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Autors
Claudio Leão de Almeida Junior
Mariana Fraga Pereira
Bruno Baltazar dos Reis Gomes
Allan Igor Silva Serafim
Victor Hugo Butzloff de Abreu
Edson Albuquerque de Oliveira Filho
Lizandra da Silva Nunes
Pedro Nasser
Ricardo Patrício Honorato Almeida
Vitor Hugo Lima Mendes dos Anjos
Capa
Marcus Arboés
Sumário
PSICOLOGIA DO FUTEBOL REESTRUTURAÇÃO DO DEPARTAMENTO DE
PSICOLOGIA DO FLUMINENSE FOOTBALL CLUB
Claudio Leão de Almeida Junior ......................................................................................................................................................4
PSICOLOGIA DO FUTEBOL
REESTRUTURAÇÃO DO DEPARTAMENTO DE
PSICOLOGIA DO FLUMINENSE FOOTBALL CLUB
2
5 ANAIS DO CONGRESSO – CFC
TELA CHEIA SUMÁRIO
seja atingido, os atletas necessitam de uma prática metodológica de treino que inclua
todas as dimensões do desempenho esportivo, e isso abarca a parte física, tática,
técnica e psicológica (PESCA; PEREIRA; CRUZ, 2014).
Rose Jr. (1997) coloca que os atletas de modalidades de esportes coletivos
estão suscetíveis aos mais diferentes tipos de pressão interna e externa, sendo que
as pressões internas abarcam as expectativas de sucesso, as percepções frente as
derrotas e vitórias, bem como as metas pessoais. E as pressões externas,
compreendem a avaliação do desempenho dos técnicos, o comportamento da torcida
e as críticas das pessoas ao seu redor (companheiros de equipe, família e imprensa).
Além desses fatores citados a cima, o atleta em muitos casos está sujeito a
uma rotina cansativa de treinos e jogos e por essa razão percebe-se envolvido por
questões como: a ausência de contato com a família, superexposição na mídia e a
incapacidade de confessar suas fragilidades, angústias e incertezas para si e para os
outros (RUBIO, 2013).
Diante desses aspectos, a Psicologia necessita desenvolver estratégias para
lidar com todas essas questões, sendo uma delas o treinamento de habilidades
psicológicas (THP). É fundamental entender que este treinamento não é atribuído
apenas para os atletas com problemas emocionais ou psicológicos, mas constitui
também como uma área da preparação global do atleta (LAVOURA; ZANETTI;
MACHADO, 2008). De acordo com Samulski (2002), a finalidade do treinamento
psicológico é desenvolver e aperfeiçoar as habilidades e capacidades psicológicas
dos atletas e treinadores.
Os atletas da base precisam ser olhados com atenção em suas necessidades,
pois ainda estão em fase desenvolvimento, e pensar em estratégias para trabalhar o
lado humano e social é primordial. Peres e Lovisolo (2006) enfatizam que o círculo
social dos atletas jovens precisam ser ampliado e desenvolvido, cabendo ao clube
promover um ambiente social educativo através de diversas intervenções que envolva
as famílias, treinadores e as pessoas de seus convívios.
Em síntese, percebe-se a urgência em reconstruir o departamento de
Psicologia do clube, deixando de restringir sua função em apenas realizar “testagem
psicológica”, propondo estratégias mais humanas e de cunho emocional, para que
TODOS sejam orientados e preparados a uma série de desafios psicológicos que
2. Objetivos
2.1 Objetivo geral
• Reestruturar o departamento de Psicologia do Fluminense Football Club a fim de
promover uma valorização e reconhecimento da importância da Psicologia esportiva
dentro do clube, buscando desenvolver intervenções para o melhor rendimento e
bem-estar dos atletas e profissionais.
3. Plano de desenvolvimento
3.1 Esclarecer o papel do departamento de Psicologia
A reestruturação do departamento de Psicologia começará pela clarificação do
que este setor pode fazer dentro do clube, explicitando as suas funções, seus
objetivos e formas de trabalho, para assim desmitificar algumas questões e ampliar
seu entendimento, a fim de que os profissionais possam usufruir dos benefícios da
Psicologia esportiva. Umas das maiores dificuldade é a falta de informação e o
entendimento do senso comum, portanto, como primeiro passo, é necessário fazer
com que realmente se conheça as possibilidades e potencialidades da Psicologia do
esporte. Esta etapa será concretizada através de reuniões com todos os
departamentos do clube de forma separada antes do início da temporada,
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7 ANAIS DO CONGRESSO – CFC
TELA CHEIA SUMÁRIO
de outros países sem a devida adaptação a realidade brasileira, o que pode ser
prejudicial para o atleta (GARCIA; BORSA, 2016). Assim, busca-se humanizar este
processo, acolhendo e escutando os atletas. Somente depois de reunir estas
informações, será possível traçar estratégias de intervenção. Os atletas precisam ser
vistos como humanos que pensam, sentem, sofrem, percebem, e não como
máquinas, por isso a importância da escuta neste processo.
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9 ANAIS DO CONGRESSO – CFC
TELA CHEIA SUMÁRIO
4. Resultados Esperados
Como resultado chave no primeiro semestre, espera-se que o departamento
de Psicologia tenha aprovação dos outros setores do clube e consiga ganhar espaço
para suas intervenções e estratégias. Também espera-se que a comissão técnica
inclua as intervenções da Psicologia nos treinos e competições, e que haja um diálogo
constante entre todos os profissionais. Esses resultados são fundamentais para
alcançar outros. Ao mesmo tempo, espera-se que os atletas compreendam a
relevância do THP e pratiquem as estratégias em outros ambientes para seu melhor
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13 ANAIS DO CONGRESSO – CFC
TELA CHEIA SUMÁRIO
5. Referências Bibliográficas
12
15 ANAIS DO CONGRESSO – CFC
TELA CHEIA SUMÁRIO
MODELO DE JOGO
COMO ESTRUTURAR 1 SEMANA DE TREINOS
PARA A ESTREIA NA TEMPORADA?
Introdução
Modelo de jogo
Organização defensiva
Transição ofensiva
Organização ofensiva
Transição defensiva
Criar uma zona de pressão para recuperar a posse de bola ou impedir que o
adversário saia em contra-ataque, com o jogador mais próximo a zona da
perda da bola pressionando imediatamente o portador da bola, os atletas mais
próximos ao centro de jogo fechando as possíveis linhas de passe, e com
avanço das linhas defensivas no campo de jogo.
Bolas paradas
Defensivas:
Lateral: Marcação em linha na entrada da área
Escanteio: Marcação individual
Ofensivas:
Tiro de meta: Saída de 3
Escanteio ofensivo: Cobrança fechada
Segunda-feira: Folga
Terça-feira:
Todo treino terá início com uma conversa e ao final será realizado um feedback
Objetivo: Potencializar a pressão pós-perda, a retirada da bola da zona de
pressão e a mudança de comportamento ofensivo para defensivo.
Aquecimento: Tempo: 15’ / Exercícios: Fortalecimento do core = 3 exercícios /
Alongamento dinâmico e exercícios de soltura articular.
Exercício 1: Três equipes com 4 jogadores cada, jogam em um campo
reduzido. Duas equipes disputam a posse da bola em uma metade do campo,
enquanto a outra aguarda na outra metade. Ao conquistar a posse de bola, a
equipe deverá passa-la imediatamente para o outro campo de jogo, enquanto a
equipe que a perdeu deverá reagir de forma rápida, passando para a outra
metade do campo para realizar a marcação.
Duração: 2 tempos de 10min, com intervalo de 2’ entre eles / Objetivo: Retirada
da bola da zona de pressão, mudança de atitude ofensiva para defensiva,
pressionar o portador da bola.
Quarta-feira:
Objetivo: Trabalhar mobilidade, visando a criação de espaços.
Aquecimento: Tempo: 15’ / Exercício: Rondo com 2 jogadores ao centro
(Pausas para realização de alongamentos)
Exercício 1: Campo reduzido, dividido ao meio com 1 apoio em cada
extremidade. Jogo 3x3 + 2 apoios, sendo que em cada metade do campo só
poderão estar dois jogadores de cada equipe. Objetivo da equipe em posse de
bola é passa-la ao apoio do lado aposto, atingindo a finalidade a equipe
continua em posse da bola, apenas inverte o sentido do jogo.
Quinta-feira:
Objetivo: Ajustar os comportamentos da defesa a zona pressionante
(direcionamento e pressing)
Aquecimento: Tempo: 15’ / Exercícios: Fortalecimento do core = 3 exercícios /
Alongamento dinâmico e exercícios de soltura articular
Exercício 1: Campo dividido no meio. Jogo 2x2. Pontuação: se a equipe
roubar a bola em seu campo de ataque ganha 2 pontos, se a equipe portadora
do bola passar pro campo ofensivo ganha 1 ponto. Após atingir o objetivo, a
jogada recomeça com a equipe adversária.
Duração: 1’ de estímulo pra 1’ de descanso (10 a 15’) / Objetivo: Pressionar o
portador da bola no intuito de ganhar a posse no seu campo ofensivo.
Exercício 2: Campo reduzido. Jogo (GR+6)x6, com a equipe “A” composta por
1 goleiro, dois zagueiros, dois laterais e dois volantes e a equipe “B” formada
por 3 atacantes, 1 meia e 2 volantes. O jogo terá início com a equipe “A”, que
sairá jogando curto através do goleiro e terá a presença de um volante entre os
zagueiros, tendo como objetivo passar a linha de meio-campo com a bola
dominada. Já a equipe “B” irá direcionar e pressionar a equipe adversária,
procurando recuperar a bola e finalizar a baliza.
Sexta-feira:
Objetivo: Trabalhar mobilidade, visando a criação de espaços.
Aquecimento: Tempo: 15’ / Exercícios: Trote com incremento de corrida
lateral, corrida em zig-zag, corrida de costas, alongamento dinâmico.
Exercício 1: Jogo (GR+4) x (GR+4) + 6 apoios, 2 laterais e 4 em profundidade.
Duração: 20’ / Objetivo: dinâmica e velocidade na troca de passes, jogando
tanto em largura como em profundidade e mobilidade visando criar espaços.
Sábado:
Objetivo: Aperfeiçoamento da finalização e dos comportamentos em bola
parada defensiva
Exercício 1: Campo reduzido com duas balizas. Jogo 5x5 + 1 curinga e dois
jogadores posicionados a frente de uma linha delimitadora. A equipe em posse
de bola deverá trocar no mínimo 6 passes para então realizar o passe em um
dos jogadores posicionados a frente da linha, que deverão dominar a bola já
“ajeitando” para a finalização. Imediatamente após a finalização, uma outra
bola será passada para um atleta da equipe que estava em posse de bola, para
que ele também a domine já preparando para a finalização que será feita no
gol aposto.
