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Prof. thB.

Weverton Costa
wevertontheos@hotmail.com / theologicalamapa@gmail.com
A Doutrina de
Cristo
UNIDADE I – ORIGEM HUMANA DE JESUS
Concepções Inadequadas

Os docetistas
(dokew – ‘parecer’, ‘aparentar’; 70 -170 d.C), negavam
a realidade do corpo de Cristo. O corpo de Cristo era só
aparente. Esse ponto de vista era sequência lógica da
suposição de que o mal é inerente à matéria. Se a
matéria é má e Cristo era puro, então o corpo humano
de Cristo deve ter sido meramente fantástico. O
docetismo era simplesmente uma filosofia pagã
introduzida na igreja.
UNIDADE I – ORIGEM HUMANA DE JESUS
Concepções Inadequadas

Os apolinaristas
(Apolinário, condenado em Constantinopla, 381),
negavam a integridade da natureza humana de Cristo.
De modo nenhum, Cristo, tinha no ou pnema
humanos além daquele concedido pela natureza divina.
Cristo tinha só o swma e ych´ humanos; o lugar do
no ou pnema humanos foi preenchido pelo logo
divino. O apolinarismo é uma tentativa de construir a
doutrina da Pessoa de Cristo nas formas da tricotomia
platônica.
UNIDADE I – ORIGEM HUMANA DE JESUS
Concepções Inadequadas

Os nestorianos
(Nestório, exonerado do patriarcado de Constantinopla,
431) negavam a união real entre as duas naturezas
divina e humana em Cristo, tornando-a mais uma
unidade moral do que orgânica. Recusavam-se,
portanto, a atribuir à unidade resultante os atributos de
cada natureza; e consideravam Cristo como um homem
em uma relação bem próxima com Deus. Assim eles
sustentavam virtualmente duas naturezas e duas
pessoas em vez de duas naturezas em uma pessoa.
UNIDADE I – ORIGEM HUMANA DE JESUS
Concepções Inadequadas

Os eutiquianos
(Eutiques, condenado em Calcedônia, 451) negavam a
distinção e a coexistência das duas naturezas e
defendiam uma mistura de ambas o que constituía um
tentium quid, uma terceira natureza. Visto que nesse
caso o divino deve sobrepor o humano, o humano foi
absorvido ou transmudado no divino, e este divino foi
modificado pela ação amalgamante. Os eutiquianos
foram chamados de monofisistas, pois virtualmente
reduziam as duas naturezas a uma
UNIDADE I – ORIGEM HUMANA DE JESUS
Concepções Inadequadas

Os gnósticos
(Gnosticismo, doutrina filosófico-religiosa, séc. I) misturava
ensino da filosofia grega com elementos da religião
babilônica (astrologia); legalismo judaico; dualismo Persa
(mau/bom, luz/trevas) e doutrinas cristãs. Defendiam que
Deus era um ser inacessível e que dele havia emanado uma
série de 30 espíritos angélicos denominados aéons.
Demiurgo, um deus menor, teria criado o mundo e suas
criaturas imperfeitas. Existia um mundo perfeito habitado por
milhares de almas preexistentes, que ao cair na terra,
ficavam cativas no corpo, um lugar impuro.
UNIDADE I – ORIGEM HUMANA DE JESUS
Apologia

A Doutrina Ortodoxa
(Calcedônia, 451)
Sustenta que na Pessoa de Cristo há
duas naturezas, uma humana e uma
divina, cada uma e sua plenitude e
integridade e que essas duas
naturezas estão orgânica e
indissoluvelmente unidas sem,
contudo, resultarem daí uma terceira
natureza. Não se pode dividir a
Pessoa ou confundir as duas
naturezas
UNIDADE I – ORIGEM HUMANA DE JESUS
Apologia

O Filho do Homem
Jesus nasceu como nasce um filho do
homem (Jo 1.14; Gl 4.4).
Cristo não apareceu do nada como se fosse
um espírito (gnósticos)
Foi gerado no ventre de uma mulher (Mt.
1.18-21
Recebeu um nome humano (Lc 2.21)
Sua genealogia em Lucas
Seu crescimento (Lc 2.52)
Sua sabedoria confirmada (Mt. 13.54-56)
Os Evangelhos citam 69 vezes a expressão
“filho do homem”.
Possuía corpo, mente, alma e todas as
características humanas
UNIDADE I – ORIGEM HUMANA DE JESUS
Apologia

Um Corpo Humano
O corpo frágil de Jesus era semelhante a
qualquer outra criança, da mesma natureza
Não era deificado ou translúcido (Eutiques)
Cristo foi tocado pelos humanos (Mc 5.31;
10.13,14)
Teve fome (Lc 4.2)
Sentia cansaço (Mc 4.38)
Sentiu dor e agonia (Jo 19.2)
Sentiu sede (Jo 19.28)
Após ressurreto ainda era humano (Lc
24.39)
UNIDADE I – ORIGEM HUMANA DE JESUS
Apologia

