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Fórum I

A ideia deste fórum , é responder as perguntas que estão sendo apresentadas a


continuação , para isto se utilize do livro da disciplina, especificamente os capítulos I, II III.

Pergunta 1

Explique e indique a importância (de forma detalhada) da fase do pre-desenvolvimento do


produto (Capítulo I )

Pergunta 2

Crie uma ideia de produto e aplique a esta ideia cada umas das fases da etapa de
desenvolvimento do modelo de referencia , explique de forma detalha (Capítulo II)

Pergunta 3

Desenvolva e discuta o porque do seguinte paragrafo:

De acordo com Back et al. (2008), o conceito do produto pode ser entendido como uma
especificação da oportunidade (Capitulo III)

Inovar e ser interessante são duas expressões totalmente diferentes, mas que
muitos que são entendidas como iguais ao lidar com o processo de
desenvolvimento de produtos - o que é um enorme erro. Por quê? Porque
não analisar quais as modificações ou invenções necessárias para que os
produtos sejam relevantes para o mercado pode trazer consequências
desastrosas. É fundamental entender o que é o processo de PDP antes fazer
alterações nos portfólios institucionais.

Ciclo de vida de produtos, exigência do consumidor moderno, situação


econômica e outros temas mercadológicos, sondam as empresas que desejam
se manter ativas. Dentre as diversas estratégias disponíveis para conseguir
uma estabilidade, algumas escolhem surpreender com o desenvolvimento de
novos produtos ou melhoria de produtos antigos. Por falta de estudo, quem
muitas vezes acaba recebendo a surpresa é a própria empresa, que acaba não
conseguindo uma péssima aceitação. Conclusão: prejuízo.

Um case bastante relevante para esse tema, é da Procter & Gamble que pode
ser encontrado no livro o Poder do Hábito, do repórter Charles Duhigg. Durante
os anos 90, a empresa lidou com um desafio de conseguir vender um Spray
aromatizador que havia exigido milhões de dólares da empresa, mas que não
estava trazendo o faturamento desejado. O cenário só foi alterado quando o
processo PDP foi reavaliado, o que os levou a entender que o conceito deveria
ser alterado, para que o produto se tornasse atrativo - o que de fato aconteceu!
Cheng, L. C. (2000), Caracterização da gestão de desenvolvimento do produto, in .

Rozenfeld, H.; Forcellini, F. A.; Amaral, D. C.; Toledo, J. C.; Silva, S. L. d.; Allipradini, D. H. &
Scalice, R. K. (2006), Gestão de Desenvolvimento de Produtos, Saraiva.

Esse exemplo fortalece a importância do PDP e a aplicação correta de todas as


suas fases, que são:

Pré-desenvolvimento - É onde deve acontecer a análise do desejo e


necessidade do público perante o produto. Então, é nesse estágio que o
conceito e principais funções devem ser definidas. Através de pesquisas
secundárias e primárias é possível lapidar conceitos.

Desenvolvimento - Nesta etapa, todas as pesquisas prévias são aplicadas e a


integração de diversos setores, como a equipe de engenharia e financeira,
acontecem. O desenvolvimento é a formação do produto, então é um estágio
pré-lançamento e que envolverá análises de aceitação em mercados
disponíveis para teste.

Pós-desenvolvimento - Após o lançamento do produto, é importante avaliar a


aceitação do público-alvo perante à novidade, o que envolve adaptação de
comunicação ou estrutura, caso receba avaliações negativas.

A pesquisa de mercado é importantíssima em todos os processos de PDP,


porque ela permite corrigir problemas que possam surgir quando o produto
estiver ativo. Quanto antes os problemas forem identificado, mais lucrativo
sairá para a empresa. No caso da P&G, citado anteriormente, o problema com
a mensagem foi descoberto no pós-desenvolvimento, o que não teria sido
desgastante - financeiramente e emocionalmente - caso tivessem feito uma
análise melhor no pré-desenvolvimento.

A falha durante o processo pode acontecer por carências de conhecimento dos


profissionais responsáveis pelo projeto. Desta forma, para quem deseja atuar
no ramo, é primordial fazer uma especialização na área, como a pós-
graduação em  Gestão do Desenvolvimento de Produtos Inovadores,
oferecidos pela Unidombosco. Em apenas 6 meses, você estará competente
para influenciar na tomada de decisões para o desenvolvimento de produtos
que sejam inovadores e desejados pelo mercado.
Importância do Desenvolvimento de Produto
Não é novidade que desenvolver produtos tem se tornado um dos processos-chave para a
competitividade na manufatura. Movimentos de aumento da concorrência, rápidas mudanças
tecnológicas, diminuição do ciclo de vida dos produtos e maior exigência por parte dos
consumidores exigem das empresas agilidade, produtividade e alta qualidade que dependem
necessariamente da eficiência e eficácia da empresa neste processo.

