Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
3. Materiais cristalinos
-Estrutura cristalina: conceitos fundamentais,
célula unitária,
- Sistemas cristalinos,
- Polimorfismo e alotropia
- Direções e planos cristalográficos, anisotropia,
- Determinação das estruturas cristalinas por
difração de raios-x.
1
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
ESTRUTURA CRISTALINA
2
ARRANJAMENTO ATÔMICO
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
6
CÉLULA UNITÁRIA
(unidade básica repetitiva da estrutura tridimensional)
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
Célula Unitária
8
SISTEMA CÚBICO
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
Cúbico simples
Cúbico de corpo centrado
Cúbico de face centrada
9
SISTEMA CÚBICO SIMPLES
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
11
RELAÇÃO ENTRE O RAIO ATÔMICO
(R) E O PARÂMETRO DE REDE (a)
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
No sistema cúbico
simples os átomos se
tocam na face
a= 2 R
12
FATOR DE EMPACOTAMENTO
ATÔMICO PARA CÚBICO SIMPLES
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
13
EST. CÚBICA DE CORPO
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
CENTRADO
O PARÂMETRO DE REDE E O RAIO ATÔMICO ESTÃO
RELACIONADOS NESTE SISTEMA POR:
accc= 4R /(3)1/2
14
RELAÇÃO ENTRE O RAIO ATÔMICO
(R) E O PARÂMETRO DE REDE (a)
PARA O SITEMA CCC
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
No sistema CCC os
átomos se tocam ao
longo da diagonal do
cubo: (3) 1/2.a=4R
15
NÚMERO DE COORDENAÇÃO
PARA CCC
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
16
NÚMERO DE
COORDENAÇÃO
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
1/8 de átomo
1 átomo inteiro
(demonstre)
18
EST. CÚBICA DE FACE
CENTRADA
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
20
NÚMERO DE COORDENAÇÃO
PARA CFC
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
21
Demonstre que acfc = 2R (2)1/2
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
a2 + a2 = (4R)2
2 a2 = 16 R2
a2 = 16/2 R2
a2 = 8 R2
a= 2R (2)1/2
22
FATOR DE EMPACOTAMENTO
ATÔMICO PARA CFC
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
23
DEMONSTRE QUE O FATOR DE EMPACOTAMENTO
PARA A EST. CFC É O,74
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
24
CÁLCULO DA DENSIDADE
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
25
EXEMPLO:
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
26
TABELA RESUMO PARA O
SISTEMA CÚBICO
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
CS 1 6 2R 0,52
CCC 2 8 4R/(3)1/2 0,68
CFC 4 12 4R/(2)1/2 0,74
27
SISTEMA HEXAGONAL
SIMPLES
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
28
EST. HEXAGONAL
COMPACTA
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
32
SISTEMAS CRISTALINOS
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
33
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
OS 7 SISTEMAS CRISTALINOS
34
AS 14 REDES DE BRAVAIS
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
35
POLIMORFISMO OU
ALOTROPIA
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
36
EXEMPLO DE MATERIAIS QUE
EXIBEM POLIMORFISMO
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
Ferro
Titânio
Carbono (grafite e diamente)
SiC (chega ter 20 modificações cristalinas)
Etc.
37
ALOTROPIA DO FERRO
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
Na temperatura ambiente, o
ccc De 1394°C-PF Ferro têm estrutura ccc, número
de coordenação 8, fator de
empacotamento de 0,68 e um
raio atômico de 1,241Å.
cfc De 910-1394°C
A 910°C, o Ferro passa para
estrutura cfc, número de
coordenação 12, fator de
empacotamento de 0,74 e um
ccc Até 910°C raio atômico de 1,292Å.
A 1394°C o ferro passa
novamente para ccc.
38
ALOTROPIA DO TITÂNIO
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
FASE
Existe até 883ºC
Apresenta estrutura hexagonal compacta
É mole
FASE
Existe a partir de 883ºC
Apresenta estrutura ccc
É dura
39
EXERCÍCIO
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
O ferro passa de ccc para cfc a 910 ºC. Nesta temperatura os raios atômicos são
respectivamente , 1,258Å e 1,292Å. Qual a percentagem de variação de volume
percentual provocada pela mudança de estrutura?
Vccc= 2a
3 Vcfc= a
3
accc= 4R/ (3)1/2 acfc = 2R (2)1/2
Vccc= 49,1 Å3 Vcfc= 48,7 Å3
Para o cálculo foi tomado como base 2 células unitárias ccc, por isso Vccc= 2a3
uma vez que na passagem do sistema ccc para cfc há uma contração de volume
40
DIREÇÕES NOS CRISTAIS
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
coordenadas
O espaço lático é infinito...
A escolha de uma origem é completamente arbitrária, uma vez que cada ponto
do reticulado cristalino idêntico.
A designação de pontos, direções e planos específicos fixados no espaço
absoluto serão alterados caso a origem seja mudada, MAS ...
todas as designações serão auto-consistentes se partirem da origem como uma
referência absoluta.
Exemplo: Dada uma origem qualquer, haverá sempre uma direção [110]
definida univocamente, e [110] sempre fará exatamente o mesmo ângulo com
a direção [100].