Uma Mente Humana


Teve a necessidade de aprender
desde sua infância (Lc 2.40)
Teve limitações de conhecimento
como qualquer humano (Mc 9.21;
10.51; 13.32)
A humanidade de Jesus foi plena,
mesmo sendo Deus
Autolimitou-se como homem, sem
que isso entrasse em contradição com
Sua deidade
UNIDADE I – ORIGEM HUMANA DE JESUS
Apologia

Uma Alma Humana


Ele possuia emoções genuinamente
humanas: chorou, sentiu compaixão,
indignou-se, entristeceu-se, angustiou-se,
teve medo da morte (Jo 11.35; Mt. 9.36,
21.12,13; 26.38; Jo 12.27; Hb 5.7)
Podia ser tentado (Hb 4.15)
Pode socorrer aos que são tentados (Hb
2.18)
Impecável, santo, imaculado, justo.
Sempre dependia de Deus, por isso orava
constantemente
Aprendeu a suportar tudo – calado!
UNIDADE I – ORIGEM HUMANA DE JESUS
Apologia

Um Verdadeiro Homem
“homem experimentado nos trabalhos”
“filho do carpinteiro” – Mt. 13.55
Seu trabalho exigia força bruta
Teve que sustentar a família com seu
trabalho (filho mais velho)
Iniciou seu ministério como um viajante
(jornadas de dois a três dias de viagens)
Seus discípulos o viam como um verdadeiro
homem e se surpreendiam com alguma obra
extraordinária (Mt. 8.27)
Escandalizou os judeus com suas
afirmativas (Jo 10.33)
Era o profeta da Galiléia (Jo 7.51,52)
Rabi (Mt. 26.49), o samaritano (Jo 8.48)
UNIDADE II – ORIGEM DIVINA DE JESUS
O Deus Unigênito

Jesus é sempre estudado pelos


cientistas apenas do ponto de vista
histórico.
A humanidade de Jesus se reveste de
grandeza e dignidade pelo fato de ser
Deus.
UNIDADE II – ORIGEM DIVINA DE JESUS
A Auto-Existência de Jesus

Jesus, antes de sua vinda à Terra, era auto-existente,


já existia na eternidade.

1.1 No Princípio Eterno


João 1.1 – sua existência na eternidade
Isaías 9.6 – “O pai da eternidade”
Miquéias 5.2 – “aquele cujas origens são desde os
tempos antigos, desde os dias da eternidade”
Hebreus 13.8 – o “imutável”
Sua deidade e eternidade são rejeitadas por seitas como
as Testemunhas de Jeová
UNIDADE II – ORIGEM DIVINA DE JESUS
A Auto-Existência de Jesus

1.2 Jesus - Deus


João 1.1 – “[...] e o Verbo era Deus...”
Jesus não só estava na companhia de Deus como
também era Deus.
Mesmo sendo divino, Ele assumiu uma condição
humana e veio viver entre nós na Terra (Jo 1.14)
Perdoou pecados, dominou a natureza, enfrentou o
diabo, as autoridades. Após sua ressurreição foi exaltado
como Deus pelos anjos no céu (Hb 1.8)
Sua mensagem é transformadora (1 Jo 5.20)
UNIDADE II – ORIGEM DIVINA DE JESUS
A Auto-Existência de Jesus

1.3 Jesus – o Filho de Deus


Gerado por Deus – tinha mãe humana, mas não um
pai, visto que seu Pai era Deus.
O Pai declara a paternidade ao filho (Lc 3.22)
Essa filiação foi rejeitada entre os judeus, vista como
uma blasfêmia, pecado digno de morte (Jo 5.18)
Jesus como Filho eterno de Deus e distinto das demais
pessoas da deidade está relacionada com sua auto-
existência, anterior a sua encarnação
UNIDADE II – ORIGEM DIVINA DE JESUS
A Coexistência de Jesus

2.1 A Igualdade de Jesus na Trindade


É a segunda Pessoa da Trindade (Mt. 28.19)
Uma ordem não hierárquica, sem diferença de poder
ou de posição
A igualdade de Jesus na Trindade foi amplamente
discutida em várias ocasiões.
Agostinho de Hipona, 4º Séc. enfatizou a doutrina
da Trindade

Tarefa - Comentar o Credo de Atanásio


(entregar próx. Aula)
UNIDADE II – ORIGEM DIVINA DE JESUS
A Coexistência de Jesus

2.2 O Co-Criador do Universo


“todas as coisas foram feitas por Ele” – Jo 1.3
Essa criação foi participativa – Gn. 1.1 e 2
A criação do homem foi uma obra conjunta – Gn.
1.26
Em Gn. 2.7 a criação é atribuída a Deus-Pai; em
Colossenses 1.16 é atribuída a Deus-Filho
Em Jó 33.4, a referência atribui ao Espírito Santo
o ato da criação
UNIDADE II – ORIGEM DIVINA DE JESUS
A Coexistência de Jesus