Situação Atual
Um dos fatores bem conhecidos sobre o processo de desenvolvimento de produto é que o grau de
incerteza no início deste processo é bem elevado, diminuindo com o tempo, mas é justamente no
início que se seleciona a maior quantidade de soluções construtivas. As decisões entre alternativas
no início do ciclo de desenvolvimento são responsáveis por 85% do custo do produto final. O custo
de modificação aumenta ao longo do ciclo de desenvolvimento, pois a cada mudança, um número
maior de decisões já tomadas podem ser invalidadas.

Assim, é por si só um desafio gerenciar as incertezas envolvidas num processo de


desenvolvimento de produto, onde as decisões de maior impacto têm que ser tomadas no
momento em que existe um maior número de alternativas e grau de incerteza.

Soma-se a isto: 
- o fato deste processo se basear num ciclo projetar-construir-testar que geram atividades
necessariamente interativas; 
- de ser uma atividade essencialmente multi-disciplinar (trazendo fortes barreiras culturais sobre a
integração); 
- a existência de uma quantidade grande de ferramentas, sistemas, metodologias, soluções, etc..,
desenvolvidas por profissionais/empresas de diferentes áreas, as quais não "conversam" entre si; 
- e a existência de diversas visões parciais sobre o processo de desenvolvimento de produtos.

Visões Parciais do Desenvolvimento de Produto


Uma grande dificuldade atual para o gerenciamento do processo de desenvolvimento de produto é
a existência de diversas visões parciais . No campo de ensino e pesquisa, desenvolver produtos
vinha sendo tratado de maneira isolada pelas diferntes áreas de conhecimento especializado.
Portanto, ainda hoje profissionais de engenharia tendem a pensar o desenvolvimento de produto
como atividades específicas de cálculos e testes (engenheiros químicos em termos de balanços de
energia e dimensionamento de equipamentos, engenheiros mecânicos em termos de cálculos e
desenhos necessários para processos mecânicos, etc...); " designers" ou programadores visuais
como o resultado de estudos de conceito; administradores como algo mais abstrato, independente
do conteúdo tecnológico e voltado para os problemas organizacionais e estratégicos; especialistas
em qualidade como a aplicação de ferramentas específicas; e muitos outros que poderiam ser aqui
listados.

Quando transportadas para a prática estas visões podem levar a muitos problemas e ineficiências.
Isto porque qualquer desenvolvimento, por maior a hegemonia de um determinado conteúdo
tecnológico, implica em conhecimentos de várias destas visões. Este processo é um todo integrado
que depende, para um adequado resultado final, a consideração de diversos fatores ligados às
mais diversas áreas do conhecimento. Cada visão parcial carrega consigo também uma linguagem
e determinados valores próprios, que dificulta a integração entre os profissionais pertencentes a
cada uma dessas escolas.

Enfrentar esta situação depende do desenvolvimento de uma visão holística, ou seja, da


construção uma imagem única e integrada do processo de desenvolvimento de produto. A forma
de representá-la empregada pelo Grupo de Engenharia Integrada é por meio do modelo de
referência para o processo de desenvolvimento de produto.

Abordagens de estudo do Desenvolvimento de


Produto
Existem várias abordagens propostas para a análise e intervenções no processo de
desenvolvimento de produto. Elas têm origens em diferentes áreas do conhecimento, valorizando
diferentes aspectos deste processo. Algumas das mais importantes são:

 Estudos de Harvard & MIT: No final da década de 80 e início dos 90 foram


desenvolvidos por pessoas ligadas a Harvard e ao MIT importantes projetos de pesquisa
relacionados com a manufatura enxuta e a gestão do processo de desenvolvimento de
produto. Estes primeiros trabalhos, puramente analíticos, tornaram-se clássicos e
comumente referenciados na literatura sobre desenvolvimento de produto (CLARK &
FUJIMOTO, 1991 e WOMACK, JONES & ROSS, 1994) e geraram muitos dos conceitos
aplicados nesta área. Os conceitos gerados nesta pesquisa têm um escopo de aplicação
mais amplo que uma abordagem específica. Eles são atualmente empregados por grande
parte das pessoas que estudam e trabalham com o desenvolvimento de produto e, por isso
têm uma importância por si próprios dentro desta área. Eles foram também a base de uma
abordagem para gerenciar este processo, que é apresentada nos livros de CLARK &
WHEELWRIGHT (1993a e b). Nesta abordagem os autores dividem o processo de
desenvolvimento de produto em três etapas maiores: Estratégia de Desenvolvimento (onde
apresenta uma estrutura para o planejamento e gerenciamento do portfólio dos projetos
em andamento); Gerenciamento do Projeto Específico (abordando o gerenciamento,
liderança, tipos de interação entre atividades e outros assuntos relacionados com um
projeto específico); Aprendizagem (apresentando formas para garantir a melhoria do
processo e a aprendizagem organizacional a partir da experiência com o projeto).

