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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE MANICA

DIVISÃO DE ECONOMIA, GESTÃO E TURISMO

CURSO DE CONTABILIDADE E AUDITORIA

Direito Administrativo

3° ANO 2020 – I Semestre

Nome: Orsela João Inácio Vilaça

Docente: Jose Dias

Matsinho, Abril de 2020


CASOS PRÁTICOS

1.De acordo com a lei 14/2011 de 10 de Agosto, no seu CAPITULO II princípio da


actuação da administração pública, no seu artigo 4 que é o princípio da legalidade
no número 3 diz ‟Os actos administrativos praticados em estado de necessidade,
sem observância das regras estabelecidas pela presente lei são validas, desde que os
seus resultados não pudessem ter sido alcançados de outro modo”.

Também usou-se o artigo 42 para a delegação de poderes, no qual o director atribuiu


poderes ao funcionário, o contabilista José Augusto para exercer as actividades na sua
ausência.

Baseando-me neste artigo posso dizer que o Senhor José Augusto não pode ser
penalizado pelo acto porque ele viu-se obrigado a fazer o que fez para o bem comum da
empresa. Desde o momento que o Director encarregou o José Augusto para responder
pela empresa ele tornou-se capacitado para exercer qualquer acto administrativo mesmo
sendo temporariamente. Visto que o Director estava incomunicável e o José Augusto
não teve como informar o que havia sucedido depois que o director se ausentou ele teve
que tomar medidas pra a resolução dos problemas.

Então ele tomou decisões administrativas para realizar certas actividades como
pagamento de salario e despesas correntes. Todos os actos administrativos antes de
serem realizados devem ser escritos, o pagamento de salario é um acto executivo ou
acto administrativo que esta escrito na lei que todos os trabalhadores devem receber o
seu salario. E ele também teve que vender fardamentos e calcados para a compra de
computadores visto que os antigos queimaram no incendio que ocorreu. Os novos
computadores que ele comprou servirão para tarefas da empresa.

2.De acordo com o capítulo III garantias dos administrados e da administração


pública, no artigo 19 garantias da administração pública, na alínea ‟a) o privilégio
da execução prévia”

Privilégio da execução prévia diz que o direito administrativo confere a administração


poderes exorbitantes sobre os cidadãos por comparação com os poderes normais
reconhecidos pelo direito cível aos particulares nas relações entre si. A administração
dispõe de auto-tutela declarativa a qual lhe permite declarar unilateralmente o direito a
aplicar e de auto-tutela executiva que lhe permite executar as suas decisões sem recurso
a tribunal. Estas decisões podem ser impostas pela administração com recurso a coação
sem necessidade de qualquer intervenção prévia do poder judicial. A administração tem
assim o poder de por si só obrigar o particular a obedecer as regras por estas impostas,
através de medidas coercivas, não precisando de recorrer ao tribunal para fazer executar
as suas regras.

O município de Maputo agiu corretamente em demolir os murros porque estavam numa


via pública e pra tal eles usaram o privilégio da execução prévia enquanto o tribunal
analisava o caso. Quanto a indemnização vai depender se as pessoas têm ou não um
documento comprovativo da construção dos murros. Se tem o documento comprovativo
eles serão indemnizados mas se não tiverem nenhum documento que os permitiram
construir os murros não serão indemnizados.

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