste, etc.) a energia mecânica é conservada, então:

Para o caso de energia potencial gravitacional convertida em energia cinética, ou vice-versa:

Para o caso de energia potencial elástica convertida em energia cinética, ou vice-versa:

Exemplos:
1) Uma maçã presa em uma macieira a 3 m de altura se desprende. Com que velocidade ela chegará ao solo?

2) Um bloco de massa igual a 10kg se desloca com velocidade constante igual a 12m/s, ao encontrar uma mola de
constante elástica igual a 2000N/m este diminui sua velocidade até parar, qual a compressão na mola neste momento?

31
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Trabalho e potência de uma força


Na Física, o termo trabalho é utilizado quando falamos no Trabalho realizado por uma força, ou seja, o Trabalho
Mecânico. Uma força aplicada em um corpo realiza um trabalho quando produz um deslocamento no corpo.
Utilizamos a letra grega tau minúscula ( ) para expressar trabalho.
A unidade de Trabalho no SI é o Joule (J)
Quando uma força tem a mesma direção do movimento o trabalho realizado é positivo: >0;
Quando uma força tem direção oposta ao movimento o trabalho realizado é negativo: <0.
O trabalho resultante é obtido através da soma dos trabalhos de cada força aplicada ao corpo, ou pelo cálculo da força
resultante no corpo.

Força paralela ao deslocamento


Quando a força é paralela ao deslocamento, ou seja, o vetor deslocamento e a força não formam ângulo entre si,
calculamos o trabalho:

Exemplo:
Qual o trabalho realizado por um força aplicada a um corpo de massa 5kg e que causa um aceleração de 1,5m/s² e se
desloca por uma distância de 100m?

Força não-paralela ao deslocamento


Sempre que a força não é paralela ao deslocamento, devemos decompor o vetor em suas componentes paralelas e
perpendiculares:

Considerando a componente perpendicular da Força e a componente paralela da força.

32
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
Ou seja:

Quando o móvel se desloca na horizontal, apenas as forças paralelas ao deslocamento produzem trabalho. Logo:

Exemplo:
Uma força de intensidade 30N é aplicada a um bloco formando um ângulo de 60° com o vetor deslocamento, que tem
valor absoluto igual a 3m. Qual o trabalho realizado por esta força?

Podemos considerar sempre este caso, onde aparece o cosseno do ângulo, já que quando a força é paralela ao
deslocamento, seu ângulo é 0° e cos0°=1, isto pode ajudar a entender porque quando a força é contrária ao deslocamento
o trabalho é negativo, já que:
O cosseno de um ângulo entre 90° e 180° é negativo, sendo cos180°=-1
Trabalho de uma força variável
Para calcular o trabalho de uma força que varia devemos empregar técnicas de integração, que é uma técnica matemática
estudada no nível superior, mas para simplificar este cálculo, podemos calcular este trabalho por meio do cálculo da área
sob a curva no diagrama
Calcular a área sob a curva é uma técnica válida para forças que não variam também.

Trabalho da força Peso


Para realizar o cálculo do trabalho da força peso, devemos considerar a trajetória como a altura entre o corpo e o ponto de
origem, e a força a ser empregada, a força Peso.
Então:

Potência de uma força


33
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

A potência de uma força corresponde à rapidez com que o trabalho é realizado, ou seja, com que a energia é
transformada.

Assim, definimos potência média (Pm) como sendo a grandeza escalar fornecida pelarelação:

onde W é o trabalho (medido,no SI, em J) realizado no intervalo de tempo ∆t (medido, no SI, em s).
A unidade de potência no sistema internacional de unidades (SI) é o watt (W) em homenagem a James Watt e que
é definida como a potência de um sistema capaz de realizar um trabalho de um joule (1 J) em um segundo (1s).

O que você deve saber, informações e dicas

Característica do gráfico da potência em função do tempo

Relação entre potência média (Pm) e velocidade média (Vm)


Considere uma força constante de intensidade F realizando um trabalho W numdeslocamento d, de modo que a direção
de F forme um ângulo α com a direção do deslocamento.

34
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

A potência instantânea Po é obtida substituindo-se a velocidade média Vm pela instantânea V —


Po = F.V

Rendimento de uma máquina

Considere uma determinada máquina realizando certo trabalho. A potência útil (Pu) é a potência que a máquina utiliza
na realização de um trabalho externo; apotência dissipada (Pd) corresponde à potência não aproveitada, transformada no
interior da máquina em energia térmica (calor).

Para poder realizar o trabalho útil (externo), a máquina deve receber uma potência total (Pt),que deve valer: Pt = Pd + Pu.
Portanto, da potência total fornecida à máquina só uma porcentagem, potência útil é aproveitada, pois parte dela é
perdida (potência dissipada). Assim, rendimento ( η – letra grega eta) de uma máquina é sua capacidade de realização de
determinado trabalho e é definido como sendo a razão entre a potência útil (Pu) e a potência total (Pt):

Então, por exemplo, se o motor de um carro estiver bem regulado ele apresentará maior rendimento, percorrendo
uma distancia maior com a mesma quantidade de combustível queoutro carro de mesmas características, mas com o
motor desregulado.
Como o rendimento é uma relação entre duas grandezas de mesmas unidades, elas se cancelam e ele não terá unidade
(grandeza adimensional).
Sendo Pu sempre menor que Pt, η sempre será menor que 1, que normalmente émultiplicado por 100, sendo assim
expresso em porcentagem.

Energia potencial gravitacional

Energia potencial gravitacional é a energia que o corpo possui devido a atração gravitacional da Terra.
Desta forma, a energia potencial gravitacional depende da posição do corpo em relação a um nível de referência.
Fórmula
A energia potencial gravitacional é representada por Epg.
Pode ser calculada pelo trabalho que o peso deste corpo realiza sobre ele, quando cai de uma posição inicial até um ponto
de referência.
Como o trabalho da força peso (Tp) é dado por:
Tp = m . g . h e Tp = Epg
Logo,
35
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
Epg = m . g . h
Sendo,
m o valor da massa do corpo. A unidade de medida da massa no sistema internacional (SI) é kg.
g o valor da aceleração da gravidade local. Sua unidade de medida no SI é m/s2.
h o valor da distância do corpo em relação a um nível de referência. Sua unidade no SI é m.
Usando as unidades acima, temos que a Epg é dada pela unidade kg.m/s2.m. Chamamos essa unidade de joule e usamos a
letra J para representá-la.
Podemos concluir, através da fórmula, que quanto maior a massa de um corpo e a sua altura, maior será sua energia
potencial gravitacional.
A energia potencial gravitacional, junto com a energia cinética e a energia potencial elásticacompõem o que chamamos
de energia mecânica.
Exemplo
Um vaso com uma flor está em uma varanda, no segundo andar de um prédio (ponto A). Sua altura em relação ao chão é
de 6,0 m e sua massa é igual a 2,0 kg.

Considere a aceleração da gravidade local igual 10 m/s2. Responda:


a) Qual o valor da energia potencial gravitacional do vaso nesta posição?
Sendo,
m = 2,0 kg
ha = 6,0 m
g = 10 m/s2
Substituindo os valores, temos:
Epga = 2,0 . 6,0 . 10 = 120 J
b) O cabo que sustenta o vaso arrebenta e ele começa a cair. Qual o valor da sua energia potencial gravitacional, ao
passar pela janela do primeiro andar (ponto B da figura)?
Primeiro calculamos a distância, em relação ao solo, do ponto B
h b = 3,0 – 0,2 = 2,8 m
Substituindo os valores, temos:
Epgb = 2,0 . 2,8 . 10 = 56 J
c) Qual o valor da energia potencial gravitacional do vaso, ao atingir o solo (ponto C)?
No ponto C a sua distância em relação ao solo é igual a zero.
Sendo assim:
Epgc = 2,0 . 0 . 10 = 0

Energia eletrostática

Imagine um campo elétrico gerado por uma carga Q, ao ser colocada um carga de prova q em seu espaço de atuação
podemos perceber que, conforme a combinação de sinais entre as duas cargas, esta carga q, será atraída ou repelida,
adquirindo movimento, e conseqüentemente Energia Cinética.
Lembrando da energia cinética estudada em mecânica, sabemos que para que um corpo adquira energia cinética é
36
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
necessário que haja uma energia potencial armazenada de alguma forma. Quando esta energia está ligada à atuação de
um campo elétrico, é chamada Energia Potencial Elétrica ou Eletrostática, simbolizada por .

A unidade usada para a é o joule (J).


Pode-se dizer que a carga geradora produz um campo elétrico que pode ser descrito por uma grandeza chamada Potencial
Elétrico (ou eletrostático).
De forma análoga ao Campo Elétrico, o potencial pode ser descrito como o quociente entre a energia potencial elétrica e
a carga de prova q. Ou seja:

Logo:

A unidade adotada, no SI para o potencial elétrico é o volt (V), em homenagem ao físico italiano Alessandro Volta, e a
unidade designa Joule por coulomb (J/C).
Quando existe mais de uma partícula eletrizada gerando campos elétricos, em um ponto P que está sujeito a todas estes
campos, o potencial elétrico é igual à soma de todos os potenciais criados por cada carga, ou seja:

Uma maneira muito utilizada para se representar potenciais é através de equipotenciais, que são linhas ou superfícies
perpendiculares às linhas de força, ou seja, linhas que representam um mesmo potencial.
Para o caso particular onde o campo é gerado por apenas uma carga, estas linhas equipotenciais serão circunferências, já
que o valor do potencial diminui uniformemente em função do aumento da distância (levando-se em conta uma
representação em duas dimensões, pois caso a representação fosse tridimensional, os equipotenciais seriam representados
por esferas ocas, o que constitui o chamado efeito casca de cebola, onde quanto mais interna for a casca, maior seu
potencial).

37
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Energia Elástica
Energia potencial elástica é a energia associada as propriedades elásticas de uma mola.
Um corpo possui a capacidade de produzir trabalho quando está ligado a extremidade comprimida ou esticada de uma
mola.
Sendo assim, possui energia potencial, visto que o valor dessa energia depende da sua posição.
Fórmula
A energia potencial elástica é igual ao trabalho da força elástica que a mola exerce sobre um corpo.
Como o valor do trabalho da força elástica é igual, em módulo, a área do gráfico Fel X d (área do triângulo), temos:

Então, como Tfe = Epe a fórmula para o cálculo da força elástica será:

Sendo,
K a constante elástica da mola. Sua unidade no sistema internacional (SI) é N/m ( newton por metro ).
X deformação da mola. Indica quanto que a mola foi comprimida ou esticada. Sua unidade no SI é o m ( metro ).
Epe energia potencial elástica. Sua unidade no SI é J ( joule ).
Quanto maior for o valor da constante elástica da mola e a sua deformação, maior será a energia armazenada no corpo
(Epe).
Transformação da energia potencial elástica
A energia potencial elástica somada a energia cinética e a energia potencial gravitacionalrepresentam a energia
mecância de um corpo em um dado instante.
Sabemos que em sistemas conservativos a energia mecânica é constante.
Nesses sistemas, ocorre a transformação de um tipo de energia para outro tipo de energia, de forma que o seu valor total
permaneça o mesmo.
Exemplo
O bungee jump é um exemplo do uso prático da transformação da energia potencial elástica.

38
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Salto de bungee jump - exemplo de transformação de energia

Neste esporte radical, amarra-se uma corda elástica em uma pessoa e esta salta de uma determinada altura.
Antes de saltar, a pessoa possui energia potencial gravitacional, pois está a uma certa altura do chão.
Ao cair, a energia armazenada vai se transformando em energia cinética e vai esticando a corda.