 Stuart Pugh: A abordagem proposta por PUGH (1990 e 1996) possui uma forte influência
da experiência prática que este teve trabalhando durante anos como projetista e gerente
de projetos em diversas indústrias. Sua principal preocupação era com a busca de uma
visão total da atividade de projeto, ou seja, que superasse as visões parciais presentes em
cada setor tecnológico específico. Para atingir este objetivo ele dedicou uma grande ênfase
à educação e desenvolveu um modelo, que ficou muito conhecido como Total Design. Este
modelo possui um conjunto de 6 etapas todas elas interativas e aplicáveis a qualquer tipo
de projeto (independente da disciplina tecnológica envolvida). Cada etapa é representada
por um cilindro significando que nela são empregados um conjunto específico de
conhecimentos compostos por diversas visões tecnológicas parciais.

 Don Clausing: Este autor teve uma forte influência do trabalho de Pugh e Taguchi.
Somando conceitos destes dois autores, com os quais conviveu e trabalhou, à sua própria
experiência criou uma abordagem a qual denominou Total Quality Development. Nela há
um enfoque muito grande para as técnicas QFD, Método Taguchi e Matriz de Pugh e para
os conceitos sobre gerenciamento dos times de desenvolvimento de produto. Inclusive uma
de suas principais contribuições é a de mostrar a integração entre o QFD e o método
Taguchi. As fases em que ele divide o processo de desenvolvimento de produto são:
Conceito (onde ele foca na metodologia do QFD); Design (divide em projeto do subsistemas
e projetos das partes); e preparação/produção (dividido em verificação do sistema,
prontidão e produção piloto);

 Prasad: Este autor propõe uma sofisticada abordagem para engenharia simultânea que
engloba diversos fatores em uma estrutura bastante independente das fases de um
processo de desenvolvimento de produto. Ele divide a engenharia simultânea em duas
rodas denominadas Organização do Produto e Processo (Product and Process Organization
Wheel - PPO) e a do Desenvolvimento de Produto Integrado (Integrated Product
Development Wheel - IPD).Ambas possuem no seu centro a descrição dos quatro
elementos de suporte desta metodologia que são: modelos, métodos, métricas e medidas.
As duas rodas possuem também um anéis intermediários idênticos que representam os
times, ou a estrutura organizacional que dirige as ações dentro do processo de engenharia
simultânea. A primeira roda, PPO, aborda os fatores que determinam o grau de
complexidade do gerenciamento do desenvolvimento de produto e os fatores
organizacionais. A segunda roda, IPD, define de uma maneira bastante flexível a integração
do processo de desenvolvimento de produto.

 APQP da QS 9000: O Manual de Planejamento e Controle da Qualidade do Produto


desenvolvido dentro do conjunto de normas da QS 9000 possui uma estrutura que pode
muito bem servir como referência para a estruturação e gerenciamento do processo de
desenvolvimento de produto. Apesar de não ter sido desenvolvido especificamente para
este fim ele resume um conjunto de preocupações, técnicas e um modelo suficientemente
detalhado capazes de servir de base para intervenções neste processo.

Paralelamente a estas existe a Proposta do Grupo de Engenharia Integrada, que está em


desenvolvimento e tem como objetivo fundamental promover a visão holística do processo de
desenvolvimento de produto.

Definições do Processo de Desenvolvimento de


Produto
"é o processo a partir do qual informações sobre o mercado são transformadas nas informações e
bens necessários para a produção de um produto com fins comerciais" Clark & Fujimoto (1991).

“a atividade sistemática necessária desde a identificação do mercado/necessidades dos usuários


até a venda de produtos capazes de satisfazer estas necessidades – uma atividade que engloba
produto, processos, pessoas e organização”. Total Design  de Pugh (1990, p.5).

"processo de negócio compreendendo desde a idéia inicial e levantamento de informações do


mercado até a homologação final do produto e processo e transmissão das informações sobre o
projeto e o produto para todas as áreas funcionais da empresa" Grupo de Engenharia
Integrada

Caracterização do Processo de Desenvolvimento


de Produto
Uma forma de se caracterizar o processo de desenvolvimento de produto é por meio das seguintes
dimensões, as quais estão presentes no modelo de referência desenvolvido pelo Grupo de
Engenharia Integrada para a FIM:

 atividades/fases: Há muitas formas de se classificar as fases e atividades do processo


de desenvolvimento de produto. Na Abordagem do Grupo EI e no modelo de referência são
identificadas sete fases: Conceber Produto, Conceituar Produto, Pjojetar Produto e
Processo, Homologar Produto, Homologar Processo e Ensinar Empresa. O modelo de
referência apresenta as atividades dispostas em cada uma destas etapas;

 recursos: compõe-se de todos conceitos/filosofias, métodos/técnicas e


ferramentas/sistemas que podem ser aplicados no processo de desenvolvimento de
produto;

 organização: refere-se a não só a estrutura organizacional responsável e executora das


atividades de desenvolvimento de produto como também os elementos como cultura,
qualificação profissional, formas de comunicação entre os indivíduos, etc... , ligados aos
aspectos de organização do trabalho;

 informação:dimensão que representa o fluxo de informação existente neste processo: os


dados, sua estrutura e o formato como estes circulam (relatórios, fichas, telas de
computador, etc...).

BROWN, S. L.; EISENHARDT, K. M. Product development: past research, present findings, and
future-directions. Academy of Management Review, v. 20, p. 343-378, 1995.

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