Duração: 20’ / Objetivo: Aperfeiçoamento da finalização e mobilidade, visando
a criação de espaços.
PREPARAÇÃO FÍSICA
NO FUTEBOL
BRUNO BALTAZAR DOS REIS GOMES
1. INTRODUÇÃO
macrociclo;
mesociclo;
microciclo;
sessão de treinamento.
Mesociclo de Fevereiro
Domingo Segunda-Feira Terça-Feira Quarta-Feira Quinta-Feira Sexta-Feira Sábado
Manhã: Folga Manhã: Treino Manhã: Folga Manhã: Treino Viagem
Objetivo: Objetivo:
Físico Físico-Técnico
Jogo Tarde: Treino Tarde: Treino Jogo Tarde: Treino Tarde: Treino
Objetivo: Objetivo: Objetivo: Objetivo:
Regenerativo + Técnico-Tático Regenerativo + Tático
Físico Físico
Observação:
Sessão de treinos onde está descrito Regenerativo + Físico ou Físico-Técnico ou
Técnico-Tático, os atletas que jogaram irão fazer treinos regenerativos e os atletas que
não jogaram irão fazer treinos físicos, técnicos e táticos.
Descrição dos treinamentos (pode Treino da semana, terça feira, treino em 2 períodos
ser colocado desenhos também Objetivo: Desenvolver resistência aeróbica e
além das descrições): anaeróbica.
Categoria: Profissional
Local: Campo
Período: Competitivo
Método: Integrado
Aquecimento
Exercício coordenativo com estimulos de resistência de velocidade com bola e sem bola;
Parte Principal
Parte Final
Observação
Controlar a carga de treinamento dos atletas atráves do GPS e avaliar a carga de treino, pré
treino com a escala de recuperação TQR e pós treino com PSE X MIN.
Categoria: Profissional
Local: Campo
Período: Competitivo
Método: Sistemico
Aquecimento
Alongamento dinâmico;
Parte Principal
Parte Final
Alongamento estático.
Observação
Controlar a carga de treinamento dos atletas atráves do GPS e avaliar a carga de treino, pré
treino com a escala de recuperação TQR e pós treino com PSE X MIN.
Descrição dos treinamentos (pode Treino da semana, Segunda feira, treino em 1 período.
ser colocado desenhos também
Objetivo: Regenerativo para quem jogou e treino
além das descrições):
físico/técnico para quem não jogou.
Categoria: Profissional
Local: Academia
Período: Competitivo
Método: Funcional
Aquecimento
Liberação Miofascial;
Trabalho proprioceptivo;
Equilibrio;
Alongamento e coordenativo
Parte Principal
Parte Final
Alongamentos e relaxamento.
Observação
Controlar a carga de treinamento dos atletas atráves do GPS e avaliar a carga de treino, pré
treino com a escala de recuperação TQR e pós treino com PSE X MIN.
Descrição dos treinamentos (pode Treino da semana, Sexta feira, treino em 2períodos.
ser colocado desenhos também
Objetivo: Desenvolver a resistência de força e sprints e
além das descrições):
organização tática.
Categoria: Profissional
Local: Campo
Período: Competitivo
Materiais: Bolas, Cones, Discos, colchonete, pesos de 5 a 10 kg, Escadinha de coordenação, Mini
barreiras
Método: Integrado
Aquecimento
Parte Principal
Parte Final
Observação
Controlar a carga de treinamento dos atletas atráves do GPS e avaliar a carga de treino, pré
treino com a escala de recuperação TQR e pós treino com PSE X MIN.
Descrição dos treinamentos (pode Treino da semana, Quinta feira, treino em 1 período.
ser colocado desenhos também
Objetivo: Regenerativo para quem jogou e treino físico/técnico
além das descrições):
para quem não jogou.
Categoria: Profissional
Local: Academia
Período: Competitivo
Método: Funcional
Aquecimento
Liberação Miofascial;
Trabalho proprioceptivo;
Equilibrio;
Alongamento e coordenativo
Parte Principal
Parte Final
Alongamentos e relaxamento.
Observação
Controlar a carga de treinamento dos atletas atráves do GPS e avaliar a carga de treino, pré
treino com a escala de recuperação TQR e pós treino com PSE X MIN.
REFERÊNCIAS
BARBANTI, V. J. Treinamento físico: bases científicas. 3. Ed. São Paulo: CLR Balieiro,
1996. 116p.
BARBANTI, V.J. Teoria e prática do treinamento esportivo. 2.ed., São Paulo: Edgard
Blücher, 1997.
BANGSBO, J. The physiology of soccer. Acta Physio. Scand. suppl. 151, 1994.
DE ALMEIDA BARROS, J. M. Futebol: porque foi… porque não é mais. Sprint, 1990.
MORGANS, R. et. al. Principles and practices of training for soccer. Journal of Sport and
Health Science, v.3, n.4, p. 251-257, Dez. 2014.
ZAKHAROV, A. & GOMES, A.C. Ciência do treinamento desportivo. Rio de Janeiro: Grupo
Palestra Sport, 1992.
PERIODIZAÇÃO DE
UM CLUBE PROFISSIONAL
DA SÉRIE A DO CAMPEONATO
BRASILEIRO: DESCRIÇÃO DE
UM MESOCICLO COMPETITIVO
ALLAN IGOR SILVA SERAFIM
RESUMO
INTRODUÇÃO
sistemas de energia (2). Durante uma partida oficial a frequência cardíaca atinge
70%-75% do máximo. Além disso, os atletas podem realizar de 150 a 250 ações com
direção, constituem uma das mais importantes atividades dentro do futebol, porém,
ser diferentes de jogador para jogador de acordo com a sua posição (5, 6).
seja atingida através de um adequado conjunto técnico, tático, físico e psicológico (7).
ser sistêmica, objetiva e organizada, sendo dividida em etapas, períodos e fases que
somatória das cargas de esforço físico em uma sessão de treino, quando multiplicadas
constitui um microciclo. Por sua vez, o agregado de microciclos produz uma cinética
(12). Ainda que esta combinação de períodos seja comum para as mais variadas
em função do calendário esportivo (14), a carga externa e interna que podem ser
MATERIAIS E MÉTODOS
Amostra:
A amostra foi composta por vinte atletas do sexo masculino (26,2 ± 3,9 anos,
estatura 1,82 ± 0,07 cm, 77,6 ± 8,42kg, percentual de gordura 11,6 ± 1,15%) de uma
equipe profissional da primeira divisão de futebol da cidade de Natal, Rio Grande do
Norte, Brasil. Dentre esses vinte atletas haviam 1 goleiro, 4 zagueiros, 4 laterais, 2
volantes, 4 meias e 5 atacantes.
Abordagem experimental
Quadro 1.
MESOCICLO OSCILATÓRIO
Mês AGOSTO
Resistência de força rápida e resistência de
Mesociclo
velocidade - Competitivo
Semanas 30 31 32 33
Frequência proposta 4 4 4 4
Frequência realizada 5 7 4 7
Controle de Volume - Min 135 270 135 270
Volume em Minutos/Dia 33,75 67,5 33,75 67,5
Controle de intensidade 90% 70% 90% 70%
Variação metodológica *** *** *** ***
Resistência Aeróbia * * * *
Flexibilidade
Força Máxima
Resistência de Força * * * *
Potência * * * *
Velocidade ** ** ** **
Res. Velocidade * ** *** ***
Técnico - Tático *** *** *** ***
Mesociclo competitivo com cargas em organização oscilatória com 4 semanas de
duração.
Quadro 2.
Preparatório
Ativação neuromuscular
Exercício - Posição atlética (ativação)
Séries - 3
Repetições - 6
Repouso entre as repetições - 5”
Repouso entre as séries - 1’
Exercício - Sprint
Séries - 1
Repetições - 6
Metragem - 20 metros
Repouso entre as repetições - 1’
Principal
Treino tático
Objetivo: mudanças de direção
Exercício: jogo reduzido (4x4), metragem 20x20 metros;
Duração: 20-min de forma descontinua;
Repouso: pausas de 2’ (passiva) a cada 2’ de trabalho;
Densidade: 1 para 1
Intensidade: máxima exigida;
Complemento
Dia: quinta-feira;
Período: vespertino;
Preparatório
Ativação neuromuscular
Exercício - Posição atlética (ativação neuromuscular)
Séries - 3
Repetições - 6
Repouso entre as repetições - 5”
Repouso entre as séries - 1’
Exercício - Saltitos
Séries - 3
Repetições - 10
Repouso entre as repetições - menor possível;
Repouso entre as séries - 1.
Exercício - Hops;
Séries - 3;
Repetições - 10;
Repouso entre as repetições - menor possível;
Repouso entre as séries - 1’.
Exercícios
Box jump com CAE (reativo):
Squat jump:
Repetições: 10;
Principal
Treino tático
Jogo Reduzido (6x4) com utilização de apoio nos corredores,
metragem 50x50 metros;
Objetivo: Resistência de força rápida a partir dos elementos de jogo e
saltos executados;
Objetivo técnico: Buscar os corredores para alçar bola na área após a
transição ofensiva;
Duração: 20-min de forma descontinua;
Repouso: pausas de 2’ (passiva) a cada 2’ de trabalho;
Densidade: 1 para 1;
Intensidade: máxima exigida.
Complemento
Feedback
Dia: terça-feira;
Período: matutino;
Preparatório
Ativação neuromuscular
Exercício - Posição atlética (ativação neuromuscular)
Séries - 3
Repetições - 6
Exercício - Sprint
Séries - 1
Repetições - 6
Metragem - 20 metros
Repouso entre as repetições - 1’
Resistência de velocidade
Volume: 200m
Séries: 1
Repetições: 10x
Distância para cada série: 20 metros
Repouso entre cada repetição: 1’
Intensidade: 100% do máximo
Densidade: 1 para 20
Principal
Treino tático
Objetivo: sprints com mudanças de direção;
Objetivo técnico: velocidade no passe e dinâmica nas tomadas de
decisão
Exercício: jogo reduzido (4x4), metragem 30x20 metros;
Duração: 20-min de forma descontinua;
Repouso: pausas de 2’ (passiva) a cada 1’ de trabalho;
Densidade: 1 para 2
Complemento
Feedback
Dia: quinta-feira;
Período: vespertino;
Preparatório
Repetições - 6
Repouso entre as séries - 1’
Principal
Treino tático
Objetivo: sprints com mudanças de direção;
Objetivo técnico: velocidade na transição ofensiva e defensiva
Exercício: jogo reduzido (4x4), metragem 20x20 metros;
Duração: 20-min de forma descontinua;
Repouso: pausas de 2’ (passiva) a cada 1’ de trabalho;
Densidade: 1 para 2
Intensidade: máxima exigida;
Complemento
Feedback tático.