Conservação do momentum linear

Também chamada de momento linear, a quantidade de movimento é a grandeza vetorialque resulta do produto
da velocidade do corpo por sua massa. Essa grandeza deve ser conservada para um sistema livre da ação de forças
externas.
Forças externas e internas
Um sistema é o conjunto de corpos que são objetos de estudo. Qualquer ação de um agente externo sobre um corpo que
constitui o sistema é definida como força externa. As forças de interação entre os corpos que constituem o sistema são
determinadas como forças internas. Em uma colisão entre dois veículos, por exemplo, os móveis são considerados como
o sistema, e as forças geradas a partir da colisão são forças internas, existentes por meio da interação entre os objetos
constituintes do sistema.
Teorema do Impulso e Conservação da Quantidade de Movimento
O impulso (I) é a grandeza vetorial que resulta do produto da força aplicada sobre um objeto (força externa) pelo tempo
de aplicação da força. Sendo assim, podemos escrever:
I = F. Δt
O chamado Teorema do Impulso mostra que essa grandeza é igual à variação da quantidade de movimento.
I = ΔQ
I = QFINAL – QINICIAL
Um sistema só é considerado conservativo se não existir ação de forças externas, portanto, para um sistema conservativo,
o impulso é nulo. Tendo isso em vista, podemos escrever que a quantidade de movimento final de um sistema deve ser
exatamente igual à sua quantidade de movimento inicial.
I = QFINAL – QINICIAL
0 = QFINAL – QINICIAL
QFINAL = QINICIAL
A partir do entendimento de que a quantidade de movimento de um sistema é conservada, pode-se compreender inúmeras
situações. Um exemplo é a possibilidade de determinação da velocidade de recuo de uma arma após disparar um projétil.

39
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Sempre após o disparo de um projétil, a arma, de qualquer tipo, vem de encontro ao atirador com uma velocidade
denominada de velocidade de recuo. A determinação dessa velocidade é feita a partir da conservação da quantidade de
movimento do sistema arma+bala.

Exemplo
Imagine um projétil de 20 g (20 x 10 – 3 kg) que saiu de uma espingarda de 5 kg com velocidade de 500 m/s. Qual seria a
velocidade de recuo da espingarda?
Podemos entender que, inicialmente, o sistema espingarda+bala está parado, logo, a quantidade de movimento inicial é
nula. Após o disparo, bala e espingarda apresentam velocidades com sentidos opostos. Adotando o sentido da bala como
positivo,podemos escrever:
QFINAL = QINICIAL
QBALA – QESP = 0
O sinal deve ser negativo para a quantidade de movimento da espingarda, pois ela se encontra em sentido contrário
àquele adotado como positivo. Sabendo que a quantidade de movimento é o produto da massa pela velocidade,
escrevemos:
QBALA – QESP. = 0
QBALA = QESP
MBALA.VBALA = MESP . VESP
20 . 10 – 3 . 500 = 5 . VESP
0,02 . 500 = 5 . VESP
10 = 5 . VESP
VESP = 2 m/s

Sendo assim, após o disparo, a velocidade de recuo da espingarda é de 2 m/s (7,2 km/h).

Colisões

A aplicação imediata dos conceitos de quantidade de movimento e impulso, e do teorema do impulso é no estudo do
choque entre corpos. Em qualquer choque entre dois ou mais corpos, se considerarmos o sistema composto apenas por
eles ‒ portanto, sem a existência de forças externa ao sistema ‒ haverá sempre a conservação da quantidade de
movimento.
No entanto, diferentes situações podem ocorrer:
Quando, por exemplo, dois corpos se chocam e continuam o movimento unidos, verifica-se o chamado choque
perfeitamente inelástico. Neste caso, embora a quantidade de movimento se conserve, existe uma significativa perda de
energia cinética do sistema.
Se, por outro lado, o choque ocorre sem deformações permanentes, pode ser classificado como choque perfeitamente
elástico. Neste caso existe a conservação da quantidade de movimento bem como da energia cinética do sistema.
Existem ainda os choques parcialmente elásticos, que abrangem toda a gama de possibilidades entre os extremos do
choque elástico e do inelástico.
4.1. Coeficiente de Restituição
40
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
Para o estudo dos choques definimos o conceito de coeficiente de restituição.

O numerador representa a velocidade de afastamento entre os corpos (ou seja, a velocidade com que se afastam um em
relação ao outro). O denominador representa a velocidade de aproximação relativa entre eles.
No choque perfeitamente elástico, não havendo deformações permanentes, a velocidade de afastamento será igual à de
aproximação e, portanto, o coeficiente de restituição será e = 1.
No choque perfeitamente inelástico, os corpos permanecem unidos, portanto não se afastam um do outro. A velocidade
de afastamento é zero e, portanto, o coeficiente de restituição será e = 0.
Nos choques parcialmente elásticos a velocidade de afastamento será sempre menor que a de aproximação. Portanto, de
maneira geral, teremos um valor do coeficiente de restituição compreendido entre zero e um, ou 0 < e < 1.

Propriedades dos fluidos

Fluido

Fluido é uma substância que tem a capacidade de escoar. Quando um fluido é submetido a uma força tangencial,
deforma-se de modo contínuo, ou seja, quando colocado em um recipiente qualquer, o fluido adquire o seu formato.
Podemos considerar como fluidos líquidos e gases.
Particularmente, ao falarmos em fluidos líquidos, devemos falar em sua viscosidade, que é a atrito existente entre suas
moléculas durante um movimento. Quanto menor a viscosidade, mais fácil o escoamento do fluido.

Pressão

Ao observarmos uma tesoura, vemos que o lado onde ela corta, a lâmina, é mais fina que o restante da tesoura. Também
sabemos que quanto mais fino for o que chamamos o "fio da tesoura", melhor esta irá cortar.
Isso acontece, pois ao aplicarmos uma força, provocamos uma pressão diretamente proporcional a esta força e
inversamente proporcional a área da aplicação.
No caso da tesoura, quanto menor for o "fio da tesoura" mais intensa será a pressão de uma força nela aplicada.
A unidade de pressão no SI é o Pascal (Pa), que é o nome adotado para N/m².
Matematicamente, a pressão média é igual ao quociente da resultante das forças perpendiculares à superfície de aplicação
e a área desta superfície.

Sendo:
p= Pressão (Pa)
F=Força (N)
A=Área (m²)

Exemplo:

Uma força de intensidade 30N é aplicada perpendicularmente à superfície de um bloco de área 0,3m², qual a pressão
exercida por esta força?

41
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Densidade
Quando comparamos dois corpos formados por materiais diferentes, mas com um mesmo volume, quando dizemos que
um deles é mais pesado que o outro, na verdade estamos nos referindo a sua densidade. A afirmação correta seria que um
corpo é mais denso que o outro.
A unidade de densidade no SI é kg/m³.
A densidade é a grandeza que relaciona a massa de um corpo ao seu volume.

Onde:
d=Densidade (kg/m³)
m=Massa (kg)
V=Volume (m³)
Exemplo:
Qual a massa de um corpo de volume 1m³, se este corpo é feito de ferro?
Dado: densidade do ferro=7,85g/cm³
Convertendo a densidade para o SI:

Da mesma forma como os corpos sólidos, os fluidos também exercem pressão sobre outros, devido ao seu peso.
Para obtermos esta pressão, consideremos um recipiente contendo um líquido de densidade d que ocupa o recipiente até
uma altura h, em um local do planeta onde a aceleração da gravidade é g.
A Força exercida sobre a área de contato é o peso do líquido.

como:
a massa do líquido é:

mas , logo:

Ou seja, a pressão hidrostática não depende do formato do recipiente, apenas da densidade do fluido, da altura do ponto
onde a pressão é exercida e da aceleração da gravidade.

Pressão atmosférica

42
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
Atmosfera é uma camada de gases que envolve toda a superfície da Terra.
Aproximadamente todo o ar presente na Terra está abaixo de 18000 metros de altitude. Como o ar é formado por
moléculas que tem massa, o ar também tem massa e por consequência peso.
A pressão que o peso do ar exerce sobre a superfície da Terra é chamada Pressão Atmosférica, e seu valor depende da
altitude do local onde é medida.
Quanto maior a altitude menor a pressão atmosférica e vice-versa.

Seja um líquido qualquer de densidade d em um recipiente qualquer.


Escolhemos dois pontos arbitrários R e T.

As pressões em Q e R são:

A diferença entre as pressões dos dois pontos é:

Teorema de Stevin:
"A diferença entre as pressões de dois pontos de um fluido em equilíbrio é igual ao produto entre a densidade
do fluido, a aceleração da gravidade e a diferença entre as profundidades dos pontos."

Através deste teorema podemos concluir que todos os pontos a uma mesma profundidade, em um fluido homogêneo (que
tem sempre a mesma densidade) estão submetidos à mesma pressão.
Quando aplicamos uma força a um líquido, a pressão causada se distribui integralmente e igualmente em todas as
direções e sentidos.
Pelo teorema de Stevin sabemos que:

Então, considerando dois pontos, A e B:

43
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
Ao aplicarmos uma força qualquer, as pressões no ponto A e B sofrerão um acréscimo:

Se o líquido em questão for ideal, ele não sofrerá compressão, então a distância h, será a mesma após a aplicação da
força.
Assim:

Teorema de Pascal:
"O acréscimo de pressão exercida num ponto em um líquido ideal em equilíbrio se transmite integralmente a todos os
pontos desse líquido e às paredes do recipiente que o contém."
Prensa hidráulica
Uma das principais aplicações do teorema de Pascal é a prensa hidráulica.
Esta máquina consiste em dois cilindros de raios diferentes A e B, interligados por um tubo, no seu interior existe um
líquido que sustenta dois êmbolos de áreas diferentes e .
Se aplicarmos uma força de intensidade F no êmbolo de área , exerceremos um acréscimo de pressão sobre o líquido
dado por:

Pelo teorema de Pascal, sabemos que este acréscimo de pressão será transmitido integralmente a todos os pontos do
líquido, inclusive ao êmbolo de área , porém transmitindo um força diferente da aplicada:

Como o acréscimo de pressão é igual para ambas as expressões podemos igualá-las:

Exemplo:
Considere o sistema a seguir:

Dados:

44
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
Qual a força transmitida ao êmbolo maior?

Ao entrarmos em uma piscina, nos sentimos mais leves do que quando estamos fora dela.
Isto acontece devido a uma força vertical para cima exercida pela água a qual chamamos Empuxo, e a representamos
por .
O Empuxo representa a força resultante exercida pelo fluido sobre um corpo. Como tem sentido oposto à força Peso,
causa o efeito de leveza no caso da piscina.
A unidade de medida do Empuxo no SI é o Newton (N).

Princípio de Arquimedes
Foi o filósofo, matemático, físico, engenheiro, inventor e astrônomo grego Arquimedes (287a.C. - 212a.C.) quem
descobriu como calcular o empuxo.
Arquimedes descobriu que todo o corpo imerso em um fluido em equilíbrio, dentro de um campo gravitacional, fica sob a
ação de uma força vertical, com sentido oposto à este campo, aplicada pelo fluido, cuja intensidade é igual a intensidade
do Peso do fluido que é ocupado pelo corpo.
Assim:

onde:
=Empuxo (N)
=Densidade do fluido (kg/m³)
=Volume do fluido deslocado (m³)
g=Aceleração da gravidade (m/s²)
Exemplo:
Em um recipiente há um líquido de densidade 2,56g/cm³. Dentro do líquido encontra-se um corpo de volume 1000cm³,
que está totalmente imerso. Qual o empuxo sofrido por este corpo? Dado g=10m/s²

45
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Peso aparente
Conhecendo o princípio de Arquimedes podemos estabelecer o conceito de peso aparente, que é o responsável, no
exemplo dado da piscina, por nos sentirmos mais leves ao submergir.
Peso aparente é o peso efetivo, ou seja,aquele que realmente sentimos. No caso de um fluido:

Fenômenos térmicos

Interação térmica

Através da nossa experiência cotidiana, que dois ou mais sistemas com temperaturas diferentes colocados em contato
tendem a atingir um estado de equilíbrio onde as temperaturas são iguais, o que chamamos de equilíbrio térmico.
Notamos isso quando retiramos algo da geladeira e, após algum tempo, este se encontra mais quente. Ou quando
misturamos duas porções de água a temperaturas distintas (uma quente e outra gelada, por exemplo) e ficamos com uma
amostra de água com temperatura intermediária (água morna). Para que possamos interpretar corretamente esses fatos,
precisamos lembrar que a temperatura é um valor relacionado ao valor médio da energia das partículas de um sistema.
Desta forma, um material mais quente que outro possui mais energia térmica média. Mas, após algum tempo de
interação, ao atingir o equilíbrio térmico ambos passam a ter o mesmo valor de energia térmica média! Isso pode ser
explicado da seguinte forma: parte da energia do corpo mais quente flui para o corpo mais frio. A esse fluxo de energia
chamaremos de CALOR. Desta forma, podemos definir o calor assim:
Calor é um fluxo de energia, ou energia em trânsito, que se manifesta quando existem dois ou mais sistemas com
temperaturas diferentes e que flui, espontaneamente, dos corpos mais quentes para os mais frios, até que se atinja o
equilíbrio térmico ou que a interação entre eles seja desfeita.
Logo, calor não é algo que um corpo possua ou armazene. Um corpo quente não é um corpo que possui muito calor, mas
sim um corpo com muita energia térmica média. Calor é apenas o nome da energia trocada por dois ou mais corpos.
É importante ressaltar que o nome calor também é dado à sensação corpórea, causada pelo sistema nervoso. A sensação
de calor acontece quando nosso corpo recebe calor (energia), enquanto a sensação de frio é causada quando nosso corpo
perde calor (energia). Desta forma, não existe a grandeza física chamada frio. Por isso, expressões do tipo: “feche a
geladeira para que o frio não saia” não fazem sentido em ciência. O que acontece é que, na abertura da porta, o ambiente
externo cede calor ao ar frio da geladeira, fazendo com que a sua temperatura aumente.
Para relacionarmos um valor numérico, o qual denominaremos quantidade de calor(cujo símbolo será o Q), a esse fluxo
de energia, vamos convencionar o seguinte:
Q > 0 – corpo ganha calor
Q < 0 – corpo cede calor
Além disso, precisamos observar que essa troca de energia pode acarretar dois fenômenos diferentes. Ao receber calor,
por exemplo, a temperatura dos corpos tende a aumentar. Mas, para substâncias puras, quando atingidas determinadas
temperaturas, o ganho de calor pode acarretar uma mudança de estado físico. Por exemplo, uma pedra de gelo a 0 ºC que
começa a derreter ao receber calor do ambiente.
Como são efeitos diferentes, analisaremos os dois casos acima, de forma didática, separadamente. Mas atenção: não
existem duas formas de calor! Apenas utilizaremos equações diferentes porque as consequências das trocas de calor em
46
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
cada caso são diferentes.
Acreditava-se, durante muito tempo, que calor fosse um líquido que escoasse entre os corpos. Assim, como não havia a
visão de calor sendo uma manifestação de energia, criou-se uma unidade para a quantidade de calor. Ela se chama
caloria, cujo símbolo é o cal. A relação entre a caloria e a unidade de energia no SI, o joule, é a seguinte: 1 cal = 4,186 J
A caloria é definida como a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de 1g de água de 14,5 ºC para 15,5
ºC sob pressão de 1 atm.
Nos rótulos nutricionais, é muito comum encontrarmos a unidade kcal.

1 kcal = 1,0 x 10³ cal

Calor Sensível

Chamamos de calor sensível a quantidade de calor recebida ou cedida por um corpo quando este tem sua temperatura
alterada. Seja m a massa de um objeto. Teremos:
Q=m⋅c⋅ΔTQ=m⋅c⋅ΔT
onde ΔT=Tfinal−TinicialΔT=Tfinal−Tinicialé a variação de temperatura do objeto e c representa o calor específico do
material, uma característica da substância que forma o objeto. Sua unidade, no Sistema Internacional, é o J/kg.K.
Utilizando-se unidades usuais, sua unidade seria o cal/g°C. Temos, por exemplo, para a água, o seguinte valor:
cáguacágua = 1,0 cal/g ºC
Definimos a capacidade térmica (C) de um corpo como sendo a razão entre a quantidade de calor trocada pelo mesmo e a
variação de temperatura sofrida. Assim:
C=QΔTC=QΔT
Sua unidade, utilizando unidades usuais, é o cal/°C. No Sistema Internacional, o J/K.
Através da equação do calor sensível, podemos extrair o seguinte resultado:
C=QΔT=m⋅c⋅ΔTΔT⇒C=m⋅cC=QΔT=m⋅c⋅ΔTΔT⇒C=m⋅c
Logo, podemos ver que a capacidade térmica depende da massa do objeto.

Calor Latente

Chamamos de calor latente a quantidade de calor recebida ou cedida por um corpo quando este realiza uma mudança de
estado físico. Seja m a massa de um objeto. Teremos:
Q=m⋅LQ=m⋅L
onde L representa o calor latente do material, uma característica da substância que forma o objeto. Sua unidade, no
Sistema Internacional, é o J/kg. Utilizando-se unidades usuais, sua unidade seria o cal/g. Temos, por exemplo, para a
água, o seguinte valor:
LfusãoLfusão = 80 cal/g
LvaporizaçãoLvaporização = 540 cal/g
LsolidificaçãoLsolidificação = -80 cal/g
LcondensaçãoLcondensação = -540 cal/g
Isso significa, por exemplo, que cada grama de gelo a 0°C necessita de 80 calorias para tornar-se água líquida a 0°C.

Termologia

A Termologia é uma importante área de estudo da Física responsável por analisar os fenômenos relacionados ao calor e à
temperatura.

Temperatura

Temperatura é a medida do grau de agitação das partículas que constituem um corpo. A temperatura de um corpo é
diretamente proporcional à velocidade com que seus átomos e moléculas vibram, rotacionam ou, até mesmo, transladam.
A temperatura é uma das grandezas fundamentais da natureza, juntamente com o metro e com o segundo, por exemplo.
No sistema internacional de unidades (SI), a unidade utilizada para a medida da temperatura é o Kelvin (K). Essa escala
de temperatura é considerada absoluta, pois não admite valores negativos e pode ser determinada diretamente pela
vibração térmica dos átomos. Por isso, dizemos que a menor temperatura possível é o 0 K, também conhecido como zero
47
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
absoluto.
Apesar da existência do Kelvin, outras escalas usuais, baseadas em outras substâncias,
como Celsius e Fahrenheit, continuam sendo usadas no mundo. A figura abaixo mostra três termômetros graduados nas
escalas mais comuns existentes: Celsius, Kelvin e Fahrenheit:

Escalas termométricas

As escalas termométricas são usadas para medir a temperatura a partir de alguma referência. Geralmente, tomam-se dois
pontos fixos para os quais o corpo ou a substância de referência apresentaria as mesmas propriedades, como volume,
densidade, condutividade ou resistência elétrica, comprimento, etc.
A escala Celsius é a termométrica mais usada no mundo. Trata-se de uma escala centígrada, isto é, apresenta 100 divisões
de igual tamanho entre seus pontos fixos, 0 ºC e 100 ºC, chamados de graus. Por ser uma escala usual, admite
temperaturas negativas: seu zero absoluto tem valor de aproximadamente -273,5 ºC.
A escala Fahrenheit, por sua vez, é usada em poucos países, como Estados Unidos e Inglaterra. Foi desenvolvida para
que o ponto de fusão da água seja igual a 32 ºF. Assim, mesmo atingindo baixas temperaturas, é improvável que se
observem temperaturas negativas em países que utilizam essa escala. A temperatura de ebulição da água em Fahrenheit é
de 212 ºF.
A escala Kelvin foi baseada na agitação térmica de átomos de hélio de forma que, ao atingirem o repouso total, atribui-se
a esses átomos a temperatura de 0 K. Hoje em dia, sabemos que essa baixíssima temperatura é, na verdade, inalcançável.
Para convertermos valores de temperatura expressos em uma das escalas citadas acima, podemos utilizar as seguintes
equações:

TK – temperatura em Kelvin
TF – temperatura em Fahrenheit
TC – temperatura em Celsius
Calor

Dizemos que calor é a energia térmica transferida entre corpos que se encontram em temperaturas diferentes, sendo,
portanto, uma forma de energia. Além disso, o calor sempre transita do corpo de maior temperatura para os corpos de
menor temperatura, até que se estabeleça o equilíbrio térmico.
48
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
O calor pode ser transmitido por meio de três processos:
Condução: transmissão de calor mediante o contato de superfícies;
Convecção: transmissão de calor em razão da formação de correntes convectivas em um fluido;
Irradiação: transmissão de calor por ondas eletromagnéticas.

Dilatação térmica

A dilatação térmica ocorre quando um corpo recebe ou cede grandes quantidades de calor. Além
da mudança de temperatura ou do seu estado de agregação (estado físico), a passagem de calor para um corpo pode
ocasionar mudanças em suas dimensões. A dilatação térmica depende da variação de temperatura sofrida pelo corpo,
além do seu coeficiente de dilatação linear, superficial e volumétrico.
De acordo com o formato do corpo, pode-se determinar qual de suas dimensões é mais favorecida. Por exemplo, uma
agulha tem formato alongado, por isso, a dilatação mais importante nesse caso é a linear. Ao todo, existem três formas de
dilatação térmica:

- Dilatação linear: mudança no comprimento de um corpo. Depende do seu coeficiente de dilatação linear (α).
- Dilatação superficial: mudança sofrida pela área de um corpo. Depende do coeficiente de dilatação superficial (β).
- Dilatação volumétrica: mudança ocorrida no volume de um corpo. Depende do coeficiente de dilatação volumétrica (γ).

As juntas de dilatação servem para que as barras dos trilhos de trem não se dilatem e, consequentemente, não entortem.

Dilatação dos sólidos

Diltação linear

Dilatação superficial

Coeficiente de dilatação
superficial

Dilatação volumétrica

49
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Coeficiente de dilatação
volumétrica

Dilatação dos líquidos

Dilatação aparente

Dilatação do recipiente

Dilatação real

Coeficiente de dilatação real

50
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Gases

Gases são fluidos no estado gasoso. A característica que os difere dos fluidos líquidos é que, quando colocados em um
recipiente, estes têm a capacidade de ocupá-lo totalmente. A maior parte dos elementos químicos não-metálicos
conhecidos são encontrados no seu estado gasoso, em temperatura ambiente.
As moléculas do gás, ao se movimentarem, colidem com as outras moléculas e com as paredes do recipiente onde se
encontram, exercendo uma pressão, chamada de pressão do gás.
Esta pressão tem relação com o volume do gás e à temperatura absoluta.
Ao ter a temperatura aumentada, as moléculas do gás aumentam sua agitação, provocando mais colisões.
Ao aumentar o volume do recipiente, as moléculas tem mais espaço para se deslocar, logo, as colisões diminuem,
diminuindo a pressão.
Utilizando os princípios da mecânica Newtoniana é possível estabelecer a seguinte relação:

Onde:
p=pressão
m=massa do gás
v=velocidade média das moléculas
V=volume do gás.
Gás perfeito ou ideal
É considerado um gás perfeito quando são presentes as seguintes características:
o movimento das moléculas é regido pelos princípios da mecânica Newtoniana;
os choques entre as moléculas são perfeitamente elásticos, ou seja, a quantidade de movimento é conservada;
não há atração e nem repulsão entre as moléculas;
o volume de cada molécula é desprezível quando comparado com o volume total do gás.
Energia cinética de um gás
Devido às colisões entre si e com as paredes do recipiente, as moléculas mudam a sua velocidade e direção, ocasionando
uma variação de energia cinética de cada uma delas. No entanto, a energia cinética média do gás permanece a mesma.
Novamente utilizando-se conceitos da mecânica Newtoniana estabelece-se:

Onde:
n=número molar do gás (nº de mols)
R=constante universal dos gases perfeitos (R=8,31J/mol.K)
T=temperatura absoluta (em Kelvin)
O número de mols do gás é calculado utilizando-se sua massa molar, encontrado em tabelas periódicas e através
da constante de Avogadro.

Utilizando-se da relação que em 1mol de moléculas de uma substância há moléculas desta substância.
Tranformação Isotérmica
A palavra isotérmica se refere à mesma temperatura. Logo, uma transformação isotérmica de um gás ocorre quando a
temperatura inicial é conservada.
A lei física que expressa essa relação é conhecida com Lei de Boyle e é matematicamente expressa por:

Onde:
p=pressão
V=volume
=constante que depende da massa, temperatura e natureza do gás.
Como esta constante é a mesma para um mesmo gás, ao ser transformado, é válida a relação:

51
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
Exemplo:
Certo gás contido em um recipiente de 1m³ com êmbolo exerce uma pressão de 250Pa. Ao ser comprimido
isotérmicamente a um volume de 0,6m³ qual será a pressão exercida pelo gás?