2.3 O Co-Sustentador do Universo


Jesus, como uma das pessoas da Santíssima
Trindade, é co-sustentador do universo
Cl 1.17 – “todas as coisas subsistem por ele”
Coopera com o Pai – Mt. 5.45
Coopera com o Espírito Santo – Sl 104.30
UNIDADE II – ORIGEM DIVINA DE JESUS
A Coexistência de Jesus

2.4 O Co-Redentor da Humanidade


Jesus juntamente com os demais membros da
Deidade decidiu o futuro espiritual do homem
Assumiu a função de redentor da humanidade
Adquiriu um corpo humano e viveu entre os homens
por um tempo (Gl 4.4)
Seu alvo: mostrar o caminho da redenção
Sua encarnação era necessária – Hb 10.5; Jo 1.14
Seu destino – a cruz (Jo 1.29)
Gn. 3.15; Is 7.14 “ a semente da mulher, Emanuel”
UNIDADE II – ORIGEM DIVINA DE JESUS
A Preexistência de Jesus

A Doutrina da Preexistência de Jesus estabelece uma


distinção clara entre Criador e criação

3.1 O Verbo Eterno


O Apóstolo João procurou provar que Cristo preexistia à
própria criação (1.1-3)
“o princípio” – tempo em que nenhuma criação existia
“Verbo” – aparece em João com diversos significados:
um ser preexistente; Divindade com poder de criar o
universo; Pessoa divina distinto da Deidade; personalidade
de natureza divina; Jesus de Nazaré
UNIDADE II – ORIGEM DIVINA DE JESUS
A Preexistência de Jesus

3.2 O Princípio de Toda Criação


João 3.14
O mundo material foi obra de suas mãos (Cl
1.16,17)
Hebreus confirma (1.10)
Jesus é o Primogênito da criação (Cl 1.15)
“primogênito” não em ser a primeira de todas as
criações de Deus, mas o primeiro de uma série, o
mais velho (filhos de Deus). Sl 89.27 – lugar de
domínio, posição de destaque referindo-se a Cristo
UNIDADE II – ORIGEM DIVINA DE JESUS
A Preexistência de Jesus

3.3 A Plenitude do Deus Criador


A posição de Jesus como Senhor da criação sempre
foi contestada por vários grupos ao longo da história,
dentre eles, os Gnósticos, que rejeitavam a divindade
de Jesus e ensinavam que Ele era apenas um espírito
angélico que havia emanado da suprema divindade e
vindo ao mundo no corpo de homem, Jesus de
Nazaré. Paulo refutou essa heresia ao escrever para
os crentes de Colossos (Cl 2.9)
UNIDADE II – ORIGEM DIVINA DE JESUS
A Preexistência de Jesus

3.4 A Imagem do Deus Invisível


Jesus, mesmo em sua humanidade, era a imagem
do Deus invisível, autor da criação (Cl 1.15)
Jesus dominava a natureza com certa liberdade
Tal domínio se deu por meio de sua Onipotência
Também demonstrou sua Onisciência e
Onipresença, quando revelou conhecer o pensamento
das pessoas (Mc 2.8); quem o havia de trair (Jo 6.64);
veio do céu e ainda permanecia no céu (Jo 3.13)
As Provas Bíblicas da Divindade de
Cristo

A palavra Deus (Theos)


atribuída a Cristo.
Jo 1.1,18; Rm 9.5; Tt 2.13; Hb
1.8; 2 Pe 1.1.

A palavra Senhor (kyrios)


atribuída a Cristo.
Mt 13.27; 21.30; 27.63; Jo 4.11; Mt 6.24;
21.40; Lc 2.11
Sinais de que Jesus Possuía Atributos
de Divindade

Onipotência
Mt 8.26-27 Onisciência
Mc 2.8

Onipresença
Mt 28.20 Imortalidade
Jo 2.19
Por que é necessária a
Divindade de Jesus?

Só alguém que fosse Deus infinito


poderia arcar com toda a pena de
todos os pecados de todos os que
cressem nele — qualquer criatura
finita não seria capaz de arcar com
tal pena.
Por que é necessária a
Divindade de Jesus?

A salvação vem do Senhor (Jn 2.9),


e toda a mensagem das Escrituras
é moldada para mostrar que
nenhum ser humano, nenhuma
criatura, jamais conseguiria salvar
o homem — só Deus mesmo
poderia.
Por que é necessária a
Divindade de Jesus?

Só alguém que fosse verdadeira e


plenamente Deus poderia ser o
mediador entre Deus e homem
(1Tm 2.5), tanto para nos levar de
volta a Deus como também para
revelar Deus de maneira mais
completa a nós (Jo 14.9).
ATÉ A PRÓXIMA AULA

A Rejeição da Origem
Divina de Jesus

A Defesa da Origem
Divina de Jesus

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