Instrumentos
PSE
PSR
Composição Corporal
T-teste 40 de agilidade
CONCLUSÃO
ANEXOS
PSE
PSR
T-TESTE 40 DE AGILIDADE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
13. Reilly T. An ergonomics model of the soccer training process. Journal of sports
sciences. 2005;23(6):561-72.
14. Moreira A, Freitas CGd, Nakamura FY, Aoki MS. Percepção de esforço da
sessão e a tolerância ao estresse em jovens atletas de voleibol e basquetebol. Revista
Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano. 2010;12(5):345-51.
15. Kraemer WJ, French DN, Paxton NJ, Häkkinen K, Volek JS, Sebastianelli WJ,
et al. Changes in exercise performance and hormonal concentrations over a big ten
soccer season in starters and nonstarters. Journal of Strength & Conditioning
Research. 2004;18(1):121-8.
18. Foster C, Florhaug JA, Franklin J, Gottschall L, Hrovatin LA, Parker S, et al. A
new approach to monitoring exercise training. The Journal of Strength & Conditioning
Research. 2001;15(1):109-15.
19. Borg GA. Psychophysical bases of perceived exertion. Med sci sports exerc.
1982;14(5):377-81.
20. Bangsbo J, Iaia FM, Krustrup P. The Yo-Yo intermittent recovery test. Sports
medicine. 2008;38(1):37-51.
21. Miller MG, Herniman JJ, Ricard MD, Cheatham CC, Michael TJ. The effects of
a 6-week plyometric training program on agility. Journal of sports science & medicine.
2006;5(3):459.
PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO
DE UM DEPARTAMENTO
DE PSICOLOGIA EM UM CLUBE
DE FUTEBOL
VICTOR HUGO BUTZLOFF DE ABREU
Introdução
Com o avanço científico-tecnológico, a formação e preparação de atletas têm
evoluído exponencialmente nos últimos anos. Diferente do século passado, hoje
todo clube de ponta conta com profissionais de diversas áreas do conhecimento que
cooperam entre si na busca constante pela melhoria do rendimento de suas
equipes. O trabalho multidisciplinar elevou a qualidade competitiva, tornando-se um
dos fatores determinantes de grandes conquistas.
Integrando o movimento de consolidação das Ciências do Esporte, a
Psicologia aplicada ao contexto esportivo revelou-se útil tanto na garantia da
promoção da saúde mental de atletas e comissão técnica quanto na otimização dos
desempenhos em treinamentos e partidas. Assim, além dos aspectos físico, técnico
e tático, o desenvolvimento da dimensão psicológica comprovou-se também
necessária e indispensável para o alcance, estabilização e superação dos mais
altos níveis de rendimento.
No futebol, a psicologia demonstra um leque amplo de possibilidades de
contribuição. Estudos de personalidade¹, com identificação de características
comuns ao perfil vencedor, apontam estratégias valiosas de captação, seleção e
intervenção com atletas. No âmbito das avaliações psicológicas, instrumentos² e
métodos validados cientificamente têm servido para prevenir adoecimentos
psíquicos e orientar planos de ação em conjunto com as comissões técnicas.
Para além disso, com o advento da neurociências, pesquisas³ com auxílio de
equipamentos avançados de biofeedback e neurofeedback indicam metodologias
inovadoras de treino de habilidades fundamentais para a potencialização de
performance. Comportamentos antes de difícil acesso para observação e análise,
como “atenção visual”4 e “tomada de decisão”5, já são passíveis de serem avaliados
e treinados. Na mesma direção, a neuropsicologia tem oferecido ainda estratégias
de desenvolvimento de regulação emocional6, propiciando aos atletas maior domínio
de suas emoções com consequente redução de níveis indesejados de estresse e
ansiedade nos jogos somada a melhorias cognitivas, afetivas e motoras.
Em termos de saúde mental, considerando a importância do desenvolvimento
integral do ser humano também no contexto do esporte de alto rendimento,
compreende-se a assistência psicológica especializada como fundamental para o
Plano de Desenvolvimento
A fim de garantir a relevância e eficiência de atuação do Departamento de
Psicologia a ser implantado, serão implementados quatro eixos de trabalho
simultâneos - Acolhimento, Avaliação, Intervenção e Prevenção - sendo todos
integrados e disponibilizados tanto para as equipes adultas masculina e feminina
quanto para as categorias de base masculinas e femininas.
A atuação em todos os eixos será de acordo com os princípios éticos da
psicologia, úteis para a salvaguarda dos direitos humanos e compromisso científico.
Contudo, o plano de trabalho pretendido não dependerá exclusivamente de
profissionais psicólogos(as), mas também do envolvimento multidisciplinar com
participação de toda a comissão técnica.
A seguir, estão dispostos os quatro eixos que nortearão a implantação deste
Departamento de Psicologia, com especificação dos objetivos e procedimentos a
serem executados, os quais são divididos em subseções conforme a natureza das
tarefas:
Eixo de Acolhimento
Objetivo geral: acolher demandas espontâneas individuais de todo(a) e
qualquer atleta da instituição.
Procedimentos:
1. Para todas as demandas
a) Proporcionar um espaço de escuta de atletas com problemas de
convivência no ambiente do clube, de desempenho nos treinos e jogos, de
planejamento ou satisfação profissional, de relacionamento com a imprensa e
torcida ou de outras questões pessoais;
b) Encaminhar para suporte clínico externo atletas com dificuldades explícitas
não relacionadas à atividade esportiva ou à instituição;
c) Encaminhar para avaliação atletas com demandas ligadas ao rendimento
esportivo, à carreira profissional, à imprensa, à torcida e aos relacionamentos
organizacionais.
Eixo de Avaliação
Objetivo geral: avaliar os aspectos psicológicos e socioeconômicos
pertinentes à qualidade do rendimento esportivo e à promoção da saúde mental de
todo(a) e qualquer aleta da instituição.
Procedimentos:
1. Para os aspectos psicossociais
a) Identificar, por meio de entrevistas psicossociais, as principais
características familiar, cultural e socioeconômica de atletas recém-chegados(as) ao
clube;
b) Encaminhar para intervenção atletas que necessitem de apoio psicológico
para adaptação e permanência no clube;
2. Para a personalidade
a) Caracterizar a personalidade dos(as) atletas do clube e em observação
segundo o Modelo dos Cinco Grandes Fatores de Personalidade (CGF)7, por meio
da aplicação do Inventário de Cinco Fatores NEO Revisado - versão curta
(NEO-FFI-R8);
b) Encaminhar para intervenção atletas do clube com níveis inadequados de
organização, condescendência ou neuroticismo;
Eixo de Intervenção
Objetivo geral: intervir no desenvolvimento e estado psicológicos inerente à
qualidade do rendimento esportivo de cada atleta da instituição.
Procedimentos:
1. Para os aspectos psicossociais
a) Auxiliar todo(a) atleta recém-chegado no estabelecimento de vínculos que
favoreçam sua adaptação ao clube;
b) Promover a aproximação das famílias dos(as) atletas com a instituição,
esclarecendo a importância e o papel de atuação dos familiares na carreira
esportiva;
2. Para a personalidade
a) Desenvolver o comportamento de organização dos(a) atletas
individualmente a partir do condicionamento operante e coletivamente por meio de
discussões e debates sobre estratégias de ordenamentos;
b) Orientar a comissão técnica no ensino do modelo de jogo e das estratégias
táticas aos atletas para desenvolver o comportamento crítico e criativo, atingindo
níveis ideais de condescendência, autonomia e criatividade na prática esportiva.
c) Conduzir os(as) atletas ao equilíbrio entre o medo de errar e a coragem
para ousar, compreendendo seus pensamentos e gerando novas perspectivas
acerca dessa relação por meio de sessões individuais;
d) Desenvolver a agressividade instrumental dos(as) atletas por meio de
modulação de comportamentos através de feedbacks dos treinos, com imagens e
vídeos, e uso de técnicas cognitivas de identificação de pensamentos automáticos,
Eixo de Prevenção
Objetivo geral: prevenir o adoecimento e desequilíbrio mentais de todo e
qualquer atleta da instituição.
Procedimentos:
1. Para todos os agentes
Promover palestras e discussões, com foco na psicoeducação, em temas
relevantes para os(as) atletas, comissão técnica e familiares, integrando-os na
busca e manutenção do alto rendimento esportivo sustentável, tendo em vista a
saúde mental, a realização profissional e o sucesso da instituição.
Resultados esperados
Considerando que os frutos da implantação de um Departamento de
Psicologia são determinados sobretudo pela continuidade da execução das ações
planejadas, é possível prever os principais resultados alcançados ao longo de três
anos:
Em 6 meses
1. Acolhimento das principais demandas dos(as) atletas e comissão técnica;
2. Acompanhamento das equipes nas rotinas de treino e jogos, com
identificação de demandas implícitas e não espontâneas;
3. Encaminhamento para suporte clínico externo dos(as) atletas com
dificuldades explícitas não relacionadas à atividade esportiva ou à instituição;
4. Levantamento do perfil psicossocial de todos(as) atletas;
5. Favorecimento da adaptação de todos(as) atletas ao clube;
6. Caracterização do perfil de personalidade de todos(as) atletas;
7. Diagnóstico de possíveis adoecimentos e desequilíbrios psicológicos dos(as)
atletas;
8. Encaminhamento para suporte clínico externo de atletas com indicativo de
depressão;
9. Implementação de sessões de regulação de ansiedade pré-competitiva.
Em 12 meses
1. Avaliação das funções cognitivo-comportamentais de dos(as) atletas;
2. Avaliação da satisfação profissional dos atletas;
3. Aproximação das famílias do(as) atletas com a instituição;
Em 24 meses
1. Aumento significativo da qualidade do comportamento de organização
dos(as) atletas;
2. Aumento significativo do conhecimento tático dos(as) atletas;
3. Aumento significativo da incidência de comportamentos criativos em treino e
jogos;
4. Redução significativa dos sentimentos de medo dos(as) atletas;
5. Aumento significativo dos comportamentos corajosos em treinos e jogos;
6. Redução significativa dos comportamentos violentos indesejados;
7. Aumento significativo da agressividade instrumental dos(as) atletas em
treinos e jogos;
8. Aumento significativo da inteligência emocional dos(as) atletas;
9. Aumento significativo da qualidade das funções cognitivas-comportamentais;
10. Aumento significativo da satisfação profissional dos(as) atletas;
11. Redução significativa dos descontentamentos dos(as) atletas acerca de
críticas e cobranças externas;
12. Redução significativa dos índices de estresse, ansiedade e depressão;
Em 36 meses
1. Aumento significativo do conhecimento dos(as) atletas, comissão técnica e
familiares sobre temas psicológicos inerentes ao contexto esportivo
2. Aumento significativo do índice de saúde mental dos(as) atletas, comissão
técnica e familiares
Referências
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Rhodes, R. E., & Smith, N. E. (2006). Personality correlates of physical activity: A review and meta-analysis. British Journal of
Sports Medicine, 40(12), 958-965.