Transformação Isobárica
Analogamente à transformação isotérmica, quando há uma transformação isobárica, a pressão é conservada.
Regida pela Lei de Charles e Gay-Lussac, esta transformação pode ser expressa por:

Onde:
V=volume;
T=temperatura absoluta;
=constante que depende da pressão, massa e natureza do gás.
Assim, quando um mesmo gás muda de temperatura ou volume, é válida a relação:

Exemplo:
Um gás de volume 0,5m³ à temperatura de 20ºC é aquecido até a temperatura de 70ºC. Qual será o volume ocupado por
ele, se esta transformação acontecer sob pressão constante?
É importante lembrarmos que a temperatura considerada deve ser a temperatura absoluta do gás (escala Kelvin) assim, o
primeiro passo para a resolução do exercício é a conversão de escalas termométricas:
Lembrando que:

Então:

Transformação Isométrica
A transformação isométrica também pode ser chamada isocórica e assim como nas outras transformações vistas, a
isométrica se baseia em uma relação em que, para este caso, o volume se mantém.
Regida pela Lei de Charles, a transformação isométrica é matematicamente expressa por:

Onde:
p=pressão;
T=temperatura absoluta do gás;
=constante que depende do volume, massa e da natureza do gás.;
Como para um mesmo gás, a constante é sempre a mesma, garantindo a validade da relação:

52
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Exemplo:
Um gás que se encontra à temperatura de 200K é aquecido até 300K, sem mudar de volume. Se a pressão exercida no
final do processo de aquecimento é 1000Pa, qual era a pressão inicial?

Equação de Clapeyron
Relacionando as Leis de Boyle, Charles Gay-Lussac e de Charles é possível estabelecer uma equação que relacione as
variáveis de estado: pressão (p), volume (V) e temperatura absoluta (T) de um gás.
Esta equação é chamada Equação de Clapeyron, em homenagem ao físico francês Paul Emile Clapeyron que foi quem a
estabeleceu.

Onde:
p=pressão;
V=volume;
n=nº de mols do gás;
R=constante universal dos gases perfeitos;
T=temperatura absoluta.
Exemplo:
(1) Qual é o volume ocupado por um mol de gás perfeito submetido à pressão de 5000N/m², a uma temperatura igual a
50°C?

Dado: 1atm=100000N/m² e

Substituindo os valores na equação de Clapeyron:

Lei geral dos gases perfeitos


Através da equação de Clapeyron é possível obter uma lei que relaciona dois estados diferentes de uma transformação
gasosa, desde que não haja variação na massa do gás.
Considerando um estado (1) e (2) onde:

Através da lei de Clapeyron:

53
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

esta equação é chamada Lei geral dos gases perfeitos.


Fenômenos eletromagnéticos

Interação elétrica
Quando um corpo perde elétrons dizemos que ele está positivamente carregado.
Quando ganha elétrons dizemos que ele está negativamente carregado. Quando o número de elétrons em um corpo é
igual ao número de prótons, dizemos que o corpo está neutro.
Um experimento relacionado aos primórdios do estudo da eletricidade pode ser realizado com um bastão de vidro
pendurado por um barbante. Se atritarmos esse bastão em um pedaço de lã, notaremos que ambos se atrairão
mutuamente.
Agora se atritarmos o bastão de vidro no tecido de lã e o deixarmos pendurado, aproximando dele outro bastão de vidro
que tenha sido friccionado em outro pedaço de lã, notaremos que os bastões se repelem.

Essas observações demonstraram a ocorrência de fenômenos elétricos. Os cientistas consideram que, ao atritarmos os
materiais vidro e lã, o bastão de vidro passa a ser portador de carga elétrica positiva e o pedaço de lã passa a ser portador
de carga elétrica negativa. Os sinais de positivo e negativo atribuídos a essas cargas são uma convenção científica.
Cargas elétricas interagem
Muito materiais adquirem carga elétrica quando atritados em outros. Nesse processo um dos materiais adquire carga
elétrica positiva, e o outro, carga elétrica negativa.
Por meio de experimentos semelhantes aos descritos anteriormente com o vidro e a lã, os cientistas concluíram
que cargas elétricas de sinais diferentes se atraem e que cargas elétricas de sinais iguais se repelem. Quando vidro e lã são
friccionados, passam a ter cargas elétricas de sinais diferentes e, portanto, passam a se atrair. Já os dois bastões de vidro,
quando adquirem cargas elétricas de mesmo sinal, passam a se repelir.
A interação elétrica obedece o princípio da ação e reação
A interação entre dois corpos portadores de cargas elétricas obedece à Terceira Lei de Newton (Princípio da ação e
reação). Sobre cada um dos dois corpos atua uma força que se deve a presença do outro. As duas forças tem a mesma
intensidade (mesmo módulo) e a mesma direção (mesma linha de atuação), mas diferentes sentidos.

54
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Se os dois corpos apresentam cargas de sinais opostos, as forças tendem a fazê-los de aproximar. Por outro lado, se os
dois corpos possuem carga de mesmo sinal, as forças tendem a fazê-los se afastar.
Diferentes materiais têm diferentes tendências à eletrização. Quando vidro de lã são atritados, dizemos que ambos
materiais adquirem carga elétrica pelo processo de eletrização por atrito.
Com base em muitos experimentos similares, foi possível aos cientistas determinarem a tendência dos materiais a
adquirir carga elétrica positiva ou negativa, quando atritados uns com os outros.
Essa tendência pode ser expressa por meio de uma sequência como a mostrada abaixo.
<--------- Aumenta a tendência para adquirir carga positiva
Vidro lã seda algodão borracha rígida
Aumenta a tendência para adquirir carga negativa -------->
Condutores elétricos
Imagine duas esferas de metal, um pouco afastadas entre si, uma delas eletrizada com carga positiva e a outra não-
eletrizada. Se um bastão de metal tocar as duas esferas simultaneamente, verifica-se que parte da carga elétrica é
transferida para a outra esfera. Porém, se utilizarmos um bastão de madeira, a carga permaneceria na esfera eletrizada, e a
outra não receberia nem um pouco dessa carga.

Esse experimento evidencia que o metal é o material condutor elétrico e a madeira é um material isolante elétrico.
De fato, os condutores elétricos mais conhecidos são os metais como o cobre, o ferro o alumínio, o ouro e a prata. Entre
eles, o cobre, metal de aspecto marrom-avermelhado, é usado na fiação elétrica das casas. Entre os isolantes elétricos
podemos citar, além da madeira, os plásticos em geral, o ar (a temperatura e pressão ambientes), as borrachas e o isopor
(que na verdade, é um tipo de plástico).
A grande maioria dos metais conhecidos se encaixa em um desses dois grupos: condutor elétrico e isolantes elétrico. Há,
contudo, certos materiais que não se enquadram bem em nenhuma dessas duas categorias, mas sim em um grupo
intermediário, conhecidos como semi-condutores. Dois exemplos são o silício e o germânio, empregados na indústria
para elaborar alguns componentes usados em aparelhos eletrônicos.
Eletrização por contato
Quando um corpo eletrizado toca um corpo eletricamente neutro (isto é, sem carga elétrica), parte de sua carga é
transferida para ele, que também passa a ficar eletrizado. Esse processo é a eletrização por contato.
55
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
Carga Elétrica
A carga elétrica é uma propriedade das partículas elementares que compõem o átomo. Lembrando que o átomo é
formado por prótons, nêutrons e elétrons, sendo que:
Prótons: Localizam-se no núcleo do átomo e possuem carga elétrica positiva;
Elétrons: Ficam na eletrosfera, região ao redor do núcleo atômico, e têm carga elétrica negativa;
Nêutron: Também localizado no núcleo atômico, não possui carga elétrica.
Estrutura Atômica

O átomo é formado por prótons, nêutrons e elétrons


A unidade de grandeza da carga elétrica no Sistema Internacional de Unidades é o Coulomb, representado pela letra C,
em homenagem a Charles Augustin Coulomb.
Todos os corpos são formados por cargas elétricas, porém, não é fácil perceber suas propriedades, pois a maioria dos
corpos, quando estão eletricamente neutros, possui mesma quantidade de prótons e elétrons. Um corpo pode ser
eletrizado de duas formas:
Positivamente: se possui mais prótons que elétrons;
Negativamente: se possui mais elétrons do que prótons.

A carga elementar
A carga elétrica elementar é a menor quantidade de carga que pode ser encontrada na natureza. Seu valor é igual a 1,6 .
10-19 C e é atribuído à carga do elétron (com sinal negativo) e à do próton (com sinal positivo).
A partir desse valor, podemos perceber que 1 C é uma unidade muito grande para a carga elétrica, por isso, é comum a
utilização de seus submúltiplos. Os principais são:
mC (milicoulomb) = 10-3C
μC (microcoulomb) = 10-6C
nC (nanocoulomb) = 10-9 C
Princípios da eletrostática
A eletrostática é a parte da Física que estuda fenômenos associados às cargas elétricas em repouso. Ela é regida pelos
seguintes princípios:
Princípio da conservação da carga elétrica: a somatória da carga elétrica de um sistema eletricamente isolado é constante;
Quantização da carga elétrica: de acordo com esse princípio, a carga elétrica é quantizada, ou seja, sempre um múltiplo
do valor da carga elétrica elementar. A carga de um corpo é dada pela equação:
Q=n.e
Sendo:
Q - a carga elétrica total de um corpo;
n - o número de elétrons perdidos ou recebidos;
56
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
e - a carga elementar (1,6 . 10-19 C).
Princípio da atração e repulsão das cargas elétricas: cargas elétricas de mesmo sinal repelem-se, e cargas de sinais
contrários atraem-se.
Princípio da atração e repulsão de cargas elétricas

Cargas elétricas de sinais iguais repelem-se, e de sinais diferentes atraem-se

Corrente Elétrica
Vimos que os elétrons se deslocam com facilidade em corpos condutores. O deslocamento dessas cargas elétricas é
chamado de corrente elétrica.
A corrente elétrica é responsável pelo funcionamento dos aparelhos elétricos; estes somente funcionam quando a corrente
passa por eles.
Somente é possível a passagem de corrente por um aparelho se este pertencer a um circuito fechado.

Um circuito constituído de lâmpada, pilha e fios, quando ligados corretamente, formam um circuito fechado. Quando
ligamos os aparelhos elétricos em nossa casa e eles funcionam, podemos garantir que fazem parte de um circuito fechado
quando passa corrente elétrica através de seus fios.
Entendendo a corrente elétrica
Antes de definirmos corrente elétrica, vamos imaginar a seguinte situação: você está em uma estação de trem urbano ou
de metrô, no qual o passageiro passa por roletas para ter acesso aos trens. Sua finalidade ali é avaliar a quantidade de
pessoas que passam por minuto.
Obter essa informação é simples: basta contar quantas pessoas passam em um minuto. Por exemplo, se contou 100
pessoas, você responderá que passam 100 pessoas por minuto. Para atingir uma média melhor, você pode contar por mais
tempo. Digamos que tenha contado 900 pessoas em 10 minutos.
Portanto, sua média agora será 900/10 = 90 pessoas por minuto.
Então alguém lhe pede que avalie a massa média das pessoas que passam por minuto pelas roletas. Você aceita o desafio.
Se a massa médias das pessoas no Brasil é 70 Kg (podemos ver isso ao ler placas de elevadores de prédios, que sempre
consideram a massa de uma pessoa igual a 70 kg. Essas placas de advertência fixadas nas cabines afirmam: “Capacidade
máxima: 10 pessoas ou 700 kg”).

Massa média
Essa ideia é similar à usada para definir a intensidade de corrente elétrica (i). Sabe-se que a carga de um elétron é igual
57
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
a 1,6.10- 19 C .
Se você conseguisse contar a quantidade de elétrons (n) que atravessa uma região plana de um fio em 1 segundo poderia
afirmar que a intensidade da corrente elétrica é:

Se contasse por um período qualquer, e representando a carga do elétron (1,6.10- 19C) pela letra e, poderia afirmar:

Esta é a expressão matemática associada à intensidade da corrente elétrica.