42
DIREÇÕES NOS CRISTAIS
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
São representadas
entre colchetes=[uvw]
Família de direções:
<uvw>
43
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
(o,o,o)
DIREÇÕES?
44
Algumas direções da
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
45
DIREÇÕES NOS CRISTAIS
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
São representadas
entre colchetes=
[hkl]
Se a subtração der
negativa, coloca-se
uma barra sobre o
número
46
As duas direções
pertencem a mesma
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
família?
[101]
47
DIREÇÕES NOS CRISTAIS
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
48
DIREÇÕES NOS CRISTAIS
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
49
DIREÇÕES PARA O
SISTEMA CÚBICO
A simetria desta estrutura permite que as
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
<111>
<100>
50
DIREÇÕES PARA O
SISTEMA CCC
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
51
DIREÇÕES PARA O
SISTEMA CFC
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
52
PLANOS CRISTALINOS
Por quê são importantes?
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
· Para a determinação da estrutura cristalina Os métodos de difração medem diretamente a distância entre
planos paralelos de pontos do reticulado cristalino. Esta informação é usada para determinar os parâmetros do
reticulado de um cristal.
Os métodos de difração também medem os ângulos entre os planos do reticulado. Estes são usados para
determinar os ângulos interaxiais de um cristal.
· Para a deformação plástica
A deformação plástica (permanente) dos metais ocorre pelo deslizamento dos átomos, escorregando uns sobre
os outros no cristal. Este deslizamento tende a acontecer preferencialmente ao longo de planos direções
específicos do cristal.
· Para as propriedades de transporte
Em certos materiais, a estrutura atômica em determinados planos causa o transporte de elétrons e/ou acelera a
condução nestes planos, e, relativamente, reduz a velocidade em planos distantes destes.
Exemplo 1: Grafita
A condução de calor é mais rápida nos planos unidos covalentemente sp2 do que nas direções perpendiculares a esses planos.
Exemplo 2: supercondutores a base de YBa2Cu3O7
Alguns planos contêm somente Cu e O. Estes planos conduzem pares de elétrons (chamados pares de cobre) que são os
responsáveis pela supercondutividade. Estes supercondutores são eletricamente isolantes em direções perpendiculares as dos
planos Cu-O.
53
PLANOS CRISTALINOS
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
54
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
PLANOS CRISTALINOS
55
PLANOS CRISTALINOS
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
Planos (010)
São paralelos aos eixos x
e z (paralelo à face)
Cortam um eixo (neste
exemplo: y em 1 e os
eixos x e z em )
1/ , 1/1, 1/ = (010)
56
PLANOS CRISTALINOS
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
Planos (110)
São paralelos a um eixo
(z)
Cortam dois eixos
(x e y)
1/ 1, 1/1, 1/ = (110)
57
PLANOS CRISTALINOS
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
Planos (111)
Cortam os 3 eixos
cristalográficos
1/ 1, 1/1, 1/ 1 = (111)
58
PLANOS CRISTALINOS
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
Quando as
intercessões
não são
óbvias
desloca-se o
plano até
obter as
intercessões
corretas Fonte: Prof. Sidnei Paciornik, Departamento de
Ciência dos Materiais e Metalurgia da PUC-Rio
59
FAMÍLIA DE PLANOS {110}
É paralelo à um eixo
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
60
FAMÍLIA DE PLANOS {111}
Intercepta os 3 eixos
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
61
PLANOS NO SISTEMA
CÚBICO
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
62
PLANOS DE MAIOR DENSIDADE
ATÔMICA NO SISTEMA CCC
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
A família de planos
{110} no sistema ccc é
o de maior densidade
atômica
63
PLANOS DE MAIOR DENSIDADE
ATÔMICA NO SISTEMA CFC
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
A família de planos
{111} no sistema cfc é
o de maior densidade
atômica
64
DENSIDADE ATÔMICA
LINEAR E PLANAR
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
65
DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA
CRISTALINA POR DIFRAÇÃO DE RAIO X
0,1nm
66
DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA
CRISTALINA POR DIFRAÇÃO DE RAIO X
O FENÔMENO DA DIFRAÇÃO:
Quando um feixe de raios x é dirigido à
um material cristalino, esses raios são
difratados pelos planos dos átomos ou
íons dentro do cristal
67
DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA
CRISTALINA POR DIFRAÇÃO DE RAIO X
n= 2 dhkl.sen
É comprimento de onda
N é um número inteiro de
ondas
Válido
dhkl= a
para d é a distância interplanar
sistema
(h2+k2+l2)1/2 cúbico O ângulo de incidência
69
DISTÂNCIA INTERPLANAR
(dhkl)
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
dhkl= a
(h2+k2+l2)1/2
70
TÉCNICAS DE DIFRAÇÃO
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
Técnica do pó:
É bastante comum, o material a ser analisado
encontra-se na forma de pó (partículas finas
orientadas ao acaso) que são expostas à radiação
x monocromática. O grande número de
partículas com orientação diferente assegura que
a lei de Bragg seja satisfeita para alguns planos
cristalográficos
71
O DIFRATOMÊTRO DE
RAIOS X
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS
T= fonte de raio X
Amostra S= amostra
C= detector
O= eixo no qual a amostra e o
Fonte detector giram
Detector
72
DIFRATOGRAMA
Eleani Maria da Costa - DEM/PUCRS