2.Alguns dos instrumentos mais utilizados são: Beck Anxiety Inventory (BAI) [Beck, A.T. & Steer, R.A. (1993). Beck Anxiety
Inventory. San Antonio, TX: Psychological Corporation.]; Competitive State Anxiety Inventory (CSAI-2) [Martens, R., Vealey,
R. S., & Burton, D. (1990). Competitive anxiety in sport. Champaign: Human Kinetics.]; Questionário de Burnout para Atletas
(QBA) [Pires, D. A., Brandão, M. R., & Silva, C. B. (2006). Validação do questionário de Burnout para atletas. Revista da
Educação Física, v. 17, n. 1, p. 27-36.] Inventário de Sintomas de Stress para adultos de Lipp (ISSL) [Lipp, M. E. N. (2000)
Manual do Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL). São Paulo: Casa do Psicólogo.]; Inventário de
Ansiedade Traço-Estado (IDATE) [Biaggio, A. M., Natalício, L., & Spielberger, C. (1977). Desenvolvimento da forma
experimental em português do Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) de Spielberger. Arquivos Brasileiros de
Psicologia Aplicada, v.29, n.3, p.31-44.].
3.Cheron, G. et al. (2016) Brain oscillations in sport: toward EEG biomarkers of performance. Frontiers in psychology, v.7,
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4.Levrini, G. R. D et al. (2019) Análise da performance de jogadores profissionais de futebol chutando pênaltis, previamente
estimulados emocionalmente: a utilização do eye tracker como ferramenta no futebol. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, v.
11, n. 43, p. 243-256.
5.Renfree, A., et al. (2014) Application of decision-making theory to the regulation of muscular work rate during self-paced
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Pineda, J. A. (2005) The functional significance of mu rhythms: Translating “seeing” and “hearing” into “doing”. Brain Research
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7.Pervin, L. A., & John, O. P. (2004). Personalidade: teoria e pesquisa (8 ed.). Porto Alegre, RS: Artmed.
8.Costa, P., & Mccrae, R. R. (2008). Inventário de Cinco Fatores NEO Revisado - versão curta. 1ª Ed. São Paulo: Vetor
Editora.
9.Cunha, J. A. (2001) Manual da versão em português das Escalas Beck. São Paulo: Casa do Psicólogo Livraria e Editora.
10.Martens, R., Vealey, R. S., & Burton, D. (1990). Competitive anxiety in sport. Champaign: Human Kinetics.
11.Biaggio, A. M., Natalício, L., & Spielberger, C. (1977). Desenvolvimento da forma experimental em português do
Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) de Spielberger. Arquivos Brasileiros de Psicologia Aplicada, v.29, n.3, p. 31-44.
12.Cunha, J. A. (2001) Manual da versão em português das Escalas Beck. São Paulo: Casa do Psicólogo Livraria e Editora.
11
71 ANAIS DO CONGRESSO – CFC
TELA CHEIA SUMÁRIO
13.Lipp, M. E. N. (2000) Manual do Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL). São Paulo: Casa do
Psicólogo.
14.Pires, D. A., Brandão, M. R., & Silva, C. B. (2006). Validação do questionário de Burnout para atletas. Revista da
Educação Física, v. 17, n. 1, p. 27-36.
15.Pesce, R., Assis, C. G., Avanci, J. Q., Santos, N. C., Malaquias, J. V., & Carvalhaes, R. (2005). Adaptação transcultural,
confiabilidade e validade da escala de resiliência. Rio de Janeiro: Cad. Saúde Pública, v. 21, p. 436-48.
16.Costa, T. V., et al. (2011). Validação da escala de motivação no esporte (SMS) no futebol para a língua portuguesa
brasileira. Revista brasileira Educação Física e Esporte, São Paulo, v.25, n.3, p. 537-46.
17.Rueda, F. J. M. (2013) Bateria psicológica para avaliação da atenção (BPA). São Paulo: Vetor.
18.Wood, G., & Wilson, M. R. (2011) Quiet-eye training for soccer penalty kicks. Cognitive Processing, v. 12, n. 3, p. 257-266.
19.Gawryszewski, L. G. et al. (2006). A compatibilidade estímulo-resposta como modelo para o estudo do comportamento
motor. Psicologia Usp, v. 17, n. 4, p. 103-121.
20.Naito, E., & Hirose, S. (2014) Efficient foot motor control by Neymar’s brain. Frontiers in Human Neuroscience, v. 8, p. 594.
21.Borrego, C. M., & Chicau et al. (2010) Análise confirmatória do Questionário de Satisfação do Atleta: versão Portuguesa.
Porto Alegre: Psicol. Reflex. Crit., v. 23, n. 1, p. 110-120.
22.Lopes, M. C., Samulski, D. M., & Silva, L. A. (2007) Validação do questionário de satisfação do atleta – versão liderança.
Brasília: R. bras. Ci e Mov., v. 15, n. 4, p. 47-56.
23.Serpa, S. O. C. et al. (1998) Metodologia de tradução e adaptação de um teste específico de desporto – a Leadership
Scale For Sports. In: II Simpósio Nacional de Investigação em Psicologia. Lisboa.
24.Jones, M. V. (2003) Controlling Emotions in Sport. The Sport Psychologist, v. 17, n. 4, p. 471-486.
25.Smith, R. E. (1986) Toward a cognitive-affective model of athletic burnout. Journal of Sport Psychology, v. 8, p. 36-50.
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Sport and Exercise, v. 13, p. 669-678.
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behavior. Psychological Inquiry, v. 11, p. 227–268.
28.Santos, A. L. P.;, & Alexandrino, R. R. (2015) Desenvolvimento da carreira do atleta: análise das fases e transições.
Conexões, v. 13, n. 2, p. 185-205.
ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURAÇÃO
DEPARTAMENTO DE FUTEBOL
FEMININO
NÚCLEO DE EXCELÊNCIA:
FORMAÇÃO DE ATLETAS
FUTEBOL FEMININO
“FORMAR PESSOAS, DESENVOLVENDO TALENTO!”
2. VISÃO
3. MISSÃO
4. VALORES
5. METAS
- Realizar treinamento com 75 atletas nas categorias sub 15, sub 17 e sub 20 de futebol
feminino (25 atletas por cada categoria de acordo com a idade cronológica);
- Participar de competições nacionais, regionais e estaduais;
- Promover processos de captação de atletas realizando eventos internos e externos;
- Realizar ações de formação cidadã das atletas inseridas na base;
- Capacitação Continuada de profissionais que atuam com o futebol feminino.
6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
atletas identificadas através dos projetos e equipes amadoras, será adotado um programa
de bonificação semelhante ao que existe no ECB, no entanto, com algumas alterações.
Caso a atleta seja aprovada o projeto ou o time amador receberá um kit de materiais
esportivos e os profissionais do projeto ou da equipe amadora também poderão
participar de processos de capacitação organizados pelo ECB.
INTRODUÇÃO:
O clube inglês Liverpool1 foi um criado em 1892, ano que também ocorreu a fundação
do seu histórico estádio: Anfield. A equipe joga na cidade homônima, e é o time inglês que
possui mais títulos continentais, com cinco Champions League. O time da terra dos Beatles, é
também o segundo maior campeão nacional, com 18 campeonatos ingleses, só ficando atrás
do seu maior rival histórico, o Manchester United. No entanto, ainda que tenha 18 títulos
conquistados, o Liverpool nunca venceu uma Premier League, desde que o campeonato inglês
passou a ter esse nome em 1992.
De fato, não é só de glórias que vive o clube do norte da Inglaterra, que esteve presente
nas duas maiores tragédias do futebol europeu: Heysel2 em 1985, que afastou todos os
clubes das competições europeias por cinco anos, e Hilsborough3 em 1989, no qual 96
torcedores do Liverpool morreram após à queda de parte da arquibancada, devido a
superlotação do estádio.
Atualmente, os “Reds”, como são chamados, praticam um futebol muito intenso, que tem
seduzido diversos fãs do futebol. Vistos como uma equipe modelo de contra-ataque, são
conhecidos pela sua verticalidade e ofensividade. Para isso, contam com um ataque composto
por três jogadores de elite, assim como um técnico que além de muito competente e
carismático, é adorado pelos seus comandados e tem total controle do time. Não por acaso,
eles são os atuais detentores da tão cobiçada “Liga dos Campeões”.
O time inglês parece ter alcançado uma sintonia rara nos dias de hoje, entre seus
diversos sistemas - diretoria, técnico, jogadores e torcida. Mas não foi sempre esse “mar de
rosas”. Para chegar onde chegou, o time precisou passar por um processo longo, cerca de três
anos, deixando evidente que nada disso seria possível sem a contratação do alemão Jurgen
Klopp, e principalmente sem a confiança da diretoria no seu trabalho, dando o tempo
necessário para que ele desenvolvesse a equipe da maneira que ele imaginava.
A equipe está tão bem organizada, que para temporada de 2019/20 não fizeram
nenhuma contratação de peso. Ao mesmo tempo, não perderam nenhum jogador titular. Nesse
começo de temporada, além de não deixarem o ritmo e o nível da última campanha cair,
1 https://liverpool-brasil.com/pagina/historia
2 https://www.theguardian.com/football/2015/may/27/heysel-stadium-disaster-30th-anniversary
3 https://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-ingles/noticia/tragedia-de-
hillsborough-faz-30-anos-relembre-os-erros-as-mudancas-e-a-busca-por-justica.ghtml
4https://www.dailystar.co.uk/sport/football/best-ever-starts-premier-league-20048155
5https://www.dailymail.co.uk/sport/football/article-7667525/Liverpool-unbeaten-Anfield-900-DAYS-
Manchester-City-cut-gap.html
ANÁLISE DO LIVERPOOL:
- Marcação:
Defesa:
A defesa inicialmente, adota uma posição mais conservadora, com a linha de quatro jogadores
sustentando suas posições atrás. A função principal da linha defensiva é: fechar o centro, impedir um
passe entre linhas e defender lançamentos longos.
Bloco Baixo:
A composição da marcação muda quando o time marca em bloco baixo. Todos defendem muito
próximos, reunindo jogadores na entrada da área. Os atacantes ajudam com pressões e realizam
coberturas, e se posicionam prontos para um eventual contra-ataque, dessa forma o esquema tático
pode variar do 1-4-3-3 para o: 1-4-5-1, 1-4-1-1, 1-4-4-2.
O fechamento da entrada da área, muitas vezes obriga os times adversários a usar os lados do
campo, e a apostar nos cruzamentos. Para a defesa desses cruzamentos conta muito a qualidade na
saída do gol do goleiro e da qualidade defensiva dos zagueiros que conseguem vigiar a movimentação
do adversário sem perder o controle da trajetória da bola.