A unidade de intensidade de corrente elétrica é o Coulomb por segundo, denominada ampère (A). A corrente elétrica
pode ser contínua ou alterada.
Na corrente contínua, observada nas pilhas e baterias, o fluxo dos elétrons ocorre sempre em um único sentido.
Na corrente alternada, os elétrons alternam o sentido do seu movimento, oscilando para um lado e para o outro. É esse
tipo de corrente que se estabelece ao ligarmos os aparelhos na nossa rede doméstica. A razão de a corrente ser alternada
está relacionada a forma como a energia elétrica é produzida e distribuída para nossas casas.
Lei de Coulomb

Esta lei, formulada por Charles Augustin Coulomb, refere-se às forças de interação (atração e repulsão) entre duas cargas
elétricas puntiformes, ou seja, com dimensão e massa desprezível.
Lembrando que, pelo princípio de atração e repulsão, cargas com sinais opostos são atraídas e com sinais iguais são
repelidas, mas estas forças de interação têm intensidade igual, independente do sentido para onde o vetor que as descreve
aponta.
O que a Lei de Coulomb enuncia é que a intensidade da força elétrica de interação entre cargas puntiformes é diretamente
proporcional ao produto dos módulos de cada carga e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa.
Ou seja:

Onde a equação pode ser expressa por uma igualdade se considerarmos uma constante k, que depende do meio onde as
cargas são encontradas. O valor mais usual de k é considerado quando esta interação acontece no vácuo, e seu valor é
igual a:

Então podemos escrever a equação da lei de Coulomb como:

Para se determinar se estas forças são de atração ou de repulsão utiliza-se o produto de suas cargas, ou seja:

Campo Elétrico

Assim como a Terra tem um campo gravitacional, uma carga Q também tem um campo que pode influenciar as cargas de
prova q nele colocadas. E usando esta analogia, podemos encontrar:

Desta forma, assim como para a intensidade do campo gravitacional, a intensidade do campo elétrico (E) é definido como
o quociente entre as forças de interação das cargas geradora do campo (Q) e de prova (q)e a própria carga de prova (q),
ou seja:

58
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Chama-se Campo Elétrico o campo estabelecido em todos os pontos do espaço sob a influência de uma carga geradora de
intensidade Q, de forma que qualquer carga de prova de intensidade q fica sujeita a uma força de interação (atração ou
repulsão) exercida por Q.

Já uma carga de prova, para os fins que nos interessam, é definida como um corpo puntual de carga elétrica conhecida,
utilizado para detectar a existência de um campo elétrico, também possibilitando o cálculo de sua intensidade.
Vetor Campo Elétrico
Voltando à analogia com o campo gravitacional da Terra, o campo elétrico é definido como um vetor com mesma direção
do vetor da força de interação entre a carga geradora Q e a carga de prova q e com mesmo sentido se q>0 e sentido
oposto se q<0. Ou seja:

A unidade adotada pelo SI para o campo elétrico é o N/C (Newton por coulomb).
Interpretando esta unidade podemos concluir que o campo elétrico descreve o valor da força elétrica que atua por unidade
de carga, para as cargas colocadas no seu espaço de atuação.
O campo elétrico pode ter pelo menos quatro orientações diferentes de seu vetor devido aos sinais de interação entre as
cargas, quando o campo é gerado por apenas uma carga, estes são:

Quando a carga de prova tem sinal negativo (q<0), os vetores força e campo elétrico têm mesma direção, mas
sentidos opostos, e quando a carga de prova tem sinal positivo (q>0), ambos os vetores têm mesma direção e
sentido
Já quando a carga geradora do campo tem sinal positivo (Q>0), o vetor campo elétrico tem sentido de
afastamento das cargas e quando tem sinal negativo (Q<0), tem sentido de aproximação, sendo que isto não
59
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
varia com a mudança do sinal das cargas de provas.
Quando uma única partícula é responsável por gerar um campo elétrico, este é gerado em um espaço que a circunda,
embora não esteja presente no ponto onde a partícula é encontrada.
Campo elétrico gerado por mais do que uma partícula eletrizada.
Quando duas ou mais cargas estão próximas o suficiente para que os campos gerados por cada uma se interfiram, é
possível determinar um campo elétrico resultante em um ponto desta região.
Para isto, analisa-se isoladamente a influência de cada um dos campos gerados sobre um determinado ponto.
Por exemplo, imaginemos duas cargas postas arbitrariamente em um ponto A e outro B, com cargas e ,
respectivamente. Imaginemos também um ponto P sob a influência dos campos gerados pelas duas cargas
simultaneamente.
O vetor do campo elétrico resultante será dado pela soma dos vetores e no ponto P, como ilustram os exemplos a
seguir.

Como as duas cargas geradoras do campo têm sinal positivo, cada uma delas gera um campo divergente (de afastamento),
logo o vetor resultante terá módulo igual à subtração entre os valores dos vetores e direção e sentido do maior valor
absoluto.

Assim como no exemplo anterior, ambos os campos elétricos gerados são divergentes, mas como existe um ângulo
formado entre eles, esta soma vetorial é calculada através de regra do paralelogramo, ou seja, traçando-se o vetor soma
dos dois vetores, tendo assim o módulo direção e sentido do vetor campo elétrico resultante.
Como ambas as cargas que geram o campo tem sinais negativos, cada componente do vetor campo resultante é
convergente, ou seja, tem sentido de aproximação.

60
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

O módulo, a direção e o sentido deste vetor são calculados pela regra do paralelogramo, assim como ilustra a figura.

Neste exemplo, as cargas que geram o campo resultante têm sinais diferentes, então um dos vetores converge em relação
à sua carga geradora ( ) e outro diverge ( ).
Então podemos generalizar esta soma vetorial para qualquer número finito de partículas, de modo que:

Linhas de força
Estas linhas são a representação geométrica convencionada para indicar a presença de campos elétricos, sendo
representadas por linhas que tangenciam os vetores campo elétrico resultante em cada ponto, logo, jamais se cruzam. Por
convenção, as linhas de força têm a mesma orientação do vetor campo elétrico, de modo que para campos gerados por
cargas positivas as linhas de força são divergentes (sentido de afastamento) e campos gerados por cargas elétricas
negativas são representados por linhas de força convergentes (sentido de aproximação).
Quando se trabalha com cargas geradoras sem dimensões, as linhas de força são representadas radialmente, de modo que:

61
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Densidade Superficial de cargas


Um corpo em equilíbrio eletrostático, ou seja, quando todos possíveis responsáveis por sua eletrização acomodam-se em
sua superfície, pode ser caracterizado por sua densidade superficial média de cargas , que por definição é o resultado
do quociente da carga elétrica Q, pela área de sua superfície A.

Sendo sua unidade adotada no SI o C/m².


Observe que para cargas negativas a densidade superficial média de cargas também é negativa, já que a área sempre é
positiva.
Utiliza-se o termo médio já que dificilmente as cargas elétricas se distribuem uniformemente por toda a superfície de um
corpo, de modo que é possível constatar que o módulo desta densidade é inversamente proporcional ao seu raio de
curvatura, ou seja, em objetos pontiagudos eletrizados há maior concentração de carga em sua extremidade (ponta).
Campo Elétrico Uniforme (CEU)
Dizemos que um campo elétrico é uniforme em uma região quando suas linhas de força são paralelas e igualmente
espaçadas umas das outras, o que implica que seu vetor campo elétrico nesta região têm, em todos os pontos, mesma
intensidade, direção e sentido.
Uma forma comum de se obter um campo elétrico uniforme é utilizando duas placas condutoras planas e iguais. Se as
placas forem postas paralelamente, tendo cargas de mesma intensidade, mas de sinal oposto, o campo elétrico gerado
entre elas será uniforme.

Potencial Elétrico
Trabalho de uma força elétrica
O trabalho que uma carga elétrica realiza é análogo ao trabalho realizado pelas outras energias potenciais usadas no
estudo de mecânica, ou seja:
Se imaginarmos dois pontos em um campo elétrico, cada um deles terá energia potencial dada por:

62
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
Sendo o trabalho realizado entre os dois pontos:

Mas sabemos que, quando a força considerada é a eletrostática, então:

Diferença de potencial entre dois pontos


Considere dois pontos de um campo elétrico, A e B, cada um com um posto a uma distância diferente da carga geradora,
ou seja, com potenciais diferentes. Se quisermos saber a diferença de potenciais entre os dois devemos considerar a
distância entre cada um deles.

Então teremos que sua tensão ou d.d.p (diferença de potencial) será expressa por U e calculada por:

Circuitos elétricos

lei de Ohm

Além de definir o conceito de resistência elétrica, Georg Ohm demostrou que no condutor a corrente elétrica é
diretamente proporcional à diferença de potencial aplicada.
Foi assim que ele postulou a Primeira Lei de Ohm.
Suas experiências com diferentes comprimentos e espessuras de fios elétricos, foram cruciais para que postulasse
a Segunda Lei de Ohm.
Nela, a resistência elétrica do condutor, dependendo da constituição do material, é proporcional ao seu comprimento. Ao
mesmo tempo, ela é inversamente proporcional à sua área de secção transversal.
Resistência Elétrica
A resistência elétrica, medida sob a grandeza Ω (Ohm), designa a capacidade que um condutor tem de se opor à
passagem de corrente elétrica.
Em outras palavras, a função da resistência elétrica é de dificultar a passagem de corrente elétrica.
Observe que a resistência de 1 Ω (ohm) equivale a 1V/A (Volts/Ampére)
Resistores
63
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
Os resistores são dispositivos eletrônicos cuja função é a de transformar energia elétrica em energia térmica (calor), por
meio do efeito joule.
Dessa maneira, os resistores ôhmicos ou lineares são aqueles que obedecem a primeira lei de ohm (R=U/I). A intensidade
(i) da corrente elétrica é diretamente proporcional a sua diferença de potencial (ddp), chamada também de voltagem. Por
outro lado, os resistores não ôhmicos, não obedecem a lei de ohm.
Leis de Ohm: Enunciados e Fórmulas
Primeira Lei de Ohm
A Primeira Lei de Ohm postula que um condutor ôhmico (resistência constante) mantido à temperatura constante, a
intensidade (i) de corrente elétrica será proporcional à diferença de potencial (ddp) aplicada entre suas extremidades.
Ou seja, sua resistência elétrica é constante. Ela é representada pela seguinte fórmula:

ou
Onde:
R: resistência, medida em Ohm (Ω)
U: diferença de potencial elétrico (ddp), medido em Volts (V)
I: intensidade da corrente elétrica, medida em Ampére (A).

Segunda Lei de Ohm


A Segunda Lei de Ohm estabelece que a resistência elétrica de um material é diretamente proporcional ao seu
comprimento, inversamente proporcional à sua área de secção transversal.
Além disso, ela depende do material do qual é constituído.
É representada pela seguinte fórmula:

Onde:
R: resistência (Ω)
ρ: resistividade do condutor (depende do material e de sua temperatura, medida em Ω.m)
L: comprimento (m)
A: área de secção transversal (mm2)

A corrente sempre existe enquanto há diferença de potencial entre dois corpos ligados, por um condutor, por exemplo,
mas esta tem pequena duração quando estes corpos são eletrizados pelos métodos vistos em eletrostática, pois entram
rapidamente em equilíbrio.
A forma encontrada para que haja uma diferença de potencial mais duradoura é a criação de geradores elétricos, que são
construídos de modo que haja tensão por um intervalo maior de tempo.
Existem diversos tipos de geradores elétricos, que são caracterizados por seu princípio de funcionamento, alguns deles
são:
Geradores luminosos
São sistemas de geração de energia construídos de modo a transformar energia luminosa em energia elétrica, como por
exemplo, as placas solares feitas de um composto de silício que converte a energia luminosa do sol em energia elétrica.
Geradores mecânicos
São os geradores mais comuns e com maior capacidade de criação de energia. Transformam energia mecânica em energia
elétrica, principalmente através de magnetismo. É o caso dos geradores encontrados em usinas hidroelétricas,
termoelétricas e termonucleares.
Geradores químicos
São construídos de forma capaz de converter energia potencial química em energia elétrica (contínua apenas). Este tipo
de gerador é muito encontrado como baterias e pilhas.
Geradores térmicos
São aqueles capazes de converter energia térmica em energia elétrica, diretamente.
Quando associados dois, ou mais geradores como pilhas, por exemplo, a tensão e a corrente se comportam da mesma
64
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
forma como nas associações de resistores, ou seja:
Associação em série: corrente nominal e tensão é somada.
Associação em paralelo: corrente é somada e tensão nominal.
Se considerarmos um gráfico i x t (intensidade de corrente elétrica por tempo), podemos classificar a corrente conforme a
curva encontrada, ou seja:
Corrente contínua
Uma corrente é considerada contínua quando não altera seu sentido, ou seja, é sempre positiva ou sempre negativa.
A maior parte dos circuitos eletrônicos trabalha com corrente contínua, embora nem todas tenham o mesmo
"rendimento", quanto à sua curva no gráfico i x t, a corrente contínua pode ser classificada por:
Corrente contínua constante

Diz-se que uma corrente contínua é constante, se seu gráfico for dado por um segmento de reta constante, ou seja, não
variável. Este tipo de corrente é comumente encontrado em pilhas e baterias.
Corrente contínua pulsante

Embora não altere seu sentido as correntes contínuas pulsantes passam periodicamente por variações, não sendo
necessariamente constantes entre duas medidas em diferentes intervalos de tempo.
A ilustração do gráfico acima é um exemplo de corrente contínua constante.
Esta forma de corrente é geralmente encontrada em circuitos retificadores de corrente alternada.
Corrente alternada

Dependendo da forma como é gerada a corrente, esta é invertida periodicamente, ou seja, ora é positiva e ora é negativa,
fazendo com que os elétrons executem um movimento de vai-e-vem.
Este tipo de corrente é o que encontramos quando medimos a corrente encontrada na rede elétrica residencial, ou seja, a
corrente medida nas tomada de nossa casa.
Associação de Resistores

65
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
Em um circuito é possível organizar conjuntos de resistores interligados, chamada associação de resistores. O
comportamento desta associação varia conforme a ligação entre os resistores, sendo seus possíveis tipos: em série, em
paraleloe mista.
Associação em Série
Associar resistores em série significa ligá-los em um único trajeto, ou seja:

Como existe apenas um caminho para a passagem da corrente elétrica esta é mantida por toda a extensão do circuito. Já a
diferença de potencial entre cada resistor irá variar conforme a resistência deste, para que seja obedecida a 1ª Lei de
Ohm, assim:

Esta relação também pode ser obtida pela análise do circuito:

Sendo assim a diferença de potencial entre os pontos inicial e final do circuito é igual à:

Analisando esta expressão, já que a tensão total e a intensidade da corrente são mantidas, é possível concluir que a
resistência total é:

Ou seja, um modo de se resumir e lembrar-se das propriedades de um circuito em série é:


Tensão (ddp) (U) se divide
Intensidade da corrente (i) se conserva
Resistência total (R) soma algébrica das resistência em cada resistor.

Associação em Paralelo
Ligar um resistor em paralelo significa basicamente dividir a mesma fonte de corrente, de modo que a ddp em cada ponto
seja conservada. Ou seja:

Usualmente as ligações em paralelo são representadas por:

66
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Como mostra a figura, a intensidade total de corrente do circuito é igual à soma das intensidades medidas sobre cada
resistor, ou seja:

Pela 1ª lei de ohm:

E por esta expressão, já que a intensidade da corrente e a tensão são mantidas, podemos concluir que a resistência total
em um circuito em paralelo é dada por:

Associação Mista
Uma associação mista consiste em uma combinação, em um mesmo circuito, de associações em série e em paralelo,
como por exemplo:

Em cada parte do circuito, a tensão (U) e intensidade da corrente serão calculadas com base no que se conhece sobre
circuitos série e paralelos, e para facilitar estes cálculos pode-se reduzir ou redesenhar os circuitos, utilizando resistores
resultantes para cada parte, ou seja:
Sendo:

67
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Efeito Joule
A corrente elétrica é resultado de movimentação de ânions, cátions ou elétrons livres, como já vimos. Ao existir corrente
elétrica as partículas que estão em movimento acabam colidindo com as outras partes do condutor que se encontra em
repouso, causando uma excitação que por sua vez irá gerar um efeito de aquecimento. A este efeito dá-se o nome efeito
Joule.
O aquecimento no fio pode ser medido pela lei de joule, que é matematicamente expressa por:

Esta relação é valida desde que a intensidade da corrente seja constante durante o intervalo de tempo de ocorrência.
Potência elétrica

A potência elétrica dissipada por um condutor é definida como a quantidade de energia térmica que passa por ele durante
uma quantidade de tempo.

A unidade utilizada para energia é o watt (W), que designa joule por segundo (J/s)
Ao considerar que toda a energia perdida em um circuito é resultado do efeito Joule, admitimos que a energia
transformada em calor é igual a energia perdida por uma carga q que passa pelo condutor. Ou seja:

Mas, sabemos que:

Então:

68
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
Logo:

Mas sabemos que , então podemos escrever que:

Por exemplo:
Qual a corrente que passa em uma lâmpada de 60W em uma cidade onde a tensão na rede elétrica é de 220V?

Pela 1ª Lei de Ohm temos que , então podemos definir duas formas que relacionem a potência elétrica com a
resistência.

Então se utilizando do exemplo anterior, qual a resistência do filamento interno da lâmpada?

Consumo de energia
Cada aparelho que utiliza a eletricidade para funcionar, como por exemplo, o computador de onde você lê esse texto,
consome uma quantidade de energia elétrica.
Para calcular este consumo basta sabermos a potência do aparelho e o tempo de utilização dele, por exemplo, se
quisermos saber quanta energia gasta um chuveiro de 5500W ligado durante 15 minutos, seu consumo de energia será:

Mas este cálculo nos mostra que o joule (J) não é uma unidade eficiente neste caso, já que o cálculo acima se refere a
apenas um banho de 15 minutos, imagine o consumo deste chuveiro em uma casa com 4 moradores que tomam banho de
15 minutos todos os dias no mês.
Para que a energia gasta seja compreendida de uma forma mais prática podemos definir outra unidade de medida, que
69
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
embora não seja adotada no SI, é mais conveniente.
Essa unidade é o quilowatt-hora (kWh).
Para calcularmos o consumo do chuveiro do exemplo anterior nesta unidade consideremos sua potência em kW e o
tempo de uso em horas, então teremos:

O mais interessante em adotar esta unidade é que, se soubermos o preço cobrado por kWh, podemos calcular quanto será
gasta em dinheiro por este consumo.
Por exemplo:
Considere que em sua cidade a companhia de energia elétrica tenha um tarifa de 0,300710 R$/kWh, então o consumo do
chuveiro elétrico de 5500W ligado durante 15 minutos será:

Se considerarmos o caso da família de 4 pessoas que utiliza o chuveiro diariamente durante 15 minutos, o custo mensal
da energia gasta por ele será:

Eletromagnetismo

Magnetismo é o fenômeno de atração ou repulsão observado entre determinados corpos, chamados ímãs, entre ímãs e
certas substâncias magnéticas (como ferro, cobalto ou níquel) e também entre ímãs e condutores que estejam conduzindo
correntes elétricas. Todo ímã apresenta duas regiões distintas, em que a influência magnética se manifesta com maior
intensidade. Essas regiões são chamadas de polos do ímã. Esses polos possuem comportamentos diferentes na presença
de outros ímãs, e são denominados Norte (N) e Sul (S).

Tem-se a impressão de que os polos do ímã são idênticos, mas isso não é verdade, pois, suspendendo-se o ímã
horizontalmente por um fio atado ao seu centro, verifica-se que, após uma série de oscilações, ele volta sempre à mesma
extremidade sensivelmente para o norte e a outra para o sul. Denomina-se por isso polo norte a extremidade que se volta
para o norte, e polo sul a outra.
Chamamos de ÍMÃ TEMPORÁRIO aquele que se comporta como um ímã somente quando em contato ou nas
proximidades de outro ímã.

Atrações e Repulsões

70
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

A diferente natureza dos polos de um ímã, já posta em evidência devido à sua orientação particular, evidencia-se mais
ainda quando se notam as ações que os polos de um ímã exercem sobre os polos de outro ímã.
Aproximando-se do polo norte de um ímã o polo sul de outro ímã, nota-se uma atração. A partir da figura acima,
podemos enunciar a lei da força magnética: Polos da mesma natureza se repelem e de naturezas diferentes se atraem.

Campo Magnético

Assim como a força gravitacional e a força elétrica, a força magnética é uma interação à distância, ou seja, não necessita
de contato. Dessa forma, associamos aos fenômenos magnéticos a ideia de campo, assim como nos fenômenos elétricos.
Consequentemente, dizemos que um ímã gera no espaço ao seu redor um campo que chamamos de Campo Magnético
(B→B→). O campo magnético interage com outros ímãs, com as substâncias magnéticas e com correntes elétricas.

Linhas de Campo Magnético


Para se evidenciar a extensão de um campo magnético, espalha-se limalha de ferro em uma folha de papel sob a qual se
encontra um ou mais ímãs. Os pedacinhos de limalha de ferro dispõem-se segundo linhas curvas que ligam os polos norte
e sul, chamadas linhas de campo ou linhas de força.
Por convenção, considera-se que, no campo exterior a um ímã, as linhas de campo saem pelo polo norte e entram pelo
polo sul do ímã.

Os polos de um ímã são inseparáveis. Não é possível partir um ímã em duas partes para separar o polo norte do polo sul.
Serrando-se um imã transversalmente, obtêm-se dois novos imãs completos, isto é, surgem na secção de corte polos
contrários aos das respectivas extremidades.
Quando partimos ao meio um ímã em barra, obtemos dois novos ímãs.

Quando aquecemos um ímã acima de uma determinada temperatura, ele deixa de gerar campo magnético. Os ímãs de
níquel perdem sua capacidade quando aquecidos a 350ºC, os de ferro a 770ºC e os de cobalto a 1.100ºC. Essas
temperaturas são chamadas de temperaturas de Curie.
Quando aquecemos um ímã ele perde suas propriedades magnéticas.
71
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Bússolas
São aparelhos que servem para a orientação dos viajantes, que usam como ponteiro uma agulha magnetizada, ou seja, se
comportando como um ímã.
Uma bússola sempre tende a orientar-se paralelamente ao campo magnético aplicado sobre ela, com o polo norte da
bússola apontando no sentido do campo.

Indução eletromagnética é o fenômeno relacionado ao aparecimento de uma corrente elétrica em um condutor imerso em
um campo magnético, quando ocorre variação do fluxo que o atravessa.
Em 1820, Hans Christian Oersted descobriu que a passagem de uma corrente elétrica em um condutor mudava a direção
da agulha de uma bússola. Ou seja, ele descobriu o eletromagnetismo.
A partir daí, muitos cientistas começaram a investigar mais profundamente a conexão entre os fenômenos elétricos e
magnéticos.
Eles buscavam, principalmente, descobrir se o efeito contrário era possível, isto é, se os efeitos magnéticos poderiam
gerar uma corrente elétrica.
Assim, em 1831, Michael Faraday com base em resultados experimentais, descobriu o fenômeno da indução
eletromagnética.
A Lei de Faraday e a Lei de Lenz são duas leis fundamentais do eletromagnetismo e determinam a indução
eletromagnética.
Experiências de Faraday
Faraday realizou inúmeras experiência a fim de entender melhor os fenômenos eletromagnéticos.
Em uma delas, utilizou um anel feito de ferro e enrolou um fio de cobre em uma metade do anel e outro fio de cobre na
outra metade.
Ligou as extremidades do primeiro enrolamento com uma bateria e o segundo enrolamento conectou a um outro pedaço
de fio de forma que passasse por uma bússola colocada a uma certa distância do anel.
No momento da ligação da bateria, identificou que a bússola variava sua direção, voltando a observar o mesmo quando
desligava a ligação. Contudo, quando a corrente permanecia constante não havia movimento na bússola.