TRANSIÇÃO DEFENSIVA:
A Transição Defensiva é o momento do jogo em que uma equipe perde a posse de bola, saindo da
fase ofensiva e indo para a fase defensiva.
- Uma das maiores qualidades da equipe do Liverpool são as suas transições defensivas. Os
“Reds” aplicam o estilo “Gegenpressing” de marcação. “Gegen” significa “contra” em alemão, e
com base nessa tradução é capaz de se tirar a tônica desse modelo de marcação, uma pressão
ao contra-ataque adversário, ou “contrapressing”
Para isso ser feito, um dos aspectos principais é a distribuição posicional com bola,
dessa forma: assim que perder a bola, o time com base nessa organização posicional, deve
pressionar o adversário para tentar recuperar a posse o mais rápido possível.
BOLAS PARADAS:
Escanteio: defendido em zona seguindo a distribuição:
10
7 “Estudo comparativo das ações ofensivas finalizadas com remate, em equipas de futebol, de diferentes
níveis competitivos” (OLIVEIRA, 1996)
8
“Tática para treinadores” (SIMPLÍCIO, 2019)
Construção/Criação:
“A construção e criação no jogo de futebol torna-se um elemento importante estratégico onde a
equipe opta por um jogo de proposição ou reação.”9 (SIMPLÍCIO, 2019)
Durante a fase de construção /criação, os laterais avançam para criar mais amplitude, e os três
atacantes ganham a companhia de um meio campista. Esses quatro jogadores (três atacantes mais um
meio campista) que estão no último terço vão ter a liberdade para flutuar, sem guardar posição.
A linha de ataque, realiza uma compactação, para abrir espaço nas alas, por onde a equipe consegue
criar muitas chances de perigo. Também é comum que um dos atacantes (normalmente o Firmino que
tem ótima percepção do espaço e ótima capacidade de criação), recue para receber a bola e ajudar o
processo de criação. Um outro meio campista deve se posicionar um pouco mais atrás da linha ofensiva
de quatro jogadores. Cabe então, aos dois zagueiros e ao primeiro volante a tarefa de ficar atrás da linha
da bola.
Finalizações:
“Na organização ofensiva é importante a estratégia da finalização, que irá depender das características
individuais e do sistema tático utilizado, por exemplo, se a equipe joga com 1 ou até 3 atacantes, essa
finalização podendo ser: vertical ou combinada.”10(SIMPLÍCIO,2019)
No que diz respeito às finalizações, as jogadas mais usadas pelo Liverpool para finalizar são: os
cruzamentos (aéreos ou rasteiros) pelos laterais; as finalizações de fora da área; as jogadas de bola
parada, contando com a forte presença de Van Dijk e Matip na área; por meio do contra-ataque,
contando com poucos passes muita verticalidade, e principalmente com a velocidade e qualidade da
frente de ataque.
10
“Tática para treinadores” (SIMPLÍCIO, 2019)
TRANSIÇÃO OFENSIVA:
“No momento da perda da posse de bola, a equipe já deve apresentar respostas individuais e
coletivas que estejam conjecturadas com seu modelo de jogo independentemente do que
este propõe. Os jogadores devem ter claro quais são as ações que eles deverão tomar no
instante imediato após a recuperação da bola ou de sua perda. Antes de se organizar
defensivamente, uma equipe deve apresentar características de sua organização ‘ataque-
defesa’ para potencializar os efeitos da sua parte defensiva”.11 (ZAGO,2016)
11
https://www.youtube.com/watch?v=gepknP9OUqs&feature=emb_title
Bola parada :
Faltas laterais:
Faltas frontais: O Liverpool possui no seu elenco um excelente cobrador de faltas frontais que é
o Trent Alexander Arnold, o lateral costuma chutar com muita força dificultando muito o tempo de
reação do goleiro. Aqui uma falta que acaba com uma excelente defesa do Krul :
https://www.youtube.com/watch?v=bWam-nCjHWs (7:39´)
Goleiro reserva:
Com a lesão do Ederson, o provável titular do City deve ser o Bravo. Portanto, a estratégia deve
ser pressionar mais o Bravo na saída de jogo, e apostar nos chutes de fora da área, visto que o chileno
não tem tanta qualidade nos pés quanto o Ederson, e que a sua última exibição foi ruim.
ANÁLISE DO ADVERSÁRIO:
ORGANIZAÇÃO DEFENSIVA:
MARCAÇÃO: Ação que correlaciona atitudes individuais e coletivas no sentido de organizar
as relações entre os jogadores de uma mesma equipe e evidenciar as tarefas de cada um
destes no intuito de impedir a estruturação das ações da equipe adversária” 12(Armieiro,
2010).
12
Defesa à zona no futebol: um pretexto para refletir sobre o jogar…bem, ganhando! (ARMIEIRO,2005)
Bloco Baixo:
A primeira linha do City é muito dinâmica, não se preocupa tanto com a marcação
individual, e realiza variações conforme a posição da bola. Quando a equipe realiza
marcação em bloco baixo as linhas do time de Manchester se aproximam, criando
compactação, normalmente com 9 jogadores atrás da linha da bola, mas o princípio da
marcação em bloco alto/médio não muda, o jogador mais próximo do portador da bola,
abandona a linha para ir pressionar quem tem a bola.
TRANSIÇÃO DEFENSIVA:
“Quanto mais ofensiva for uma equipa, melhor ela tem que saber defender,
principalmente na transição defensiva, no momento da perda.” 13(Mourinho)
Uma virtude da equipe de Guardiola é saber o momento certo para arriscar uma jogada
ofensiva. Esse acerto na tomada de decisão se dá muito pela aproximação das linhas.
Os jogadores esperam o momento que a equipe está preparada para uma perda
marcando alto, deixando muito difícil para a maioria dos times que tiverem a bola os
atacarem. A maneira que a equipe organiza essa essa prevenção de contra-ataque é a
aproximação dos laterais com o primeiro volante e os zagueiros, atuando como meio
campistas.
O City valoriza muito a posse de bola, por isso, utiliza o método perde-pressiona,
pressionando o portador da bola independente da parte do campo que ele ocupar,
forçando-o a um erro ou um chute para frente.
13
Guardiola vs Mourinho mais do que treinadores, (LANÇA 2016)
BOLAS PARADAS:
Escanteio : https://www.youtube.com/watch?v=krQxul2Z1_0 ( 3:46´)
Marcação Mista
Faltas laterais : https://www.youtube.com/watch?v=BtJLwPwoUg4 (1:29´)
Marcação Mista
ORGANIZAÇÃO OFENSIVA: Fase na qual a equipe está sob posse de bola, e realiza uma
organização no intuito de atacar a equipe adversária.
- A filosofia adotada pela equipe de Manchester é a de ter a bola o maior tempo possível.
A maneira utilizada para manter esse alto índice de posse de bola é por meio das
constantes trocas de passes (maior média de posse de bola da Premier League, com
66,4% segundo o “Transfermarkt”). Dessa forma, para manter a posse, a equipe realiza
aproximações, no intuito de ampliar ao máximo o número de linhas de passe
disponíveis.
Saída de bola:
- A saída de bola é feita de maneira sustentada, com a ideia de facilitar o jogo pelo chão
e criar superioridade numérica em relação aos atacantes adversários, são raros os
“chutões” nos tiros de meta. Durante a saída: os dois zagueiros abrem dentro da área
os dois laterais sobem um pouco e dois meio campistas encostam para criar mais linhas
de passe. Um aspecto a se destacar nesse time, que virou uma marca das equipes
comandadas pelo catalão é a função do goleiro na saída de bola.
-
FASE DE CONSTRUÇÃO
Finalização:
Uma das grandes virtudes que os times do Guardiola possuem são a variedade de
formas de finalizar as jogadas. E com o City não é diferente, o melhor ataque do
campeonato (até a 11ª rodada), pode finalizar por meio de: contra ataque, após
recuperar a bola do adversário, aproveitando a velocidade dos pontas e o desequilíbrio
defensivo; cruzamentos, em especial cruzamentos rasteiros fortes para o meio da área;
lançamentos precisos pelo alto ou chutes de fora da área, e para isso o City conta com
o talento e a precisão de meio campistas e atacantes do nível de: De Bruyne, David
Silva, Gundogan, Rodri, Bernardo Silva, Aguero, Sterling etc.
TRANSIÇÃO OFENSIVA:
A transição ofensiva é o nome dado a fase na qual o time recupera a posse de bola,
marca a transição da função de defender, para a função de atacar.
Ao recuperar a bola, o time tenta aproveitar a desorganização da equipe adversária
apostando na velocidade dos seus pontas nos corredores com passes verticais que coloquem
os jogadores em condições de finalizar o mais rápido possível.
BOLAS PARADAS:
Escanteio 1: 6 jogadores dentro da área distribuídos sendo: 3 na pequena área, 2 na entrada
da área e um perto da marca do pênalti. Na cobrança, o jogador que estava perto da marca do
pênalti corre para o primeiro pau e os dois jogadores que estavam na entrada da área correm
para o meio da área.
https://www.youtube.com/watch?v=krQxul2Z1_0 (6:07´)
Faltas laterais :
- Claudio Bravo
Pontos fortes: bom goleiro que sai bem com os pés.
Pontos fracos: vêm de uma partida ruim pela Champions League
- Kyle Walker
Pontos fortes: é muito rápido e ajuda muito nas coberturas defensivas.
Pontos fracos: costuma deixar espaço para cruzamento quando tenta marcar o lateral
adversário
- Fernandinho
Pontos fortes: líder em desarmes na temporada passada, um dos pilares do Guardiola
Pontos fracos: joga fora da sua posição habitual
- Stones
Pontos Fortes: Seguro defensivamente, sai muito bem com a bola no chão
Pontos Fracos: Por vezes arrisca demais nas saídas de bola, e acaba de voltar de lesão
- Angeliño
Pontos fortes: muito bom nos cruzamentos
Pontos fracos: é jovem, e não é acostumado a jogar esse tipo de jogo
Gundogan
Pontos fortes: boa qualidade de passe e boa leitura de espaço
Pontos fracos: não é muito bom em marcações de 1x1
- Rodri
Pontos fortes: é seguro defensivamente, marca muito bem e raramente erra passes
Pontos fracos: deverá ser o primeiro jogo desde que esteve lesionado, pode sofrer um
pouco com o ritmo da partida.
- Bernardo Silva
Pontos fortes: considerado o melhor jogador da temporada passada, está na melhor
fase da sua carreira, tem uma visão de jogo privilegiada e é muito bom no 1x1
Pontos fracos: não é bom nas marcações individuais, devido a entre outros fatores, o
seu biotipo
- De Bruyne (jogador chave)
- Acredita-se que na próxima revolução tática, não se falará mais em sistemas de jogo. O
time do Manchester City, ajuda a evidenciar que o futebol é e está cada vez dinâmico,
com jogadores em constante movimentação, e sistemas mudando diversas vezes
durante uma mesma partida.