Assim, ele constatou que uma corrente elétrica induzia uma corrente em um outro condutor. Contudo, ainda faltava
identificar se o mesmo ocorria utilizando ímãs permanentes.
Ao fazer um experimento movimentando um ímã cilíndrico dentro de uma bobina, ele pôde identificar o movimento da
agulha de um galvanômetro ligado à bobina.
Desta forma, ele pôde concluir que o movimento de um ímã gera uma corrente elétrica em um condutor, ou seja a
72
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
indução eletromagnética estava descoberta.
Lei de Faraday
A partir dos resultados encontrados, Faraday formulou uma lei para explicar o fenômeno da indução eletromagnética.
Essa lei ficou conhecida como Lei de Faraday.
Esta lei enuncia que quando houver variação do fluxo magnético através de um circuito, surgirá nele uma força
eletromotriz induzida.
Fórmula
A Lei de Faraday pode ser expressa matematicamente pela seguinte fórmula:

Sendo,
ε: força eletromotriz induzida (V)
ΔΦ: variação do fluxo magnético (Wb)
Δt: intervalo de tempo (s)
Lei de Lenz
Apesar de identificar que a corrente induzida variava de sentido, Faraday não conseguiu determinar como ocorria essa
variação.
Então em 1834, o físico russo Heinrich Lenz, propôs uma regra para a definição do sentido da corrente induzida.
A Lei de Lenz enuncia que o sentido da corrente induzida é tal que o campo que ela produz se opõem à variação do fluxo
magnético que a produziu.

Essa lei é representada na fórmula da força eletromotriz induzida através do sinal de menos.
Aplicações da Indução Eletromagnética
Geradores de corrente alternada
Uma das mais importantes aplicações da indução eletromagnética é na geração de energia elétrica. Com essa descoberta
passou a ser possível a geração deste tipo de energia em larga escala.
Essa geração pode ocorrer em instalações complexas, como é o caso das usinas de energia elétrica, até as mais simples
como nos dínamos de bicicletas.
Existem diversos tipos de usinas de energia elétrica, mas basicamente o funcionamento de todas utiliza o mesmo
princípio. Nessas usinas, a produção de energia elétrica ocorre através da energia mecânica de rotação de um eixo.
Nas usinas hidrelétricas, por exemplo, a água é represada em grandes barragens. O desnível provocado por esse
represamento faz com que a água se movimente.

73
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
Esquema simplificado de uma usina hidrelétrica
Esse movimento é necessário para girar as pás da turbina que é ligada ao eixo do gerador de eletricidade. A corrente
produzida é alternada, ou seja, seu sentido é variável.
Transformadores
A energia elétrica após ser produzida nas usinas é transportada para os centros consumidores através de sistemas de
transmissão.
Contudo, antes de ser transportada para grandes distâncias, os dispositivos, chamados de transformadores, elevam a
tensão para reduzir as perdas de energia.
Quando essa energia chega até o seu destino final, novamente ocorrerá a mudança no valor da tensão.
Assim, um transformador é um dispositivo que serve para modificar uma tensão alternada, ou seja, aumenta ou diminui o
seu valor de acordo com a necessidade.
Basicamente um transformador é constituído por um núcleo de material ferromagnético no qual são enroladas duas
bobinas independentes (enrolamento de fios).
A bobina conectada a fonte é chamada de primário, pois recebe a tensão que será transformada. A outra é chamada de
secundário.

Esquema de um transformador simples


Como a corrente que chega no primário é alternada, origina um fluxo magnético também alternado no núcleo do
transformador. Essa variação do fluxo, gera uma corrente alternada induzida no secundário.
O aumento ou a diminuição da tensão induzida, depende da relação entre o número de espiras (voltas do fio) nas duas
bobinas (primário e secundário).
Se o número de espiras no secundário for maior que no primário o transformador irá elevar a tensão e sendo ao contrário,
ele irá abaixar a tensão.
Essa relação entre o número de espiras e a tensão, pode ser expressa usando-se a seguinte fórmula:

Sendo,
Up: tensão no primário (V)
Us: tensão no secundário (V)
Np: número de espiras do primário
Ns: número de espiras do secundário

Força Magnética

Na física, a Força magnética (Fm), também chamada de Força de Lorentz, representa a força de atração e/ou repulsão
74
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
exercida pelos ímãs ou objetos magnéticos.
Fórmula
Para calcular a intensidade da força magnética utiliza-se a seguinte fórmula:
F = |q| . v . B. sen θ
Onde,
F: força magnética
|q|: módulo da carga elétrica
v: velocidade da carga elétrica
B: campo magnético
sen θ: ângulo entre o vetor velocidade e o vetor campo magnético

Campo Magnético

Obs: No sistema internacional (SI) a unidade de medida para a força magnética é o Newton (N). O módulo da carga
elétrica é Coulomb (C). A velocidade da carga elétrica é dada em metros por segundo (m/s). A intensidade do campo
magnético é dado em tesla (T).

Campo e Força Magnética


O campo magnético representa um espaço onde existe uma concentração de magnetismo criado em torno das cargas
magnéticas.
Já o chamado campo eletromagnético é o local onde existe uma concentração das cargas elétricas e magnéticas.

A ligação de um campo elétrico com


um campo magnético produzem um campo eletromagnético
Nesse caso, a movimentação das cargas eletromagnéticas ocorre em forma de ondas, as chamadas “ondas
eletromagnéticas”.
75
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
Força Magnética sobre Cargas Elétricas
As cargas elétricas em movimento atuam dentro de um campo magnético. Assim, quando uma carga elétrica está em
movimento dentre de um campo magnético, ele terá uma força magnética atuando sobre ela.
A força magnética é proporcional ao valor da carga (q), ao módulo do campo magnético (B) e ao módulo da velocidade
(v) com que a carga se move.

Representação das forças magnéticas sobre cargas elétricas

Regras
A força magnética é uma grandeza vetorial, portanto, ela possui uma direção, um sentido e um módulo. Lembre-se que a
força magnética é perpendicular ao campo magnético (B) e a velocidade (v) da carga magnética (q).

Regra da Mão Direita


Para entender o sentido da força magnética, utiliza-se a regra da mão direita, também chamada de “regra do tapa”.
Com a mão direita aberta, temos que o polegar representa o sentido da velocidade (v) e os outros dedos representam o
sentido do campo magnético (B). Já a palma da mão corresponde ao sentido da força magnética (F).
Para compreender melhor essa regra, veja a figura abaixo:

Regra da Mão Esquerda


A regra da mão esquerda, chamada de “regra da mão esquerda de Fleming”, também é usada para encontrar o sentido da
força magnética.
O dedo polegar representa o sentido da força magnética (F). Já o dedo indicador representa o campo magnético (B), ou
seja, o sentido da corrente elétrica. O dedo médio indica o sentido da velocidade (v).
Para compreender melhor, veja a figura abaixo:

76
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Fluxo de indução magnética

Fluxo de indução

Lei de Faraday-Neumann

Força eletromotriz

Transformadores
Quanto ao número de espiras

Conservação da potência

77
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Vetores

Determinado por um segmento orientado AB, é o conjunto de todos os segmentos orientados equipolentes a AB.

Se indicarmos com este conjunto, simbolicamente poderemos escrever:

onde XY é um segmento qualquer do conjunto.


O vetor determinado por AB é indicado por ou B - A ou .
Um mesmo vetor é determinado por uma infinidade de segmentos orientados, chamados representantes desse vetor,
os quais são todos equipolentes entre si. Assim, um segmento determina um conjunto que é o vetor, e qualquer um destes
representantes determina o mesmo vetor. Usando um pouco mais nossa capacidade de abstração, se considerarmos todos
os infinitos segmentos orientados de origem comum, estaremos caracterizando, através de representantes, a totalidade dos
vetores do espaço. Ora, cada um destes segmentos é um representante de um só vetor. Consequentemente, todos os
vetores se acham representados naquele conjunto que imaginamos.
As características de um vetor são as mesmas de qualquer um de seus representantes, isto é: o módulo, a direção e o
sentido do vetor são o módulo, a direção e o sentido de qualquer um de seus representantes.
78
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
O módulo de se indica por | | .
Soma de vetores
Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a soma de v e w, por:
v + w = (a+c,b+d)
Propriedades da Soma de vetores

Diferença de vetores
Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a diferença entre v e w, por:
v - w = (a-c,b-d)
Produto de um número escalar por um vetor
Se v=(a,b) é um vetor e c é um número real, definimos a multiplicação de c por v como:
c.v = (ca,cb)
Propriedades do produto de escalar por vetor
Quaisquer que sejam k e c escalares, v e w vetores:

Módulo de um vetor
O módulo ou comprimento do vetor v=(a,b) é um número real não negativo, definido por:

Vetor unitário
Vetor unitário é o que tem o módulo igual a 1.
Existem dois vetores unitários que formam a base canônica para o espaço R², que são dados por:
i = (1,0) j = (0,1)
Para construir um vetor unitário u que tenha a mesma direção e sentido que um outro vetor v, basta dividir o vetor v pelo
seu módulo, isto é:

Observação:
Para construir um vetor u paralelo a um vetor v, basta tomar u=cv, onde c é um escalar não nulo. Nesse caso, u e v serão
paralelos:
Se c = 0, então u será o vetor nulo.
Se 0 < c < 1, então u terá comprimento menor do que v.
Se c > 1, então u terá comprimento maior do que v.
79
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
Se c < 0, então u terá sentido oposto ao de v.
Decomposição de vetores em Vetores Unitários
Para fazer cálculos de vetores em apenas um dos planos em que ele se apresenta, pode-se decompor este vetor em vetores
unitários em cada um dos planos apresentados.
Sendo simbolizados, por convenção, î como vetor unitário do plano x e como vetor unitário do plano y. Caso o
problema a ser resolvido seja dado em três dimensões, o vetor utilizado para o plano z é o vetor unitário .

Então, a projeção do vetor no eixo x do plano cartesiano será dado por , e sua projeção no eixo y do plano

será: . Este vetor pode ser escrito como:

=( , ), respeitando que sempre o primeiro componente entre parênteses é a projeção em x e o segundo é a


projeção no eixo y. Caso apareça um terceiro componente, será o componente do eixo z.
No caso onde o vetor não se encontra na origem, é possível redesenhá-lo, para que esteja na origem, ou então descontar a
parte do plano onde o vetor não é projetado.

Produto escalar

80
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
Dados os vetores u=(a,b) e v=(c,d) definimos o produto escalar entre os vetores u e v, como o número real obtido por:
u.v = a.c + b.d
Exemplos:
O produto escalar entre u=(3,4) e v=(-2,5) é:
u.v = 3.(-2) + 4.(5) = -6+20 = 14
O produto escalar entre u=(1,7) e v=(2,-3) é:
u.v = 1.(2) + 7.(-3) = 2-21 = -19
Propriedades do produto escalar
Quaisquer que sejam os vetores, u v e w e k escalar:

Ângulo entre dois vetores


O produto escalar entre os vetores u e v pode ser escrito na forma:
u.v = |u| |v| cos(x)
onde x é o ângulo formado entre u e v.

Através desta última definição de produto escalar, podemos obter o ângulo x entre dois vetores genéricos u e v, como,

desde que nenhum deles seja nulo.

Fenômenos ondulatórios

Oscilações e ondas
As ondas são perturbações que se propagam pelo espaço sem transporte de matéria, apenas de energia.
O elemento que provoca uma onda é denominado fonte, por exemplo, uma pedra lançada nas águas de um rio gerarão
ondas circulares.
São exemplos de ondas: ondas do mar, ondas de rádio, som, luz, raio-x, micro-ondas dentre outras.
A parte da Física que estuda as ondas e suas características é chamada de ondulatória.

Características das Ondas

Para caracterizar as ondas usamos as seguintes grandezas:


Amplitude: corresponde à altura da onda, marcada pela distância entre o ponto de equilíbrio (repouso) da onda até a
crista. Note que a “crista” indica o ponto máximo da onda, enquanto o “vale”, representa a ponto mínimo.

Comprimento de onda: Representado pela letra grega lambda (λ), é a distância entre dois vales ou duas cristas sucessivas.

Velocidade: representado pela letra (v), a velocidade de uma onda depende do meio em que ela está se propagando.

Assim, quando uma onda muda seu meio de propagação, a sua velocidade pode mudar.

Frequência: representada pela letra (f), no sistema internacional a frequência é medida em hertz (Hz) e corresponde ao
81
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
número de oscilações da onda em determinado intervalo de tempo. A frequência de uma onda não depende do meio de
propagação, apenas da frequência da fonte que produziu a onda.

Período: representado pela letra (T), o período corresponde ao tempo de um comprimento de onda. No sistema
internacional, a unidade de medida do período é segundos (s).