Isso dificulta a identificação de um sistema único nas equipes. É capaz que o futebol no
futuro, se assemelhe ao Handebol no que diz respeito as marcações. No qual a equipe
atua como um bloco único, na fase defensiva e ofensiva, sem uma clara divisão de
setores.
O Manchester City adota o modelo de jogo denominado ataque posicional: “Nascida na
década de 1920, com a criação do 2-3-5, essa forma de jogar tem como objetivo ocupar
espaços ao invés de puramente tocar a bola. É você ir para uma região de campo e
ficar lá, mesmo se a bola estiver em outro lugar. O time cria um desenho geométrico no
campo do adversário. Assim, quem tem a bola sempre vê um companheiro bem
localizado para tocar, e o time joga mais confiante - quem carrega sabe que terá ao
menos uma opção para não ficar solitário.”14 (MIRANDA, 2018)
O jogo posicional aplicado no City contém vários elementos: ataque em bloco,
compactação, linhas altas adiantadas, valorização da posse de bola, amplitude,
triangulações, pressão imediata para retomar a posse de bola, intensidade,
superioridade numérica na zona da bola, saída sustentada, passes curtos com
aproximação dos jogadores, entre outros.
O time joga no ataque, com o objetivo de ter a manutenção posse de bola pelo maior
tempo possível, portanto costuma jogar com as linhas altas no campo adversário, para
que quando perca essa posse, a equipe seja capaz de recuperá-la da maneira mais
rápida pressionando o adversário com a marcação chamada zona pressionante.
No entanto, essa marcação alta, fez com que o City encontrasse dificuldades quando o
time adversário conseguia encaixar o contra-ataque em velocidade. Durante a partida
contra o Wolverhampton por exemplo, a equipe sofreu muito com os contra-ataques, e
14https://globoesporte.globo.com/blogs/painel-tatico/post/2018/06/23/ataque-posicional-entenda-a-ideia-
que-tite-resgatou-de-guardiola-para-vencer-a-costa-rica.ghtml
SEMANA DE TREINOS:
“A forma como determinada equipe ataca é influenciada pela forma como treina os
exercícios de ataque, isto é, a movimentação ofensiva da equipe é fruto da interligação
entre a forma como o treinador quer que a mesma ataque, como treina essas
movimentações e a forma como os jogadores interpretam essas movimentações no
jogo”15( LEAL E QUINTA, 2001)
15
O treino de futebol. Uma concepção para formação. (LEAL E QUINTA,2001)
SEGUNDA:
“O treino constitui a forma mais importante e mais influente de preparação dos jogadores para a
competição”16 (Garganta, 1997)
11h - Conversa com os atletas explicando o que vai ser trabalhado durante a semana, e dando umas
informações iniciais a respeito do nosso próximo adversário (duração: 5 minutos)
Sessão de treino físico - Trabalho regenerativo na musculação com volume MODERADO - BAIXO
Tipo de exercícios : exercícios que lidem com elementos específicos do futebol mas com um grau
de complexidade, ou seja : que envolvam a maior quantidade de músculos na sua execução
(exemplos: Agachamento, Saltos, etc.) , o foco no trabalho feito na musculação é no aumento da
resistência e da potência do jogador.
12h - 10 minutos de trote por volta do campo.
TERÇA: “A especificidade do treino indica que o jogador deve ser treinado de acordo com as
condicionantes do futebol, permitindo a lembrança desse treino durante o jogo e,
consequentemente, contribuindo para um melhor rendimento.”17 Mourinho
Número de atletas: 25
10h - Aquecimento:
32
1 º - Todos os 25 jogadores realizam duas voltas em volta do campo com intensidade média
contínua (duração 8 minutos)
2º - Duas rodas de bobinho 10x2 e 11x2 com a limitação de um toque somente na bola (duração: 10
minutos)
Roda de bobinho 22x3 em volta do círculo do meio de campo, limite de um toque na bola. O jogador
que errar o passe vai formar o trio de marcação com os outros dois jogadores do seu lado. Se a
equipe completar 20 passes ou alguém levar uma caneta, os marcadores ficam mais uma rodada
(duração: 10 minutos)
1x1 com campo reduzido, a equipe que sofrer o gol contra-ataca com um jogador a mais, até ambas
equipes ficarem em uma situação de 3x3, nesse caso, a equipe que fizer um gol perde um jogador,
até que voltem a ficar em uma situação de 1x1.
(duração: 10 minutos)
Torneio de 7x7 com 3 equipes em campo reduzido, os 4 goleiros revezam a cada jogo. A ideia é que
as duas equipes recebam funções diferentes, uma delas deve criar as jogadas a partir de ligação
direta ou da descida de um atacante para o meio, e a outra deve pressionar alto e tentar recuperar a
bola o mais rápido possível, e ao recuperar a bola, deve começar e finalizar um contra-ataque em no
máximo 10 segundos. O time que vencer fica, se terminar em empate saem os dois times.
Número de atletas: 24
10h - Aquecimento:
1 º - Todos os 25 jogadores realizam duas voltas em volta do campo com intensidade média
contínua (duração 8 minutos)
2º - Duas rodas de bobinho 10x2 e 11x2 com a limitação de um toque somente na bola (duração 10
minutos)
18 http://blog.videobserver.com/exercicios-para-criar-e-explorar-a-partir-dos-corredores-laterais/?lang=pt-
pt
19
Guardiola Confidencial. (PERARNAU, 2015)
4 campos reduzidos 50x35, 3x3 livre no entanto só um jogador de ataque e de defesa pode entrar na
linha de finalização. O jogador que marcou o gol tem que correr por trás do gol pra poder entrar de
novo no jogo, dessa forma o time que sofreu o gol pode aproveitar a situação de contra ataque de
3x2.
(duração): 15 minutos
Um jogo de 8x8 no qual todos os jogadores podem marcar chutando entre as estacas, mas só os
laterais podem fazer gols nos gols laterais.
(Duração): 20 minutos
Se divide um campo reduzido em duas zonas, uma maior e uma menor, onde deverão estar
posicionados os times em 4-3-3, com os três atacantes dentro das zonas menores, o objetivo do
time com bola deve ser completar 10 passes com a participação de no mínimo 2 dos jogadores nas
zonas menores. Assim que a equipe completar os 10 passes, a bola deve voltar para zona menor e
depois de passar por no mínimo dois atacantes, estes devem finalizar contra o gol. No momento
que os 10 passes são completos dois zagueiros adversários podem invadir a zona menor e tentar
impedir o processo de finalização
(duração): 20 minutos
QUINTA : “ O treino ideal é aquele que reproduz a intensidade e a emoção da competição “20
(SANTANA)
Proposta do treino: Uma sessão de Treino Físico e uma sessão de treino Técnico-tático com foco
em finalizações e manutenção da posse de bola
Número de atletas: 25
10h - Conversa com os atletas explicando o que vai ser trabalhado durante a semana, e dando umas
informações iniciais a respeito do nosso próximo adversário (duração: 5 minutos)
Sessão de treino físico : Trabalho regenerativo na musculação com volume MODERADO - BAIXO
Tipo de exercícios : exercícios que lidem com elementos específicos do futebol mas com um grau
de complexidade, ou seja : que envolvam a maior quantidade de músculos na sua execução (ex :
Agachamento, Saltos, etc.) , o foco no trabalho feito na musculação é no aumento da resistência e
da potência do jogador.
20
Fio de Esperança – Biografia de Telê Santana, (RIBEIRO, 2011)
Descrição: no meio campo se disputa a posse de bola em uma situação de 2x2 + 1, o time que
completar primeiro 5 passes poderá passar para os seus respectivos laterais que por sua vez vão
ter que enfrentar uma situação de 1x1 para conseguir o cruzamento na área, o time que completou
os passes vai para área tentando fazer o gol e o outro time que estava no meio tenta defender o
cruzamento. um reserva em cada lado do campo, vai mudando ao decorrer do exercício.
(Duração): 12 minutos
Descrição: jogo de 9x9 com gols na entrada da área e usando a largura máxima. Campo é
separado por três corredores. Para contar o gol a bola deve passar pelos três corredores primeiro.
Os corredores laterais podem ter no máximo dois jogadores e o corredor do meio pode ter no
máximo quatro. Os jogadores do corredor do meio tem a limitação de 3 toques no máximo. Gols de
cruzamento valem dois pontos. Dois jogadores e dois goleiros ficam na reserva e vão mudando ao
decorrer do exercício.
(Objetivo): Privilegiar as 1×1 e 2×1 nos corredores, envolvendo overlaps e a criatividade dos
jogadores
(Duração): 25 minutos sendo que, após 15 minutos, vira jogo livre sem necessitar de passar pelos
3 corredores
Número de atletas: 25
10h - Aquecimento:
1 º - Todos os 25 jogadores realizam duas voltas em volta do campo com intensidade média
contínua (duração 8 minutos)
2º - Duas rodas de bobinho 10x2 e 11x2 com a limitação de um toque somente na bola (duração 10
minutos)
Defesa de faltas laterais: Defesa de faltas laterais, cobradas do lado direito e do lado esquerdo em
lugares diferentes do campo (mais próximos ou mais distantes da área). Distribuição ofensiva: 7
jogadores dentro da área e 2 fora da área para a sobra. Distribuição defensiva: 9 jogadores na área e
1 na sobra. Um adjunto fica fazendo a função do bandeira e anula caso o gol tenha sido impedido
na sua opinião. Os gols não serão contabilizados para a próxima atividade. Goleiros revezam a cada
2 faltas.
Jogo de bobinho 4x2, no qual a posse de bola retorna caso os dois que defendam consigam
interceptar a bola 3 vezes, ou caso eles consigam recuperar a bola e passar para os jogadores no
outro quadrado.
(Duração: 10 minutos)
Um jogo de 10x10 com espaço reduzido, nos corredores laterais só podem haver dois jogadores de
cada time. Não há limite de toques. Gols de cruzamento valem dois.
(Objetivo): Privilegiar as 1×1 e 2×1 nos corredores, envolvendo overlaps e a criatividade dos
jogadores
(Duração): 25 minutos sendo que, após 15 minutos, vira jogo livre sem necessitar de passar pelos
3 corredores
SÁBADO:
“O treino visa induzir alterações positivas observáveis na performance dos jogadores e da equipe.”
21(Garganta, 2002)
Número de atletas: 25
10h - Aquecimento
Ativação Geral
Todos os jogadores lado a lado numa das partes do campo, realizam movimentos indicados pelo
treinador adjunto : correr de uma lateral à outra da grande área ( depois do meio alargam a passada
– aceleração progressiva). i) Deslocamentos laterais (para um lado e outro); ii) Skipping à frente e
atrás; iii) Pontapear à frente (uma perna e a outra); iv) Rodar para dentro (adutores), uma perna e a
outra; v) Pontapear lateralmente (uma perna e a outra); vi) Rodar para fora (abdutores), uma perna e
a outra; vii) Skipping lateral (para um lado e para o outro); viii) Aceleração de um lado ao outro.