Tipos de Ondas
Quanto à natureza, há dois tipos de ondas:

Ondas Mecânicas: para que haja propagação, as ondas mecânicas necessitam de um meio material, por exemplo, as ondas
sonoras e as ondas em uma corda.

Ondas Eletromagnéticas: nesse caso, não é necessário que haja um meio material para que a onda se propague, por
exemplo, as ondas de rádio e a luz.

Classificação das Ondas

Segundo a direção de propagação das ondas, elas são classificadas em:

Ondas Unidimensionais: as ondas que se propagam em uma direção.


Exemplo: ondas em uma corda.

Ondas Bidimensionais: as ondas que se propagam em duas direções.


Exemplo: ondas se propagando na superfície de um lago.

Ondas Tridimensionais: as ondas que se propagam em todas as direções possíveis.


Exemplo: ondas sonoras.

As ondas também podem ser classificadas de acordo com a direção de vibração:

Ondas Longitudinais: a vibração da fonte é paralela ao deslocamento da onda.


Exemplo: ondas sonoras

Ondas Transversais: a vibração é perpendicular à propagação da onda.


Exemplo: onda em uma corda.

82
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Fórmulas
Relação entre período e frequência
O período é o inverso da frequência.
Assim:

Velocidade de propagação

A velocidade também pode ser calculada em função da frequência, substituindo o período pelo inverso da frequência.
Temos:

Exemplo
Qual o período e a velocidade de propagação de uma onda que apresenta frequência de 5Hz e comprimento de onda de
0,2 m?
Como o período é o inverso da frequência, então:

Para calcular a velocidade usamos o comprimento de onda e a frequência, assim:

Fenômenos Ondulatórios

Reflexão
Uma onda se propagando em um determinado meio ao se deparar com um obstáculo pode sofre reflexão, isto é inverter o
sentido da propagação.
Ao sofrer reflexão, o comprimento de onda, a velocidade de propagação e a frequência da onda não se alteram.
Um exemplo é quando uma pessoa grita em um vale e escuta alguns segundos depois o eco da sua voz.
Através da reflexão da luz conseguimos ver nossa própria imagem em uma superfície polida.

Refração
A refração é um fenômeno que acontece quando uma onda muda o meio de propagação. Nesse caso, poderá ocorrer uma
mudança no valor da velocidade e na direção de propagação.
As ondas em uma praia se quebram paralelamente a orla, devido ao fenômeno da refração. A mudança de profundidade
da água (meio de propagação) faz com que a direção das ondas se modifique, tornando-as paralela a orla da praia.

Difração
As ondas contornam obstáculos. Quando isso ocorre dissemos que a onda sofreu difração.
A difração nos permite ouvir por exemplo uma pessoa que está do outro lado de um muro.

83
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Ao passar por um obstáculo, as ondas sofrem um espalhamento.

Interferência

Quando duas ondas se encontram, ocorre uma interação entre suas amplitudes chamada de interferência.
A interferência pode ser construtiva (aumento da amplitude) ou destrutiva (diminuição da amplitude).

Ondas Estacionárias

As ondas estacionárias ocorrem da superposição de ondas periódicas iguais e de sentidos contrários.


Ao ocorrer interferência construtiva e destrutiva, apresentam pontos que vibram e outros que não vibram.
Podemos produzir ondas estacionárias em uma corda com as extremidades fixas, como por exemplo, nas cordas de um
violão.

Número de onda

Em geral, o número de onda angular k, a magnitude do vetor de onda, é dado por:


k = 2π/λ
ν na qual (letra grega nu) é a frequência de onda, w = 2πv é a frequência angular da onda e vp é a velocidade de fase da
onda.
Para o caso especial de uma onda eletromagnética no vácuo, onde vp = c, k é dado por:
k = E/h.c
na qual E é a energia da onda, ħ é a constante reduzida de Planck e c é velocidade da luz no vácuo.
Para o caso especial de uma onda de matéria, por exemplo uma onda de elétron, na aproximação não-relativística:

Aqui p é o momento da particula , m é a massa , E é a energia cinética e h é a constante de Plank.

Ondas acústicas e eletromagnéticas

Quando eu coloco uma fila de dominós, por exemplo, e derrubo o primeiro, eu posso dizer que causei uma
perturbação somente no primeiro dominó. Mas você sabe que todos os outros irão cair em seguida. Este é o famoso
"efeito dominó". Podemos ver neste caso o que é uma perturbação se propagando de um lugar para o outro. A
perturbação causada no primeiro dominó chegou até o último, derrubando-o, apesar de cada dominó não ter saído da sua
posição inicial. Note também que somente a energia aplicada ao primeiro dominó chegou até a última peça. A
perturbação transportou somente energia portanto.
84
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
O que acontece na onda é mais ou menos isso. Uma perturbação é causada, por alguém ou por alguma fonte, e esta
perturbação propaga-se de um ponto para o outro na forma de pulsos. Veja alguns exemplos:
Uma pessoa movimenta a extremidade de uma corda, e a perturbação propaga-se até a outra extremidade;
Um terremoto no fundo do mar causa uma perturbação nas águas do oceano, e esta perturbação propaga-se até
encontrar algum continente, causando ondas gigantes conhecidas como Tsunamis. Estas ondas causam muita destruição
quando chegam às praias;
Um alto falante causa uma perturbação nas moléculas de ar, e esta perturbação propaga-se até nossos ouvidos
permitindo que possamos ouvir o som gerado pelo mesmo;
Como já vimos, chamamos de pulso uma perturbação que se propaga, e damos o nome de onda a uma seqüência de
pulsos periódicos.
Ondas mecânicas e eletromagnéticas

Ondas mecânicas são aquelas que precisam de um meio material para poderem se propagar. A perturbação causada no
dominó somente se moveu por causa dos dominós, sem eles ela nem existiria. Como exemplo temos as ondas no oceano,
o som etc. Todas são perturbações causadas em meios materiais. Já as ondas eletromagnéticas não precisam de meios
materiais para irem de um lugar para o outro. A perturbação é causada em campos eletromagnéticose se propaga através
deles. A luz é um bom exemplo deste tipo de onda. Note que a luz do Sol chega até nós mesmo existindo vácuo no
espaço. Outros exemplos de ondas eletromagnéticas são as microondas, as ondas de rádio etc.
As fontes sonoras fazem parte de nosso dia a dia, apesar de normalmente nós não fazermos relação entre elas e o estudo
da física. Essas fontes são capazes de produzir vibrações por meio das quais são transmitidas moléculas, o que causa a
onda de pressão que passa a se propagar. A onda, ao atingir os nossos ouvidos, faz com que o tímpano vibre, enviando
para o nosso cérebro impulsos que produzem essa sensação sonora. O meio em que mais comumente essa onda se
propaga, é o ar, mas também pode se propagar em meios como líquidos, ou ainda gases. Como exemplo de fontes
sonoras, podemos citar instrumentos musicais, como o violão e a bateria, por exemplo, ou ainda o nosso aparelho
fonador.
Chamamos de acústica a área da física responsável por estudar o som, fenômeno que, como vimos no início desse artigo,
é ondulatório e pode ser causado por diversos objetos e se propagar em diversos tipos de meios.
Qualidade do som
As músicas que ouvimos diariamente, podem ser cantadas em “duas vozes”, o que vai depender da altura das notas
musicais que são emitidas pelos cantores. Estas podem ser fracas ou fortes, e isso pode ser definido a partir de sua
intensidade ou de seu volume. A altura depende da frequência f do som, indicando se ele é grave ou agudo. Analisando
pela frequência, podemos dizer que, quanto menor ela for, mais grave será o som, e quanto maior ela for, mais agudo
será. A intensidade, por sua vez, depende da amplitude do som, e nos permite fazer a distinção entre um som forte e um
som fraco.

Imagem: Reprodução
Os sons que chegam em nossos ouvidos podem ser classificados como sons musicais ou ruídos, mas é claro que isso é
muito abstrato. Fisicamente entendemos o som musical como o resultado da superposição de ondas sonoras periódicas ou
aproximadamente periódicas. Os ruídos, por sua vez, são aqueles sons não periódicos que são breves e podem ter
mudanças ríspidas em suas características.
Velocidade de propagação do som
É possível fazer a medição da velocidade de propagação do som no ar. Uma experiência muito simples pode trazer para a
85
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/
realidade o que vemos em cálculos que podem parecer complicados na física. Para o estudo se tornar mais interessante,
faça a experiência: fique a 100 metros de um edifício e bata palmas. Com isso, você estará produzindo ondas sonoras que
irão até o edifício e voltarão até você na forma de eco. Sempre que ouvir o eco, bata palmas novamente e peça para
alguém contar quanto tempo você demora para bater palmas dez vezes. O tempo será de 6 segundos, uma vez que o som
demora esse tempo para percorrer os 200 metros, indo e voltando do prédio.
A velocidade do som pode ser calculada por meio de uma fórmula relativamente simples. Vamos aplicá-la ao
experimento:

No cálculo acima, pudemos chegar ao valor da velocidade do som propagada no ar, mas é claro que isso pode variar de
acordo com o meio de propagação, podendo ainda sofrer influências da temperatura em que esse meio se encontra.
Quando maior for a temperatura, maior será a velocidade de propagação.
Intensidade fisiológica do som
A intensidade do som, como vimos anteriormente, está relacionada à amplitude das vibrações, ou seja, à energia que é
transportada por essas ondas sonoras. A intensidade fisiológica e a intensidade física do som variam num mesmo sentido,
mas são distintas entre si. A primeira refere-se à intensidade auditiva, enquanto a segunda refere-se às ondas sonoras
propriamente ditas. A intensidade do som que é captada por nossos ouvidos corresponde à sensação de volume do som, e
existem valores de intensidade em que não podemos ouvir. A essa intensidade, chamamos de nível mínimo de audição.
Quando elevamos significativamente a intensidade, o som acaba por provocar uma sensação dolorosa. A altura do som,
portanto, está ligada à sua frequência. Como também já foi mencionado, a velocidade e a aceleração das partículas do
meio, durante a propagação das ondas mecânicas, sofrem variações conforme a lei harmônica.
Acústica aplicada à música

Imagem: Reprodução

Se você entende um pouco de música, já deve ter ouvido falar nas notas musicais, independentemente de que instrumento
estava-se usando, correto? Para que os mais variados instrumentos pudessem chegar às mesmas notas, foi fixado uma
altura absoluta, ou seja, uma frequência, para cada uma delas. A voz humana apresenta limites extremos que variam de
60 a 550 Hz para homens e 110 a 1300 para as mulheres. O timbre irá variar de acordo com os harmônicos que estão
associados ao som fundamental. Em sons musicais, é por meio da qualidade que vamos fazer a distinção entre dois sons
emitidos por fontes sonoras diferentes em uma mesma altura, por exemplo

Cordas Vibrantes: Os corpos possuem várias freqüências de ressonância, que podemos chamar de modos harmônicos.
Produzindo-se uma perturbação em um dado local de uma corda esticada, essa perturbação irá se propagar por toda a
corda em forma de onda. Quando esta onda atingir um dos extremos da corda esta será refletida, e assim sucessivamente.
Assim se configura uma onda estacionária.
86
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Na figura abaixo iremos mostrar os possíveis harmônicos em uma corda vibrante. Deve-se notar que as extremidades
serão sempre nodos, assim não irão vibrar.

Como entre dois nós (ponto sem vibração) teremos sempre um ventre, poderemos generalizar :

, onde n é o número de fusos.

Ainda a freqüência da vibração poderá ser dada como , sendo v a velocidade de propagação da onda que

é dada por: , sendo F a força que a corda está tencionada e u a densidade linear da corda.
Tubos Sonoros
Os tubos sonoros contêm uma coluna de ar em seu interior que vibra segundo uma de suas freqüências fundamentais que
serão representadas abaixo:

Geral:
87
Curso Preparatório TI
VESTIBULAR DE MEDICINA/EsFCEX/QT-MARINHA/QC-CA-CFN/ASON-M/EAOEAR/CAFAR/IME/CAMAR/CADAR/CP-CEM/EEAR - CNPJ 24910539/0001-46
Contatos/Whatsapp: (21)985078891 – (21)983451075 E-MAIL: cursotiensino@gmail.com - http://cursoti.weebly.com/

Os tubos fechados possuem apenas harmônicos ímpares assim:

88

Você também pode gostar