(Duração): 4 minutos
21
Competências no ensino e treino de jovens futebolistas. (GARGANTA,2002)
Com os jogadores divididos em 2 filas (Guarda-Redes treinam à parte), ao sinal do treinador partem
em máxima velocidade os dois primeiros de cada uma das filas, retornando depois e partindo os
seguintes e assim sucessivamente. Os jogadores começaram por fazer skipping rápido, apoiando 1
pé em cada espaço entre as 8 “barreiras pequenas” (próximas umas das outras) e em seguida
fizeram sprint à máxima velocidade em 10 metros. (Duração: 5 minutos)
Defesa em zona do escanteio, os cobradores devem alternar as cobranças em: cobranças abertas,
cobranças curtas, cobranças fechadas e cobranças diretas para o gol. A cobrança de escanteio e a
função de marcar gols vai ficar a cargo dos jogadores de colete azul. A equipe vermelha deve
impedir a equipe azul de marcar, e a equipe vermelha pode recuperar a bola e puxar um contra-
ataque ou caso a bola saía, o goleiro vermelho vai ter bolas dentro do gol para poder fazer um passe
rápido para ajudar sua equipe no contra-ataque. Para os vermelhos pontuarem, um jogador deverá
passar a bola por entre as estacas. Goleiros revezam a cada 2 escanteios.
(duração): 17 minutos, sendo - 8,5 minutos azul atacando, 8,5 minutos vermelho atacando
Jogadores são divididos em quatro filas: duas no corredor central com bola e duas nos corredores
laterais. Os primeiros das filas centrais (um deles com uma bola) passam para um dos jogadores
colocados num dos corredores laterais que de primeira realizam o cruzamento para os das filas
centrais finalizarem de primeira dentro da grande área. Em seguida os segundos das filas no
corredor central passam a bola para o outro corredor e assim sucessivamente.
(Duração): 10 minutos
Torneio de 7x7 com 3 equipes em campo reduzido, os 4 goleiros revezam a cada jogo. A ideia é que
as duas equipes recebam funções diferentes, uma delas deve criar as jogadas a partir de ligação
direta ou da descida de um atacante para o meio, e a outra deve pressionar alto e tentar recuperar a
bola o mais rápido possível, e ao recuperar a bola, deve começar e finalizar um contra-ataque em no
máximo 10 segundos. O time que vencer fica, se terminar em empate saem os dois times.
Uma palestra de 40 minutos com o historiador inglês sobre a primeira guerra mundial seguido da
exibição de um curta sobre a 1ª guerra mundial chamado: “Glória feita de sangue” Stanley Kubrick.
A palestra é obrigatória para todas as categorias até o sub-21 e opcional para os jogadores
profissionais. O objetivo é conscientizar os jogadores a respeito do mês de homenagens a primeira
guerra. O jogo de domingo contará com uma cerimônia especial referente a 1ª guerra mundial.
. O JOGO: RELACIONADOS:
LIVERPOOL X CITY
RELACIONADOS
First Last
LATERAL
Andrew Robertson
ESQUERDO
LESÕES:
Nathaniel Clyne - Rotura no ligamento cruzado
Joel Matip - Lesão no joelho
SUSPENSOS:
Ninguém
CAPITÃES:
COBRADORES DE PENÂLTIS:
ESCALAÇÃO 22:
22
https://www.liverpoolfc.com/match/2019-20/first-team/liverpool-v-manchester-city-live-matchday-blog
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS :
. RIBEIRO, A. Fio de esperança-biografia de Telê Santana. Cia dos Livros, 2ºed, 2011.
. OLIVEIRA, J. Estudo comparativo das ações ofensivas finalizadas com remate, em equipas de
futebol, de diferentes níveis competitivos, 1996
.AMIEIRO, N. Defesa à Zona no Futebol: um pretexto para reflectir sobre o “jogar”... bem,
. LANÇA,R. Guardiola vs Mourinho mais do que treinadores. Lisboa, 1ª ed. Prime Books. 2016
. LEAL, M. QUINTA, R. O treino de futebol. Uma concepção para formação. Edições APPCDM.
Braga. 2001
. TOBAR, J. SAEZ, J. ANÁLISE DOS PADRÕES DE JOGO DO LIVERPOOL FC. SÃO PAULO, Universidade do
Futebol, 1 ed. 2018
. MENDONÇA, P. Sessión de Treino de Julen Lopetegui, 1º de Janeiro de 2015. 1 ed. Lisboa. 2015
ANÁLISE DE DESEMPENHO –
LIVERPOOL X MANCHESTER CITY –
COMMUNITY SHIELD 2019
RICARDO PATRÍCIO HONORATO ALMEIDA
RESUMO
O trabalho consiste na elaboração de uma análise da partida válida pela decisão da
Community Shield, entre Liverpool e Manchester City. Foram analisados os aspectos
táticos, acima de tudo, da partida, buscando compreender as ações das equipes nas fases
ofensiva e defensiva e nos momentos de transição ofensiva e defensiva, além das bolas
paradas. Valendo-se de dados obtidos a partir do InStat, foram analisados os 90 minutos
de jogo e uma análise das batidas de pênalti, considerando o lado das batidas e o lado em
que os goleiros caíram para tentar a defesa. Foi importante considerar também a
influência de fatores externos, como o estádio, o árbitro e o contexto da temporada. Com
base nisso, foram realizados relatórios breves com o intuito de auxiliar as equipes
envolvidas em buscar melhorias e entender erros e acertos.
INTRODUÇÃO
As últimas partidas entre as duas equipes foram bastante disputadas, com uma
rivalidade crescente em virtude da grande competitividade apresentada entre as duas
equipes, que precisaram apresentar uma margem mínima para erros na última temporada
para manter-se vivas na disputa pelo título da liga. Com o tempo, os treinadores foram
fazendo ajustes específicos para este duelo em específico. O Manchester City, por
exemplo, que gosta bastante de manter a posse de bola, cada vez mais passou a abrir mão
dela, nesta partida, apenas durante 49% do tempo a bola se manteve com a equipe de
Guardiola. Assim, o trabalho deve servir como um relatório a ser encaminhado para os
treinadores, sendo, portanto, base para que eles possam realizar alterações em futuros
confrontos, que certamente serão de grande importância para ambos, e na sequência da
temporada.
137 ANAIS DO CONGRESSO – CFC
TELA CHEIA SUMÁRIO
DESENVOLVIMENTO DA ANÁLISE
Já no primeiro minuto de jogo, a equipe do Liverpool procura atacar de maneira
direta, com bolas longas. Quando a bola rola, os ataques já correm para tomar suas
posições, enquanto a bola é recuada para Virgil Van Dijk tentar o lançamento.
Além disso, a equipe costuma pressionar muito forte os zagueiros com a bola e
ainda mais fortemente o goleiro, como foi o caso já nos primeiros segundos da partida,
com o avanço da linha de atacantes para pressionar diretamente o goleiro e os zagueiros,
fechando sua linha de passe e impedindo a construção da jogada. Essa pressão alta
também foi capaz de garantir algumas jogadas de perigo em contra-ataque, como em
algumas finalizações perigosas de Salah. O Liverpool de Klopp também procura
recuperar a bola assim que a perde, com o intuito de dar continuidade à jogada e evitar o
contra-ataque. Assim, dois ou três jogadores costumam fazer uma pressão pós-perda
muito intensa.
A equipe do Manchester City também inicia bate o centro buscando que seus
jogadores de ataque ocupem rapidamente o campo ofensivo, mas possuem preferência
pelo ataque posicional.
A organização defensiva do City passa muito pela pressão que o time busca
exercer no adversário. Porém, nessa partida, o time precisou ser um pouco mais paciente,
com o Liverpool trocando mais passes e mantendo mais a bola. A equipe azul pressionava
os zagueiros com o avanço de um dos meias. No primeiro tempo foi David Silva e no
segundo, após sua saída, foi a vez de De Bruyne. Importante observar que apenas um dos
jogadores mais avançados pressiona o portador da bola, o resto dos jogadores fecha a
linha de passe. Dessa forma, a equipe chega a atuar em um 4-2-4 defensivamente. O tipo
de marcação também é defesa à zona, com o time procurando guardar o meio e tendo as
laterais como zona de recuperação.
Para o Manchester City, é muito importante que as jogadas sejam bem construídas
e partindo dessa mentalidade, o goleiro sempre deve procurar um jogador para realizar a
primeira fase de construção, sem apenas despachar a bola para frente. Sendo a primeira
partida oficial com as novas regras da FIFA, o goleiro agora pode tocar para alguém
dentro da área no tiro de meta, o que gerou uma nova configuração para superioridade
numérica na saída de jogo. A pressão do Liverpool, porém, era muito forte e exigiu alguns
lançamentos um pouco mais longos que o usual da equipe.
Mesmo possuindo uma filosofia que prefere o ataque posicional, o City chegou
algumas vezes com perigo em ataques rápidos. Em um deles, Walker fez grande jogada,
quebrando as linhas e entregando excelente passe para Sterling, que deperdiçou a chance.
Em outra jogada, a bola saiu do goleiro e os meias do time tiveram uma grande capacidade
de superar a pressão do marcador. David Silva recebeu com um grande espaço entre a
defesa e a linha de meio-campo do Liverpool. Com liberdade, passou para Sterling, que
mandou na trave.
No gol do Liverpool, uma falta frontal foi cobrada e o rebote sobrou para Van Dijk. Nesse
momento, a marcação adversária foi desestabilizada e o zagueiro mandou para Matip,
sozinho, empatar a partida.
Bola parada
defensiva City
ENTREGA DA ANÁLISE
Pontos Fracos:
Das 10 chances criadas, pelo menos 5 decorreram de roubada de bola após pressão
e/ou jogadas rápidas, que avançavam linhas. Essa velocidade do time foi algo importante
na partida para aproveitar os espaços dados pelo adversário com maior eficiência, sendo
capaz de gerar perturbação na defesa. A equipe de Manchester não defende de uma
maneira muito compacta, o que permitiu avanços rápidos.
Salah: Jogador bastante agudo pela direita, levou perigo com dribles e muitos chutes (10).
143 ANAIS DO CONGRESSO – CFC
TELA CHEIA SUMÁRIO
MANCHESTER CITY FC
Pontos Fortes:
Pontos Fracos:
O resultado final coroou uma boa atuação da equipe, que se mostrou bastante segura.
Isso foi possível por conta da pressão nos zagueiros adversários, que impediu uma maior
ação dos zagueiros na construçao do jogo, por outro lado, a equipe do Manchester City
concedeu muitas oportunidades, em parte por conta do espaço deixado no meio, uma vez
que a pressão foi feita em um 4-2-4. Esse sistema também ficou em parte vulnerável em
decorrência do cansaço de início de temporada dos jogadores, em especial de David Silva,
que foi substituído para dar lugar a Gundogan.
Nas bolas paradas, a defesa sofreu um pouco para parar o Liverpool, em parte pela
força ofensiva de Van Dijk, que mandou uma bola na trave e deu uma assistência.
Ofensivamente foram poucas as oportunidades, mas uma delas gerou o gol em uma
jogada ensaiada que se provou exitosa, aproveitando desatenção da linha de impedimento
adversária.
Destaques: Bravo: Muito eficiente no jogo com os pés, foi capaz de encontrar os
companheiros livres mesmo sob pressão. Além disso, defendeu muitas oportunidades
claras do Liverpool.
Walker: Importante na construção do ataque e sólido da defesa. Tirou uma bola em cima
da linha no último minuto, para coroar a atuação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O trabalho foi desenvolvimento plenamente, pois todas as informações necessárias foram
disponibilizadas. O conhecimento adquirido durante o curso foi essencial para a
realização do projeto e o objetivo de compreender dos aspectos da partidas foi atingido
de maneira totalmente satisfatória. Dessa forma, a conclusão não apenas do trabalho, mas
do curso, pode ser considerada um sucesso e de grande valor para a formação profissional.
ANÁLISE QUALITATIVA E
QUANTITATIVA: CONFRONTO
PARIS SAINT GERMAIN X MANCHESTER UNITED
RESUMO
O presente trabalho relata dados informativos sobre a análise futebolística feita pelo professor
Vitor Hugo dos Anjos, referente a partida realizada no dia 06 de março de 2019, válida pelo segundo
jogo da fase de oitavas de finas da Liga dos Campeões. O confronto analisado foi entre Paris Saint
Germain (PSG) e Manchester United (M.U), jogo realizado na cidade de Paris no estádio do PSG,
Parque dos Príncipes. O primeiro confronto foi realizado em Manchester, no estádio Old Trafford,
casa do Manchester United, partida que teve o placar final de 2 a 0 para o PSG. Assim no segundo
confronto, o Manchester United teria que reverter o placar do primeiro jogo.
Dessa forma, ao longo do artigo serão apresentadas através de relatórios as análises com os
pontos positivos e negativos de cada equipe e o que os mesmos ofereceram a equipe adversária, desde
de a parte técnica, visando os recursos que cada jogador em destaque na partida utilizaram para
ludibriar os seus adversários, até a parte tática, mostrando o que os treinadores usaram com seus
conhecimentos e estratégias para alcançarem seus objetivos nesse duelo equilibrado.
2. INTRODUÇÃO
Os confrontos realizados pela Liga dos Campeões, sempre são partidas muito disputadas e
equilibradas, principalmente pelo grande nível técnico dos times que fazem parte desse campeonato.
Dessa forma, um confronto que merece ser analisado é a partida realizada no dia 06 de março de
2019, pelas oitavas de final da liga, envolvendo os clubes Paris Saint Germain e Manchester United.
A partida foi selecionada para análise, por conta da grande gama de informações e dados a serem
estudados e através disso serem compartilhadas com as devidas comissões técnicas.
Outro ponto importante que levou a escolha do jogo entre Paris Saint Germain e Manchester
United foi a curiosidade em analisar as reações das devidas equipes perante ao resultado do primeiro
jogo, vencido pela equipe da cidade de Paris pelo placar de 2 a 0 em pleno Old Trafford, casa do
Manchester United. Com isso o time da Inglaterra só conseguiria a classificação com os seguintes
resultados: vencer a partida pelo mesmo placar do primeiro duelo, para poder levar o jogo para a
prorrogação ou vencer por dois gols de diferença e assim se classificar com o gol qualificado, que dá
vantagem ao time que marca mais gols que o adversário fora de casa.
Como todos os jogos e confrontos dessa fase final são equilibrados e muito disputados, este
jogo tem pontos ainda mais relevantes para serem analisados: o fato do segundo jogo ser realizado
no Parque dos Príncipes, com mando do PSG, onde o Manchester teria maiores dificuldades para
reverter a derrota sofrida em casa, e também por conta da equipe inglesa estar jogando sem 9
jogadores considerados titulares, tendo assim mais uma dificuldade e ser enfrentada pela equipe dos
“Reds Devils”.
Com base nas teorias acima, os treinadores criaram modelos de jogo a serem seguidos por
seus comandados, e dessa forma, o objetivo do presente estudo foi descrever, analisar e discutir tais
modelos, disponíveis ao longo do artigo.
3. DESENVOLVIMENTO DA ANÁLISE
3.1 Desenvolvimento da Análise – Manchester United.
Com todo o panorama futebolístico ocorrido no primeiro jogo das oitavas de final, o técnico
Solskjaer teve que adotar um estilo de jogo diferente ao escolhido no primeiro confronto. Para essa
segunda disputa, o norueguês utilizou um modelo de jogo com transições ofensivas rápidas e com
passes mais verticais. Assim ele adotou a formação tática inicial no 1-4-4-2 (imagem 1) com duas
linhas bem compactas, para dessa forma diminuir os espaços de ataque do PSG.
Outro momento crucial na proposta de jogo pensada, foi quando aos 12 minutos do primeiro
tempo o PSG conseguiu o gol após falha na linha defensiva (imagem 4), momento que foi deixado
um espaço entre o lateral esquerdo e o zagueiro facilitando o ataque do Paris, que conseguiu achar
uma bola enfiada para o Mbappé e o mesmo cruzar para Juan Bernat empurrar para as redes. Outra
falha que o time inglês teve nessa jogada, foi quando o lateral direito Bailly não acompanhou o
número 14 do PSG, deixando o livre para poder marcar o gol (imagem 5).
Imagem 4: Falha nos espaços na linha defensiva Imagem 5: Desatenção defensiva M.U.
Com a partida em vantagem para o time parisiense, o Manchester United mesmo assim
manteve a proposta de jogo estabelecida, que consistia em deixar o time do PSG jogar para recuperar
a bola e com isso aplicar as transições ofensivas rápidas. Mesmo atrás no placar no agregado, os
ingleses conseguiram aos 30 minutos de jogo a virada na partida com Lukaku após uma finalização
de Rashford com o goleiro Buffon falhando e dando rebote, esse que Romelu Lukaku aproveitou com
ótimo posicionamento (imagem 6) e acreditando que o italiano poderia falhar.
entre o time do Manchester, o atacante Diogo Dalot, conseguiu finalizar a jogada com um chute ao
gol que desviou no jogador do PSG posicionado dentro da sua área defensiva, originando assim um
escanteio ao time do United. Porém após um revisão no V.A.R foi constatado pelo árbitro da partida
que a bola bateu no braço do jogador do PSG, caracterizando a penalidade máxima. Assim, o
Manchester teve a oportunidade de conseguir a classificação caso convertesse o pênalti. A
responsabilidade ficou para o jovem jogador Marcus Rashford que sem titubear marcou o gol, com
uma bela cobrança de pênalti.
Com isso, Solskjaer conseguiu colocar em pratica a ideia e modelo de jogo pensados,
aproveitando desses momentos positivos demonstrando que seus jogadores emplacaram as dicas e
conselhos que o norueguês passou durante a semana de treinamentos.
Ao contrário do modelo de jogo imposto pelo técnico do United e seus atletas, Thomas Tuchel
técnico do PSG, escolheu um modelo de jogo que os jogadores propusessem a ofensividade e a rápida
troca de passe, já que o time estaria com a vantagem do primeiro jogo, utilizando a formação tática
inicial no 1-3-4-3 (imagem 7). Assim o técnico adaptou o modelo utilizado no primeiro jogo e colocou
seus comandados para marcar pressão alta na saída de bola do Manchester, evitando que o United
atacasse.
Como Thomas tem jogadores rápidos pelos lados do campo, se utilizou muito da amplitude e
profundidade ofensiva, abusando dos cruzamentos. Já nos momentos defensivos Tuchel utilizou da
marcação alta e na pressão após a perda da bola, independentemente da zona do campo.
Com essa ideologia pensada para o segundo jogo com troca de passes e movimentações, os
jogadores teriam que ter o mínimo de erros possíveis, pois qualquer erro poderia ser crucial na partida,
como o que aconteceu após o jogador Thilo Kehrer recuar a bola para o goleiro de cabeça baixa e não
colocar a força certa para a bola chegar limpa e clara ao Buffon. Com esse erro o PSG mudou o
panorama da partida. Porém aos 12 minutos com a insistência do jogo verticalizado com amplitude,
o PSG através de muitos passes e movimentações conseguiu abrir o time de Manchester, com um
passe infiltrado (imagem 8) para o Mbappé que foi ao fundo e concluiu a jogada com um cruzamento
para Juan Bernat que com oportunismo finalizou a grande jogada empurrando a bola para o fundo das
redes (imagem 9) e aliviando os torcedores que estavam assistindo ao espetáculo.
Com o placar de 2x1, o PSG ainda se classificaria para as quartas de final, mesmo assim o
técnico Thomas Tuchel manteve sua proposta de jogo perante a forte defesa do Manchester porém
com muitas finalizações e cruzamentos ineficientes. Os comandados de Tuchel não foram eficientes
a ponto de fazer segundo gol válido, pois a arbitragem anulou o suposto segundo gol do PSG, com
Di Maria impedido ao empurrar a bola para a rede. Portanto, o PSG continuou operando o que o
treinador mandava, com um estilo de jogo verticalizado e ofensivo, deixando assim o time de
Manchester completamente envolvido.
A partida foi desenrolando com a pressão do PSG e com o Manchester se defendendo, mas
desta vez quem fez a jogada de troca de passes e movimentações foi o United, com uma jogada
iniciada no campo de defesa. Os jogadores do time inglês envolveram o PSG na movimentação rápida
e vertical, dificultando a transição defensiva e marcação dos parisienses até o momento que Dalot,
atacante português do time de Manchester, finalizou a jogada com um chute ao gol. A finalização
desviou no jogador de Paris que utilizou o braço e como ele estava dentro da área foi marcado a
penalidade. Com a partida no final, o PSG não poderia sofrer esse gol, pois assim o time seria
desclassificado com o gol qualificado, já que com a marcação o placar estaria em 3x3 no agregado.
E aconteceu o que a maioria do estádio não queria, gol do Manchester United já nos acréscimos do
segundo tempo, classificando o Manchester para as quartas de final da Champions League.
4. ENTREGA DA ANÁLISE
Análise Quantitativa
10
Análise Qualitativa
11
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
12
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
13
um F U T E B O L
ainda melhor!
CAPA